Guerreiros escrita por L M


Capítulo 6
不名誉


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617825/chapter/6

Hana estava sentada em cima da cama da avó de joelhos enquanto retirava o cabelo trançado. Ela estava sozinha, somente escutando o barulho da chuva caindo fina do lado de fora e sentia o cheiro da grama molhada, enquanto as cortinas balançavam pela janela está aberta.

O quarto da avó era aconchegante, era todo de madeira possuindo pinturas e desenhos antigos. Os cabelos já caiam livres e longos pelas costas da garota, enquanto as mãos ainda tremiam e aos poucos a sensação de fracasso e vergonha lhe inundavam, Hana fechou os olhos e com as mãos tapou os ouvidos em seguia as pousando abraçando a sim mesma.

O vestido já estava caído no chão em farrapos, que ela fez questão de deixá-lo. Ela estava usando uma velha camisola de pano velho branca de sua avó de mangas curtas, porém seu rosto ainda continha a exuberante e chamativa maquiagem que Hana fez questão de tirá-la no momento em que se lembrou desse detalhe.

Caminhando a passos lentos ela se sentou na janela de madeira, afastando as cortinas e esticou o braço para alcançar a chuva que caía já ficado mais forte. As mãos voltaram encharcadas pela água que caía dos céus, com raiva Hana as bateu contra a face com força e esfregou em seguida, sentindo a mesma borrar sua face.

Hana retirou as mãos e encarou as mesmas sujas de tinta colorida que antes estava em sua face, com raiva apertou os punhos e em seguida esticou as mãos novamente e assim fez este trajeto raivoso e vergonhoso até seu rosto só está vermelho pela sua força utilizada.

A essa altura a parte de baixo da camisola estava molhada e ela deslizou para dentro do quarto com os braços, rosto e pernas encharcados e sentou no chão com os joelhos junto ao peito suspirando e tentando conter o choro. Não, ela não iria chorar pelo o que aconteceu, pelo que a casamenteira disse; ela não daria este gosto a velha gorda.

Ela ouviu a porta de madeira rangendo, anunciando a avó se aproximando com uma bandeja contendo biscoitos para a neta. A mulher encarou a menina sentada no chão encarando o vazio e se aproximou da mesma:

–Kawaīdesu... Não fique assim.-falou a avó se ajoelhando a frente de Hana que ergueu o olhar o direcionando a mulher:

–Masaka! Eu não fiz nada além de me defender!-gritou Hana:-Aquela mulher mentiu, eu não menti! Vovó não foi culpa minha!

–Eu sei minha querida.-falou a mulher:-Eu acredito em você.

Hana retornou o corpo novamente para a parede fria e ficou com uma expressão séria, sentindo o peito inflamar e as lágrimas quererem deslizarem. Mas a menina simplesmente respirou fundo e olhou para cima, ela sabia que se deixasse uma única lágrima escapar outras sairiam e ela não teria controle, porque o choro era algo que lhe doía bem mais do que uma surra:

–De que adianta a senhora acreditar, vovó? Minha mãe me acha um fracasso, não honrei minha família... Deus! Eu sou uma inútil.-falou Hana com o olhar perdido:

–Não! Não deixarei que pense assim.-falou a mulher pegando no rosto da neta:

–Minha família só terá honra por Natsumi e Raiden!-falou Hana:

–Saundo! Pare de dizer isso!-gritou a mulher e a chuva se apertou do lado de fora:

–Mas é a verdade, não é?!-falou a menina:-Eu nunca vou esquecer o jeito que minha mãe me olhou, com... Raiva e desonra! Meu Deus!

–Pare, Hana! Não é o fim do mundo você não ter conseguido, eu realmente nunca vi você como uma noiva-falou a mulher e Hana a encarou:

–Que bom... Eu não era a única.-falou a menina irônica:

–Eu te vejo mais que isso, Ōjo.-falou a mulher acariciando o rosto da menina:-Você caiu hoje, a vida as vezes machuca a todos nós, porém temos que decidir se continuaremos apenas feridos caídos ou lutaremos mais uma vez!

–Mas é tão difícil vovó... Isshōkenmei.-falou a menina abaixando o olhar:

–Eu sei, querida. Eu sei.-falou a mulher acariciando os cabelos da neta:-Vai querer ir embora?

–Não! Não, por favor, deixe-me ficar aqui hoje!-falou a menina:

–Como você quiser, dormirá aqui então.-falou a mulher se levantando, porém deixando a bandeja com chá e biscoitos e antes de sair se virou para a menina:-Coma um pouco, ajuda manter as energias!

–Arigatō!-falou Hana reverenciando com a cabeça em sinal de respeito.

Hana estava sozinha dentro do quarto novamente, ela não estava com vontade de comer, porém o cheiro dos biscoitos foram mais fortes e ela pegou um. O som da campainha se fez ouvido, Hana estacou, e se fosse sua mãe? Ou a velha Alli? Ou pior... Seu pai?

Hana se levantou rapidamente e foi em direção a sala, mas se manteve escondida A avó a abriu a porta e um soldado fardado com o símbolo do imperador estava em seu campo de visão, a menina franziu o cenho, o que um soldado do imperador estava fazendo ali?!

Hana foi em direção a janela e viu que haviam mais deles em muitas casas próximas dali entregando um rolo de pergaminho, sua avó assentiu e Hana notou que ela estava levemente pálida e então o homem se retirou com o pergaminho.

