Interrompidos escrita por MaNa


Capítulo 19
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Bom, o que posso dizer? Acabou.

Isso me deixa feliz , mas ao mesmo tempo triste e realmente espero que vocês tenham aproveitado bastante essa empreitada, sei que eu amei cada momento.

Algumas desculpas finais:
Demorei a postar porque resolvi revisar TODOS os capítulos e encomendar uma capa original para a fic. Achei que merecíamos terminar em grande estilo. Os leitores antigos, se desejarem reler, vão perceber que tanto a diagramação do texto quanto alguns detalhes foram melhorados ou adicionados. Me perdoem pela demora mais uma vez, mas eu quis esperar a capa chegar antes de terminar essa história.

Por fim, algumas curiosidades:

Sempre escrevo Rainha com "R" maiúsculo inspirada no livro Dragões de Éter, de Rafael Draccon, no qual ele fala sobre o soberano ter que ter o título em maiúsculo. Achei foda, e resolvi dar a Elsa esse direito também.

A fic foi quase toda pensada enquanto eu escutava um mix das músicas "Let it go" e "Let Her Go", recomendo relerem as partes emocionantes ao som desse mix. kkk

Não era para ter durado tanto. kkkk Na verdade, originalmente seria apenas um one shot, no caso o primeiro capítulo e terminaria daquele jeito mesmo, mas vocês pediram tanto por uma continuação que eu me empolguei e topei a aventura.

Essa história foi escrita buscando criar um enredo que não interferisse nos filmes originais: estava ficando louca ao ler fics em que, por mais que fossem ótimas, quebravam totalmente as histórias dos filmes. Cumpri meu objetivo?

E aí? Estão prontos para curtir o final?

Muito obrigada por terem aguentado meus atrasos, minhas desculpas e pela paciência interminável de vocês. Eu amo escrever e se quiserem saber de outros trabalhos meus, originais, tenho uma história de drama/ fantasia sendo postada aqui no Nyah, que estou revisando antes de continuar a escrever, o título é " O Pássaro do Gelo". E em breve postarei uma comédia romântica "A noite todos os gatos são pardos", mas que ainda estou desenvolvendo, sem previsão de postagem.
Tenho também um blog: www.escrevendoparaser.blogspot.com, no qual posto contos, crônicas e as vezes resenhas. Eu adoro escrever contos, tenho até um livro publicado com eles, e no final do ano, se tudo der certo, estarei publicando em duas coletâneas da editora Andross. Se ficarem de olho no blog, vão saber mais sobre o assunto.

Sei que tenho muito a aprender e que minha escrita precisa evoluir bastante, em vários pontos, mas sei que chego lá. Realmente agradeço por todo o carinho dos comentário e até mesmo as ameaças de morte. Um beijo especial para quem favoritou e recomendou a fic: vocês quase me fizeram chorar.

É isso, espero vê-los em breve, tanto nos comentários quanto em outros projetos.♥

Com vocês: O EPÍLOGO



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617911/chapter/19

Narrador Onisciente

Ninguém jamais encontrou a Rainha de Arendelle. O que se sabe é que um veneno de efeito lento foi descoberto em algumas garrafas do castelo, justamente na safra predileta de Elsa. Também foi desvendada uma conspiração criada por pessoas insatisfeitas com a decisão da Rainha de não desposar o príncipe Diego. Agentes desse movimento teriam se infiltrado no castelo e "batizado" as bebidas. Afinal, alguns grupos mais conservadores estavam incomodados com uma mulher no comando e, principalmente, uma mulher que não serviria ao que acreditavam ser seu maior propósito: casar e ter filhos.

Anna logo ao assumir o trono fez questão de prender e punir um por um dos responsáveis. Ela ficou conhecida por ser uma Rainha justa e amável. Além disso, para o desespero dos conservadores, a nova soberana de Arendelle mudou as leis do reino, garantindo que mesmo que a Rainha se casasse ela ainda deteria todo o poder, caso fosse a herdeira do trono.

(...)

O sumiço de Elsa e a revelação de que teriam tentado assassiná-la, enfureceu e entristeceu a maior parte do reino. Afinal ela havia sido uma Rainha muito amada.

Por mais que quase todos acreditassem que a soberana de Arendelle já não estava entre os vivos, Anna passou o resto de sua vida tentando encontrar a irmã. Pois, em seu coração, sentia que Elsa ainda estava por aí, em algum lugar.

(...)

Séculos depois

Ela trançava o cabelo tentando manter algumas mechas que se negavam a seguir o penteado.

