Fim de Férias - Interativa escrita por Chars


Capítulo 2
Fim de Férias.


Notas iniciais do capítulo

CABUM! Apareci *joga purpurina* brilhaaaando, como sempre.
O primeiro capítulo, todos aparecem nesse capítulo, é meio que uma introdução as aulas e falando um pouco mais sobre os grupos e as amizades.
Espero que gostem.
Beijos mil



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Quando os adolescentes tem que acordar para o primeiro dia de aula tudo é um caos, as férias acabaram e começa tudo novamente. Acostumados a dormir tarde e acordar mais tarde ainda, é quase impossível acordar antes das seis da manhã. O dia primeiro de setembro é quase sempre o dia mais odiados dos menores de 19 anos.

Dulce Miller não é muito diferente de qualquer adolescente, a não ser que ter dois pais seja diferente pra você.

Allan se aproximou da cama da filha e lhe soprou o ouvido, fazendo-a se revirar e encarar os lados, puxou a coberta e cobriu-se até a cabeça.

– Tem que acordar, hoje é seu primeiro dia, não pode se atrasar.

– Fala como se fosse a primeira vez que eu vou pra aquela escola.

– Não, mas esse é seu último ano, tem que aproveitar. – ele disse e ela sorriu.

– Tudo bem, só vou levantar porque lembrar que esse é o último ano naquele lugar me deixa feliz. – ela falou e ele sorriu.

Segundos depois a morena se levantou e foi até seu banheiro, seu pai já tinha saído do quarto deixando-a sozinha novamente.

A garota se segurou para não voltar a dormir, estava cheia de sono, nas férias tinha trabalhado duro na locadora para conseguir um dinheiro extra.

Separou uma roupa e se vestiu correndo, seu pai a levaria para o colégio, mas nem por isso podia se atrasar, como ela era bolsista, não podia ter mais de 5 faltas não justificadas por ano. E nada de atrasos, nem notas baixas.

Quando ela chegou no colégio todos corriam de um lado para o outro nos corredores, até que finalmente encontrei sua melhor amiga, Melissa Rodrigues.

Melissa sempre fora na dela, mas ela e Dulce sempre foram melhores amigas, desde o primeiro dia estavam juntas. Mas parecia que a vida que elas levavam nunca era o suficiente.

– Bom dia. – Mel disse sorridente.

– Eita, que bom dia foi esse? O que aconteceu desde a última vez que eu te vi? Tipo, a uns dois dias atrás.

– Nada demais, só estou feliz em voltar ao colégio.

– Mentira. Tem caroço nesse angu. – brincou Dul.

Quando Dulce olhou para o lado viu que alguém as encarava e ficou vermelha.

– Porque é que ele não para de olhar pra cá? – Dulce perguntou e Melissa fugiu do assunto.

– E eu que sei? Julian sempre foi estranho.

– Julian? Desde quando você o chama de Julian e não de ameba bombada? – Dulce estava suspeitando de algo, seu cérebro não parava de juntas as peças. – Não acredito! – ela gritou.

– Fica quieta. – Melissa puxou a amiga para o banheiro mais próximo. – Para de gritar, não seja histérica. Nós não temos nada um com o outro, ele só foi gentil comigo.

– Gentil? Desde quando Julian Morrison é gentil com alguém sem querer nada em troca? – Dulce perguntou e a amiga riu.

– Eu não sei, mas ele foi comigo, e ele é bem legal se quer saber.

– Na verdade não, eu não quero saber. – ela cortou a amiga e foi saindo do banheiro.

– Onde você vai? – perguntou Mel.

– Pra aula, se quiser ir tudo bem, se não pode ir “namorar”.

Mel estava achando tudo aquilo muito estranho, Dulce nunca foi de brigar com ela por nada, ainda mais por causa de um garoto que Mel nem sequer estava ficando, só estava conversando com ele, nada demais.

– Que garota maluca. – resmungou Mel, sozinha no banheiro.

Quando a morena saiu do banheiro deu de cara com o assunto da conversa.

