Hana estava sentada com as pernas cruzadas com os braços cruzados olhando atentamente a luta entre Kyo e Daisuke.

Daisuke era bem habilidoso e sabia exatamente onde tinha que acetar em Kyo para fazê-lo parar e sentir dor, porém Kyo era muito mais veloz e com um último golpe desequilibrou Daisuke e o fez cair no chão e em seguida socou o estômago do garoto com força, socando a cabeça do mesmo no chão em seguida.

Os médicos logo foram acudir o garoto com o rosto inchado pelos hematomas e a cabeça sangrando levemente, Hotaru estava com raiva e xingava Kyo de todos os nomes que ele pensava, Kyo apenas franziu a testa e saiu com uma faixa negra em suas mãos e se colocou em uma área onde estavam somente os que já lutaram, no caso, somente ele.

Hana se sentiu mal por Daisuke, mas precisava manter a concentração para não acontecer o mesmo com ela, a garota já não aguentava ir para a ala médica com dores. Não iria mais, pelo menos não desta vez!

Logo a segunda luta se dá início e vão para o círculo Hotaru e Goenji, o loiro estava afobado e com muita vontade de brigar, era nítido nos olhos esmeralda que ele estava preparado para tudo! A sua força de vontade e garra eram uma fonte de inspiração para Hana:

–EI, dono yō ni! Eu vou acabar com você!-gritou o loiro:

–Vamos ver, Huyata!-esnobou o ruivo:

–Ahh... Kare no fukō!-gritou Hotaru.

Logo a luta tem início e Hotaru parte para cima de Goenji com tudo o que ele tem, Hotaru era sem sombra de dúvida muito, muito rápido mesmo. Goenji não conseguia acompanhá-lo e estava recebendo vários socos em sua face, pelo garoto que corria e pulava em sua direção:

–Nossa! Ele é muito rápido!-exclamou Shiro sorrindo.

Hideo apenas assentiu em silêncio.

Logo, Goenji entende os pontos de alvo de seu oponente e o desequilibra com uma rasteira. Hotaru cai ao chão e Goenji com o rosto todo marcado corre em sua direção ficando por cima e batendo na face do loiro.

Hotaru socou o estômago de Goenji, mas recebeu uma cabeçada na testa do mesmo, Hotaru ficou tonto e se levantou colocando as duas mãos na testa:

–Ora, seu miserável!-gritou o loiro:

–Não se ache demais em uma luta, loiro! Não sabe se seu oponente é mais forte.-falou Goenji:

–Você não é mais forte do que eu!-gritou o loiro indo para cima de Goenji novamente. Porém o ruivo se abaixou e chutou as costas de Hotaru o fazendo perder o ar e agarrou as pernas do garoto virando o corpo do mesmo e o socando no chão:

–AHH!-gritou pela dor. Porém mesmo com o corpo doendo e mal respirando chutou a face de Goenji, acertando bem no nariz do ruivo que sentiu o sangue sair com vontade.

Pela dor que sentia, concluiu que o loiro havia quebrado seu nariz e o encarou furioso sentindo o sangue descer em abundância:

–Seu bastardo!-gritou Goenji.

Hotaru quase não conseguia se manter em pé, porque as costas doíam e respirar estava sendo insuportável. Goenji se aproveitou disso e correu em direção ao loiro com o nariz banhado em sangue, Hotaru apenas se abaixou de um golpe parou nas costas de Goenji socando sua cabeça, mas recebendo um chute em sua face de um Goenji tonto pela pancada:

–AH!-gritou Hotaru caindo no chão com a mão no rosto, mas logo se erguendo encarando o ruivo que o encarava com ódio:

–Não devia ter feito isso, Hotaru...-murmurou o ruivo.

Hotaru apenas ficou parado, enquanto Goenji corria em sua direção pronto para acertar-lhe um murro dentro da cara, mas apenas ficou lá parado encarando o garoto. O ruivo estranhou, mas apenas sorriu de canto correndo ainda mais rápido.

Chegando próximo a Hotaru o garoto havia desaparecido na sua frente deixando o ruivo com os olhos arregalados em confusão:

–Mas, o que...?!-gritou o ruivo:

–Lento demais, Sasori!-gritou Hotaru pulando em cima do garoto, enrolando as pernas envolta do pescoço de Goenji que apenas gritou e tentou tirá-lo.