—Já está linda.

A loira sorriu.

—Ainda falta um... pronto. Todos os fios estão devidamente arrumados.

O boneco de neve a observava com a expressão de uma criança em uma manhã de natal.

—Então podemos sair?

Um longo suspiro.

—Olaf, sabe que você não pode.

Ele abaixou a cabeça, os olhinhos miúdos e o semblante murchou.

—Oh, meu amigo, eles podem lhe enxergar. Já tentamos isso antes, lembra como se apavoraram quando viram um boneco de gelo vivo?- Os braços de Olaf balançavam passando pelo corpo de neve, enquanto a cabeça encarava o chão.

—Sinto falta do Kristoff e da Anna, de poder andar por aí...

Foi a vez de Elsa segurar as lágrimas. Ela sempre sentia vontade de chorar quando lembrava da irmã.

—Também sinto, Olaf. Mas nossos destinos foram separados. Eu tentei permanecer com vocês...

—É, eu sei.-  Deu um sorriso.- Pelo menos você me trouxe de volta. Em outra época, mas mesmo assim. Estou vivo!

Ela sorriu.

—Como não trazer um dos meus melhores amigos de volta? -  Olhou o relógio. -Está na hora. Preciso ir. – Levantou rapidamente, vestiu a causa jeans amassada e um agasalho azul de inverno, em seguida deu um beijinho no boneco.- O Homem da Lua me manteve por aqui por uma razão.

Olaf sorriu.

—Tudo bem, bom trabalho, espirito da liberdade. - Elsa agradeceu e fechou a porta da pequena cabana de gelo onde morava, tão diferente de seu enorme castelo. "Sim, eu sou isso", pensou antes de seguir a trilha que a levaria a cidade mais próxima.

(...)

—Por que nos chamou com tanta pressa Norte? - Jack perguntou enquanto se jogava no novo pufe vermelho do escritório.

—É bom que tenha uma ótima razão, logo chega a páscoa e aqueles ovos não se fazem sozinhos! - O Coelhão tinha acabado de entrar, e, apesar de tentar parecer mal humorado, era possível ver o brilho de alegria em seus olhos. Mesmo que os outros guardiões ainda não soubessem, Norte já tinha sido informado pelo amigo que a Fada finalmente estava dando uma chance aquela relação.

—Acredito que seja algo importante. Noel, não vai nos dizer? - O guardião do natal mal pensou na amiga e ela irrompeu pela janela com mais meia dúzia de fadinhas. Ao seu lado Sandman estava com uma interrogação de areia que pairava em sua cabeça e um olhar de expectativa.

Noel respirou fundo.

—Amigos, ele escolheu novamente.

Todos os guardiões automaticamente ficaram sérios e observaram com reverência o local, no meio do salão, onde seria projetado a imagem do novo guardião.

—Mas não temos nenhuma ameaça iminente, não é Norte?- Perguntou a Fada.

—Não, não. Mas por alguma razão Ele acha que precisamos de mais uma pessoa na equipe.

Todos ficaram quietos, refletindo sobre a surpresa que o Homem da Lua estava aprontando.

—Tomara que dessa vez Ele tenha bom senso e não mande outro Jack Frost.- O Coelho deu uma risadinha, quebrando o silêncio.

—Pensa rápido! - Antes que pudesse desviar, o guardião da páscoa recebeu uma bolada de neve na cabeça. - O que foi?- Jack deu um meio sorriso- Perdeu o senso de humor?- Os bigodes do amigo se empertigaram.

 - Quietos vocês dois- a Fada pediu. Eles não tinham respeito por nada?

Jack ia provocar de novo, mas a lua, que nasceu cedo naquele dia, foi mais rápida iluminando o espaço mágico e mostrando a silhueta de uma mulher. Todos esperaram ansiosos a imagem se formar. Aos poucos, a projeção ficou nítida: ela vestia um vestido longo, com uma capa que cobria parcialmente sua cabeça, deixando escapar uma bela trança.

Jack sentiu o ar fugir de seus pulmões. Aquele vestido, aquela trança... se ao menos pudesse ver seu rosto. Seria mera coincidência?

Não, provavelmente era apenas a saudade afetando seus olhos.

(...)

Elsa sentada em um banco de madeira observava algumas crianças se divertindo no parquinho. Uma delas, uma garota que devia ter em torno de 9 anos, queria brincar com um foguete, mas o irmão mais velho gritava dizendo que aquilo não era uma brincadeira de menina.

