Amor para Dois escrita por lucsantana


Capítulo 4
TARDE INESQUECIVEL


Notas iniciais do capítulo

CAPITULO NÃO REVISADO



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O fim de semana chegou. Elaine foi me buscar para irmos ao acampamento. Fiquei – quase – contando as horas para esse momento. O carro dela era uma Hilux, nunca tinha andado em uma, essa foi a primeira vez. Como minha avó dizia “Para tudo existe uma primeira vez”.

         No caminho do acampamento eu e Elaine começamos a bater papo. A gente conversava sobre tudo, comida, roupas, cinemas e até relacionamento. Elaine tinha um namorado, Paulo, ele não era um dos mais confiáveis da paróquia mas ela o amava. Ela me contava cada coisa. Somente ela para agüentar aquele homem.

         - Isa, - dizia a mim quase chorando – não agüento mais o Paulo. Ele quer liberdade total, nem parece que somos namorados. Você acredita que ele não quis vir comigo para o acampamento sabe por quê?

         - Hum? – falei fingindo de interessada         

         - Para ir jogar futebol com os colegas. Sabe ele não tem nada de mau – foi o que ela disse – nunca me bateu, me xingou e muito menos abriu a boca para sequer brigar comigo – e você ainda quer mais? Pensei – as vezes acho que ele não esta mais a fim de sair comigo, acho que agora ele esta em outra. O que você acha?

         Não sabia o que dizer. Quem estava precisando de conselhos amorosos aqui sou eu meu bem, e ainda vem querendo dar uma de sofrida pra cima de mim. A treva. Dei uma pausa dramática, fingindo ser a psicóloga, e enfim disse:

         - Pergunta para ele – ela me olhou assustada – se você acha que ele não quer mais você, então termina com ele. Amiga, deixa eu te contar uma coisa – disse querendo parecer a top no assunto relacionamento – larga dele.

         Ela ficou meio pensativa e depois assentiu.

         Não sei de onde veio aquela cara minha cara de pau. Acabei de falar para a minha amiga largar o namorado dela, isso estava meio errado. Ela poderia pensar que estava gostando do seu namorado e queria que eles terminassem para ter caminho livre. Fiz mais uma burrada, mas agora ela tem um motivo para pensar que não sou a fim do Arthur.

 

 

Chegamos ao acampamento.

         - Seja bem vinda ao camping dos sonhos – disse Elaine

         O lugar era realmente lindo, valeu a pena eu vir, não só pelo acampamento mas também por outro motivo o qual você deve saber né. Logo na entrada tinha um caminho cheio de arvores em volta, mais na frente tinha um lago, depois também tinha um lugar com churrasqueiras um parquinho infantil e uma piscina. Também tinha uma espécie de riacho ali mais emaranhado nas matas. Fiquei fascinada com tudo que vi.

         Não tinha muita gente lá do trabalho de Elaine. Além de Artie – estou intima do meu futuro marido -  e mais um povinho ai. Ele estava no maior papo lá com uns colegas. A mesa onde sentavam estava cheia de cervejas, mas Arthur com uma latinha de Coca-Cola BA mão nunca tinha colocado uma gota de álcool na boca.

         Ele veio nos cumprimentar.

         - Olá damas – disse ele dando um abraço e um beijo no rosto de Elaine e meu também.

         - Oi Arthur – eu disse, fiquei meio tímida.

         Nós ficamos conversando em uma mesa perto da churrasqueira onde o grupo estava sentado. Conversamos nós três, Elaine, eu e Arthur até a hora que Elaine sai da mesa para conversar com algumas moças que trabalhavam com ela. Eu e Arthur agora estávamos sozinhos. Ficamos nos olhando por um tempo, as vezes desviando o olhar até ele quebrar o gelo.

         - Sabia que eu ainda guardo aquele e-mail – ele ainda se lembrava.

         - Não fale disso, quero esquecer que aquele e-mail existiu – disse a mais pura verdade.

         - É que eu fico pensando se tudo aquilo foi verdadeiro – fiquei quieta e abaixei minha cabeça. Ele ergueu com os dedos longos dobrados em baixo do meu queixo – então eu pergunto se tudo aquilo foi mesmo verdadeiro?

         - Sim, você por acaso acha que eu ia declarar um amor que não existe? – indaguei. Ele ficou pensativo até eu dizer. – E o sua resposta? Era verdadeira? – pensei que ainda tinha alguma chance.

         - Na época era – e agora? Pensei – agora tudo parece ter se embaralhado na minha cabeça e... não sei realmente o que quero, mas uma coisa é certeza, nunca mais parei de olhar para aquele e-mail.

         Paramos de falar por um tempo até ele de novo falar.

         - E agora eu quero testar – disse ele e me beijou. Fiquei chocada mas me senti super bem. Fiquei chocada por que ele estava beijando alguém que ele nem sabia que amava, mas eu adorei obvio. Me afastei um pouco para ver se conseguia respirar mas só deu tempo de inspirar e expirar uma vez até ele me puxar e me dar mais um beijo super caloroso.

 

 

Fomos para a trilha juntos. Eu estava super feliz com ele a meu lado. Será que aquele era o meu destino? Ficar com Artie? Eu esperava que sim.

         Andamos até a metade onde tinha um espaço para piquenique, nos deitamos na grama verde do camping, que devis ter outro nome pois o lugar era imenso. De barriga para cima e de mãos cruzadas atrás da cabeça começamos a conversar. Falamos de tudo, animais, roupas, compras, estilo e também falamos de futebol, olimpíadas de inverno, carros, tudo o que você puder imaginar.

         - Vamos voltar que Elaine deve estar te esperando – Já eram 19h e prometi para minha mãe que voltaria às 20h.

         - Não, eu quero ficar mais tempo com você – disse e ele riu.

         - Prometo te ligar. – disse depois de suas risadas.

         Fomos abraçados ate o lugar onde as pessoas se concentravam. Quando chegamos lá vi Elaine arrumando uma barraca, eu fiquei meio intimada com aquilo, mas.

         - Vamos – disse quando cheguei.

         - Como assim vamos? – perguntou incrédula – Isso é um acampamento, vamos passar a noite aqui.

         - Mas eu não... – ela me interrompe.

         - Sem mas, combinamos de ir em uma acampamento não foi?

         - Foi – disse meio sem jeito.

         - Então nos viemos o que – ficou esperando que respondesse mas como viu que eu não falei nada completou sua frase – acampar.

         Arthur me convidou para dormir com ele na barraca. Não aceitei, acho que ainda é cedo para este tipo de coisa e além do mais Elaine já tinha arrumado tudo para eu ir dormir com ela. Então a noite caiu fizemos um churrasco, quer dizer, mais um churrasco e fomos dormir. Nunca me esqueci daquele dia. 


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Notas finais do capítulo

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