The past escrita por Paola Cristine


Capítulo 18
Capitulo 9 – Desfecho


Notas iniciais do capítulo

É o fim do segundo ano de Kaya em Hogwarts, este capitulo foi o maior que já escrevi. Comentem o que acharam. Boa leitura ^^



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Alguns dias passaram, até que em um deles Snape foi dar aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Ele passou um trabalho sobre lobisomens.

— Estão todos dispensados.

Esperei a turma sair e segui para a mesa dele.

— Snape, o que houve com Lupin?

— Se importa de não almoçar hoje?

— Não, hoje tenho Adivinhação e não treino.

— Feche a porta para que possamos conversar melhor.

Fechei a porta e sentei-me na mesa da frente, ele já havia se acostumado com isso, eu nunca sentava na cadeira durantes nossas aulas extras ou nossas conversas.

— Kay, você tem que me prometer que isso não sairá daqui.

— Prometo Severo.

— Antes de entrar em Hogwarts, Lupin foi mordido por um lobisomem, desde então ele se transforma em um quando chega a lua cheia, ele se machuca em muitas das vezes e foi o que aconteceu ontem.

— Entendo. Coitado dele. Como sabe disso?

Ele pensou um pouco e respondeu:

— Dumbledore me contou.

— Snape, você conhece o homem que fugiu de Azkaban?

— Porque pergunta isso?

— Tive um sonho.

— Me conte.

Por que é que eu fui fazer essa pergunta?

— Bem, no sonho você corria de uma serpente, de repente o tal homem apareceu, eu via tudo de longe, ele conversou com você e foi quando você me viu e tentou me proteger de um ataque da mesma serpente e caiu morto ao meu lado.

Era tão ruim relembrar de tal sonho depois de tanto tempo, meus olhos queimavam pelas lagrimas que eu não queria derramar, Snape se aproximou e falou baixinho me abraçando.

— Eu estou aqui Kay, e olha só, estou bem. – Ele sorriu e voltou a falar – Eu estudei com ele, aqui mesmo em Hogwarts, ele era grifinório e eu como você sabe, sonserino.

— Porque ele foi condenado?

— Ele contou a você-sabe-quem onde Lilian e Thiago Potter estavam escondidos com o filho, matou um amigo deles deixando só um dedinho como sobra e matou 12 trouxas junto.

— Porque Voldemort queria tanto os Potter mortos?

— Uma profecia dizia que um garoto nascido no fim de julho e cujos pais teriam enfrentado o Lorde das Trevas três vezes o derrotaria, Voldemort queria se livrar da profecia de uma vez só.

— Dumbledore também te contou isso?

— Não, isso eu estudei.

— Em História da Magia? Com o Professor Binns?

— Não, somente estava curioso assim como você. Sabe, se correr ainda consegue almoçar e chegar a tempo para a próxima aula.

— Ok. Obrigada por me contar Severo.

Saí da sala apressada, almocei e fui em direção a aula de Trato com Criaturas Mágicas, resolvi chegar antes para tirar umas duvidas, foi quando vi Kelly Levinne beijando um garoto que parecia estar gostando daquilo. Eu não consegui acreditar quando vi quem era o garoto.

— Adam! – Disse quase em um sussurro – Eu não acredito.

Eles se soltaram, Adam me olhava assustado e Levinne sorria vitoriosa.

— Kay, não pense bobagens e...

— Como assim não pense bobagens Miller? – Quase gritei com a raiva que me invadia.

— Eu vou saindo tá? Vou deixá-los conversar em paz, tchau Sanchez, Tchau Adam querido.

Ela saiu sorrindo e Adam nem a olhou.

— Eu achei que gostasse de mim!

— E eu gosto.

— Então porque fez isso?

— Olha Kay, entenda, nós nem temos nada sério.

— Eu achei que queria algo sério quando me beijou e vivia dizendo que gostava de mim.

— Kay...

— Só me diga, quantas?

— Quantas o quê?

— Com quantas você se agarrava pelos corredores enquanto me fazia de idiota!

— Foi só a Kelly.

— A quanto tempo?

— Kaya...

— A quanto tempo Miller!?

— Desde uma semana antes do nosso jogo contra lufa-lufa. – Ele disse baixinho – Aquele dia em que ela disse que queria que te acertassem com...

— Um balaço na cabeça. Então porque me ajudou aquele dia? Se sentiu culpado?

— Não, quer dizer sim, Kay, eu não quis foi um impulso.

— Um impulso que dura mais de um mês? Quer saber? Não se explique Miller, você faz da sua vida o que quiser.

— Kay, não faz assim, eu quero ficar com você e sei que você quer ficar comigo.

— Adam, eu tentei te dar uma chance, fiquei com medo de perder a amizade, mas arrisquei mesmo assim, achei que podia gostar de você de verdade, mas você resolveu ficar com a Levinne! – Eu gritava e sabia que quem passasse ali estaria ouvindo.

— Hey, o que está acontecendo aqui?

— Nada Vic, só vamos para a aula e me deixe o mais longe possível do Miller!

