Guerreiros escrita por L M


Capítulo 60
Destino


Notas iniciais do capítulo

Primeiro, quero me desculpar pela demora. Gente enem, vestibulares, provas finais... A vida tá difícil, kkkkkkk
Queria agradecer a senhorita Bolseiro pela recomendação maravilhosa. Juro, eu amei!!!! Isso faz um autor feliz e inspirado. Essa demora não vai se repetir, agr que estou emnos atarefada e as férias já estão aí.
Boa leitura!



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"Hana estava em uma sala escura, ela não usava as roupas rasgadas, não usava a armadura de guerra, pelo contrário, encontrava-se com um vestido, o que se assemelhava com um vestido de casamento. Era todo branco de mangas curtas, sem rendas ou desenhos e havia uma faixa rosa claro rondando a cintura magra da menina, marcando as curvas que ela tinha, ou melhor tentava procurá-las.

Não usava maquiagem e seus cabelos permaneciam curtos e soltos até os ombros, onde ela acariciava-os tentando se acostumar com a diferença. Hana se encontrava de joelhos em meio ao breu que era o local, ela só conseguia enxergar a si mesma, pois a luz só se encontrava nela mesma.

A menina começa a andar. Ela sentia os pés desnudos e descalços pisando no chã frio, ela ergue m pouco o vestido e em seguida escuta uma voz. Na verdade se assemelhava com uma risada rouca e forte que ecoava por todo o local, atraindo a atenção de Hana e fazendo seu peito disparar pelo do medo iminente e mútuo que toma conta de seu corpo. Com as mãos trêmulas ela se colocou em postura e ergueu o rosto:

—Dare ga... ?! Dare ka?-gritou Hana:-Responda-me! Quem está aí?!

Um único feixe de luz que aterrissou na tela negra, realçava contorno masculino de um homem de costas, mantendo uma armadura negra com o símbolo de seu clã. Hana logo perdeu o medo, ela sabia quem era, ela o conhecia muito bem:

—Haruo!-ela gritou.

O garoto se virou encarando Hana, mesmo que seus rostos se parecessem um pouco, o corpo era como o de um grande guerreiro, como de um homem de verdade e não o corpo magricela que possuía quando Hana o estava usando como identidade:

—Kon'nichiwa!-saudou Haruo irônico sorrindo de lado se curvando exageradamente:-Devo dizer que você me surpreendeu. Por mais incrível que possa parecer.

—Do que falas?!-gritou Hana:

—De o quão idiota você pode ser!-falou Haruo se aproximando:-Que lástima, quase morta por lobos, presa em uma rocha, torturada e ferida pelo desgraçado do Kabuto. Seu orgulho não lhe queima em brasa pela humilhação, ou ele já desapareceu de você?!

—Não ouse dizer isso, seu idiota!-gritou Hana:-Não venha dizer ou muito menos agir como se fosse superior a mim. Porque eu sou você! Eu te criei e agi como você, eu te dei essa personalidade e sei como lidar com ela.

—Fico contente que pelo menos reconhece que eu era melhor.-falou Haruo sorrindo:

—Do no yō ni yoidesu ka?-gritou Hana com ódio se aproximando do garoto que se mantinha impassível e neutro:-Como melhor?! Vamos, responda-me!

—Precisa, Hana-chan?-perguntou e deboche Haruo.

—Maldito...-murmurou Hana:

—Dentro de você eu sei, eu te conheço o suficiente pra saber, que você preferiria que eu estivesse nesta guerra e você sendo esquecida por todos.-falou Haruo sorrindo enquanto acariciava o rosto de Hana.

Hana enfurecida com o punho cerrado e girando o corpo, a menina soca a face de Haruo que se vira avermelhada para direita pelo impacto forte. Hana sentia a pele do garoto fria e logo sentiu dor a sua face direita, sorriu de lado e encarou os olhos arregalados de Haruo voltar-sem para ela atônitos:

—Está vendo?!-bradou a garota ignorando a dor forte que se espalha por sua face e vai até a cabeça:-Eu sinto tudo o que você não é capaz de sentir poque você não é real. Você foi meu escape, algo que eu inventei, uma pessoa que vive em mim, porém não deixa de ser EU!

Haruo sorriu forte.

Hana sentiu chamas saindo o corpo do garoto, o desfazendo. Hana correu para trás segurando o vestido, sentindo as chamas subirem pelo seu corpo até que uma figura repleta de fogo, gigante ergueu-se do que antes fora Haruo.

Ela o conhecia.

O dragão de seus sonhos, o brasão de sua família, o fogo que os consumia em veias castas de sangue fervendo:

—Você!-gritou Hana não se deixando assustar:

—Watashi o rirīsu... Watashi o rirīsu... Watashi o rirīsu...:-a voz grave e os olhos enormes e encarando a garota:

Era vermelho e rodeado de fogo, não dava para ver as escamas, só se distinguia a forma do corpo, as asas e as grandes garras. Os olhos marrons em brasa que a fiavam em agonia e repeito parecia invadir-lhe a alma amedrontada da garota que se mostrava forte a sua frente:

—Nani?!-gritou Hana usando uma mão para tampar-lhe a face, para suportar a quentura que vinha da criatura:-O que esta dizendo?!

