Uma Nova Chance escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 1
Como tudo começou


Notas iniciais do capítulo

Ol, espero que apreciem o captulo! O primeiro captulo se passa 5 anos antes, narrado pela Tris. Nos vemos nas notas finais.
Boa Leitura!



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5 anos antes

Tudo começou na festa de formatura, o som da respiração de Tobias abafava meus ouvidos, ele sussurava em meu ouvido, enquanto dançávamos. Èramos muito diferentes um do outro. Ele era o popular, ele era o tinha uma fila de garotas atrás dele, ele é que tinha toda atenção para sí. Eu era apenas uma garota normal de 18 anos, que tentava cumprir com seus deveres. Não sei exatamente por que ainda estávamos juntos. Não sei exatamente o que o atraiu em mim, não sou nem era bonita, mas também não sou feia. Talvez era o fato de eu ser a única garota que não havia dormido com ele de fato, que havia resistido á seus encantos baratos por mais tempo que qualquer outra.

Após mais alguns minutos, senti minhas pernas se bambearem, tentava me manter em pé, mas foi inevitável, me segurei nos ombros de Tobias, que parecia ter entendido tudo errado. Ele ainda continuava a sussurar novamente em meu ouvido; o cheiro de álcool saindo de sua boca, podia ser sentido á quilômetros de distância, e por isso tento me afastar dele. Ele sabia que eu não gostava de álcool.

– O que você pretende com isso? - Sussurei em seu ouvido.

– Você quer mesmo saber, não é? – Ele perguntou, malicioso - Pois bem, você quem pediu - eu não havia pedido nada; de imediato não entendi, mas logo senti-me ser puxada para para cima da escada da mansão - mansão que pertencia a família dele, por sinal. Muitos dos formandos amigos populares de Tobias estavam se agarrando no corredor, outros deitados no chão totalmente inconscientes.

Tobias prensou meu corpo na parede e começou a me beijar, seus lábios pareciam ter urgência em encontrar os meus, e os meus dos dele.

Nem ao menos percebi, quando estava deitada sobre a cama. Tudo havia acontecido muito rápido.

(...)

Uma forte luz batia sobre meu rosto. O Sol, a luz entrava pelas frestas da janela, e com isso me desvencilhei dos braços fortes de Tobias, que dormia.

Levantei-me apressadamente com um cobertor e peguei minhas roupas no chão; estava no quarto de Tobias, olhei ao meu redor, o guarda-roupas branco, a cômoda creme e as paredes num tom azul. Havia muitos móveis além destes, mas me concentrei no que deveria fazer, em vez de ficar olhando o quarto do meu namorado.

Fechei a porta do banheiro e entrei debaixo do chuveiro, a água morna caia sobre meu corpo fazendo-me estremecer um pouco.

O que Tobias e eu havíamos feito havia sido errado, eu havia prometido a mim mesma que não faria, e ele prometido que não me obrigaria. Mas ele não obrigou, e eu não recuei.

Burra! Burra! Burra!– Pensei. Agora ele vai me trocar por outra num piscar de olhos.

Fiquei por mais 20 minutos sob o chuveiro, pensando.

Sai de baixo do chuveiro e peguei uma toalha dentro o armário do banheiro. Sabia que sempre tinha mais de um lá, sequei-me e por fim fui conferir o que havia pego de roupas para que eu pudesse vestir. Minhas roupas íntimas e uma camiseta de Tobias. Droga! - Pensei.

Além de ser burra sou uma cegueta!

Me vesti com o disponível e então saí do banheiro. Tobias estava totalmente vestido, os cabelos molhados pelo banho recém-tomado, sentado na cama, e parecia estar esperando-me, já que quando atravessei a porta, olhava fixamente para mim.

– Você fica muito melhor com minha camiseta, sabia? - Um sorriso malicioso surge em seus lábios.

– Cale a boca, - digo - peguei sua camiseta por engano.

– Se você diz.... Vem. - Ela bate a mão ao seu lado, sobre a cama. Segui até lá e sento-me ao seu lado.

– Não está brava por ontem? - Ele perguntou.

– Não – Disse.

– Então está tudo bem - ele suspirou aliviado - tenho umas coisas para resolver hoje, o motorista leva você, ele está lá embaixo - ele me dá um rápido beijo e em seguida sai do quarto.

Eu não estava chateada pelo que ele havia feito, mas pelo modo com que ele havia me tratado a poucos minutos, como se eu fosse uma qualquer. E para ele, agora eu era uma. Ele parecia ter conseguido o que queria, e agora deveria estar indo atrás de outra para satisfazer seus desejos carnais insaciáveis.

Olhei para o quarto ao meu redor. Tudo estava em seu devido lugar, somente a cama se encontrava em desordem. Eu já havia ido várias vezes ao seu quarto, mas não havíamos feito nada além de estudar, conversar, e como um casal normal, beijar. Nada além dos limites.