Ambos caíram e Goenji socava as pernas de Hotaru tentando fazê-lo soltá-lo e afrouxar o aperto para ele escapar, mas o garoto aguentava. Até o ruivo perder a consciência e Tadashi puxar Hotaru com um pouco de violência, com medo do loiro ter matado o ruivo.

Hotaru gritou sorrindo pela vitória, mas logo desmaiou pela enorme falta de ar que estava sentindo.

Os médicos correram e retiraram ambos os garotos dali, um Hotaru desacordado e sendo reanimado com uma máscara de oxigênio e um Goenji desacordado com o pescoço levemente roxo.

Todos ficaram com os olhares penosos em direção ao loiro desacordado, Hana se sentiu apreensiva e viu o olhar de excitação do homem Kohaku.

Em seguida Hideo já se encontrava no ringue com com os braços cruzados e esperava Shiro pacientemente. O garoto roliço se abaixou e ficou a centímetros de Hana que o encara com as sobrancelhas franzidas:

–O que está fazendo?-perguntou Haruo/Hana:

–Deseja-me sorte, Haruo.-falou o garoto sorrindo e Hana sorriu de lado batendo na cabeça do garoto:

–Boa sorte, Shiro!-falou Haruo sorrindo:

–Obrigado!-falou o garoto.

Hana sorriu e torcia para o garoto Shiro, sua bondade era algo que Hana aprendeu a valorizar ainda mais do que se ele obtinha habilidades para ser um grande guerreiro ou não. Ela não ligava para isso.

Shiro estufou o peito e ficou de frente para Hideo que o encarava sério e com certo desânimo, o garoto de olhos brancos esperava uma luta um pouco mais interessante e complicada. Não menosprezando o companheiro roliço, mas não via nele um verdadeiro desafio igual os primos Wurochiha.

Shiro fechou os olhos e uniu as mãos e Hideo percebeu que o garoto cresceu um pouco e em seguida abriu os olhos gritando correndo em sua frente. Hideo semi-cerrou os olhos e desviou do ataque com um pulo, e viu o chão ser afundado pela grande força de Shiro:

–Shikashi, nani?! O que é isso?!-gritou Hideo parando atrás de Shiro e o viu bufando como um verdadeiro touro.

Hana sorriu de lado e torceu em pensamento para o garoto.

Shiro corre em direção a Hideo novamente e ambos começaram um combate. Shiro possuía sua grande força, então não necessitava de saber ou não os combates básiscos como kung-fu, artes marciais e o que quer que fosse. Já Hideo possuía conhecimentos de tais lutas e desviava e acertava Shiro com rapidez e perspicácia:

–Nada mal, Hideo.-falou o garoto:

–Igualmente...-murmurou baixo Hideo ofegante.

Shiro gritou e pulo em com força em seu mesmo lugar, causando um estrondo no chão, fazendo Hideo voar e cair de costas no chão perdendo o ar em seus pulmões. Shiro correu até o garoto e socou seu estômago, fazendo Hideo gritar pela dor:

–AH! Kuso!-gritou o garoto de longos cabelos.

O prendedor soltou dos cabelos longos os deixando espalhados, Hideo socou o rosto de Shiro o fazendo gritar e cair para trás com dor nos olhos, onde fora acertado. Hideo ofegante e colocando ambas as mãos no abdômem se ergueu com certa dificuldade, e ficou em posição. Não achava que teria que usar tanto para derrotar Shiro, mas o garoto se mostrou um grande adversário.

Antes que pudesse se dar conta Shiro o atacara novamente, socando seu rosto para os ares, o garoto de olhos brancos gritou com as mãos separadas do corpo em direções opostas e gritou abrindo os olhos. Deles saíram uma coloração cinza-violeta com a pupila idêntica de um tigre das neves. O garoto caiu com as mãos em punhos e saindo uma espécie de brilho das mãos que socou com força o pescoço de Shiro, fazendo o garoto girar e cair pela força.