– Eai, amiga da Mel. Tava pensando comigo e reparei que nunca vi a Mel com um garoto, ela tem namorado? – Julian perguntou e Dulce revirou os olhos.

– Primeiro, eu tenho nome, Dulce. Segundo, pergunte a ela, e terceiro aprende a falar direito primeiro e depois posso até pensar em conversar com você. – Dulce resmungou e saiu andando.

Deixando Julian com a maior cara de tacho, sem entender absolutamente nada do que tinha acontecido ali.

Segundos depois quando Mel saiu do banheiro ele a abordou.

– Eai gatinha, tá sabendo que amanhã começam os treinos pro futebol né? – ele perguntou e ele cerrou os olhos, tentando entender.

– Sei, mas o que eu tenho com isso? – ela perguntou e ele sorriu, o que a deixou derretida por dentro, mas com a mesma postura por fora.

– Eai que quero você lá, me vendo jogar, torcendo por mim, dizem que dá sorte quando a gata do cara torce por ele. – ele disse e ela começou a rir.

– Julian, é claro que eu vou estar no treino, sou líder de torcida, estou sempre torcendo por você, mesmo que indiretamente. – ela falou e ele fez cara de quem não tinha entendido.

– Indiretamente? – ele perguntou e ela riu.

O garoto apesar de lindo e gentil era uma anta.

Os dois foram andando juntos até a sala de aula, enquanto Mel tentava lhe explicar o que tinha dito.

Não tinham muitas pessoas na sala, então os dois se sentaram perto de Dulce, que ficou os encarando com raiva. Não gostava da amiga perto do garoto porque sabia que ele não era bom pra ela e que iria magoá-la.

A sala foi se enchendo de gente aos poucos, assim que Emily entrou na sala os olhos se voltaram para ela, saber como a garota estava era como se fosse prioridade para os alunos.

Quando Peter apareceu as garotas que estavam na sala suspiraram, mas é claro quase todos já estavam na sala, já que Peter sempre chegava em cima da hora.

Ele se sentou ao lado dos melhores amigos, Emily, Sophia e Thomas.

Sophia era a típica garota popular, que todos os garotos queriam ficar mas que quase nenhum conseguia por ela ser perdidamente apaixonada por um garoto que não se importava em nada além de simplesmente transar com ela. Já Thomas era na dele, calado e um ótimo ouvinte, ouvia até o que não devia ouvir, e sempre sabia de tudo, mas nunca contava pra ninguém. Era esperto e sabia a hora de falar.

Peter e Emily eram tão parecidos que chegava a dar medo, opiniões fortes e sempre decididos, nunca levavam desaforo pra casa, se era pra resolver era pra resolver aqui e agora. Apesar do que muitos pensavam, os dois nunca tiveram um relacionamento amoroso, nem que fosse só uma ficada, eles nunca chegaram nem perto disso, e Peter achava Emily nojenta, não fazia o tipo dele, já de Sophia ele não podia dizer o mesmo, vivia ficando com a garota, mesmo sabendo que ela era apaixonada por Blake.

Peter e Blake nunca se deram bem, mesmo quando menores, os dois sempre foram muito diferentes, cada um no seu grupo e ninguém sai machucado.

Blake sempre andou com as pessoas que queria andar, ele, Matthew, Felicity e Natasha sempre foram de conversar, sair, mas nunca ficar de grude, eles respeitavam o espaço um do outro. Tanto que a divisão na sala de aula era, todos no fundo, mas sempre pulando uma carteira. Espaço.

Já não podiam dizer o mesmo de Mona, a garota popular, que queria o que queria e na hora que mandava. Apesar de toda essa besteira de grupinhos, Mona sempre fora muito ligada a Felicity, apesar de não gostar de admitir, seu namoro com Liam já não era mais o mesmo, mas gostava do garoto, ele era bonito, jogador de futebol e só aumentava o status dela, ao contrário de Felicity que só o deixaria mais baixo.

– Mona, que saudade. – gritou Nathalia.