Segurei na mão dela e saí em direção a entrada do castelo.

— Kay, o que aconteceu?

— Aquele idiota! Vic, ele estava beijando a Levinne.

— Adam fez o quê?

— Isso mesmo, e eu queria realmente gostar dele.

— Kay, logo você esquece, se não esquecer eu terei uma séria conversinha com aquele projeto de bruxo.

As aulas passaram e os dias também. Logo chegou o natal, fiquei em Hogwarts com Gina, Beth e Anne, nos divertimos muito e elas me ajudaram a montar um álbum de fotos, graças a Gina conhecemos no ano passado o Colin, um grifinório da turma dela que adora tirar fotos, ele sempre tirava umas nossas.

Por ser um álbum magico que nós enfeitiçamos, ele só mostraria seu conteúdo com uma palavra que escolheríamos, mesmo o álbum sendo meu, eu daria liberdade a algumas pessoas para abri-lo. Para conseguir isso teríamos de dar nossa identificação, era uma palavra que cada uma escolheria e ele reconheceria a voz da pessoa, minha palavra era “curiosidade”, a de Beth “beleza”, a de Gina “pomo de ouro”, a de Anne “amor”, e a de Hermione, que nos ajudou a fazer o álbum e aparecia em algumas fotos era “livros”. Luna e Vic escolheriam as suas depois das férias.

A primeira foto era de todas que podiam abrir o álbum, Anne, eu, Luna, Gina, Hermione, Vic e Beth. Depois tinha algumas páginas com cada uma em ordem alfabética. Com Hermione eu tinha poucas fotos, nós não éramos muito próximas.

As férias voaram e logo Luna e Vic voltaram.

— Luna, Vic, que saudades.

— É, nem para mandar uma cartinha vocês prestam.

— Desculpe Beth, as festas foram agitadas em casa.

Vic se desculpou, e eu mostrei o álbum a elas.

— Agora Vic, escolha uma palavra para ser sua senha.

— Aprendizado.

O álbum abriu e parou nas fotos que eu tinha com ela.

— Luna, sua vez.

— Pudim.

Rimos e o álbum foi para as fotos com ela.

— E para fechar basta dizer “pena de coruja”.

— E se alguém tentar abrir sem ser alguma de nós?

— A pessoa apenas vai ver páginas em branco.

Pelos próximos dias as coisas ficaram calmas, nas aulas de Tratos com Criaturas Magicas, conheci Bicuço, um hipogrifo cinzento, ele era gentil e belo. Descobri que ele seria sacrificado pois havia machucado um sonserino, o mesmo que me derrubou da vassoura no meu jogo contra eles, aquele Malfoy idiota, fiquei com muita pena do pobre Bicuço.

No dia do sacrifício Anne apareceu desesperada no fim do meu treino, havíamos perdido o campeonato de quadribol, mas ainda treinávamos.

— Kay, acho que a Granger está em perigo.

— Porque diz isso Anne?

— Vi um cachorro puxar o Weasley para dentro do salgueiro lutador, Granger e Potter foram atrás e ficaram lutando com o salgueiro.

— Como foi que viu isso?

— Bem, você sempre diz que Hermione é inteligente e eu meio que estava seguindo ela para tentar aprender algo, ela deu um belo soco no Malfoy – ela disse um pouco acanhada.

— Tudo bem Anne, faça assim, vai para o seu quarto, não saia de lá até que eu volte ou uma das meninas vá lá e não conte para ninguém, vou dar o meu jeito.

— Está bem Kay.

Eu me virei para ir à sala de Snape, mas ouvi alguém me chamando.

— O que foi Miller?

— Eu quero falar com você.

— Uma hora antes do jantar no salão comunal, agora estou ocupada.

Eu pensava em desculpar Adam se ele pedisse.

Saí correndo para a sala de Snape.

— Achei que tinha treino hoje.

— Tive, mas vim lhe contar algo.

Expliquei o que Anne me contara.

— Vou resolver isto!

— Eu vou com você Severo.

— NÃO! Eu não posso deixar que se machuque, e você já me desobedeceu ano passado.

— Está bem.

Ele saiu da sala e eu logo em seguida. Fui até o salão comunal, ele estava vazio, somente Adam estava em um sofá de frente para a lareira.

— O que queria Miller?

— Me desculpar. Olha, a Levinne só fez aquilo para nos afasta, quando conseguiu, se afastou de mim, ela só não queria que tivéssemos amizade.

—//-

— Kay, porque você e o Adam terminaram?

— Ele estava beijando a Levinne pelos corredores Beth.

— Vai ver a Levinne só fez isso para separar a amizade que vocês tinham antes!

Luna disse com sua habitual indiferença.

—//-

— Já haviam me falado algo assim.

— Então?

— Adam, - Soltei um suspiro antes de continuar – vou ser bem sincera, sempre gostei da sua amizade, não gostava de você de outra forma, mas estava disposta a tentar, eu quero ser somente sua amiga, se ainda assim quiser, eu aceito suas desculpas.

— Com certeza Kay, percebi que gosto de você como amiga.

