Guerreiros escrita por L M


Capítulo 71
Perigos


Notas iniciais do capítulo

Olá Guerreiros, tudo bem?
Fui mais rápida dessa vez, heim kkkkk
Boa leitura! :D



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O silêncio da noite preenchia os corredores escuros e vazios do grande palácio, tendo a única luz entrando pelas frestas das janelas ou até as abertas totalmente, era a da mãe Lua. Não se sabia com certeza que horas eram, não se sabia qual o passo dos inimigos, não tinham ideia de como conseguiriam resgatar o Imperado; a única certeza era que haveria brigas naquela noite de tormenta.

Hana conhecia seus limites. Ela sabia que ainda estava longe de chegar a ele, todavia sabia que uma hora chegaria, as vezes era estranho pensar no tempo que ficara sem ver seus familiares que em meio ao silêncio daqueles corredores fantasmas, só sendo interruptos pelas respirações entre-cortadas e os passos firmemente calculados de todos, ela começava a lembrar dos rostos daqueles que amava tanto. Das risadas que dava com sua avó Azami, do carinho e conforto de sua mãe, das histórias que contava ao pequeno Raiden, das conversas jogadas fora com Natsumi, dos ensinamentos de seu pai... Por Deus, sentia falta até dos resmungos e puxões de orelha de sua avó Alli. As vezes a saudade apertava, mas quem era ela para ficar pensando em algo assim nesta altura do campeonato?!

Chegara até ali e só sairia com a vitória. Não se engane, nobre leitor, não é a força física que te torna um vencedor, mas sim o quanto se almeja vencer. Ser forte nunca é o suficiente e nunca saberás verdadeiramente quando chegais ao teu limite, porque sua bravura de enfrentar a situação será maior do que os receios que rondam suas mentes.

Apertando a mão suada da pequena princesa que mantinha nos olhos um terror já vivido por Hana, ela compadecia com a pequena, ora veja... Era apenas uma menina, uma garotinha vivenciando uma briga de monstros. Nenhuma criança deveria sofrer as dores de uma guerra, são cicatrizes que nunca saem, pois não estão em seus corpos e sim em suas mentes. Assim como os que lutam nela, as cicatrizes, neste caso, ficam gravadas a fogo em suas almas já desgastadas, mas fortes.

Hana via a tensão nos ombros dos amigos, estes que ela aprendera a aceitar em seu meio. Estes que ela temia tanto perder. Abaixou o olhar quando a imagem de Shiro veio a sua mente, todavia o parar abrupto de Hideo a fez logo afastar a dor que sentiu e manter-se em posição segurando firme seu arco em uma mão e aumentando o agarre em Aiko com a outra mão.

Hideo cruzou os braços e encostou na parede, cruzando as pernas em sua frente com a cabeça baixa. Goenji o encarou com o cenho franzido, enquanto Hotaru cruzava seus braços e Norio se aproximava do garoto:

—Precisamos de um plano! Andar em meio ao castelo às cegas neste escuro não é algo que vou abrir em discussão. Mesmo sabendo o local para onde devemos ir, sem os outros e melhor ainda ressaltando, sem um plano... Seremos dizimados.-falou Hideo friamente com as duas íris de diamante focadas ao chão escuro:

—Olha, seu nível de otimismo me impressiona! Quer terminar falando como cada um aqui vai morrer?! Porque assim como o comentário anterior vai ajudar muito a aumentar o pânico iminente.-falou Hotaru apontando para Aiko que escondeu o rostinho nas pernas de Hana que acariciava os cabelos lisos da princesa:

—Ela tem que saber o que nos aguarda!-falou Hideo com raiva:

—Pode até ser, mas EU não estou a fim de ouvir seus comentários estimulantes!-falou Hotaru:-Até porque nem vai precisar muito, neste exato momento estou em uma crise de desespero que você não consegue assimilar.

Hideo apertou os olhos, enquanto todos encaravam o loiro:

—Parece irritantemente normal para mim.-falou Goenji revirando os olhos:

—Chega um momento na vida de um homem que a se aprende a conviver com a sensação de não passar nem um resquício de ar na região sul.-falou o loiro e Goenji bateu em sua nuca com força:-AU! Miserável, até parece que nunca sentiu.

—A questão é que precisamos decidir de uma vez o que vamos fazer, já que temos até um tempo limite para isso.-falou Norio concordando com Hideo:

—Nunca fui bom em trabalhar sobre pressão, agora não vai ser diferente.-falou Hotaru erguendo os olhos:

—O pior é que não temos a menor ideia de onde, diabos, os outros podem estar.-falou Goenji:

—E o Kohaku?! Alguém sabe dele?-perguntou Hana se lembrando do professor, recebendo um silêncio em resposta:

—Olha...-começou Hotaru:-Esse aí se tiver vivo não dura muito, assim que acabarmos com essa merda toda... Eu vou dar na cara dele:

—Idiota!-bradou Goenji.

O silêncio se seguiu, enquanto tentavam achar uma forma de reencontrar os outros garotos. Não faziam ideia de onde, diabos, Ran e Kyo estavam, menos ainda onde Takeshi e Riki pudessem estar; sendo que Hideo achava que não tardaria os dois achassem uma saída do subterrâneo:

—Watashi wa jōkyō ga furyōdearu koto o shitte iruga, wareware wa kono mondai no kaiketsusaku o mitsukeru tame ni shite iru baai, wareware wa sore o ushinau koto wa dekimasen. Wareware wa, kono yō ni osoroshī yōna jōkyō o nokoshite nankai, issho ni sagyō suru hitsuyō ga arimasu ka?!-falou Norio seguido do silêncio gelado que instaurou no local:-Eu sei que a situação está ruim, mas não podemos perder a cabeça se quisermos encontrar uma solução para esse problema. Precisamos trabalhar juntos, quantas vezes sairmos de situações tão terríveis quanto esta?!

—Aí que você engana meu caro amigo... A situação não está "ruim", a vida em si que é uma merda e outra, situação tão ruim igual esta seria só se encontrassem a gente.-falou Hotaru:-Coisa que não aconteceu porque Deus não quis.

—Wareware wa karera o tsuiseki suru tame ni watashitachi no chakura o saisei suru koto ga dekireba.-murmurou Hana para si mesma, chamando a atenção dos demais garotos:-Se pudéssemos utilizar nossos chakras para rastreá-los.

—Seria uma ideia brilhante, mas não faço ideia de como se faz isso.-falou Goenji:

—Se tivesse algum dominador de terra a gente abria um buraco no chão.-falou Hotaru dando de ombros:

—Mas o que podemos fazer com dois dominadores de ar, dois de água e um de fogo?!-indagou Norio:-A água não chega lá embaixo, o ar menos ainda e o fogo contém muita energia...

—Quem descobrir leva um beijo na boca!-falou Hotaru irônico:

—Enerugī o setsuzoku...-murmurou Hideo concentrado, encarando seus pés em total transe:-Conectar as energias...