—Watashi o rirīsu...!-gritou o dragão atravessando com as chamas o corpo de Hana que gritou abrindo os braços.

Hana sentia uma descarga elétrica de fogo que pareceu acordar seus sentidos mais proibidos e desconhecidos de dentro dela. Todavia uma única voz grave que a arrepiava foi o suficiente para ela entender:

—Liberte-me."

Hana abriu os olhos vagarosamente, fitando o quarto onde se encontrava e as vozes que se intensificavam no lado de fora de onde for que ela esteja. A menina ergueu o tronco recostando no travesseio macio; a quanto tempo ela não sentia a maciez de uma cama ou o conforto de sua cabeça em algo macio. Parecia séculos para ela.

Não se encontrava com roupas, e sim uma faixa que circulava a maior parte de seu corpo. Havia uma faixa grande que começava dos seios, deixando-os com uma saliência, e terminavam pelo tórax; a menina ainda sentia dor, uma dor forte que era capaz de fazer o corpo retornar, mas ela não o fez. Recordou-se do porquê de estar com aquela dor.

Suas pernas também estavam enfaixadas e os braços também, seus cabelos estavam soltos e ela se sentia perdida.

Fora tirada e seus pensamentos com um resmungo alto vindo da porta e seus olhos chocaram-se com as pérolas místicas e misteriosas que eram os olhos de Hideo que a fitava sério, porém com o rosto um pouco vermelho enquanto o mesmo tentava desviar o olhar.

Hana sorriu, mas logo ergueu melhor a coberta que se encontrava junto a seu corpo, para não mostrar de mais sua pele ao homem que se aproximava com um tecido azul escuro nos braços fortes, porém contendo as mesmas faixas que ela possuía em seu corpo.

Hideo estava com os cabelos soltos e usava uma blusa de mangas compridas branca, com calças negras e botas. Ao lado direito do corpo descansava sua aliada, a espada prateada que o acompanhava:

—Hideo...-murmurou Hana sorrindo.

O rapaz sorriu de lado quando chegou próximo a cama onde ela estava. Hideo meio incerto do toque, levou sua mão grande e áspera até os cabelos, incrivelmente, macios e lisos de Hana os acariciando e subindo sua mão na cabeça da garota que se aconchegou ao toque, deixando-o encabulado:

—Arigatō.-murmurou ela em seus toques:

—Não precisa me agradecer. Você ainda é meu amigo.-brincou Hideo estendendo o tecido a Hana que pegou e viu se tratar de um vestido longo de mangas compridas com alguns botões:-Um amigo que usa vestido.

Hana riu, mas logo sua expressão endureceu:

—E os outros? Onde estão? Riki?! Hotaru?! Daisuke?! Ta-Takeshi...?!-perguntou Hana com medo em seu peito:

—Troque-se primeiro, Haru...-começou Hideo parando no meio da frase:-Depois desça e lhe contarei tudo.

Hideo chegou próximo a porta, quando a voz de Hana o fez parar:

—Meu nome é Hana, Hideo-kun.-murmurou Hana sorrindo de leve e Hideo a encarou e depois sorri se retirando do local.

***

Kabuto já havia chegado na cidade Imperial e se mantinha em total segredo e escondido em uma loja de armamentos, depois de matar o dono e a família no meio da madrugada fatídica.

No interior do local, onde no subterrâneo Kabuto havia construído um calabouço, na última vez que esteve na maldita cidade Imperial em sua última guerra. O homem havia trancado os soldados do falecido Tadashi em celas ali embaixo, colocado seus homens de vigia, onde esperariam a noite para atacarem a cidade e invadir o castelo do Imperador, no momento do festival de sakura's.

Era um plano engenhoso e muito bem calculado. Talvez, contendo apenas a falha de Hana estar nele.

Em uma das celas no subterrâneo os garotos se mantinham sentados como Daisuke, Ran e Goenji. Riki, Takeshi e Hotaru se mantinham de pé próximos das grades que os prendiam como pássaros esperando pela morte desconhecida.

Norio se encontrava olhando ao redor agachado por entre as grades com o pensamento longe, mais ao certo em Hideo, talvez o medo dele ter morrido e consequentemente Hana morrer, traria grandes problemas:

—Esse silêncio tá me matando.-falou Goenji passando as mãos no cabelos frustrado:

—Há! O silêncio está te matando, ruivo inútil?! O silêncio?!-indagou Hotaru se virando para Goenji:-Meu filho, estamos todos, literalmente, ferrados com mais machucados e hematomas no corpo do que pele e ainda duvido que tenha algum osso ainda para contar história, sem contar a praga dessa fome que está me fazendo ver estrelas! Que merda!