Hideo estava em posição, enquanto todos estavam com os olhos arregalados e as bocas escancaradas em direção ao garoto da família tigre. Hana estava impressionada, conhecia a família por Riki, ele lhe contara das grandes facetas deste clã envolto de mistérios; mas nunca imaginaria que Hideo pudesse transformar seus olhos em cinza-violeta e com a forma de um tigre das neves.

Hideo conseguia ver todos os pontos vitais de Shiro e sorriu de canto pela força, era uma espécie de gelo que ele conseguia dominar, por ser um elemento particularmente fácil dentro de seu clã. Ele viu que lascas de gelo começavam a formar no pescoço de Shiro, dificultando assim, a entrada de oxigênio e o frio predominaria no corpo do garoto:

–O...O-O que v-você fez?!-gritou Shiro:

–Técnica Aisukurisutaru, que significa cristal de gelo. Criada e desenvolvida dentro do meu clã.-falou o garoto:

–M-Mas c-como... Como consegue d-dominar u-u-um el-elemento?!-gritou Shiro se erguendo com frio cortante em seu corpo, era como se sua temperatura fosse caindo gradativamente rápido e o ar lhe faltasse:

–Não consigo... meu clã possui a água como principal elemento e o gelo deriva-se dela e é o mais simples que pode ser dominado.-falou o garoto:-Eu nã domino um elemento, eu consigo dominar a derivação dele.

–Maldição...-murmurou Shiro:

–Não quero machucá-lo Shiro, aconselho a deixar a luta, companheiro.-falou Hideo:

–N-Não, cara... Não fujo!-falou Shiro sorrindo de lado.

Hana sentiu o peito se apertar vendo a determinação de Shiro, mesmo sabendo que não conseguiria vencer de Hideo.

O garoto de olhos brancos assentiu e correu em direção ao garoto roliço que apenas se fez de muralha. Hideo começou uma série de golpes, mesmo recebendo socos fortes em sua face abrindo cortes que saíam sangues em abundância, Shiro tentava se defender, mas conforme Hideo o acertava gelo predominava.

Shiro pisou com força no chão, socando o queixo de Hideo o mandando para o alto e o garoto aproveitou disso para na hora de descer acertar com força a cabeça de Shiro. O garoto roliço gritou rolando no chão em seguida, sentindo literalmente, seu cérebro congelar.

Hideo o olhava com pena e os demais também, Hana queria correr até lá para acudi-lo, porém Shiro parou de se mover e o doutor On chegou correndo com uma maca para levar o garoto dali.

Hideo limpou o sangue do rosto com as próprias mãos, dispensando os lenços do doutor. Pegou a faixa nas mãos do capitão Tadashi recebendo o apertar de ombros e foi para onde Kyo estava, ficando lá de braços cruzados.

Hana logo em seguida ergueu o rosto e o corpo caminhando a passos lentos em direção ao círculo onde brigaria com Jin, que já se encontrava lá com os cabelos brancos voando conforme o vento dançava sobre eles, os olhos azuis iguais as de Takeshi, porém com uma frieza jamais vista por ela, lhe encaravam conforme ela se aproximava.

Takeshi estava tenso, apertava os punhos disfarçadamente com os braços unidos sobre o peito forte. Por alguma razão a beleza incomum do garoto Haruo o estava incomodando e muito, como, raios, poderia achar aquele garoto bonito, ele era um homem! Não poderia achar tal blasfêmia. E por que, com todos os diabos, achava que não aguentaria ver o garoto apanhando de Jin?!

Apenas se concentrou com os olhos na luta que se seguiria e tentava a todos custo lembrar que deveria torcer para seu primo.

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Hana ficou em posição na frente de Jin, enquanto sentia seu coração bater descompensado dentro de si. Estava com raiva de Riki, se sentia triste, solitária em meio a tantos homens e se sentia pavor ao pensar no que se seguiria.

Jin sorriu de lado em sua direção:

–Acabarei com você, Honō ryū!-ele murmurou, fazendo Hana sentir um frio incomum de desespero dentro de si.

Jin correu em sua direção preparando o golpe, Hana nunca havia brigado, mas sabia que deveria fazer algo. O garoto foi pronto para acertá-la com um soco em sua face, mas Hana bloqueou com um ante-braço, em seguida forçando o garoto para trás, desviando de um chute e pulando para socá-lo, porém o garoto desviou chutando sua perna. Hana xingou mentalmente e mordeu os lábios para não gritar, a dor lhe subia e ela desviava dos demais golpes conseguindo socar com força o rosto de Jin que lhe revidou com outro mais forte em seu nariz.