– Oi querida. – cumprimentou Mona. – Seja delicada, não grite em sala de aula, parece uma gralha. – resmungou a morena, fazendo as amigas rirem.

Mona, Nathalia, Giuliette e Briana sempre foram as melhores amigas do mundo, dentro e fora dos campos. A torcida era a paixão delas, e nada mudaria isso.

Poderiam chamar de desajustados, mas seria ser muito bondoso, Cody, Hazel, Nathan e Tobias eram apenas normais, na deles e sempre com um console na mão.

– Não sei como essas garotas conseguem falar tão alto. – zombou Cody, o mais brincalhão dos três.

Todos eles transitavam entre os grupos, conversavam com quase todo mundo e sempre eram considerados o palhaço do grupo, onde quer que estivessem. O que Hazel não gostava muito, ela era na dela mais as vezes conversava com o grupinho de Blake, o que não a impedia de ficar com seus melhores amigos estranhos e praticamente bipolares.

Apesar de algumas garotas terem receio de conversar com Hazel por ela ser bissexual, Natasha era uma das únicas que não se importava com isso, Hazel era a única garota com quem Natasha conversava, porque para ela era como se Hazel fosse um garoto, ela se portava com um e gostava das mesmas coisas que um poderia gostar.

Mas apesar de toda essa confusão, Hazel só não se sentia pronta para gostar de alguém, fosse homem ou mulher.

– Fala sério, eu ainda não consigo acreditar que você e a Natasha são amigas, aquela garota é maluca, ela não conversa com ninguém e vive aprontando por ai. – reclamou Cody.

– Cala a boca baixinho, ela é maneira, só é na dela, e ela faz o que ela quiser, a vida é dela. Deixa de ser enxerido. – respondeu a loira.

– Hazel, Natasha parece ser gente boa. – Tobias falou e a garota sorriu agradecendo.

– Ei, achei que você estava do meu lado. – reclamou Cody.

– Eu sempre estou do seu lado. – zombou Tobias, ainda sorrindo para a amiga.

Eles não tinham nome, mas todos sabiam que se quisessem status ou algo do tipo, namorar com eles era o caminho, apesar de difícil, ou melhor, quase impossível fisgar o coração de algum deles. Dormir com eles era tarefa simples, passar mais de um dia, difícil, conseguir chama-los de namorado, quase impossível.

Julian, Jamie, Jonathan e Liam eram melhores amigos desde a oitava série, o futebol e o hóquei eram parte de suas vidas, mas nada os deixou mais afastados do que as garotas. Liam e Mona estavam namorando, Julian no ano anterior não largava Briana e agora estava atrás de Melissa. Jamie e Jonathan só sabiam falar de Natasha e Emily, que estavam cada vez mais gostosas segundo eles.

As vezes que Natasha dormiu com Jonathan eram incontáveis, nem sequer dava pra ter uma média, sempre que ela estava com tédio mandava mensagem pra ele, e ele fazia o mesmo, mas nem sempre ela atendia.

Todos conversavam na sala, gritos e perguntas do tipo “o que fez nas férias” ou “que dia vamos sair de novo?” ou os mais diretos “Quero te comer de novo, que dia?” , “Qual vai ser a droga do ano?”

Até que a professora entrou e acabaram os murmúrios. A aula de matemática ia começar.

– Este ano tudo estará diferente, as pessoas podem ser as mesmas, mas vocês não terão mais a visão de grupinhos, serão um só, farão todas as atividades em conjunto, todos os eventos e atividades serão para todos e todos terão que ir. O terceiro ano é importante, o último ano para conhecerem as pessoas que nunca imaginaram que seriam tão legais. – ela falou e todos ficaram se olhando, sem entender nada. – Quem for fazer aula de participação na sociedade, irá ter uma grande e incrível surpresa, parabéns a aqueles que tiveram coragem de se inscrever em serviços sociais. Na hora do intervalo a diretora quer que todos vocês se dirijam ao campo de futebol, para mais informações sobre este ano.


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