—Estamos em um dilema psicológico de sanidade muito grande, presos e a qualquer momento sermos mortos de um modo nada indolor. Hideo está sabe-se lá Deus aonde com Hana, e eu espero que ele esteja; o país está a ponto de se afundar em um buraco, o Imperador correndo risco de vida e o inferno. E você está preocupado com o seu estômago Hotaru?!-falou Disuke elevando a voz até gritar com o loiro que o encarava:

—Sim!-respondeu Hotaru simplesmente:-Faz dois dias que eu não como!

—Inacreditável.-falou Norio encarando o loiro:

—Oe! Ou!-gritou Hotau batendo na grade:-Eu exijo algo para comer!Não sejam tão cruéis, estou a muito tempo sem come! Tenho certeza que querem me matar com algo mais divertido e doloroso. Com certeza não querem me ver morrer de fome de um jeito sem graça, né?!

—Hotaru!-bradou Goenji se erguendo, enquanto Takeshi fechava os olhos contando até um número desconhecido, porque a essa altura do campeonato, aturar Hotaru tão perto de si em um ambiente claustrofóbico estava se tornando insuportável. Riki apenas se limitou a encará-lo com a face demonstrando irritação:

—Hã?! Como é que é, dá pra ser?! Pelo amor de Deus, até pão velho e duro vai minha gente!-falou Hotaru:-Pode ser água da bica, eu nem me importo, não.

—Damare!-gritou Goenji socando a cabeça do loiro:-Calado!

—Tenha dó, Goenji! Estúpido, não estou nem um pouco a fim de morrer de fome.-falou Hotaru se virando irritado:-Na verdade, não estou a fim de morrer, então trate de arrumarem uma maneria de sairmos desse calabouço do mal.

—Ah, sabe o que é... É um pouco difícil com a sua voz insuportável ecoando pelos meus tímpanos que consequentemente atrapalha meu cérebro pensar em uma solução de sairmos e só o faz pensar em um modo de te estrangular.-falou Daisuke calmo com um sorriso estranho na face:

—Yarimashita!-falou Hotaru erguendo os braços:-Desisto! Desculpa! Vou me sentar e me definhar ao lado de Norio.

—Obrigado.-falou Daisuke voltando a fechar os olhos e meditar.

Riki ficou ao lado de Takeshi e se virou para o mesmo com a voz baixa rouca, a preocupação com Hana não o deixava pensar direito, nem a dor e fome seu corpo se obrigou a sentir, pois a preocupação com ela lhe estava ecoando a mente perturbada. Como um castigo sofrido:

—Wurochiha, acha que Hideo conseguiu o que disse?-perguntou Riki e Takeshi senti o peito se contrair:-Isto é, será que ele chegou a tempo?

Takeshi sentia o temor e o medo se alastrando pela voz de Riki. Isso fazia seu peito doer ainda mais, o inferno da preocupação estava acabando com todas as chances de um pensamento bom lhe vir a mente:

—Não sei. Ma eu espero que ele tenha conseguido.-falou Takeshi:

—Diga-me.. Já que não temos mais nada a perder e podemos morrer a qualquer momento pelo Kabuto ou pelo Hotaru, não duvido mais de nada...O que sente pela Hana?

Riki fora demasiado direto,o que fez Takeshi bater levemente a testa nas grades negras que o impediam de correr dali e seguir a sua vontade. Porém o garoto formulou a pergunta feita pelo Nohara e seu peito deu uma falhada, sua mente vagou até os olhos dela, tão assustados, tão belos ao mesmo tempo, eram os olhos que ele queria ter para sempre consigo, talvez amar seja isso afinal, não é?! No momento ele não estava nem aí para o que aconteceria com ele, dane-se ele, o pobre Wurochiha dos olhos vermelhos amaldiçoados já não tinha nada, não ter vida era o de menos para ele. Não, Takeshi não desisti, na verdade nem ao menos ele sabia que sentimento era esse que se apoderara dele e o impedia de se preocupar com si próprio.

Ele fechou os olhos e apertou os punhos, sentiu a ferrugem desgastada da grade rompendo em sua pele machucada e simplesmente rangeu os dentes, quase rugindo baixo pelo ódio ao lembrar-se de como ela havia sido arrastada pelo gelo por aquele que ele pensava ser um irmão para ele. Haruo fora seu melhor amigo e agora... Ele sentia algo mais forte do que qualquer outra coisa:

—Eu não posso perdê-la.-afirmou Takeshi sem saber o que responder ao certo aquela pergunta estúpida do Nohara:

—Bom... Eu também não posso.-falou Riki sorrindo de lado tristemente:-Qual e, Wurochiha, seja mais específico cara.

—Porra, Nohara! Não me faça perguntas das quais eu não sei responder.-bradou Takeshi chamando a atenção dos demais:

—Naruhodo...-murmurou Riki Nohara sorrindo ao se lembrar das coisas que Hana fzia:-Sabia que a Hana foi reprovada no encontro com a casamenteira?!