A atenção de todos fora pra o garoto de longos cabelos sério com a mão direita posta sobre o queixo e sua mente vagando nas possíveis respostas par o dilema enfrentado. Hideo se orgulhava imensamente de ser um bom ouvinte nas aulas de chakras e ainda mais, considerava-se com sorte por ter de dividir a equipe com Daisuke e o mesmo ser inteligente o suficiente para saber sobre isso. Ergueu suas orbes claras fitando as expressões confusas, porém concentradas de seus companheiros:

—Tudo bem...-concordou Goenji vagarosamente:

—Poderia explicar?-perguntou Hana nem notando a pequena Aiko se afastando e andando um pouco mais além para se lembrar de onde estavam, pelo escuro que lhes envolvia as vistas:

—E de preferência de um modo fácil e rápido,não temos tempo!-falou Norio.

—Sore wa watashi no kokoro ni ukan tada bakuzento shita aideada... Sanshō shite kudasai. Sore ga kanōda baai demo shitte iru wakede wa arimasen.-falo Hideo suspirando e cruzando novamente os braços, sentindo os músculos tensos:-Vejam bem... É apenas uma ideia vaga que surgiu em minha mente. Nem ao menos sei se é possível.

—Shikashi, sukunakutomo sore wa aideadesu! Jihi, wareware wa sorera no izureka o okonaimasu koto o totemo fuanteidesu.-bradou Hotaru erguendo os braços:-Mas pelo menos será uma ideia! Misericórdia, estamos tão precários delas que qualquer uma serve.

—Hotaru tem razão! E olha que isso é uma coisa rara, ainda mais em situações de risco.-falou Goenji mexendo nos cabelos ruivos:

—Não te suporto!-falou Hotaru:

—... Subete no aidea wa dai kangeidesu Hideo shite kudasai. Watashitachiha, sukunakutomo shikō o kaishi suru hitsuyō ga arimasu.-falou Hana chegando perto do garoto e colocando uma mão sobre seu ombro:- Por favor, Hideo... Qualquer ideia é bem vinda. Precisamos para, pelo menos, começar a pensar.

—Hideo...-murmurou Norio afirmando com a cabeça o que Hana havia dito.

O garoto respirou fundo e quando foi dizer seu plano o grito fino da princesa ecou pelo corredor escuro, fazendo o estômago de todos se revirarem e um frio percorrer as veias de Hana que rapidamente correu em direção da onde vinha o grito. A garota atravessou uma porta aberta e mesmo estando escuro, Hana emanou fogo em sus mãos e viu Aiko em cima de uma cama revestida de panos osa gritando tentando se desvencilhar de mãos que a arrastavam para dentro da parede de madeira que se abrira em uma passagem secreta:

—Hana-cham! Shite kudasai! Tasukete!-gritava a menina tentando sair, mas as mãos a puxaram para dentro daquela passagem, ao mesmo tempo em que Hana corria em sua direção e se jogava na cama batendo com a testa na parede já fechada:-Por favor! Ajude-me! Hana-cham!

—NÃO!-gritou a menina batendo na parede com suas mãos.

Os garotos chegaram no mesmo instante entrando dentro do quarto e Hotaru como estava voando com os ares saindo em volta de seu corpo fechou a porta em um estrondo, fazendo com que todo virassem os rostos:

—Cadê!? Onde ela está, Hana?-perguntou Hotaru flutuando:

—Droga!-gritou a garota socando novamente a parede:-Pegaram ela! Alguém abriu uma passagem pela parede... Não consegui chegar a tempo! Que merda!

—Uma passagem?-perguntou Hideo subindo em cima da cama de solteiro de joelhos colocando as mãos sobre a superfície de madeira, enquanto Hana se sentava com os joelhos levantando os cotovelos apoiados nos mesmos, levando as duas mãos no rosto, cobrindo-o:-Já é a segunda!

—Dōyara karera wa kyūden de ikutsu ka no henkō o okonaimashita.-falou Norio:-Aparentemente, fizeram algumas mudanças no palácio e esqueceram de nos avisarem.

—É, esqueceram de avisar que de vez em quando uma parede se abre puxando as pessoas para dentro. Conhecida como uma "passagem secreta", que nessa altura do campeonato deveria ser a última coisa que deveria aparecer!-bradou Hotaru ainda nos ares:-Mas que porra!

—Não prestamos a devida atenção na princesa.-murmurou Goenji:

—Anata wa nani mo arimasen! Zaiaku-kan ya kōzan, watashi wa mushi... Sore wa watashiniha-te o musubu! Do no yōna jigoku!-bradou Hana chutando uma almofada em direção a parede que logo fez um barulho:-Vocês nada, eu que estava de mãos dadas com ela. A culpa é minha!

Um barulho grave de alavanca e sons de madeira se partindo dentro da parede, à medida que os sons se tornavam mais fortes e estalos mais altos encobriam o silêncio que se seguiu. Hana emanou fogo novamente envolvendo sua mão direita inteira, dando luz ao local que se viram estar no quarto a princesa.

Hana se ergueu um pouco ficando e pé, enquanto os barulhos se tornavam mais incômodos, ela pousou a mão em chamas dentro da lanterna de papel circular que ali tinha acima da cama e afronhada em uma colcha rosa clara com almofadas brancas e da mesma cor da fronha. Um tapete felpudo branco estava no chão e as paredes possuíam pinturas de árvores de cerejeiras. Havia um vaso com uma orquídea branca com lilás ao lado da cama, com um armário branco com detalhes em negros possuindo escritos japoneses; na parede trás de si continha o escrito símbolo do Imperador, era um quarto belo e enorme.

Os barulhos faziam todos se olharem em uma dúvida rabiscada em suas faces. O fogo iluminava fracamente, porém o suficiente para se ver a porta branca com linhas negras fechada, fazendo os olhos castanhos de Hana pousarem ali constatando o óbvio, fazendo-a engolir em seco:

—Muito bem! Barulhos sinistros vindo de dentro das paredes de um quarto de criança, não é nada normal.-falou Goenji flutuando até onde Hotaru colocava uma mão contra a parede pintada de árvores de cerejeiras rosa:

—E como consequência, não é nada normal, ainda mais se levarmos em conta de que a garota foi levada de uma passagem que se abriu da parede.-falou Hotaru.

Ouviram o som da porta rangendo e viram Norio tentando abri-la, para desespero de todos não obtendo sucesso:

—Está trancada!-falou Norio fazendo força para abri-la mais uma vez:-Porra! Ela nem se mexe!

—É claro que não! Hotaru você é com toda certeza o motivo dos meus choros a noite sua peste loira!-gritou Goenji batendo na cabeça do garoto que gritou:

—Por que a porra da culpa é minha, caralho?! Pra início de conversa como eu ia saber que seria a merda de uma armadilha! Eu odeio a minha vida!-gritou Hotaru:

—Fiquem quietos!-gritou Hana ficando de pé na cama.

Os sons estavam se tornando baixos, até o ponto em que desapareceram por completo, fazendo Hana respirar um pouco mais aliviada, porem ainda sentindo no início da uca um arrepio familiar do perigo por perto:

—Kikimasu!-falou Hideo se erguendo, ficando de pé ao lado de Hana e e apoiando na parede:-Ouçam!