Peguei minha bolsa que se encontrava na poltrona cor creme e puxei meu celular para fora. Havia várias mensagens de Susan, minha colega de apartamento. Não morávamos com nosso com nossos pais; os pais de Susan moravam em Seattle e meus pais num pequeno sítio no interior; então resolvemos ir morar juntas, erámos melhores amigas, nos conhecíamos á muitos anos, e assim fizemos. Estava com 16 anos quando, junto com Susan, comprei o apartamento - com a ajuda nossos pais também.

Enfim, liguei para Susan que de imediato atendeu.

– Pelo visto passou a noite por aí - Susan disse.

– È, passei – bufei.

– È o que eu estou pensando que aconteceu, não é? - Ela indaga - Onde ele está agora?

– Sim, é o que está pensando. Pensei que não pensasse esse tipo de coisa, Susan! - Começo a sorrir, mas paro ao responder a outra pergunta - Ele foi resolver algumas coisas - digo meio chateada, e estava, mesmo não querendo admitir.

– Bem, espero que ele volte sozinho. Vai vir agora para casa? - Ela pergunta.

– Já estou indo, me espera aí. E faça aqueles bolinhos, estou com fome - antes que eu possa dizer tchau, ela desliga o telefone. Guardo-o novamente em minha bolsa e pego minhas verdadeiras roupas, um vestido de alças verdes, e volto para o banheiro. Penteio meus cabelos molhados, para que fiquem menos feios. Calço o par de salto-alto preto que usava na noite anterior e pego minha bolsa. Olho-me novamente no espelho. Meus cabelos não estavam maravilhosos, mas também não estavam num estado deplorável.

Saí do quarto e desci as escadas da casa, ninguém da família parecia estar lá, somente empregados, levando de lá para cá objetos da festa.

Eles sabiam que eu estaria ali, por isso não surpreenderam-se ao me ver descendo as escadas.

Passei pela sala de estar e depois pela porta principal. Percebi que um carro estava estacionado em frente a mansão. Não sabia á quanto tempo o motorista me aguardava, então acenei para ele, que imediatamente abriu a porta do carro para mim, e depois entrou nele, dando partida.

No meio do caminho, senti um leve mau estar, meu estômago embrulhava á medida que o tempo passava. Fome, pensei.

Após alguns minutos dentro do luxuoso carro, me despedi do motorista - que nem se deu ao trabalho de retribuir - e entrei no prédio. O mesmo era simples, mas muito bem limpo e cuidado.

Entrei no elevador e apertei no botão que levava-me ao andar que morava com Susan. Chegando, tirei da bolsa minhas chaves, abri a porta e me deparei com Susan enrolada num misto de cobertores por cima dela, assistindo televisão. Ela não parecia ter percebido a minha chegada. Mas não era só ela ali, olhei melhor, me esgueirei um pouco e pude ver melhor.

– Caleb! - Sorri ao dizer seu nome. Os dois se viraram num pulo para trás, assustados. Susan e Caleb eram apaixonados, e os dois sabiam o que um sentia pelo outro. Não namoravam, eram bem a moda antiga. E os dois gostavam assim.

– Quer nos matar do coração? - Caleb disse.

– Não, quero ver os dois casando primeiro, depois, quem sabe?! - Sorrio com minhas palavras.

– Já volto - Susan beija a bochecha de Caleb, que volta a assistir o que quer que estivesse assistindo, e Susan veio até mim, fomos juntas até a cozinha.

– Ele deve estar se sentindo um vitorioso agora. - Disse.

– Pare de pensar assim, Tris.

– Se eu conseguisse, eu pararia.

(...)

2 semanas após a festa haviam se passado; na maior parte dos últimos dias, minha visão escurecia repentinamente e depois voltava. Sentia leves tonturas e para resolver o problema, tomava vários remédios e muita água para que pudesse acabar com meus incômodos. Mas eles não passavam.

Numa tarde, ao chegar de um passeio no shopping, me apoiei no sofá quando me desequilibrei. Minha cabeça parecia querer explodir e minha visão, escurecia cada vez mais.

– Tris? - Susan falou - Tris? - Ela tentou novamente - Tris! - Ela gritou. Olhei para ela, antes de sentir minha visão escurecer totalmente e cair em uma parte do sofá.

Meus olhos abriram lentamente, e tentei enxergar melhor o novo local em que estava, as paredes eram num tom branco, uma mesa estava ao lado da porta. Olhei para meu lado e vi Caleb e Susan conversando com um médico, ele segurava vários papéis e também uma prancheta.

– Que bom que acordou - Susan falou ao me ver, ela tinha uma expressão feliz e confusa no rosto - precisamos conversar.

– Claro - digo.

O médico e Caleb se retiraram do quarto. Susan e eu ficamos sozinhas no quarto; ela hesitou, mas por fim disse:

– Tris, você está grávida.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Espero que tenham gostado do capítulo!Não se esqueçam de comentar! Beijos