Todos os garotos se viraram para Riki ao mesmo tempo com os olhos curiosos e atentos a qualquer coisa que os faça esquecer onde estavam. Takeshi o encarou com o cenho franzido, provavelmente não acreditado e não querendo transparecer a sua curiosidade:

—Ela provavelmente vai me matar por contar, mas é verdade! Eu estva lá quando ela desceu as escadas com um lindo kimono.-falou Rik se recordando daquela vez:-Apesar de Natsumi, a irmã dela, ser mais bonita do que ela, Hana possui uma coisa que Natsumi nunca terá, que é a coagem. Hana sempre ficou incomodada por não chamar a atenção dos demais rapazes como a irmã, e era comparada a mesma o tempo todo; e eu me sentia culpado por ficar om Natsumi ainda sendo amigo e ouvindo as lamentações de Hana.

—Você o que...?!-bradou Takeshi irritado por ouvir que Riki enganava Hana ficando com a irmã:

—Que babaca...-murmurou Ran:

—Você não vale nada.-falou Goenji:

—Cara, ela foi até muito piedosa com você. Se fosse comigo você não teria mais filhinhos.-falou Hotaru:

—Watashi ga shitte imasu.-falou Riki erguendo as mãos e sorrindo:-Eu sei que agi mal, mas eu gostava muito da Natsumi. E só para constar Takeshi, o primeiro amor da Hana foi eu.

—Nani?-falo Takeshi baixo frio encarando mortalmente Riki que sorria presunçoso:

—Nossa, eu dava dentro da cara. Não que eu queira plantar a discórdia, mas eu daria na cara. Ah mas daria mesmo.-falou Hotaru:

—Tá pedindo ara apanhar. Não sei quem ai bater ais, se é o Takeshi ou a Hana quando descobri o que você disse.-falou Norio:

—Aposto trinta mambos o Takesihi.-falou Goenji sorrindo:

—Mas aí a parada tá ganha já.-falou Ran olhando a expressão de ódio de Takeshi:

—Isso mesmo que todos ouviram! E de uns tempos para cá eu estava meio balançado por ela, porque qual garota faria o que ela fez?!-indagou Riki:-Fala sério, ela apanhou mito.

—Não precisa ficar lembrando, por favor.-falou Kyo abaixando a cabeça:

—E ela não desistiu, teve a coragem para vir aqui, e lutar pela família dela.-falou Riki:-E isso começou a me abalar, vendo ela todo os dias levantando com dores e tendo pesadelos, porém sempre com um sorriso lindo no rosto.

—Me...-murmurou Takeshi:

—O que disse Takeshi?-perguntou Norio:

—Ela tem lindos olhos.-falou Takeshi meio corado o que fez todos os garotos darem um sorriso:

—Ela é um amor.-falou Hotaru ficando sério:-E eu espero mesmo que Hideo tenha chegado a tempo de salvá-la.

—O plano dele era muito bom. Tinha grandes chances de sucesso.-falou Daisuke:

—Mas todo o plano tem seu índice de porcentagem de falhas, meu caro Daisuke.-falou Kyo:

—Não é possível! Hideo é um cara forte e esteve bem determinado quando saiu daqui.-falou Goenji:

—Nem me lembre, estou com a porra do hematoma ainda, por aquela fuga ordinária.-falou Hotaru.

"Hideo estava encarando a todos. Os olhos brancos nunca demonstraram tanta força de vontade quanto agora, ele mantinha os punhos cerrados enquanto encarava Riki com os olhos inchados pelo choro excessivo

—Estamos presos aqui, Hideo! Não tem como sairmos, e mesmo que conseguíssemos fazer isso não temos chakra.-gritou Riki se erguendo com as mãos nos cabelos frustrado batendo as mesmas contra a parede:-Não temos porra nenhuma de chaka. Não há esperança, meu Deus! Que merda! Merda!

—Riki...-murmurou Daisuke colocando a mão no ombro do garoto.

Takeshi apenas permaneceu cm as mãos agarradas as grades negras as apertando com tudo, chegando a sentir dor em seus dedos e pele, mas ele queria sentir toda a dor possível, para retirar de dentro do peito a queimação que estava seu coração praticamente em pedaços. Era uma dor que ele não se imaginava sentir tão cedo novamente:

—Aware.-falou Hideo:-Vocês desistem muito facilmente! Que se dane o que pareça, ela é forte e eu tenho um plano.

—Mas como vai funcionar, inferno?!-gritou Riki:-Com a gente preso aqui!

—Porra! Da para se acalmar Riki!-gritou Hotaru:-Que merda de vida! Estamos presos aqui, sem chance de sairmos, a Hana está indo para o diabo com aquele desgraçado mal amado do Jin, sabe-se lá Deus para onde. Parece que tem jeito, é claro que não! Eu admito, desgraça, que essa porra não tem chance, pra mim vamos todos morrer no final, mas eu não vou ser lembrado como o cara que desistiu no primeiro obstáculo de merda que estava difícil pra porra. Mas de jeito nenhum! Eu vou ser lembrado como o cara que tentou até não ter mais jeito, mesmo que tudo esteja perdido não vamos desistir. Fala Hideo, fala logo o plano antes que eu mesmo acabe fazendo um loucura.