—Nani?! Kami no koe wa, hikari o tsuiseki suru chansu de ieba? Soretomo akuma no hanashi ga neji tome sa rete imasu?!-gritou Hotaru irônico com as duas mãos na cabeça, enquanto todos ficavam atentos a qualquer som suspeito ao redor:-O que?! A voz de Deus falando par irmos para a luz? Ou a voz do capeta falando peguei vocês?!

A parede atrás de Hotaru e Goenji caiu no chão protegido pelo tapete, mostrando uma parede negra contendo vários buracos pequeninos, que ao notarem serem flechas sentiram o ar s torna mai pesado. O teto abriu e dois objetos enormes de madeira pura caíram sedo sustentados por cordas, enquanto em seu final lâminas de metal reluziam.

A parede atrás de Hideo e Hana sumiu, como se fosse puxada para baixo, só que ao contrário do que esperavam encontrar ali atrás, sendo a passagem pela qual Aiko fora levada, havia uma parede negra revestida de fogo que iluminava totalmente o local e causava um calor insuportável. Hideo e Hana foram mais para o fina da cama olhando o cenário que se formara o que era antes um quarto de criança, se transformar em um local de tortura:

—Era a voz do capeta, certeza!-falou Goenji quase em um miado assutado, enquanto Hotaru com a boca escancarada e os olhos apertados, mantendo as duas mãos na cabeça, assentia vagarosamente:

—A de Deus vai vim depois que isso terminar, mandando seguirmos a luz.-murmurou o loiro:

—Dōyō kōtei de ōjo no heya to mottomo kanōsei ga takai de otoshiana. Dochira no tsūro wa, karera ga jikan uchi ni sorera o korosu koto ga dekinai baai no torappu to shite sorera o hokaku suru no ni yakudachimasu. Onwa!-murmurou Hideo com os olhos brancos ainda fixos a parede de fogo, sorrindo de lado, sentindo o suor escorrer de suas têmporas:-Armadilhas no quarto da princesa e, muito provavelmente no do Imperador também. Tanto as passagens servindo para capturá-los quanto as armadilhas para o caso de não conseguirem matá-los a tempo. Genial!

—Damare! Osoraku anata o korosu wakede wa arimasen shōsan! Do no yōna osoroshī aidea, jigoku no mae ni yosō shite inai ka, isso no koto, naze kono imaimashī kangae o motte inakatta riyū wa? ! Karera wa kawarini watashitachi no koko ni imashita! Sono furettokabuto ga tadashī, watashitachi no gun wa suimasu!-gritou Hotaru indignado gritando erguendo os braços e os agitando no ar, fazendo ventar e as armadilhas s moverem:-Cala a boca! Não se elogia o que provavelmente vai te matar! Que ideia horrorosa, por quê diabos não previmos antes ou melhor ainda, por quê não tivemos esta maldita ideia?! Seriam eles aqui ao invés de nós! Aquele traste do Kabuto tem toda razão, nosso exército é uma merda!

—PELO AMOR DE DEUS, FICA PARADO!-gritou Goenji abraçando o loiro, fazendo-o parar de se debater e encarar ao redor:-Vai acabar nos matando Hotaru, sua mula!

—Com certeza morrer abraçado com você, é o que não vai rolar mesmo! Mas nem ferrando!-falou o loiro sussurrando:

As armadilhas estavam paradas, assim como o ar e tudo e todos que ali estavam. Em seus ínfimos tinham a completa certeza de que caso se movessem iriam acionar todas e o quarto parecia muito mais pequeno agora:

—Ninguém se mexe! Nem mesmo respire!-falou Norio ainda parado com as duas mãos na porta e as dua pernas posicionadas atrás de seu corpo, como estava fazendo força anteriormente.

Hideo estava com a mão direita agarrada no braço esquerdo de Hana ambos lado a lado, com as pernas em um posição de salto para se o pior acontecesse. As respirações saíam entrecortadas e vagarosas, causando agonia em quem os visse complemente parados, com o suor escorrendo em seus corpos pelo fogo forte da parede negra, que agora Hideo notara conter bolas ali que seriam jogadas contra eles, se acionadas.

Hotaru se encontrava com os braços voltados para cima e seu tronco esmagado pelos braços de Goenji o circulando, ambos conseguindo odiar ainda mais a situação. Ainda mantidos flutuando, tentavam controlar ao máximo seus chakras, como sendo dominadores de ar, qualquer movimento seria suficiente par causar uma ventania ou mera brisa, porém ambos sabiam que se caso acontecesse não seria nada bom:

—Ô minha Santa Mãe! Quem diria que eu iria me arrepender de xingar o problema inicial que era só tentar encontrar os outros! Como viemos parar nisso?!-indagou Hotaru:-Por favor... Não mexam um músculo, nunca pedi nada a vocês!

—Pior do que a gente ninguém tá! Isso eu garanto!-falou Goenji.

                                                                    ***

 

https://www.youtube.com/watch?v=Aneo3F1eLxk

—CORRAM!-a voz gritando de Kyo berrava pelos túneis, enquanto seguiam correndo Riki, Takeshi, Jin, Daisuke e Ran que voava acima dele completamente em pânico com os cabelos arrepiados voando pela velocidade em que se encontrava:

Atrás deles uma bola enorme de concreto enorme vinha rolando ao longo do túnel atrás dos garotos, que pararam de procurar uma saída e se focaram a se manterem vivos. A cada instante em que suas pernas queimavam pela corrida, Ran pegava um ou outro em seus braços para descansarem as pernas. No momento era Kyo:

—Porra, Kyo! Você é um dominador de terra! Tu e o idiota do Riki que não tão servindo pra nada agora! Parem essa merda de pedra!-berrou Ran:

—Cala a boca!É muito fácil falar assim!-gritou o garoto olhando para trás, vendo a enorme pedra redonda rolando mais rapidamente atrás deles:-É uma bola de concreto, não necessariamente pedra pura, iria demorar e seríamos esmagados... Sem contar que iria gastar o chakra que é uma beleza!

—Eu corro o risco!-gritou Ran:

—Nós também!-gritaram os demais garotos:

—Anata wa damatte! Shōgai ga Take wa, baka subete anata shidaidesu! Wareware ga nozonde ita chika ton'neru o kayotte kaeru to no buririanto sae aidea wa mazu koko kara nukedasu kotodeshita!-gritou Riki erguendo os braços, sentino Ran puxá-lo pelos mesmos e Kyo cair já correndo novamente, mas dando tempo o suficiente de Takeshi socar sua cabeça:-Vocês calem a boca! A culpa é toda sua Takeshi, seu idiota! Brilhante mesmo a ideia de voltar pelo túnel subterrâneo sendo que queríamos era SAIR DAQUI PRIMEIRAMENTE! AU!

—Minha culpa é o caralho! Como eu ia saber que essa bola gigante de concreto iria cair do teto e nos perseguir?!-gritou Takeshi irado pela raia que sentia com as duas mãos emanando fogo para iluminar o local:

—Eu sou uma anta! Como fui esquecer das armadilhas, que porra!-gritou Jin socando a própria cabeça:

—Se sobrevivermos eu vou afundar seu nariz, Wurochiha!-gritou Kyo:

—Eu não vou nem reclamar, tô merecendo!-gritou o garoto de cabelos brancos:-Daisuke, não seja um inútil! Faça alguma coisa?!

