Alexa e a Guerra da Irmandade escrita por Priscila Luciani


Capítulo 11
Intromissão


Notas iniciais do capítulo

Amores!!
Como prometido, aqui está um capítulo novinho em folha! E mais um enigma é desvendado.
Espero que gostem!! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617840/chapter/11

Aurora gostaria de ficar mais um pouco com Alexa, mas Bernardo apareceu com um enorme cacho de uvas e se juntou a elas na ponte, contando que haviam terminado a louça e que ele resolveu dar uma volta para ver a lua. Então, a ruiva resolveu que era hora de deixar os dois amigos sozinhos e foi deitar-se. Alexa tentou acompanhá-la, queria lhe fazer mais perguntas, mas Aurora insistiu para que ficasse, e disse que poderiam conversar no dia seguinte. A garota não gostou da ideia, mas a ruiva parecia cansada, e ela percebeu que realmente seria melhor que conversassem pela manhã.

Aurora despediu-se dos jovens com um beijo na testa de cada um, como uma mãe zelosa, e foi caminhando com seu olhar gracioso até desaparecer de vista.

— Você é um belo estraga prazer, sabia? – ralhou Alexa.

— O que eu fiz?

— Nós estávamos no meio de um assunto muito importante e você nos interrompeu.

— Estavam, é?

— Sim! Estávamos!

— E qual era o assunto?

— Não é da sua conta!

— Mas é muito grossa mesmo. Ferdinando deveria ter te dado umas boas palmadas quando você era pequena, talvez tivesse aprendido a ser mais gentil com as pessoas.

— Não fale de meu pai. Ele me educou perfeitamente, você é que é um intrometido.

A garota saiu pisando firme em direção à casa. Lágrimas escorriam de seus olhos, lembrava-se do pai e isso a deixava angustiada. Bernardo percebeu a besteira que havia feito e correu atrás dela.

— Lexie, me desculpe.

— Me deixe! – disse ela, sem olhar para trás, caminhando ainda mais rápido.

Então o garoto correu mais um pouco e a puxou pelo braço.

— Me solta, seu ogro! – ralhou ela.

— Só se você me ouvir.

— Seja lá o que você tenha para falar, eu não quero saber!

Embora tivesse um rostinho delicado, Alexa possuía a sutileza de um furacão, e Bernardo sabia perfeitamente disso, no entanto não conseguia ficar quieto perto dela, parecia que se não falasse algo ficaria sufocado, e por isso eles acabavam sempre discutindo.

— Tudo bem. – disse ele, soltando a garota.

Ela não disse nada, apenas virou-se e continuou caminhando em direção à casa, até que as palavras do rapaz a atingiram.

— Eu sou irmão de Melinda.

Alexa parou imediatamente, não acreditava no que seus ouvidos tinham acabado de escutar. Virou-se lentamente e encarou o rapaz que a fitava desconcertado.

— Que história é essa?

— Essa é a minha verdadeira casa. E Melinda é minha irmã.

Alexa ficou calada por alguns segundos, que para Ítalo pareceram um eternidade.

— Por que você nunca me contou?

— Porque ainda não era a hora.

— E que hora é essa? Agora, quando eu estou completamente perdida em uma casa de estranhos, onde o único que eu pensei que conhecia também virou um estranho?

— Não, Lexie. Você não entende. Isso não é uma brincadeira de bruxas ou um passeio turístico por portais secretos. Uma verdadeira guerra se aproxima, e você tem um papel importante nela.

— Do que você está falando?

— A irmandade está ficando mais poderosa a cada dia, seu poder se fortalece através da dor e da destruição, e nós temos que impedir isso.

— Eu não estou entendendo.

— Lexie, você precisa lutar pelo nosso povo.

— Bê, você está me deixando confusa.

— Olha só, eu não vou saber explicar direito, não sou bom com essas coisas. Mas você entenderá tudo amanhã, quando visitarmos o mago, ele te mostrará o fio do seu destino, e então você entenderá.

— Fio do meu destino? Você está ficando maluco? E além do mais este mago desapareceu.

— Você entenderá.

— Isso não é só mais alguma das suas brincadeiras de mau gosto, é? Porque se for, eu...

— Você acha mesmo que eu brincaria com um assunto sério como esse?

A garota o olhou desconfiada, e então ele ficou desesperado.

— Lexie, pessoas estão morrendo, crianças estão sendo assassinadas, o povo de Redak está sofrendo com a ira das irmãs, o medo assola o reino, inúmeras atrocidades estão sendo exibidas em praça pública, causando pavor em todos. Você acha mesmo que eu brincaria com um assunto tão grave como esse?

Ele a encarou com um olhar sério, e desta vez ela sabia que ele estava falando a verdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijinhos mágicos!!
Até o próximo capítulo!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Alexa e a Guerra da Irmandade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.