Todo os garotos estavam encarando um Hotaru ofegante com as mãos na cintura, claramente nervoso e irritado. Todavia a maioria sorriu de leve, o garoto mesmo estando nesta situação conseguia arrancar esperança os outros:

—Eu ainda tenho chakra.-falou Hideo simplesmente:

—Nani?!-indagou Riki e Daisuke:

—Como é?!-indagou Norio se aproximando com os braços cruzados e o cabelos azuis soltos longos pelo corpo do rapaz:

—Você tinha chakra...-murmurou Hotaru:

—Mas que merda, Hideo!-bradou Kyo:

—Chaka?! Você tem chakra?! Filho da mãe por quê não usou neles, praga?!-gritou Goenji:

—Espera ruivo! Que merda, já mandei você se acalmar, os homens estão conversando aqui.-falou Hotaru se aproximando:-Seu inútil, olho branco de merda! Você tinha chakra infeliz, por quê não usou nos filhos da puta que nos prenderam aqui, praga?! Inferno Hideo, o que você tem nessa sua cabeça de vento, idiota!

—Posso terminar?!-rugiu Hideo dando um soco na cabeça de Hotaru:

—Vai logo!-falou Hotaru:-Não tenho mais idade para isso não, meu Deus.

Hideo explicou seu plano para o garotos que se aproximaram. A quantidade que Hideo possuía não era muito, mas já dava para conseguir escapar sem ser seguido, mas antes precisaria de uma distração enquanto ele escapava e pegava uma arma um cavalo para seguir o rastro dos lobos para chegar até Hana:

—Distração?! Mas que raio de distração?!-indagou Ran:-Não temos muitos recursos no momento, além de uma briga, mas ser...

—Serve! Excelente Ran!-bradou Daiuske gostando do raciocínio de Hideo:-Um problema já foi! Continue Hideo, shite kudasai.

—Eu pegaria uma espada e um cavalo e seguiria os rastro de sangue. Mas se demorarmos muito, não vai dar tempo.-falou Hideo:

—Isso aí! Me convenceu, vamos logo!-gritou Daisuke animado:

—Espera, não perde a compostura.-falou Norio segurando o garoto de longas franjas pela nuca:

—Nani?!-indagou Daisuke:

—Só não estou entendendo uma coisa...-murmurou Riki cruzando os braços:

—Eu não entendi nada!-falou Hotaru:

—Por que você vai?-falou Takeshi frio Riki assentiu:

—Como é que é?!-perguntou Hideo cruzando os braços:

—Eu quero ir salvá-la!-falou Takeshi firme:-Preciso ter a certeza de que ela estará bem.

—Eu concordo. Não com o Takeshi ir, pra mim ele é o de menos, eu quero ir. Ela é minha amiga!-falou Riki:

—Isso não tem nada a ver.-falou Hotaru e Takeshi assentiu rápido e sério:-Ela é quase a namorada do Takeshi, já rolou até beijo.

—Baka...-murmurou Takeshi:

Takshi rapidamente socou a cabeça do loiro que gritou pela dor, enquanto o Wurochiha xingava o garoto baixo:

—Quem tem chakra sou eu. Sairei daqui com mais facilidade, quem vai sou eu porque mesmo tendo pouco chakra eu ainda estou mais forte do que vocês, tanto fisicamente quanto mentalmente.-falou Hideo:-Não me interessa o que vocês vão pensar, quem vai sou e acabou.

—Hideo!-bradou firme Takeshi:-Por favor, não faça nada inconsequente. Ela não pode morrer, esta me ouvindo?!

—O garoto tem razão.-a voz fraca do dr. On ecoou aos tímpanos de todos.

Na cela ao lado com os outros garotos capturados estava o depressivo doutor que remoía seu interior vivendo o luto pela morte da única filha, todavia escutava as vozes alteradas e desesperadas do outro lado. Talvez culpasse Hana, mas pensava que se Cho foi valente o suficiente para salvá-la, não queria que sua filha morresse em vão:

—Doutor...?-o homem ouviu a voz grave de Norio o chamando:

—No momento ela deve estar agonizando pelos tamanhos ferimentos. Se demorarem a chegar ao local, creio que ela não sobreviverá, não digo somente pelos lobos, mas ela já pode estar morta quando os mesmos chegarem lá.-falou o homem com a voz fria:-Talvez, seja melhor para ela assim.

—O que?!-gritou Riki:

—Mas que porra.-murmurou Goenji:

—Não!-falou Takeshi em um grito:-Eu tenho que ir! Eu irei Hideo, está decidido!

—Takeshi...-começou Hideo:

—Quando o Hideo chegar lá, como vai fazer para conter os ferimentos?-perguntou Norio:

—Leve-a de volta ao vilarejo onde estávamos, talvez ela tenha alguma chance.-falou On fechando os olhos e dando a conversa por encerrada e ficou em seu luto interior:

—Meu Deus!-gritou Riki:-Que merda!