—O que quer que eu faça?! Ela está rolando muito rápido, não daria tempo pra fazer merda nenhuma!-gritou o garoto:

—Pensa em alguma coisa! Vamos acabar esmagados, Ran não vai conseguir aguentar muito tempo nos carregar, mesmo sendo um por um. Além de que, o chakra dele vai acabar desse jeito!-gritou Takeshi com os olhos vermelhos de raiva:

—Tudo o que ele disse eu concordo!-gritou Ran pegando agora Daisuke em sus braços.

O garoto já se encontrava sem camisa e suas tatuagens se tornaram evidentes, enquanto os demais corriam. A bola continuava rolando, enquanto Daisuke descansava as pernas trêmulas, sendo carregado por Ran, o garoto de franja encarou a situação e tentava desesperadamente pensar em algum modo de escaparem dessa. Takeshi estava com razão, não iriam durar muito tempo fugindo, logo a esfera os alcançaria.

Olhou para trás novamente tendo o vislumbre de algo arriscado, mas que pelo menos iria durar algum tempo para pensarem em algo. Ergueu as mãos puxando a água inteira de seu cantil de emergência e fazendo flutuar majestosa pelo domínio e suas mãos:

—O que, com todos os demônios, você está fazendo Daisuke?!-gritou Ran chamando a atenção dos demais garotos:

—Pelo amor de Deus, que seja uma ideia brilhante!-gritou Kyo:

—É uma ideia! Brilhante eu não tenho tanta convicção!-gritou Daisuke:

—Não importa, já é alguma coisa!-gritou Takeshi:

—Vou precisar da sua ajuda, Ran!-gritou Daisuke:

—Que merda!-gritou o garoto e cabelos arrepiados:

—Monku o teishi shi, chikushō! Tada, Daisuke ga okuru nani!-gritou Jin jáirriado, sentindo sua mais recente tatuagem queimar em brasa em eu peito:-Pare de reclamar, porra! Só faz o que o Daisuke mandar!

—Ah, dane-se! O que vamos fazer?!-gritou Ran:

—Sore wa kantandesu! Anata wa modotte tobu koto ga dekimasu?!-gritou Daisuke ainda com as águas em seu domínio flutuando em desenhos aleatórios pelos ar:-É simples! Consegue voar de costas?!

—Nani?! Watashi wa kangaete imasu!-gritou Ran suando e sentindo seus braços protestarem por carregarem tanto tempo Daisuke:-Quê?! Eu não tenho a menor ideia!

—Kore de wakarudarou!-gritou Takeshi sentindo as pernas queimarem, porém recordava-se de correr muito em seu treinamento, portanto aguentava mais. Nem que para isso tenha que levar alguns garotos em suas costas:-Vai descobrir agora!

—Eu não quero correr mais não!-gritou Kyo.

Ran encarou os garotos abaixo dano tudo o que podiam naquela corrida elas suas vidas, se alum tropeçar não haveria tempo de se recuperar sem antes a bola enorme de concreto passar por cima do indivíduo. Precisavam fazer alguma coisa, respirando fundo, não tendo ideia de como se fazer gritou de volta para Daisuke que movimentava a água com maestria:

—Fala logo, Daisuke! O que fazemos?!-gritou Ran para o garoto de franja:

—Haimen hikō anata wa tachiagatte, sore o shukka teishi shimasu! Watashi wa sore o furīzu shimasu!-gritou Daisuke:-Voando de costas você vai me levantar e deixar de frente para ela! Eu vou congelá-la!

—O que?! Mas tá um forno aqui embaixo!-gritou Ran franzindo o cenho, sentindo seus músculos do braço queimarem:

—Ran, por tudo que é mai sagrado... PARA DE CONTESTAR!-gritou Kyo:

—Não temos muito tempo, vão rápido!-gritou Takeshi:

—Só faz, Ran! Só faz, pelo amor de Deus!-gritou Riki:

—Mas, tá realmente muito quente e...-começou Ran, mas foi interrompido:

—CALA A BOCA, RAN!-gritaram todos:

—Ah, foda-se também... Daisuke espero que saiba o que tá fazendo! Têm vidas em jogo aqui, se bem que não tô ligando muito pra quem tá correndo!-gritou Ran:

—Vou te tacar fogo, imbecil!-gritou Jin já com os braços abertos, desesperado para alcançar mais velocidade, por já está cansado.

Ran forçou-se a voar mais rápido ainda, ultrapassando os outros que corriam começando a sentir os espasmos desesperadores da fadiga batendo em seus corpos completamente pingando a suor e quentes pela alta temperatura.

O garoto de cabelos arrepiados quando tomou mais impulso para frente, jogou Daisuke para o alto que fez as águas circularem envoltos de se corpo; à medida que Ran fazia uma cambalhota em pleno voou mexendo os braços já cansados, antes do mesmo pegar o garoto dominador das águas de frente e em pé voar em direção a bola de concreto retornando para mais próximo.

Quando estava quase batendo na bola, Daisuke gritou alto e claro para Ran:

—Agora, Ran!-gritou Daisuke:

—Puta merda!-gritou Ran, inclinando os ombros para trás, fazendo força para que seu chakra fluísse e seu corpo o acompanhasse.

Daisuke sentia o vento bater em seu rosto e as pequenas pedras também, porém concentrou-se em sua água fazendo-a girar e girar, colocando mais chakra dentro do elemento, até se tornar grande o suficiente. Ran vendo que estava maior se distanciou mais da bola enorme e pegou a distância certa, até que ouviu Daisuke gritar:

—Quando eu der o sinal me solte!-gritou o garoto:

—Sore wa dono yō ni?! Anata wa, kodomo o anata no kokoro o ushinaimashita?!-gritou Ran suando e sentindo os braços tremerem e os ombros doerem:-Como é que é?! Você perdeu o juízo, moleque?!

—RAN!-gritaram os garotos:

—Nani o, anata no haisha?! Anata wa kiite imashita ka?!-gritou Ran olhando para baixo:-O que, seus manés?! Vocês escutaram?!

—Kuso ̄ , Ran... Kare wa kare ga yatte iru shitte imasu!-gritou Takeshi que vinha na frente dos outros que já bufavam em demasiado cansaço:-Porra, Ran... Ele sabe o que tá fazendo!

—Meu Deus, que ele SAIBA REALMENTE O QUE TÁ FAZENDO!-berrou Kyo que vinha em último:

—Só faz, Ran.-falou Daisuke baixo o suficiente para somente Ran escutar:

—Anata ga nozomu yō ni!-falou Ran temendo por dentro, mas não vedo outra forma:-Como quiser!

Foi muito rápido.

Ran soltou Daisuke em meio ao ar, em queda livre, ainda longe o suficiente da enorme bola de concreto que vinha esmagadora. O garoto de franja ergueu os braços e as águas caíram como em cachoeira, Daisuke aina teve o vislumbre de Ran utilizar os ares para empurrar todos para longe do alcance, e passar atrás de Kyo o empurrando e fazendo ambos rolarem no chão de pedra.

