Casamento de Interesses escrita por AmStark


Capítulo 13
A proposta parte 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618136/chapter/13

Pov Lene

Sai correndo do escritório e estou aliviada por não precisar trabalhar amanhã, limpar aquela imensa casa todo dia não é fácil, estou exausta e com olheiras, mas sorte que a maquiagem tampa, não gosto muito de maquiagem, na verdade, só uso corretivo e passo um pouco de base nos braços para tampas as marcas roxas das agressões de Dominique.

Agora, no táxi em rumo ao hospital, não sei dizer qual é meu sentimento em relação ao estado de Dominique, eu sei que nenhum ser humano merece passar por esse tipo de coisa, mas, Dominique nunca me pareceu uma ser humano normal, sempre tão esnobe e cruel, especialmente comigo, acho que só consigo sentir pena nesse momento e nada mais.

Chego no hospital e logo a recepcionista me diz o quarto dela, que reconheço imediatamente pois tem um segurança enorme parado em frente a porta, chego perto mas ele me para

– hey, hey, mocinha.. aonde pensa que vai? - ele me encara

– Vim ver minha tia - digo

– tia? - ele pergunta, e não me surpreendo pois Dominique sempre me escinde do mundo, só me usa quando seus amigos da alta sociedade estão por perto e ela quer se fazer de ''tia amorosa que acolheu sua amada sobrinha órfã''

– Sim, Marlene Jones, pode ligar para um dos empregados da casa, eles vão confirmar - digo, aqueles empregados que só aparecem quando eu não posso faxinar, nunca falaram comigo, são frios como sua patroa

Ele faz uma ligação rápida e se vira novamente para mim

– Parece que a informação está correta, pode entrar, senhorita Jones - diz ele

– Obrigado - digo e entro no quarto, logo vejo uma enfermeira cuidando do balão de soro de Dominique e assim que me vê ela diz

– Você é parente dela? - diz

– Sim, sou sobrinha .. e qual é o estado dela? - pergunto

– Sinto muito, querida, mas ela está viva somente com a ajuda desses aparelhos .. mas quem sabe um milagre não acontece.. enfim, vou deixá- la sozinha com sua tia - diz indo em direção a porta

– Obrigado - digo e ela só me dá um fraco sorriso e sai

E fico ali olhando o estado de Dominique, ela está toda coberta pelo lençol de hospital, mas em seus braços e pernas tem roxos, piores até que os meus, quem seja que fez isso, realmente queria matá-la, eu quero muito me ver livre dessa mulher, mas não desse jeito, não desejo a morte de ninguém, e o pior é que se ela morrer eu não terei onde morar, a grana que estou juntando dos meus salários não dá pra pagar nem uma pousada humilde, e sei que Dominique jamais deixaria qualquer coisa de sua fortuna para mim, ela já avisou que sua fortuna será doada para algo de caridade, ela é tão fútil que liga até para o que vão falar dela depois de morta, e eu também não quero nada dela, dinheiro que ela fatura de modo sujo com seus envolvimentos em tráficos, agiotagem e etc.

Estou sentada no sofá da lateral quando escuto o aparelho de frequência começar a apitar e grito para o segurança chamar o médico. Sou tirada do quarto e fico com a cabeça em minha mãos, só sou tirada dos meus pensamentos quando sinto uma mão em meu ombro e levanto meus olhos e é ele, ELE .

– Lene, o que houve? - James me pergunta de um modo preocupado.. nunca o vi assim

– Minha tia fico pior do nada e o médico ainda não me deu informações sobre o que está acontecendo - digo encarando aquelas pérolas cinzas

– Marlene Jones? - um senhor com um jaleco me chama e eu logo levanto

– Sou eu - digo

– Olá, sou o Doutor Rodriguez, estou no caso de sua tia, será que poderemos conversar em outro lugar, você deve querer falar desse assunto em privacidade - diz ele olhando para James que o fuzila com o olhar

– Pode falar na frente dele, doutor, ele é um amigo - foi a primeira coisa que me veio a mente, e James me encara com um brilho no olhar e um sorriso de canto que é realmente estranho de sua parte

– Ok, sua tia, ela .. ela acabou de falecer, Marlene, sinto muito por sua perda - diz ele

Estou em choque e as lágrimas já escorrem, estou perdida, sem casa, sem família

– Obrigado, doutor - é só o que consigo dizer e olho fixamente para o chão e ele só assenti a cabeça e sai

– Lene, sinto muito - diz James um pouco sem graça, deve ser difícil pra ele ser gentil, mas ele faz esforço comigo e fico feliz nisso