—Hideo, e-eu...-começou Takeshi a formular algo, mas a voz não saía:

—Não se preocupe,Wurochiha.-falou Hideo sorrindo:-Trarei sua garota sã e salva, aliás... Querendo ou não ela é nossa amiga. Sendo Haruo ou Hana, dane-se, a pessoa é especial para todos.

—Confio em você.-falou Takeshi:

—Ki ni shimasen.-falou Hideo sorrido:-Eu não brinco em serviço.

—Momento lindo esse. Prova de amizade, confiança, nosso amizade pela Hana, mas voltando a questão "da fuga" em si, certo?! Quem vai ser o idiota que vai arranjar briga sem chakra, sem arma, sem porra nenhuma para se defender correndo o risco de morrer?!-perguntou Hotaru:-Porque essa eu vou querer ver!

—Você vai!-falou Goenji batendo nas costas de Hotaru:

—Legal! Eu vou, eu vou, eu v... HÃ?! A seus amigos da onça, bastardos de merda! Por que logo eu, inferno?!-gritou Hotaru:-Que trairagem é essa?!

—Primeiramente porque você é mais rápido do que qualquer um aqui, então vai ser fácil desviar dos golpes.-falou Daisuke:

—Quê, meu filho?! Você sabe que isso não faz sentido nenhum, né?!-falou Hotaru:

—Na minha cabeça faz.-falou Daisuke sorrindo:

—Eu vou dar um sacode nessa sua cabeça par ver ela começa a fazer algo de útil.-falou Hotaru:

—Hotaru vai ser mais fácil para você, cara.-falou Goenji:

—Mas por que?!-perguntou o loiro:

—Como por que?! Você tira a gente do sério e irrita de um modo que você não imagina. E vai ser fácil irritar o cara e fazer ele bater em você.-falou Goenji:

—Ora, seu...!-rugiu Hotau indo bater nele, mas Riki o segurou:

—Olha pelo lado bom o cara vai poder retirar a raiva que você fez nele te batendo. Nós não podemos fazer isso por respeito a você e por gostarmos muito de você.-falou Riki:

—Ah é, seu idiota?! E isso é bom pra quem mesmo?!-indagou Hotaru:

—Quanta frescura desnecessária! Eu vou brigar com o cara!-falou Takeshi com raiva:

—Opa! Espera aí meu filho, a conversa não tomou esse rumo ainda ô estúpido.-falou Hotaru:-Quem aqui disse que era para você fazer a tarefa, me diz?!

—Você ão tem coragem de fazer, então eu faço. Não temos tempo... Hana não tem tempo.-falou Takeshi:

—Me chamou de covarde, sue paspalho?!-gritou Hotaru ficando com raiva:

—Hotaru se acalm...-começou Ran:

—Quieto! Fala na minha cara, seu Wurochiha bastardo.-falou Hotaru:

—Acho que vou bater em você.-falou Takeshi com raiva:

—E você acha que eu tenho medo?!-indagou Hotaru:

—OHH!-uma voz gritou e aparece um soldado gordo usando a armadura do exército de Kabuto com uma lança:-Chinmoku no akudō! Silêncio!

—O assunto não chegou em você balofo!-gritou Hotaru perdendo paciência:

—Me chamou do que seu pirralho infeliz?!-indagou o homem se aproximando:

—De balofo! Por que? Vai querer vim tirar satisfação seu desgraçado?!-gritou Hotaru socando a grade:-Pode vim! Que eu vou enfiar essa lança naquele lugar mesmo!

—Ora, seu maldito!-gritou o homem:

—Oh... Eu feri seu ego, seu gordo desgraçado?!-gritou Hotaru socando novamente a grade:-Vocês são tudo um bando de merda e quando e saí daqui eu vou acabar com todos vocês por matarem meus amigos.

O homem gordo começou a rir batendo a lança na grade. Os demais garotos já haviam se erguido e Hideo se aproximou da fechadura da cela e colocou sua mão. O frio envolveu seu corpo, e as águas transformaram-se em gelo puro, congelando a fechadura e a deixando vulnerável enquanto Hotaru perdia a cabeça:

—Qual a graça,idiota?!-gritou Hotaru com ódio:

—Matar aqueles fracos, são a coisa mais divertida pra mim! Eu mesmo queria ter tido a honra de matar aquele general Tadashi de merda e ainda queria ter o prazer com aquele corpinho gostoso da menina que morreu queimada e de brinde ainda mandava a filha do Chang para o inferno, eu mesmo!-falou o homem se aproximando da cela:

—Desgraçado. Como ousa...?!-indagou Hotaru:

Daisuke gritou alto que fez Takeshi correr até a fechadura e a chutou com força, quebrando a porta com o auxílio do gelo. Hotaru rapidamente sem pensar muito voou em cima do homem gordo distribuindo socos e pontapés, enquanto Hideo subia correndo para o andar de cima.

Mas antes o garoto dos olhos brancos virou-se vendo Hotaru socando a cara do homem e viu os demais garotos assentindo com cabeça.