Tudo ficou escuro,o fogo que outrora ficava na mão de Takeshi se apagou e ninguém ouvia nada além da respiração ofegante de todos. Outros, como Kyo, pareciam em um ataque de asma.

Ran se ergueu rapidamente sentindo cãibras os ombros e dor em seus braços, porém com a escuridão nem se lembrou de estar sentindo isso:

—Daisuke! Ah, merda... Takeshi!-gritou Ran.

Foi automático. Fez-se a luz rapidamente, pelos braços de Takeshi que queimava as mangas de suas roupas e pelos braços de Jin que já se encontravam sem camisa, ambos muito suados.

A frente via a enorme parede de cristal de gelo que se encontrava já racha pelo suporte e peso da enorme bola, a mesma já pingava dando indícios de estar derretendo. Brilhava e era bela, ao chão de joelhos apoiando as mãos no solo respirando rapidamente se encontrava Daiuske. Alguns metros atrás seus óculos se encontravam quebrados em uma as lentes, porém Ran o pegou mesmo assim, levando o objeto até o dono:

—Olha... Você se superou nas ideias brilhantes, literalmente.-falou Ran dando o óculos ao garoto que sorriu fraco aceitando mão do companheiro trêmula para se levantar, enquanto Ran admirava o brilho da parede de gelo:

—... Sore wa, tanjun ni subarashikattadesu!-falou Riki ofegante sentado no chão:-Foi... Simplesmente fantástico!

—Anata... Anata... ... Dai... Daisuke!-falou Kyo estirado no chão com a respiração voltando ao normal:-Você... É... O... Maior... Daisuke!

—Excelente trabalho, Daisuke!-falou Takeshi:

—Tinha me esquecido de como suas ideias idiotas, funcionavam Endo.-falou Jin sorrindo:

Daisuke encarou novamente sua parede de gelo e colocando os óculos, ele logo tomou a dianteira em retomar a corrida. Como Ran havia dito, e ele sabia perfeitamente, não iria durar para sempre:

—Temos que correr o mais rápido para o mais longe possível daqui!-falou Daisuke:-A parede logo irá derreter e essa merda vai voltar a nos perseguir.

—Foi somente um meio de ganharmos tempo, então.-falou Ran:

—Exatamente! Vamos!-falou Daisuke voltando a correr:-Takeshi! Jin! Vão na frente iluminando o caminho!

—Rikai!-eles exclamaram e começaram a correr o mais rápido que conseguiam:-Entendido!

—Ai, que droga!-falou Riki correndo novamente logo atrás de Takeshi:

—Não reclama, cansa menos!-falou Daisuke ao lado do mesmo:

—Calado!-exclamou o Nohara:

—Sā, Kyō sono muyō! Watashitachiha, otoko o kiite, jikan ga arimasen! Wareware wa jikan o ushinatte iru, soreha jikan o eru tame dakedatta, anata ga soko ni yokotawatte imasu! UP NOW THEN!-Ran berrou a úlima parte chutando Kyo que se levantou rapidamente:-Anda logo, Kyo seu inútil! Não temos tempo, ouviu o cara! Foi só para ganharmos TEMPO e contigo aí deitado, a gente tá PERDENDO TEMPO! AGORA LEVANTA DAÍ!

—Ah, que merda Ran! Me leva!-falou Kyo erguendo o braços recebendo um soco:-IAI!

—"Me leva", o caramba! Aqui é pernas pra quem te quero, cara!-berrou Ran retornando a correr puxando Kyo.

Takeshi e Jin iam mais a frente correndo com o fogo em seus braços iluminando o caminho daquele túnel subterrâneo que parecia não ter fim, morcegos e ratos corriam ao avistar as chamas nos braços dos dois garotos. As pernas protestavam ainda, não tendo o devido descanso, mas no momento não haveria tempo para nada disso, apenas confiar no treinamento que receberam. Correr atrás de cavalos selvagens e depois correr de cavalos selvagens, ou subindo quele penhasco com um peso por sobre os ombros estava os ajudando a continuarem a correr:

—Que merda! Isso não acaba!-bradou Takeshi:

—Os homens de Kabuto colocaram armadilhas e dentre elas, um alçapão no quartos do Imperador e da filha dele! Só precisamos encontrar um deles.-falou Jin:

—E como vamos encontrar aqui embaixo?!-gritou Takeshi parando e todos também:-Você tem alguma ideia de que parte do castelo estamos? Não podemos explodir aqui tudo?

—Take inparusu ni yotte sayō suru to, mae to omoimasu! Watashitachiha, anata ga itta yō ni,`subete no mono o bakuha' tawagoto ni ataeru koto wa arimasen baai wa, mahoganī to kyūden no yuka o narabimasu! Anata mo nioi ga shinakatta baai ni nomi, watashitachi wa koko ni bakufū de shinu to sa seru yōna maguneshiumu o motte ori, kanen-seidesu! Monogoto no nagai risuto ni aru mōhitotsu wa, watashitachi o korosu tame ni!-falou Jin tentando pôr alguma razão na cabeça do primo que bufou com raiva:-Para de agir por impulso Takeshi, pensa antes! Se nós "explodirmos tudo" como você disse, não dará em porra nenhuma, eles revestiram o chão do palácio com mogno! Só iria fazer com que morrêssemos pela explosão e aqui se você não cheirou ainda, tem magnésio e é inflamável! Outra coisa na lista interminável de coisas para nos matar!

—Mas que porra, heim.-falou Kyo deitado no ombro de Ran:

—Como tiveram tempo de armar isso tudo?!-perguntou Daisuke:

—Aparentemente, haviam espiões que trabalhavam no palácio.-falou Daisuke:

—Anata wa, karera ga kabuto no sukinamono o iu koto ga dekiru to watashi wa subete ni dōi surudarouga, dare ga kai no otoko no torōru wa, kono heimen-jō ni tawagoto tame ni sumātodatta koto o hitei suru koto wa dekimasen, mite. Soshite, wareware wa kare dake de nejikomute imasu.-falou Ran cruzando os braços e empurrando Kyo:-Olha, vocês podem falar o que quiserem do Kabuto e eu vou concordar com tudo, mas ninguém aqui pode negar que o trasgo do homem foi inteligente para uma merda nesse plano. E a gente só tá se ferrando com ele. Sai, Kyo!

—O que nós vamos fazer?! Com esse fogo fica mais quente aqui e logo a parede de gelo do Daisuke vai derreter!-falou Riki:

—Precisamos nos focar e logo vamos acabar...-começou Daisuke:

—Matte, sore wa kiita koto arimasu ka?!-perguntou Takeshi olhando para o teto:-Espera, escutaram isso?!

—O que?-perguntou Daisuke franzindo o cenho e olhando para onde Takeshi encarava correndo os olhos azuis:

—Misericórdia, é a bola assassina!-berrou Kyo:

—Não, imbecil!-falou Riki:-Takeshi que já tá ficando maluco!