– Obrigado, senhor Black - ainda encaro o chão

– Já disse que pode me chamar de James fora do trabalho .. ou sempre se quiser - diz ele e me surpreendo com isso

– Tá, obrigado James - digo e ele sorri

– Então, Lene, sei que é meio indelicado falar nisso agora, mas agora você é rica - ele diz

– Não, eu não sou - digo

– Mas como não? Dominique não tem filhos e você é a única parente viva dela e ela era sua guardiã legalmente - diz ele de cenho franzido

– Mas em seu testamento ela declara que quando morresse tudo tem que ir para caridade e nada pode ser meu - digo e ele arregala os olhos - e eu também não quero nada dela

– Mas por que ela fez isso, Lene? - ele pergunta e agora que Dominique morreu não tenho mais que ter medo de ameaças e posso enfim falar a verdade .. ou uma parte dela.. pois mesmo já considerando James como um amigo, e o primeiro que tenho na vida, não estou pronta para contar certas coisa ainda

– Por que ela me odeia - digo sem coragem de encará-lo

– Mas ..- ele ia dizer mas é interrompido pelo segurança

– Senhorita Jones, sua tia me deu isso, e pediu que se algo acontecesse a ela, que era para eu entregá- la - diz ele me estendo um envelope com duas cartas dentro

– Tá, obrigado - digo e ele vai embora , e James permanece calado ao meu lado

Fico curiosa e abro a primeira carta, e reconheço a letra de Dominique.

''Olá, Lixo, se está lendo essa carta é sinal que estou morta, você deve estar aliviada não é?. Mas pretendo acabar com essa sua alegria, pois a minha vingança não acaba aqui, não entendeu?, vou te explicar. Há dois meses venho sendo cobrada de um agiota do tráfico mexicano, estou o devendo 2 milhões de dólares, se eu tenho esse dinheiro? , claro que tenho, mas não quero desperdiçar meu dinheiro de minhas lojas pagando esse desgraçado, mas essa semana ele começou a me ameaçar de morte, eu poderia o pagar e me livrar disso, mas há 5 meses descobri que tinha câncer já em fase terminal então pensei que ia morrer cedo ou tarde, mas pensei em você em você, e que não poderia terminar minha vingança sem um grand finale, então eu fiz um acordo com ele, que se eu não pagasse a dívida ele ficaria com você, sim, minha sobrinha querida, eu te vendi, e se você está lendo essa carta, você é oficialmente a minha liberdade das mãos daquele latino miserável, pena que estou morta para não poder apreciar essa sua carinha de desespero que amo olhar, mas só te desejo, Boa Sorte com seu novo dono, beijos da sua querida tia''

Termino de ler a carta e James me olha com explícita curiosidade, não aguento e me desabo no choro, sem conter os soluços altos que saem de minha garganta

– Lene, o que houve? - diz James me abraçando e esqueço que ele é meu chefe e o abraço molhando sua camisa

– E-la .. e-la . ela me vendeu!, eu fui vendida para um traficante nojento mexicano, James! - exclamo baixo e ele me larga e praticamente grita

– O QUÊ? , Lene me explica isso direito - ele diz nervoso

– Tá - digo estendendo a carta para ele ler mas antes eu falo - só .. leia.. e o resto eu te explico depois

– Ok - ele diz e começa a ler a carta e quando acaba sua feição é de pura perplexidade - Lene .. não entendo .. como essa mulher pode fazer isso com você? e por que ela te odeia tanto?

– Depois eu explico os detalhes.. mas agora o que me resta é aceitar meu destino - digo e as lágrimas já escorrem como cascatas de meu rosto - terei que ir encontro à meu novo dono - e estremeço com o que esse cara pode querer fazer comigo

– NÃO! não permitirei isso .. - ele diz alterado - já sei o que posso fazer para te ajudar, é o único jeito , Lene, só me escute ok?

– Sim - digo

– Vou pagar essa dívida de 2 milhões - ele diz - mas eu tenho uma condição

– Oh, James, você pretende mesmo me ajudar? - pergunto chorando, mas agora de felicidade e ele dá um sorriso

– Claro, Lene, te considero uma amiga já - ele diz e eu o abraço

– Obrigado, obrigado, obrigado - digo saindo abraço e ele dá uma gargalhada - e qual é a condição? eu faço o que quiser - ele me olha sério agora e me dá a notícia que praticamente me tira do chão

Preciso se se case comigo– diz


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

próximo capítulo, será a continuação dessa proposta, bjs meus anjos :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Casamento de Interesses" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.