Hideo subiu as escadas de dois em dois e se escondeu atrás de uma brecha enquanto cinco soldados passavam correndo e se conseguia ouvir os berros de Mitsuo de dor no andar acima aquele onde o garoto dos olhos brancos estava. Talvez cuidando dos ferimentos que não eram pouco:

—Dane-se! Desgraçado maldito.-murmurou Hideo.

Hideo saiu de onde estava e deu de cara com um dos soldados que vinha correndo. O garoto se abaixou pegando a espada da cintura do homem:

—Nani?!-gritou o homem.

Hideo não deu tempo para o homem ter qualquer uma reação, chutou o estômago do homem; Hideo pegou impulso no corpo retorcido o homem e pulou virando o corpo chutando a face o maldito que caiu desmaiado.

Hideo continuou a correr, encontrando mais na entrada cinco soldados. Com seu último recurso o garoto evocou o gelo e o jogou em direção aos demais soldados os congelando. O garoto ajoelhou sentindo uma grande fraqueza, seu chakra se fora por completo:

—Agora é comigo...-murmurou olhando a janela ofegante se segurando em uma parede de madeira.

O garoto viu da janela os cavalos mais embaixo:

—Só posso estar ficando maluco.-falou o garoto vendo a altura:-Mas que droga!

Em seguida pulou da mesma sem pensar muito. Não poderia deixar que Kabuto nem ninguém o visse fugindo, senão traria problemas para seus companheiro. Já não bastava os deixar para trás.

O garoto caiu de joelhos e emitiu um rugido na garganta respirando fundo para não gritar. Maldita queda desnecessária, ele pensou enquanto se erguia e corria até os animais que estavam amarrados com cordas de couro bem fortes em um tronco grosso de madeira.

Hideo se aproximou e com a espada começou a cortar a corda que prendia um alazão e em seguida se abaixou enquanto escutava os gritos de dor dos demais garotos. Tortura...:

—Kuso!-gritou Hideo apertando as mãos em punhos enquanto ele terminava de cortar as cordas. Teve um ímpeto surdo de voltar lá e tentar resgatá-los, mas sabia que se fizesse isso morreria pelas mãos de Takeshi então muito a contra gosto o garoto bateu as rédeas do cavalo e o animal deu partida a corrida pela neve fofa seguindo o rastro demoníaco dos lobos."

***

Hana saiu da casa com o vestido azul até a metade da canela, a menina usava botas pretas e o cabelos estava solto enquanto ela marchava com raiva pisando fundo nas ruas geladas do pequeno vilarejo ouvindo Hideo a chamando a voz alta enquanto as demais pessoas a encaravam:

—Hana! Espere!-gritava Hideo correndo até ela parando a sua frente:-O que pensa que está fazendo?

O garoto havia acabado de relatar como conseguira chegar até ela, por um milagre divino, a tempo de salvá-la. Hana sentia o peito entorpecido pelo pânico dos companheiros estarem muito feridos ou até pior. A menina apertou os punhos e encarou seu salvador de olhos brancos:

—Dōomoimasuka?-perguntou a garota com raiva nos olhos:-O que você acha?!

—Ainda está muito ferida e ainda é uma mulher, não posso permitir que vá. Muito menos que lute, Hana.-falou Hideo e Hana o encarou com os olhos arregalados:-Mesmo você tendo provado sua força, não posso permitir isso.

—Nani?! Ficou maluco?!-indagou Hana chegando próximo de Hideo:-Por acaso está se escutando?! Como pode me dizer algo assim, Hideo?!

Ouvir seu nome saindo com tanta autoridade pelos lábios de uma mulher fez Hideo se arrepiar. Talvez o mesmo olhar que ela sustentava seja identico ao do amigo Haruo quando ficava com raiva, ainda não poderia crer que era uma mulher todo esse tempo. Ver o corpo da garota completamente ferido e vendo o esforço das demais curandeiras e religiosas para que ela não morresse fora demais para a pobre mente desgastada do rapaz:

—Não quero nem pensar em você naquele estado novamente!-falou Hideo alto o suficiente e estufando o peito, vendo a garota por cima:-Meu Deus! Você quase morreu sem sangue, passou a noite se recuperando e a manhã também. Se você não pensa na sua própria saúde, pode deixar que eu me preocupo pelos dois!

—Jōki ten! Jōki ten!-bradou Hana com as mãos nos cabelos:-Hideo! É claro que me preocupo comigo mesma, todavia não posso me esquecer dos outros. Já tivemos muitas mortes e até parece que eu não aguento outra surra, não importa quantas vezes eu caia Hideo; eu vou levantar novamente! Como sempre fiz até agora.

Hideo a encarava sem demonstrar qualquer pedaço de sentimento.