—Īe! Watashi wa, nohara o kureijī tsumori wanai, kikimashita! ... Hana no yō ni miemashita!-bradou Takeshi fazendo todos encararem o garoto:-Não! Eu ouvi, não estou ficando louco, Nohara! Pareceu ser... A Hana!

—Como é que é?!-gritou Riki:

—Ah, isso é amor! Deve ser coisa de quem está apaixonado e...-comentou Kyo parando de repente e olhando para o chão vendo-o estar com água escorrendo:-Hã... Daisuke! Não deve ser boa coisa.

—Ah, merda!-bradou Daisuke com o barulho da bola se aproximando novamente:-Derreteu tudo já!

—Puta que pariu e agora?!-gritou Ran.

Os garotos foram tomados pelo som horrendo da bola se aproximando, dessa vez mais rápida por conta da água no solo. Porém um grito forte fez com que todos se calassem com os olhos arregalados:

—MEU DEUS!-gritou a voz de Hana:

—SEGURA HOTARU, NÃO SOLTA PORRA!-gritou a voz que se distinguiu ser Goenji:

—EU NÃO VOU SOLTAR SEU RUIVO DE MERDA! FAÇAM ALGUMA COISA!-gritava a voz de Hotaru:

—Meu Deus do céu!-bradou Daisuke:

—Takeshi, temos que ter calma...-murmurou Jin:

—Não me peça calma! Eu vou explodir isso aqui e de quebra ainda me livro dessa bola estúpida!-bradou Takeshi com os olhos vermelhos e as mãos apertadas em brasa:

—Eu vou te ajudar!-gritou Riki erguendo a mão:

—Ô me pai.. Lá vai o outro louco, olha.-falou Kyo com a mão no meio dos dois olhos:

—Só não ser nada com pinta suicida como foi a ideia do Daisuke, por mim tá valendo.-falou Ran.

                                                                          ***

 

Hana não soube ao certo quando as armadilhas foram acionadas, só se recordava de um grito de Hotaru e o corpo de Goenji caindo ao chão. As flechas foram as primeiras a atacá-los, fazendo com que Hotaru voasse aos berros e sem a mínima noção de direção pelo quarto afim e escapar das flechas; uma se alojou no ombro esquerdo de Norio que gritou caindo sendo puxado por Goenji para o chão, uma das flechas pegou de raspão na bochecha da garota que desviou e outra atravessou a mão de Hideo que gritou. Logo Hotaru caiu ao chão esmagando umas dez pelo caminho, enquanto retirava uma de seu pé xingando tudo o que podia. Ao notar que Goenji, Norio que matinha a mão o ombro ensanguentado e Hotaru que rolava de uma lado para outro no chão berrano injúrias estavam fora do ataque, Hana empurrou Hideo que se encontrava de joelhos na cama olhando a mão ferida e o derrubou da mesma, fazendo com que caíssem deitado no chão longe das flechas. A garota se limitou a erguer-se sendo alvo de duas que se alojaram ma em sua cocha e outra em seu ante-braço quando foi proteger seu peito do ataque.

A garota gritou erguendo as das mãos repletas de fogo e uma explosão de chamas queimou todas as flechas, fazendo a garota cair no chão, mordendo a língua para não gritar xingamentos como Hotaru pela flecha está fincada em sua cocha.

Hana retirou a flecha em um único puxão gritando em seguida, assim como todos. Hideo puxou a que se alojara em sua mão rapidamente e Hotaru xingou alto se livrando da flecha em seu pé:

—Daremoga subete no kenridesu ka?-perguntou Hideo arrancando umpedaço de sua blusa e a enrolando no buraco que escorria sangue em abundância:-Estão todos bem?

—Ikutsu ka no kega, shinkokuna nani mo... Watashi wa kokorokara negatte imasu.-falou Goenji ajudando a tirar a flecha do ombro de Norio e em seguida se aproximando de Hana:-Alguns feridos, mas nada grave... Eu espero, sinceramente.

—Que merda! Que merda! O que mais falta acontecer, meu Deus?!-gritou o loiro com a mão em cima do ferimento que saía sangue, como o de todos:

Goenji se levantou depois de ajudar Hana a retirar a arma alojada e seu ante-braço, porém Hotaru jogou uma rajada de ar forte o jogando para o chão novamente, quando da parede de fogo que ali tinha começou a expelir bolas de fogo e algumas chamas:

—FOI SÓ UMA FRASE DE EFEITO, MEU DEUS!-berrou Hotaru erguendo os braços para o céu:

—Mas, que porra...!-gritou Hideo:

—É essa sua boca desgraçada, Hotaru!-gritou Goenji se erguendo nos ares:

—HA! Eu salvo a merda da sua vida e é assim que e agradece seu idiota?!-gritou o loiro ignorando o pé ferido e se pondo em pleno voou.

Hideo se abaixou no momento em que a chamas se abaixaram mais, o garoto xingou Norio rapidamente se pôs em cima de Hana protegendo-a, pela mesma ainda está sentindo dor. O garoto de cabelos azuis longos rasgou a parte de baixo de sua blusa já suja e maltrapilha e a amarrou na cocha e e depois no ante-braço da garota. Ele notou que a mesma estava pálida e colocou uma mão no rosto a mesma acariciando, chamando a atenção da menina que sorriu leve vendo o sorriso bonito no rosto de Norio:

—Ei... Tá tudo bem?-perguntou Norio preocupado, escutando os gritos de Hotaru:

—CUIDADO RUIVO! QUER ACABAR INCINERADO, CASSETE?!-gritou o garoto e Hana respirou fundo:

—Watashi wa chōdo sore ga itai ka wasurete shimatta... Norio, daijōbudesuyo.-murmurou Hana olhando os ferimentos e Norio a acompanhou com os olhos:-Estou bem, Norio... Apenas me esqueci como dói.

—Sore wa kono yō ni kanojo ni ai ni... Anata ga sukina mono o kangaete, hana o watashi o kizutsukeruga, josei wa dono yōna hōhō de kega o suru koto ni ataishimasen.-murmurou Norio acariciando os locais feridos, Hana via o suor escorrendo pela testa dele e sorriu de leve, fazendo menção de se erguer:-Dói em mim vê-la assim... Pense o que quiser, flor, mas uma mulher não merece ser ferida em hipótese alguma.

Norio estava se levantando, quando Hana arregalou os olhos erguendo fogo de suas mãos novamamente e fazendo um escudo atrás de Norio que virou-se todo encarando a cena. Hotaru estava abaixado com as roupas chamuscadas e o rosto sujo de preto, Goenji estava ais afastado respirando pesadamente, porém Hideo estava em cima da cama desviando das bolas com maestria até gritar por Norio:

—Norio! Vamos acabar com essa merda!-gritou Hideo e Norio se posicionou bem atrás de Hideo, encostado na porta.

