Cybernetic Doom - Livro 1: O Mundo Cibernético escrita por FaheL7


Capítulo 5
Capítulo 5: Reestruturando os alicerces


Notas iniciais do capítulo

Hello Guys!

Bom galera, este é o primeiro capítulo pós o desastre ocorrido em Freedom City nos últimos episódios e também é um dos primeiros a mostrar mais a fundo a personalidade de um dos nossos personagens e as consequências de tudo aquilo para a população cibernética.

Vale à pena ler, espero que gostem!

Obrigado.



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Capítulo 5: Reestruturando os alicerces.

Um dia depois ao inesperado e grande ataque ocorrido em Freedom City, havia muita coisa a se fazer.

A cidade estava praticamente aos pedaços. Escombros e casas derrubadas e dezenas de desaparecidos.

No castelo, Luíza estava sentada em uma cadeira fazendo os registros de todos os voluntários para o grupo de patrulheiros que partiriam para as outras cidade do Continente Freedom para levar e trazer informações sobre o estado em que as cidades vizinhas se encontravam, pós-invasão.

Do outro lado, um pouco distante, Richard, um dos antigos Guardas Reais, fazia as inscrições do grupo que estava disposto a ajudar na reconstrução de tudo que havia sido destruído.

Muitos eram solidários e demonstravam interesse em resolver a situação o quanto antes. As filas estavam enormes.

– Daniel, poderia me cobrir por uns instantes, preciso tomar um ar?... Ela pedia para um dos guardas.

Levantando-se da cadeira, ela dirigiu-se até a janela onde deu uma sacada no andamento das obras na cidade lá fora. Haviam pessoas trabalhando o dia todo, carregando madeira, pedras e ferramentas.

Ela observava o pátio principal, frente ao castelo quando viu que seu irmão mais novo, Fahel e seus amigos se aproximavam do local em que Jaxy havia desaparecido na noite anterior. Aquilo com certeza não era bom.

...

Juntos aos seus amigos Ash e Johany, incluindo as duas garotas animateds que conheceram na noite anterior, Fahel procurava pela namorada. Na noite passada sua irmã disse que voltaria ao local para tentar encontrá-la, para ele não se preocupar, mas, retornou dizendo que era tarde demais. Porém, o jeito que ela falava parecia como quando ela estava mentindo, ele precisava dar uma olhada.

Eles já caminhavam por alguns minutos, distantes do castelo, desviando de alguns entulhos e escombros...

– Acho que foi ali! – Disparou na direção de alguns destroços.

– Hey Fahel, espere por nós. - Johany tentava alcançá-lo, com sua perna ainda machucada, enfaixada e coberta com um simples curativo feito às pressas para que pudesse acompanhar o amigo que considerava um irmão naquela missão, mesmo mancando.

Ao se deparar com o local do desabamento, o jovem rapidamente pôs-se de joelhos.

Frente à ele, apenas um pedaço do vestido que a jovem usava durante o festival, manchado de sangue, embaixo dos pedregulhos.

Era fácil decifrar o que havia acontecido ali. Ninguém precisava dizer nada. Quem sobreviveria aquele monte de concreto?

Quando seus amigos conseguiram o alcançar, se entristeceram ao observar o olhar trepidante do rapaz, que parecia estar distante dali, voltando no tempo, lembrando de todos os momentos que teve com a sua amada. Mas, em sua mente, na verdade ele apenas se culpava.

Quando havia ingressado naquele mundo, jamais imaginara que algum dia teria de reviver a dor de ver alguém que amava morrendo denovo em sua frente, sem poder fazer nada. Como fora no dia do acidente de carro com seus jovens amigos no mundo real. Quando toda ensanguentada sua namorada segurou firme em uma de suas mãos e lhe deu um beijo de despedida, antes que seus lindos olhos parassem de se mexer e seu espírito deixasse seu corpo calmo e tranquilo descansar.

Naquele mundo, ele parecia ter superado, mas agora, tudo tinha voltado à tona.

Ninguém se atrevia à dizer uma palavra. Todos estavam respeitando aquele momento de dor do colega.

Dando passos cuidadosos, seu melhor amigo Jô apenas encostou a mão direita num de seus ombros, demonstrando solidariedade para com seus sentimentos.

Todos estavam com o semblante desfalecido.

Ele via, mas não podia acreditar, ou simplesmente não queria. Abalado, todos os seus amigos podiam ouvir bem baixinho a angústia que escapava de sua garganta, por mais que ele a prendesse junto ao seu fôlego para não ficar tão nítido o seu estado psicológico.

– Ela era uma pessoa muito boa. – Ash lamentava.

Foi quando as lágrimas desceram dos olhos de Fahel como represas com fissuras e todo o seu corpo começou a tremer.

Seu amigo não conseguia presenciar aquilo calado:

– Cara, eu acho que consigo imaginar o que você está sentindo, mas sei que nem de perto posso sentir o mesmo... Mas você não pode se entregar à isso. Ela não ia querer te ver desse jeito.