"Mas, o que diabos, ela está pensando?!" Essa pergunta ficava ressoando na mente do rapaz. Hana estava o olhando com os olhos faiscando, ele sabia que ela era forte, talvez mais forte do que qualquer um:

—E se você morrer?-perguntou Hideo simplesmente perguntou vendo a garota enrijecer:

—O que?-perguntou Hana simplesmente:

—Apenas responda! E se você morrer?-perguntou Hideo novamente:

—Se eu morrer morri, o que mais pode se fazer depois disso?!-indagou a garota com certa ironia:

—Não em refiro a isso e você sabe, pare de se fazer de idiota.-falou Hideo frio e Hana teve que desviar os olhos das pérolas cintilantes:

—Todos morremos um dia, Hideo. Nada se sabe do futuro, está é a nossa única certeza, desde o momento que nascemos. Mas se for para ser será.-falou Hana:

—E como você acha que sua família ficará?! Riki com certeza vai ter de ser tratado, porque ficará louco.-falou Hideo:-Sabe que ele se corrói de culpa por ter acontecido o que aconteceu com você?! Já parou para pensar que ele sofre o tanto quanto você que fez essa loucura de se vestir de homem?! Ou então... Pense em Takeshi, com ceretza ele não tem mais motivos para continuar vivendo, a família dele é uma merda! E no final dessa porra de guerra estarão todos a cem mil pés debaixo da terra, que Deus asism permita! Imagina agora se ele perder você!

—Por que está dizendo isso?!-gritou Hana tapando os ouvidos:-O que quer que eu faça, o que quer que eu diga?! O que quer de mim, merda?! Eu fui egoísta de vir e trazer esses problemas para Riki?! Tá bom... Eu admito que eu fui a porra de uma egoísta ingrata. Quer que eu peça perdão a ele?! Eu farei isso de qualquer jeito?! Mas não venha me dizer dos sentimentos de Takeshi, porque ele iria ficar com Cho se ela não tivesse feito o que fez!

—Do que está falando?!-indagou Hideo:

—Sabe por que Kabuto me capturou naquela noite, Hideo?-perguntou Haa o encarando com um sorriso frio nos lábios enquanto as lágrimas escorriam por sua face.

Hideo apenas abaixou a cabeça encarado Hana ainda, em sinal de dúvida:

—Porque eu vi Takeshi e Cho aos beijos!-falou Hana sorrindo com o queixo tremendo pelo choro engolido, enquanto ela levava a mão direita aos lábios e secava as negligentes lágrimas:-Meu Deus! Ela estava grávida quando se atirou na frente do golpe que deveria ser meu! Ela teria um filho do Takeshi, porque certamente pelo que ela deu a entender eles... Eles...

—Hana.-falou Hideo firme:

—Eu não a odeio! Nunca!-falou Haa erguendo as mãos e em seguida encarando firme o garoto a sua frente:-Eu só não aguento mais ouvir mentiras de ninguém. Sabe por que a decepção dói tanto, Hideo?! Porque ela nunca vem de um inimigo.

O garoto se calou:

—Mas não duvide dos sentimentos dele.-falou Hideo:

—Eu não duvido de mais nada. Eu só não serei feita de idiota por conta de um sentimento que ferrou a minha vida.-falou a garota:-E eu vou até aquela cidade salvar eles, com ou sem você, cara.

—Eu não vou conseguir te para, não é?!-falou Hideo:

—Não.-falou Hana simplesmente:

—Senhor, os cavalos por favor.-falou Hideo se virando para o líder do vilarejo que observava a briga de ambos.

Hana se virou e viu que quase todas as pessoas do vilarejo estavam assistindo a briga dos dois. A garota apenas abaixou a cabeça e em seguida saiu andando até a entrada do local, com o vestido arrastando sobre seus pés.

Ela havia se esquecido de como era usar um vestido. Não que ela esteja feliz por usá-lo, as roupas de guerra ainda eram melhores, Hana simplesmente detestava usar vestidos.

Cruzou os braços e ficou fitando as montanhas de neve tão longes agora, mas que foram palcos de seus mais novos pesadelos que virão com as imagens da batalha na noite anterior.

A menina ouviu o som dos cascos virando e encontrando com Hideo em cima de seu cavalo cinza e ao seu lado o alazão Shu que se aproximou de Hana com a cabeça abaixada em sinal de respeito e lealdade. A menina sorriu de leve e acariciou s cabeça do animal sorrindo:

—Oi garoto.-falou a menina.

Hideo lhe estendeu um arco e flecha. Hana o encarou com o cenho franzido em surpresa:

—Você não é boa com espadas, na verdade é um lixo.-falou Hideo:

—Fico feliz que tenha se recordado disso.-falou Hana pegando o arco e as flechas e as amarrando na cintura:-Hideo, empresta-me sua espada?

—Por que?-perguntou Hideo entregando o objeto.

A menina pegou a barra do vestido azul e a cortou com um único golpe do objeto letal. O vestido ficou até uma pouco acima da canela, mas como Hana usava botas de lã marrom não se importou.

A menina sorriu e subiu em Shu encarando o cenho abismado de Hideo:

—Detesto usar vestido.-falou a menina saiu galopando na frente:

—Takeshi vai me matar.-suspirou Hideo sorrindo de lado e a seguindo em direção a cidade. Para, quem sabe, poderem salvar todo um país.


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Notas finais do capítulo

:) :)
Hana e Hideo!!!!