O garoto de cabelos azuis fez um gesto com as mãos, fazendo a água sair de seu recipiente e dar voltas e mais voltas o redor do se corpo, aumentando a proporção da mesma com seu chakra; o corpo do mesmo estava doendo seu ombro queimava pela flechada enquanto executava os movimentos, todavia não ousou parar. Fez as águas irem em ondas até Hideo que deu uma cambalhota em pleno ar parando em cima das águas e foi controlando as mesmas, enquanto as bolas de fogo atacavam-nos, porém sendo interceptadas pelo monumento de águas brilhantes que revestiam a sala e os dois garotos e longos cabelos:

—Imasugu!-gritou Hideo e Norio correu mergulhado dentro da massa d'água e saindo abaixou puxando a mesma pela sua cintura, como se as águas fossem uma espécie de calda marinha no garoto:-Agora!

Norio cobriu a parede de fogo apagando-a com a água e Hideo pulou do pedestal aquático onde estava, e conforme foi caindo pousou as mãos na parede de água que tomou lugar das chamas, congelando-a por completo. Formando uma estalactite de gelo/cristal.

Nas partes de gelo havia sangue da mão de Hideo ali presente, um tom de escarlate que descia lentamente, maculando a pureza e destreza da obra. Norio segurou nos ombros de Hideo que notava o curativo em sua mão repleto de sangue, o garoto apenas se limitou a enfiar a mão dentro da bola de água na qual estava em pé, xingou baixo sentindo a ardência e as gotas de sangue flutuarem em meio a água. Não eram como Daisuke, não conseguia curar com água, nenhuma dos dois:

—Que falta faz o Daisuke... Argh!-pronunciou Hotaru caindo sentado a lado de Hana com as mãos no pé machucado:

—Tô até com medo de perguntar... Mas por que esse cheiro de cabelo queimado?!-perguntou Goenji se aproximando com o braço direto com uma enorme queimadura:-Ah!

—Goenji, por Deus!-exclamou Hana se erguendo com dificuldade e indo até o garoto:

—Anata no kami, aka dakedenakudeshita ne! Watashi wa yōjin shite iimashita!-falou Hotaru encarando a expressão de dor do garoto, notando leves fumaças saindo de seu cabelo chamuscado:-Parece que não foi só o seu cabelo, ruivo! Falei pra tomar cuidado!

Hana puxou o ruivo pelo braço fazendo enfiar o braço dentro da bolha e água por inteiro, o garoo deu um grito alto de dor, enquanto via pequenas bolhas se formarem na água:

—AHH!-gritou o garoto pousando a cabeça nos ombros de Hana:-Que merda! Merda!

—Calma... A gente enfaixa e... Ah!-falou Hana desviando o olhar:-E ainda temos que salvar Imperador!

O medo nunca s fez tão presente dentro de Hana, mas notou que Norio ria levemente para ela, enquanto Hideo tentava fazer com que as águas curassem, como Daisuke sabia fazer. Hotaru apenas xingava, até escutarem um barulho de madeira mais uma vez e Hana olhar par trás.

É notório pensar que tudo ali dentro só não os matara ainda por ser dominadores e terem sido treinados, porque sobreviver era a única coisa que alguém poderia fazer. O reflexo de Hotaru foi mais rápido que a mente de Hana ao processar que o enorme objeto estava balançando de um lado para o outro zunindo com sua garra de metal assassina. O loiro abaixou-se no momento exato em que a mesma iria cortar sua cabeça for, só dando tempo de Hana gritar e Goenji xingar alto, enquanto Hotaru flutuava novamente com a mão no pescoço e arregalando os olhos.

O teto se desfez novamente e uma outra daquela caiu já fazendo movimento, obrigando todos a saírem da cama que se despedaçou quando o objeto em movimento horizontal constante cortou-a. Encostaram nas paredes tentando escapar, porém as mesmas começaram a se preparar para lançar flechas novamente:

—SERÁ QUE ELES SE TOCARAM QUE ISSO É UM QUARTO DE CRIANÇA??!-gritou Hotaru.

—CUIDADO, HOTARU!-gritou Hideo.

Hotaru que ainda estava em voou não viu quando um dos objetos fez um movimento mais largo empurrando o loiro que mais uma vez, mostrando seus reflexos agarrou na madeira rústia embutida, tentando manter as perns longe da parte de metal que cortava. Goenji xingou tomado voou indo entrar auxiliar o loiro. Norio apenas teve tempo de empurrar Hana ara baixo, enquanto Hideo empurrava-o, pois as flecha haviam recomeçado, e dessa vez em maior número. Viram com horror também, a parede de gelo começar a derreter:

—MEU DEUS!-gritou Hana notando em desespero que não haveria jeito de saírem dali com vida:

—SEGURA HOTARU! NÃO SOLTA, PORRA!-gritou Goenji tetando desesperadamente fazer com que o loiro mantivesse ali em cima, mesmo sabendo que seu pé irradiava dor e o mesmo está começando a perder os sentidos, pelo sangue já perdido:

—EU NÃO VOU SOLTAR SEU RUIVO DE MERDA! FAÇAM ALGUMA COISA!-gritou o garoto em completo pânico:

—Kami no tame ni eiyū,! Watashitachi wa nani o shimasu ka?!-falou Norio vendo a situação:-Hideo, pelo amor de Deus! O que fazemos?!

—Eu... Eu... Não tenho ideia!-falou Hideo alto o suficiente chamando a atenção de todos:-Não tem como sair daqui! Não temos como sair vivos daqui!

Isso era o óbvio.

Porém quando se admite voz alta algo que tememos e mais ainda, que sabemos que irá acontecer, só torna tudo mai difícil. Ao assumir algo você, automaticamente, concorda com suas palavras ou concorda com quem as disse, fazendo o papel que deveria o seu. O coração de Hana gelou, enquanto o frio se instalou em seu estômago, o ar quase não entrava e por mais quente e terrível que ali estivesse, ela estava gelada. A sensação também conhecida como pânico iminente. Ainda pior do que estar morrendo, é saber que morrerá dentro de instantes ou horas. Não havia espaço para pensar em mais nada senão em tudo o que passou para chegar ali, pode parecer loucura, caro guerreiro, mas a morte nunca é do jeito que se espera, não... Talvez por mais que você evite algo sabendo que morrerá outra coisa mais fraca pode matá-lo, pois nem sempre é um inimigo que mata diretamente.

Goenji apenas se virou para Hideo e Norio manteve-se sério, como se cada um estivesse em seu próprio dilema interior, aceitando o ato à sua maneira. Hideo também estava bem pálido perdendo sangue e Norio começava também, Hana também se sentia fraca, mas dirá morrer... Hotaru simplesmente quase soltou a garra, no momento em que escutou o veredito de Hideo, quase se cortando ao meio:

—Então é isso?! Vamos morrer?! A GENTE VAI MORRER?!-gritou o loiro, Hana já se encontrava com os olhos lacrimejando, enquanto as flechas desciam a cada instante, e ela se achava caída. 