Hana caiu no chão com o corpo tremendo, enquanto o nariz saia um líquido escuro em demasiado. Seu sangue... A garota viu Jin pronto para chutar-lhe a cabeça, mas se ergueu novamente pulando e chutando a coluna do garoto, que ajoelhou e ela rapidamente socou seu rosto e tentou chutar se estômago, mas o garoto bloqueou com o braço e segurou a perna de Hana socando sua cocha com o cotovelo:

–AHH!-ela gritou, tentando manter a voz rouca. Sentiu as lágrimas se acumularem em seus olhos, mas não permitiu que caíssem.

Jin segurando sua perna com as duas mãos a jogou para o lado e Hana caiu de bruços, sentiu ser pega pelos cabelos e sua face ser enfiada com força no chão. Seu nariz doeu ainda mais e sentiu uma dor forte na cabeça com o impacto em sua testa, sentiu sangue escorrer da mesma e se apoiou nos dois braços com força no chão empurrando o corpo para a lateral, esticando a perna e dando uma rasteira em Jin que caiu de costas.

Hana correu em sua direção e socou seu nariz que sangrou, ficou por cima do garoto e começou a socá-lo na face com força. Porém Jin era muito mais forte e a desequilibrou, segurando sua perna e socando com força. Hana apenas sentiu o osso doer mais que o normal, enquanto ambos ouviam o barulho do mesmo.

Jin se afastou sorrindo de lado e Hana ficou segurando a perna com lágrimas quentes saindo de seus olhos, seu corpo tremia e a dor a consumia.

Hana com muita dificuldade se colocou de pé com a testa e o nariz saindo sangue, ela não conseguia respirar pelo mesmo, e apenas com a boca aberta ela inspirava o sagrado oxigênio, enquanto engolia sangue e o cuspia no chão pela repulsa.

Jin correu em sua direção mais uma vez com chutes, que Hana tentava bloquear com os punhos, o sangue atrapalhava sua visão. Jin se abaixava e tentava acertá-la, mas Hana o sacava na face e o bloqueava; o garoto chutou sua canela fazendo a atenção da menina se dispersar em direção a dor e chutou a face dela.

Hana caiu deitada de costas no chão e Jin chutou suas costelas com força, ela gritou se engasgando com o sangue que caía em demasiado. Ela começou a ver pontos negros em sua frente dançarem conforme a dor tomava seu frágil corpo retorcido pela agonia constante dos chutes fortes do garoto de cabelos brancos, que parecia sorrir com seu sofrimento.

Jin abaixou-se e a segurou com força pelo pescoço a sufocando, ela tentava respirar e tirá-lo de cima de si, mas ele parecia incrivelmente mais pesado do que ela poderia aguentar.

Os pontos escuros agora em grande quantidade dançavam em sua vista embaçada pelo líquido grotesco.

Em alguns pontos escuros ela se deixou levar e encontrou o rosto de seu pai severo e a voz dele alcançou seus tímpanos.

"Lá estava Raiden em mais um treino interminável, o garotinho tentava acompanhar o pai em seus movimentos e golpes que sempre acabavam o acertando com força, não importando para onde o pequeno desviava ou corria; seu pai sempre lhe acertava e a dor surgia com vontade.

Hana estava os olhando pela janela, em cima de um galho grosso da sakura, ela via o pai gritando com o irmão menor e mandando melhorar nisso ou aquilo.

Ela estava com pena, porque pelo olhar distante e sôfrego o garotinho sentia dor, seu pai nunca era leve nos treinos com Raiden e fazia-a suar para tentar detê-lo. O garoto pulava e tentava acertar o pai em seu rosto, braços, pernas, peito, tórax, cabeça... Mas Chang nunca deixava-se ser apanhado pelo herdeiro, sempre mostrou-se ainda mais forte para o pequeno, tentando fazê-lo evoluir.

