Moments by Ares escrita por Benihime


Capítulo 3
Juras de amor




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— Se liga, Ares! Lidya não te ama. Ela só se importa consigo mesma, o merece você. Se tem alguém que te merece, esse alguém sou eu. — Éris disse.

Abri a boca para revidar, mas, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela me beijou.

Afastei-me instintivamente, olhando em volta para ter certeza de que ninguém nos vira. Quase tive um ataque cardíaco quando deparei-me com Lidya olhando diretamente para mim. E ela estava furiosa.

Mesmo sabendo que seria quase impossível, fui tentar me explicar.

— Não me venha com desculpas. — Ela ordenou antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. — Se gosta desse tipo de jogo, tudo bem, mas me deixe fora disso.

Ela começou a se afastar, mas eu segurei seu pulso.

— Não é o que você está pensando. Deixe-me explicar.

— Já vi o bastante para um século. Deixe-me ir.

— Não até que me escute.

Seus olhos brilharam de fúria, o que só a fez parecer mais sexy. Minha esposa ficava muito bonita quando se irritava.

Solte-me.

Vendo que seria inútil continuar com aquela discussão, soltei-a e vi Lidya ir embora da festa sem olhar para trás.

Horas depois

— Merda! — Reclamei, amassando mais uma folha.

Eu era realmente horrível com palavras. Os montes de folhas amassadas ao meu redor eram prova disso.

— Quer uma ajudinha? — Afrodite ofereceu, e quase fiquei mesmo feliz por ela ter topado me ajudar na "Operação Lidya".

— Seria bom.

Ela sentou-se em minha cama, de frente para mim. Antes, estivera lendo por sobre meu ombro.

— Ok. Vou fazer três perguntas, e saberei se estiver mentindo em qualquer uma delas, então nem pense em tentar. — Eu assenti. — Por que você quer explicar o que aconteceu? Ficar dando satisfações nunca foi do seu feitio.

— Porque acho que ela merece saber. Não quero que minha esposa fique zangada comigo por algo que nem aconteceu.

— Agora, digamos que ela queira dar um tempo, e que eu resolva te dar um gostinho dos nossos velhos tempos. Faria amor comigo? Responda apenas sim ou não.

— Não. — Respondi sem hesitar. Ela sorriu.

— Então, o que acha que deveria dizer a ela?

— Afrodite, eu nem acredito! Você é incrível!

Ela riu.

—Apenas escreva, Ares.

E eu escrevi. A caneta voava pelo papel, e as palavras agora fluíam. Eu sabia exatamente o que dizer. Quando terminei, li em voz alta para ter certeza de que estava bom o bastante.

Lidya

Antes de tudo, Éris e eu não temos um caso. O que você viu na festa foi apenas ela dando em cima de mim, o que não é novidade. Ela disse que você só ama a si mesma e que não me merece, mas ela sim. Até parece.

E foi apenas isso. Se preciso for, torturo aquela vadia e faço Éris te contar o que aconteceu. Faço o que você quiser, na verdade.

Você não é perfeita. Está longe disso, e sabe que é verdade, mas não me importo. Conheço seus defeitos, e aprendi a aceitá-los como parte da mulher que amo. Brigamos como cão e gato, eu sei, mas e daí? Eu adoro olhar para você e ver que finalmente achei uma oponente à minha altura.

Sei que também não sou perfeito, mas estar com você me faz querer ser cada vez melhor.

Lidya, você foi minha razão para finalmente mudar quem eu era.

— Tem certeza, Afrodite?

— Confie em mim. Lidy vai adorar. Se ela não te agarrar depois dessa, eu agarro.

Acabei rindo. Afrodite nunca mudava.

No dia seguinte

Ao longe, eu podia ver Lidya lendo a carta. Quando finalmente apareci, seus olhos se arregalaram. Ela correu para mim, atirando-se em meus braços com tanta força que quase me derrubou.

— Ei, vai com calma, morena. — Eu disse, rindo.

Ela sapecou meu rosto com beijos. Eu a abracei, inebriado com o cheiro de seu perfume. Era sensual, misterioso e delicioso, como a própria Lidya.

— Fiquei com medo de estar certa. — Confessou. — Eu não queria perder você.

— Não vai me perder nunca, nem que queira, sua bobona.

Ela abriu um sorriso malicioso.

— Tem outra coisa que quero saber.

— O que?

Ela passou os braços por meu pescoço, cruzando as mãos em minha nuca, aproximando-se e colando o corpo ao meu.

— Por que você ainda não me beijou, seu bobo?

— Porque você ainda não me pediu.

— E desde quando você precisa que eu peça?

— Isso é verdade.

— Me beije logo antes que eu te ataque, idiota.

Não me fiz de rogado e beijei-a com fúria. O beijo durou até que mal podíamos respirar, mas não a soltei.


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