Goenji se protegia atrás dos escombros da cama, porém logo a garra iria alcança-lo e Hotaru, já sem forças, iria soltá-la do agarre que o mantinha vivo:

—Eu enfrentei só o diabo naquela porra de treinamento, sobrevivi a guerra, sobrevivi à torturas... Para morrer estraçalhado em uma armadilha?! Vai se fuder, Hideo! Não admita isso ainda... Vamos dar um jeito, TEMOS QUE DÁ UM JEITO!-berrava o loiro:

—Kodomoppo-sa o teishi shi, otoko! Anata wa watashitachi no jikan ga kite, watashitachiha shinu koto ni dōi suru mono to shimasu! HOW koko kara dete imasu!-gritou Hideo deitado de barriga para cima no chão, fixando o olhar no teto esperando as flechas cravarem em seu corpo e não se passar de um cadáver:-Deixa de infantilidade, homem! Aceita que iremos morrer, nossa hora chegou! NÃO TEM COMO SAIRMOS DAQUI!

—Não! Minha hora não chegou! Parem de desistir... Que merda! Dane-se!-gritou Hotaru com a voz entre-cortada:-Pro inferno essa guera, de que adianta treinar?! Vamos morrer, caralho!

Hotaru parecia se desesperar à medida que a ficha de que realmente iria morrer ali, caía aos poucos:

—Hotaru, acalme-se! Não adianta entrar em pânico!-gritou Norio:

—Como que não adianta?! Eu vou deixar de existir porra! Maldito seja Kabuto, essa guerra, essa merda toda! Maldito seja!-gritava Hotaru:-Mas se é pra morrer... vai ser só quando eu não aguentar agarra essa porra mais. Adeus mundo cruel! Mundo de meda que só sabe foder com a nossa vida! Mundo que mata! Muno que abandona! Mundo frequentado por monstros! VÃO TUDO PARA O QUINTO DOS INFERNOS!

Foi muito rápido o que aconteceu no instante seguinte. Chame do quiser, acaso, destino, milagre... Mas no momento em que os berros de Hotaru se tornaram facas no ouvido de Hana uma enorme massa redonda de concreto negro rodeava de fogo subiu arrancando o piso de madeira e as garras sendo quebras pela força do impacto, caindo em direção ao corredor esmagando a porta que os prendia. Hotaru gritou subindo, ainda agarrado no objeto de madeira, que bateu no teto e foi se desfazendo junto o fogo da bola de concreto que parou próximo a pota, sem antes quebrar udo ao redor.

Uma enorme rocha subiu também e um jato d'água encobriu o local com força, quebrando a parede de gelo e fazendo-a cair abrindo uma passagem. A rocha se chocou contra a parede de flechas e Hideo rapidamente puxou Hana e Norio dali indo para próximo aos pedaço de gelo onde outrora estava a parede.

Em cima da bola de fogo em pé se encontravam Takeshi de braços cruzados, os mesmos fortes com fogo, os olhos vermelhos, os cabelos negros caídos na testa suada e o maxilar rígido. Ao seu lado Jin estava agachado com os braços abertos ainda em chamas, os cabelos brancos brilhando e os olhos azuis ao ponto de escurecer. Riki estava com as mãos sujas de pó e poeira, enquanto Kyo estava sentado ao seu lado com a mão no peito retomando a respiração e Daisuke apoiou-se em um dos objetos de madeira para se manter em equilíbrio. Ran estava ofegante em vou olhando ao redor com s mõs na cintura, já se camisa mostrando as tatuagens os cabelos ainda mais arrepiados:

—Muito bem... Como eu posso dizer isso?-perguntou Daisuke tirando a franja dos olhos, ainda apoiado:

—Que porra é essa?!-perguntou Ran:

—Obrigado, Ran.-agradeceu o garoto de franja:

—Shikashi, koko de nani ga okotta no ka?!-perguntou Riki:-Mas, o que aconteceu aqui?!

—Kokode wa?! Jigoku no subete no akuma to nani ga soko ni okotta no ka?! Hotondo mori no naka de nanida ittai, Takeshi... !-berrou Kyo se levantando:-Aqui?! O que, com todos os demônios do inferno, aconteceu lá embaixo?! Que porra, Takeshi... Quase que no mata!

Takeshi pulou de cima da bola e Jin o acompanhou, saindo arrastado dos escombros Goenji se levantava com dificuldade até se apoiar nos ombros de Daisuke que percebeu o mesmo ali:

—Meu Deus do céu! Riki me ajuda aqui!-gritou Daisuke segurando o garoto ruivo:-Goenji, merda... O que aconteceu aqui?

—Emboscada...Cara, como tô feliz em vê-lo e... Droga!-gritou o ruivo tentando se levantar, mas Riki o segurou. O ruivo deu por falta dos amigos que antes da explosão estavam ali:

—Calma cara, você tá machucado deixa o Daisuke cuidar disso primeiro.-falou Riki:

—Não! Esperem... Hideo! Norio! Meu Deus, o Hotaru foi lá para cima!Hana estava sangrando também!-gritava Goenji tentando se levantar, até Takeshi se aproximar com o coração na garganta:

—Hana estava sangrando?! Como assim ela estava sangrando?! Que caralhos aconteceu aqui, Goenji?!-gritou Takehi, porem foi interrompido pelos blocos de gelo voando longe e Norio se levantando.

Hideo estava ajudando Hana que se encontrava com dor na cocha, pela flechada e o sangue estava escorrendo, assim como em seu braço. O ombro de Norio estava com o machucado ainda maior, por ter sido empurrado muito rapidamente, um bloco de gelo queimou o machucado. Hideo mal se aguentava em pé com a mão tomada pelo sangue:

—Porra!-bradou Ran voando até Hideo e o ajudando a andar estava pálido e xingava baixo de dor:-Meu Deus, ele é branco mas assim já é sacanagem.

Takeshi correu até Hana e a pegou em seus braços, ignorando se sujar com sangue, queria que ela não estivesse tomada por aquele líquido. Vendo o buraco em sua cocha deduziu ser um ferimento de flecha:

—Meu amor... Que merda, Daisuke! Ajuda aqui!-gritou Takeshi levando a garota até Daisuke:

—Eu estou bem... Que bom que está aqui!-murmurou Hana acariciando o rosto bonito de Takshi que sorriu fracamente unindo suas testas.

Han porém se afastou quando ouviu um grito vindo lá de cima se recordando de Hotaru que com a explosão, junto do objeto de madeira com garra ele também fora lançado lá para cima:

—Por Deus, o Hotaru!-gritou Hana:

—Droga! Ele foi jogado lá para cima!-falou Hideo deitado, enquanto Daisuke curava sua mão:

—Homem de Deus!-gritou Ran fazendo menção de ir até lá, porém o objeto despencou.

O objeto caiu lá de cima, mas estava anda ligado ao ferro e ficou ditado, inclina totalmente na horizontal. Hotaru estava com a boca escancarada o corpo levemente sentado em cima do objeto, apoiando as costas na madeira quebrada. De seu pé pingava angu, seu rosto estava sujo de preto, os cabelos bagunçados e a respiração rápida:

—Hotaru...-murmuro Takeshi com Hana ainda nos braços que fora tocar no amigo, mas o mesmo ergueu dedo indicador da mão esquerda:

—Pra mim já deu toda essa merda! Já! Deu!-gritou o loiro a última parte.

 


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam!!
Bjsss! :) ♥