—Meninas brincam de boneca e cozinha, vocês não podem brincar com coisas de menino.- Ele explicava com o nariz empinado. A garotinha estava com o rosto avermelhado pelo choro iminente.

Elsa sacudiu a cabeça em desaprovação. Com um aceno das mãos enviou uma brisa gelada em direção aos dois. -Você é livre criança para brincar e ser o que desejar, sem medo.- Sussurrou. Em seguida presenciou a menina enxugar as lágrimas e dizer ao irmão que brincaria com o foguete e que aquilo não era da conta dele. O menino ficou tão surpreso com a reação da pequena que a deixou pegar o brinquedo. A Rainha sorriu, adorava saber que tinha contribuído para a felicidade de alguém.

 

Precisava ir embora, a tarde logo chegaria ao fim e Olaf provavelmente estava impaciente esperando sozinho na casa. Antes de levantar, no entanto, fechou os olhos e respirou fundo lembrando da conversa que teve com o amigo pela manhã. Eram tão solitários, sentia tanta falta de todos. Lembranças de sua própria infância começaram a aflorar em sua mente.

"Você quer brincar na neve?", Anna sempre perguntava.

Já fazia muito tempo.

— Rainha do Gelo?

Ela estancou no banco. Seus olhos se arregalaram, o coração começou a bater mais rápido. Aquela voz, seria possível? Após tantos anos... Elsa o tinha procurado, mas o Homem da Lua havia deixado clara a mensagem de que não poderia intervir no destino de Jack. Não até que ele vivesse tudo que já fora escrito. Com cautela, quase que com medo de descobrir que era qualquer outra pessoa, se virou. E foi como se tudo parasse.

O nervosismo foi embora, o coração se aqueceu.

— Jack! - Ela nem notou que atrás do guardião estavam um senhor com uma grande barba branca, um coelho em tamanho humano, um homenzinho amarelo e uma fada. Elsa e Jack apenas se encaravam, incrédulos.  

O casal nunca soube dizer quanto tempo passaram ali, apenas fitando um ao outro. Porém, do mesmo jeito que tudo parou em um instante, subitamente o movimento estava de volta, levando ambos a retomaram o paço e rapidamente diminuir a distância.

O guardião a abraçou tão forte que a Rainha pensou que se fundiriam. Elsa, por sua vez, se permitiu sentir o cheiro dele, deixar o corpo saber que Frost estava ali, eles estavam juntos e, dessa vez, para todo o sempre.

(...)

Elsa se tornou a Guardiã da Liberdade, por vezes conhecida como a Rainha do Gelo ou da Neve, aquela que garante as crianças o direito de serem o que quiserem e as ensina a superar seus medos.

A Fada e o Coelhão finalmente assumiram o namoro. Norte continua o mesmo senhor risonho e cheio de encantamento que todos conhecem, exceto por algumas noites em que a saudade que sente de Maria permeia seus pensamentos.

Jack está por aí, aprontando. A única diferença é que agora ele tem companhia em suas viagens e missões. Elsa e Frost são inesperáveis e várias crianças dizem ter participado de guerras de bolas de neve nas quais supostamente teriam presenciado dois adolescentes animados, que pareciam produzir magicamente suas próprias munições, tentando acertar um ao outro. Os adultos apenas riam, divertidos, com essas histórias infantis.

(...)

 No fim de cada dia o casal se junta em uma cabana de gelo discreta, cuja existências alguns viajantes juram já terem atestado, mesmo que no dia seguinte a casa nunca esteja no lugar aonde dizem terem visto.

Foi em um desses dias normais que Jack e Elsa, enquanto deitavam em na cama compartilhada, conversavam sobre tudo o que aconteceu antes que pudessem estar juntos novamente.

—Gostaria de ter dado adeus a Anna.

—Eu sei, meu amor, mas a gente não teve escolha.

—De todos os desfechos, nunca achei que terminaria envenenada.- Os lábios da Rainha tremeram, os pensamentos estavam bem longe da casa. Jack detestava quando ela ficava triste daquela forma.

—Mas não terminou, Rainha do Gelo.- Ele a tocou no queixo, direcionando o olhar da companheira para si- Está muito longe de terminar.

Elsa sorriu.

—Tem razão, Frost, tenho a impressão de que estamos apenas começando.- Naquela noite, o guardião da diversão e a guardiã da liberdade se amaram, aquecendo a cama gelada, enquanto prometiam que nunca mais teriam seus destinos interrompidos novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Estou perdoada? Já sinto a falta de vocês ♥