Nos abraçamos e ouvi passos em nossa direção.

— Finalmente fizeram as pazes, senhor Miller e senhorita Sanchez.

— Dá um tempo Beth.

— Não Kay, você não entende, eu e as meninas já não aguentávamos mais o Adam nos enchendo para ajudar vocês a fazer as pazes.

Rimos com o comentário e pela primeira vez vi Adam envergonhado, ficamos conversando até que Levinne passou por nós.

— Adam querido, o que faz conversando com essa ratinha de biblioteca?

— Olha só Levinne, cansei dos seus joguinhos, - Os olhos negros da garota se arregalaram – Kaya é minha amiga e sempre vai ser, não adianta tentar estragar isso!

Tenho certeza que se a pele da garota não fosse morena, estaria vermelha pela raiva que pareceu tomar conta dela.

— Você vai ver Sanchez, ainda vou acabar com a sua alegria aqui neste castelo.

— Nossa, que medo Levinne.

Ela saiu bufando e nós rimos da atitude dela.

O último dia chegou, como já sabíamos, Grifinória ganhou no quadribol, como eu só estive substituindo Cho Chang, no jogo contra Grifinória ela quem jogou, e claro sua Comet não foi pareo para a Firebolt de Harry Potter. Davies disse que eu poderia ficar como reserva da apanhadora ou artilheira, já que eu era rápida e sabia desviar de balaços muito bem. Saberíamos a noite quem levara a taça das casas, com certeza era Grifinória, já que por causa de Miguel Corner Brigar com um lufano perdemos 150 Pontos.

Estávamos arrumando os malões quando o professor Flitwick e Dumbledore entraram em nosso quarto. Flitwick disse:

— Meninas, uma colega reclamou de vocês.

— O quê? – Eu e as meninas perguntamos juntas.

— Essa colega disse que durante a noite vocês fazem muita bagunça e que escuta do quarto dela sua voz senhorita Lovegood.

— Quê? Nós não fazemos nada professor. Quem disse isso?

— Foi a senhorita Levinne, e bem, o que importa é que chegamos à conclusão de que para ela parar de reclamar e aprender a conviver com coisas que as vezes nos incomodam, a senhorita Lovegood vai mudar para o quarto dela no ano que vem.

— Como? – Falei – Olha, Levinne se confundiu, Luna quase não fala aqui, ela ouve a minha voz, não tirem Luna daqui, eu é que mereço este castigo.

— Sanchez, desculpe, mas a decisão já foi tomada!

Eles viraram e saíram.

— Por favor!

Falei com lagrimas nos olhos.

— Eu avisei Sanchez.

— Sua Maldita!

— O que foi? Ficou brava?

— Você me paga, sua...

— Sua o quê?

Peguei minha varinha e apontei para ela.

— Estupef...

— Não Kay! – Luna segurava minha mão.

— Olha, olha hein Sanchez, se continuar assim, te deixo sem a ratinha de biblioteca e sem a metida a rainha da beleza, já consegui te deixar sem a Di-Lua, num estalo de dedos te deixo sem as outras.

Ouvir ela se referindo a minhas amigas desta maneira me deixou com ódio, mas Luna e Beth me seguraram para não ir atrás dela quando ela saiu do nosso quarto.

— Kay, já pensou o que teria acontecido se Luna tivesse deixado você estupora-la? – Vic falou.

— Ela ficaria no chão enquanto eu batia nela.

— Você seria expulsa!

— Mas ela sairia machucada.

— Kaya Sanchez! – As três falaram juntas.

— Eu só não quero que Levinne faça algo contra Luh!

— Eu vou ficar bem, sei me cuidar, ela não fará nada.

— E quando você tiver uma de suas crises de sonambulismo? Ela não vai saber te ajudar e pode achar que você vai fazer algo e te machucar.

— Calma Kay! Eu vou ficar bem. – Ela parou de falar por um instante – Vamos jantar, tomara que tenha pudim.

Meu álbum que estava em cima da cama se abriu em uma página com uma foto de nós quartro, Luna sorriu e depois de colocá-lo em meu malão descemos para jantar.

Já no trem, ficamos na cabine somente Luna, Gina, Anne e eu, já que Beth e Vic ficaram em uma cabine com seus namorados.

Adam e o gêmeos Weasley passaram parte do tempo conosco. Os gêmeos contaram que no início do ano, quando vimos as sombras e o clima se tornou meio fúnebre, foi por causa dos Dementadores, guardiões de Azkaban a procura de Sirius Black, e ele não fora encontrado.

Afinal, não consegui saber o que houve com Snape no dia em que segundo Anne, Granger corria perigo, mas ele deu aula no resto dos dias então significa que tudo deve ter acabado bem. Acabei dormindo no ombro de Adam até chegarmos a estação, vou para casa pensando em que a Levinne planeja ao tirar Luna de perto de mim e de minhas amigas.


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Notas finais do capítulo

Sentiram raiva da Levinne? E de Adam? Mas a Kaya é boazinha demais para não perdoar.
Obrigada pela leitura e nos vemos no Torneio Tribruxo.



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