A avó se apoiou no sofá e Hana foi em direção a ela e a ajudou a sentar:

–Bāchan! O que aconteceu? Está pálida...-falou a menina a ajudando:-O que aquele homem queria?

–Nani mo arimasen... Ele não queria nada. Ele veio é entregar!-falou a velha mulher tremendo as mãos:

–Entregar o que?-perguntou Hana se ajoelhando próxima a avó:

–Estamos em guerra!-falou a mulher e Hana franziu o cenho sentindo o coração disparar:

–Guerra?! Mas... Contra quem?-perguntou Hana:

–Watashi wa shiranai.-murmurou a mulher olhando o fogo da lareira:-Eu não sei, querida.

–Mas o homem foi embora com o pergaminho.-falou Hana:

–Mulheres não vão para a guerra e somo seu avó já partiu, não há ninguém para se recrutar.-falou a mulher:

–Oh, meu Deus..-murmurou Hana pensando no pai. Raiden era muito novo para assumir o lugar do pai, ele teria de ir:-Vovó! Meu pai, ele não pode ir!

–Fique calma, Hana. É muito cedo para saber, apenas algumas famílias são recrutadas.-falou Azami tentando acalmar Hana.

A menina se sentou ao lado da avó e recostou a cabeça no ombro da mesma. Azami suspirou e encasou o fogo da lareira aquecendo toda a casa:

–Sabe, seu avô Hong nunca fui um grande guerreiro como o seu outro avô por parte de pai, o grande Honō ryū Isamu.-falou sua avó e Hana ficou escutando:-Sabe, Isamu foi o segundo da linhagem dos Honō ryū que dominou o elemento fogo e o aperfeiçoou se tornando forte. Ela cavalgava no seu Sutīdo negro, era um grande homem! Seu bisavô se encheu de orgulho e a família foi ainda mais conhecida.

–E então o avó Isamu-san tomou uma poção do amor feita pela velha Alli e se casou com ela?! Porque só assim para querê-la.-falou Hana:

–Sotchoku ni itte, Hana!-bradou a mulher batendo em Hana que sorria:-Não diga isso! Naquela época existiam casamenteiras e elas eram piores do que as de hoje.

–Hunf... Dúvido.-falou Hana abaixando o olhar lembrando do monstro que a avaliou:

–Pois acredite. Os homens não podiam escolher, só anos depois que eles escolhiam, mas Isamu e eu éramos grandes amigos e tenho certeza que ele iria me escolher.-falou a avó e Hana a encarou com a sobrancelha erguida e um meio sorriso:-Não diga a ninguém! Porém os casamentos eram arranjados e ele acabou se casando com Alli e eu com Hong, o que não me arrependo e eu aprendi a amá-lo.

–O vovô Hong era um bom homem, vovó.-falou a menina:

–Hong deu honra a sua família também, claro que não foi tão longe quanto Isamu, mas acredito que ele não foi porque não quis.-falou Azami:-Ele tinha o dom do ar, Hana, ele o conhecia e dominava; porém não quis. Ele apenas dominou o arco-e-flecha como nenhum guerreiro e domou seu falcão!

–O vovô também foi honroso, sua história é bela também.-falou Hana:-Então meu pai foi para a guerra e como a senhora só teve meninas...

–Infelizmente seu avô teve de ir novamente e morreu em campo de batalha, mas sei que ele conseguiu fazer algo com o ar. Só que ninguém voltou para nos contar.-falou Azami:

–Guerras são brigas em que você nunca sairá com vida, pode sair de pé mas uma parte sua morre no campo de batalha. Papai me disse isso uma vez...-murmurou Hana:

–E ele nunca esteve tão certo. Na verdade eu tomei trauma de guerras, por isso fiquei tão nervosa, porque não quero que Raiden vá.-falou Azami:-Eu temo por ele.

–Eu não, vovó! Papai o treinará muito bem, ele será grande vovó!-falou Hana:

–Eu também acredito, mas meu coração é medroso.-falou a velha:-E ainda tem Riki.

–O que quer dizer?!-indagou Hana se erguendo:

–Ora, ele tem dezoito anos já pode ir para campo de batalha, e como o pai dele está velho... Com certeza Riki irá!-falou Azami:-Ele será o segundo de sua família a ir e quem sabe trará honra.

–Deus! Riki também irá!-falou Hana com certo receio pelo pai novamente e pelo amigo também:

–Mas Riki é esperto, ele saberá se cuidar.-falou a velha Azami:-Bom... Vamos dormir que amanhã você terá um dia cheio!

Hana suspirou pesadamente e se ergueu acompanhando a avó em direção a seu quarto pelos corredores:

–Vovó... Como o avô Hong foi um dominador do ar e o o clâ inteiro praticamente foi do fogo, acha que Raiden pode dominar os dois ou apenas um?-perguntou Hana na porta de seu quarto:

–Meu bem, eu não sei se seu avô Hong dominou realmente o ar, eu apenas acho. E nunca, nenhuma guerreiro por mais forte que fosse dominou dois elementos.-falou a velha:-Os chackras são diferentes, somente um domino perfeito disso com os jutsos seria possível. O que ninguém conseguiu até hoje!

Hana assentiu e deu um beijo na testa da avó e entrou dntro do quarto e fechou a porta em seguida. Caminhou pelo quarto de hospedes, porque a avó dormiria no dela e viu desenhos de redemoinhos pela madeira e deitou na cama com o fogo e o ar se juntando, e a água e a terra se fungindo dpeois e assim ela mergulhou no mundo dos sonhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

;D