Hana viu do galho da árvore seu pai segurar o frágil pescoço de Raiden e socá-lo no chão macio do dojo e apertar o pescoço do garoto. Hana arregalou os olhos e queria correr e parar com aquilo tudo, via as pernas de Raiden baterem com força e os bracinhos magrelos tentarem sem sucesso se livrar do aperto:

–Fōkasu, Raiden! Mantenha-se com foco, não se desespere por mais que o aperto esteja lhe tirando o ar e o matando.-falou a voz severa de seu pai. Hana não via os rostos deles, apenas escutava a voz grave e forte de seu pai para com o irmão:-Suas pernas ainda estão livres, lembre-se disso, há uma saída... Mínima, porém há! Enrole sua perna direita em uma das minhas e me force para longe. Quando fizer isso eu estarei longe e você corra para longe de seu agressor e tente recuperar o ar, mas não demore muito, vire-se e corra impulsionando a perna direita e pule com auxílio sem querer do agressos pela cocha do mesmo. Assim que fizer isso vire o corpo e o atinja com o tornozelo no rosto, vire novamente o corpo e atinja a mesma parte do rosto e antes de cair ao chão chute bem no meio do maxilar; com a força certa o quebrará.

A dor dominará o seu agressor e assim você chutará seu estômago, ele se erguerá porque teme a derrota, porque não passa de um fraco que só pensa na vitória e nunca nos princípios de uma boa luta. Quando ele correr tonto em sua direção, impessa-o de te socar com as duas mãos e chute seu estômago e no momento que ele atingir o chão, force sua cabeça no atrito e assim, meu filho... Você obterá a tão almejada vitória!"

Hana arregalou os olhos com tal lembrança, porém já estava ficando sem o preciosos ar e então com a perna direita desequilibrou Jin que caiu de bruços e ela socou sua nuca, por precaução e se rastejou para longe. Tossiu algumas vezes e limpo o rosto com as duas mãos do sangue e respirou bem fundo se virando a tempo de ver Jin correndo como um louco em sua direção.

Fechou os olhos e os abriu novamente correndo em sau direção também, esqueceu da dor em seu corpo e somente recordou da voz de seu pai.

"corra impulsionando a perna direita e pule com auxílio sem querer do agressor pela cocha do mesmo"

Hana correu e com a ajuda da perna esquerda pulo em cima da cocha de Jin, pegando impulso o suficiente para um salto (desengonçado, mas com o desespero que a dominava isso é muito!) e girando o corpo.

"Assim que fizer isso vire o corpo e o atinja com o tornozelo no rosto"

Hana virou o corpo chutando com tornozelo direito o rosto de Jin com toda a força que ela conseguia, o garoto gritou e virou totalmente o rosto para o lado esquerdo em que se encontrava.

"vire novamente o corpo e atinja a mesma parte do rosto"

Hana não espero e já estava com o corpo girando no ar novamente e pegou força chutando com a perna esquerda a mesma parte do rosto do garoto que havia retornado para o lugar meio desorientado.

"antes de cair ao chão chute bem no meio do maxilar"

Hana puxou a perna direita para baixo ainda no ar, prestes a cair e o ergueu no momento em que seus olhos e os azuis frios de Jin se chocaram. Ela subiu a perna atingindo com tudo o maxilar do garoto que ergueu o rosto para cima pelo tamanho do impacto.

"com a força certa o quebrará."

O som do osso se quebrando a fez sorrir de lado, caindo de costas no chão e logo se erguendo correndo em direção ao garoto que se mantinha gritando de dor no chão. Hana abaixou em sua direção o puxou elos cabelos e bateu sua cabeça com força no chão o desmaiando.

Ela se ergueu esticando os braços para cima ouvindo os gritos dos demais garotos que a assistiam. A voz de seu pai em sua mente dizendo o orgulho que sentia e a força que a mesma estava sentindo pela vitória.

Mas logo a dor que sentiu foi demais, ela simplesmente desmontou, todavia não perdeu a consciência. Os olhos continuaram abertos, até o momento em que os médicos chegaram e a levaram; ela sorria e viu os olhares surpresos e os gritos de comemoração.

Seus olhos se chocaram com as íris azuis que a aqueciam e viu Takeshi sorrindo de lado e balançando a cabeça positivamente.

Ela riu e assim foi para a ala médica vitoriosa, com a imagem do pai em sua mente.