Aquelas palavras sequer tiveram a chance de prender a atenção de Fahel. Ele estava distante, perdido naquelas centenas de questões que invadiam sua cabeça, sem bater na porta segundo após o outro. Ele não queria que o vissem daquele jeito, que ficassem ali impotentes, observando sua fraqueza. Ele era assim. Podia o céu estar caindo sobre os seus ombros, ele não gostava de demonstrar seus sentimentos em público.

Ele estava inconformado e em momentos de tristeza, ele costumava esconder tudo com um grande sorriso, mas seria muito insano sorrir num momento como aquele. Ninguém conseguiria. Todos entendiam seu silêncio.

Ainda ajoelhado ele decidiu tentar mover aquelas grandes placas de concreto sozinho. Um ato que parecia inconsciente. Involuntário.

Todos podiam entender a sua dor, mas não queriam que ele se machucasse.

– Pare Fahel, pare com isso, você não vai conseguir fazer isso cara. – Ash tentava o impedir segurando um de seus braços.

Então, após respirar profundamente todo o ar que conseguia e soltá-lo completamente junto à algumas tristezas que o sufocavam e causavam a sensação de um nó na garganta, Fahel voltou de onde quer que tinha ido dentro de suas lembranças e falou o que pensava ser mais propício para se dizer naquele momento, pedindo para ficar sozinho:

– Por favor, eu quero que me deixem só.

...

No pátio principal, as pessoas trabalhavam tranquilamente.

Ninguém era obrigado à fazer aquilo, mas muitos estavam dispostos.

Os cidadãos da cidade eram conhecidos por serem muito simpáticos e solidários.

Com parte da perna enfaixada, a garotinha que havia machucado o joelho na última noite voltava do hospital com sua mãe também animated, porém, mais velha.

– Oi!... Um garotinho animated surgiu com algumas rosas nas mãos.

– Oi... Respondera a jovenzinha.

– Pegue, elas são pra você!... Dizia o rapazinho estendendo o ramo.

Ele era o garotinho que fizera cócegas na coleguinha durante a festa, provocando a perseguição da mesma que ocasionou em seu tombo. Ele esperava conseguir suas desculpas.

– Hãmmn.. Como você está, vai ficar bem?... Perguntou preocupado.

– Sim, o doutor disse que logo vou estar correndo denovo e eu já estou quase me sentindo nova outra vez... Sorriu a menina raposa.

Enquanto eles conversavam, Luíza passava por ali. Ela planejava encontrar o seu irmão para ter uma conversa, quando encontrou Johany e os outros voltando.

– Johany? Você viu o meu irmão?... Indagou.

– Sim... Nós fomos procurar a namorada dele. Sabemos que você nos pediu para impedirmos, mas você sabe com ele é cabeça oca. Quando ele quer alguma coisa, não desiste, então achamos melhor acompanhá-lo caso o resultado não fosse bom.

– Eu entendo... Mas como ele está? Ele viu?... Referia-se ao corpo.

– Infelizmente. Ele chorou muito e pediu para ficar um pouco só, mas acho que vai ficar bem.

– Obrigada, mesmo assim vou tentar ir falar com ele. Não é muito bom se sentir sozinho nessas horas e quem sabe à mim ele não escuta.

– Espero que sim Luíza. Boa sorte. – Disse o rapaz se distanciando entristecido.

...

Um pouco distante dali, próximo aos portões da cidade, Vhankz, um dos mestres de caça já treinava o primeiro grupo de voluntários para se tornarem os patrulheiros que defenderiam a cidade no caso de outra invasão, junto aos outros mestres.

Os novatos estavam dedicados seguindo todas as instruções, até que um deles começou a proferir xingamentos à outro.

– Saia de perto de mim, senão eu vou te atravessar com minha espada.

– O que está acontecendo aqui?... Se aproximou o instrutor.

– E-eu não sei, eu estava aqui treinando quando esbarrei nesse idiota que partiu pra cima de mim com ignorância... Outro explicou.

– Não foi bem assim, não minta ou eu vou acabar contigo.

– Porque você não vem então, tá com "medinho", vai ficar só falando? O que te impede?

– Hey, hey, calma garotos.

Já era e se esperar, muitos daqueles jovens apesar de serem voluntários não teriam capacidade psicológica para andar com armas por ai, mesmo que essas fossem armas brancas.

– Os dois podem interromper seu treinamento. Estão dispensados por 3 dias e espero que quando voltarem tenham se arrependido. – Disse o Mestre em espadas.

Os rapazes New Humans soltaram as armas e saíram se encarando, para lados opostos até virarem de costas um para o outro e seguirem seus caminhos.

– * Isso é preocupante!... Vhankz começava a notar como o stress da noite anterior podia ter afetado alguns cidadãos.

De repente, o portão principal de madeira que dava acesso para Freedom City começou a ser socado e muitas vozes pedindo ajuda vinham de lá de fora.

Continua...


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo...

Estranhos sobreviventes chegam na cidade contando sobre o caos que está lá fora, dizendo que as criaturas continuam atacando nas florestas.

Há muitas pessoas ainda doentes e à beira da morte devido à substância maligna liberada pelo Lord of Shadows e os Químicos da cidade contam o que será preciso para que os antídotos possam ser fabricados.

Será que existe alguma cura, ou todos estão destinados à morrer?

Até mais!



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