Premonição - O Início escrita por Victor Crype


Capítulo 11
Epílogo - 11 Meses Depois


Notas iniciais do capítulo

Obrigado a todos que acompanharam essa fanfic até o fim. Em breve, virá a próxima. Aguardem o/



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–11-

Epílogo

11 meses depois – 14 de maio

Glauco pagou a entrada para o parque de diversões e passou pela catraca logo após sua namorada Paloma. A garota se virou para lhe dar um selinho. Então os dois andaram abraçados pela entrada do parque e assim que a luz dos brinquedos os iluminou os dois caminharam de mãos dadas.

− Estou feliz que você tenha aceitado vir aqui comigo – Glauco sorriu para a namorada.

Paloma corou:

− Tudo bem, eu estou feliz de ter uma nova vida ao seu lado.

Os dois deram mais um selinho antes de adentrar mais no parque. Glauco apontou para o carrossel:

− O que acha de andarmos no carrossel?

Paloma ia aceitar então as luzes do carrossel piscaram num tom vermelho e um cavalo negro passou. A garota prendeu a respiração por alguns instantes depois contornou a situação:

− Que tal irmos ao brinquedo de queda livre?

− Ouvi dizer que você se sente andando no ar – Glauco concordou.

Paloma franziu o cenho sentindo uma sensação de déjà vu. Eles caminharam em direção ao brinquedo que não estava muito longe. Eles entraram na fila. Na frente deles um garoto não muito velho segurava a mão de sua mãe e em sua outra mão segurava um balão. Num piscar de olhos o balão subiu em direção ao ar e estourou, fazendo a criança olhar emburrada para o céu.

Paloma se retirou da fila se desculpando:

− Talvez seja muito cedo para irmos nesse brinquedo.

− Paloma, tudo bem? – Glauco perguntou preocupado.

Paloma estava prestes a responder que sim quando algo passou zunindo por seu ouvido. Ela olhou para o helicóptero, preto e com chamas, de controle remoto que voava entre ela e Glauco. O brinquedo deu a volta e voltou para a loja onde era vendido e cujo vendedor sorriu para eles.

Paloma olhou a sua volta nesse instante. Um rapaz carregava um engradado de um refrigerando marrom de embalagem vermelha e ele acabou tropeçando, derrubando o engradado no chão. O homem que parecia ser seu chefe gritou irritado:

− Quer morrer garoto?

Paloma se lembrou então:

− Faz um ano hoje – ela olhou para o namorado e anunciou – não estou bem, acho melhor irmos embora.

Paloma não esperou pela resposta e se virou bruscamente pronta para ir à outra direção e acabou se chocando com alguém.

− Desculpe! – Maria Júlia e Paloma falaram ao mesmo tempo.

As duas se encararam. Então sorriram e se abraçaram:

− Paloma há quanto tempo! Fazem o que? Uns seis meses? – Maria riu.

− Sim – Paloma concordou com a amiga – você foi embora da cidade para fazer faculdade. Que coincidência você por aqui!

− Verdade! Eu vim com meu namorado Yudi – ela apontou para o garoto asiático que estava próximo a ela.

− Eu vim com meu namorado também, o Glauco – Paloma anunciou.

Glauco e Yudi deram as mãos respeitosamente. Então logo a surpresa das garotas:

− E aí Yudi? Há quanto tempo? – Glauco brincou.

Yudi respondeu:

− Nem me fala.

As duas olharam para os meninos exigindo uma explicação. Glauco riu e explicou:

− Tínhamos aula na mesma academia de luta. Ele era do curso de karatê.

− Sim a academia fechou depois de um acidente estranho, como nós dois éramos de cidades diferentes perdemos contato – Yudi complementou – nós dois escapamos do acidente por pouco.

Paloma segurou o braço da Maria imediatamente e enquanto os garotos punham o papo em dia e resmungou:

− Não estou com um bom pressentimento.

Maria a encarou e disse:

− Nós duas conversamos muito sobre tudo o que aconteceu. Depois que o Murilo morreu os acidentes pararam, a morte dele deve ter quebrado a lista de alguma forma. Paloma lembra que dia é hoje? Devia ser o aniversário do Murilo. Ele deu sua vida para que a gente estivesse aqui hoje, está tudo bem!

Paloma se calou, não sabia o que dizer, apenas sabia que sua amiga estava certa, ela se lembrou das longas conversas que haviam tido.

− Meninas vamos para a montanha-russa – Glauco avisou e em seguida puxou Paloma pela mão fazendo-a rir e esquecer de seus medos.

Quando chegaram à entrada do brinquedo Paloma viu a velha montanha-russa de madeira. Não havia perigo algum, ela não fazia curvas bruscas e nem tinha loops ou saca-rolhas. Ela foi então a primeira a entrar na fila.

Algum tempo depois quando o carrinho da montanha-russa parou e seus tripulantes saíram. A porta para o embarque se abriu e Maria e Paloma se sentaram bem na frente, no primeiro vagão. Glauco e Yudi na parte de trás. As travas de segurança desceram. Paloma reparou que era apenas uma barra sobre as pernas que a impediriam de se machucar.

Enquanto cada vagão era preenchido com pessoas, Paloma começou a olhar a sua volta. Ela viu a identificação do seu vagão: DBI. Só que a menina reparou que as letras eram muito quadradas e uniformes que lhes dava o aspecto de números. 081.

Paloma suspirou e encostou a cabeça na montanha-russa, enquanto esperava o brinquedo encher, ao longe ela pode ouvir o som do parque:

Alguém chame um médico

Tenho um caso de amor bipolar

Presa numa montanha-russa

Da qual não consigo descer

− Katy Perry – Paloma disse levantando a cabeça.

Com um alarme a montanha-russa começou a deixar a estação, fazendo Paloma olhar para trás sem saber por quê. O carrinho iniciou sua subida íngreme, fazendo todos arcarem para trás.

− E se nós estivéssemos erradas? – Paloma tentou falar sobre o som do brinquedo.

Maria a encarou:

− Paloma, esquece isso.

O carrinho começou a subir e o vagão em que elas estavam a se inclinar para frente lentamente.

O som do rádio mudou e outra música encheu o ar:

Embora você possa me esquecer,

Você ainda está na minha mente,

Olhe sobre seu ombro

Eu estou andando atrás de você

A montanha-russa começou a ganhar velocidade ao mesmo tempo em que Paloma e Maria se entreolharam. Paloma sentiu quando a trava sobre sua perna subiu no ar. O vagão onde Maria, Glauco e Yudi e ela estavam se separou dos demais com um rangido, fazendo com que o vagão em que estavam ganhasse mais velocidade e faíscas enchessem o ar.


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Notas finais do capítulo

(ATENÇÃO SPOILERS) Acho só legal complementar, que as meninas morreram 11 meses depois e não 9 (Murilo pediu um mês de vida por cada sobrevivente que a morte conseguiu levar) porque a morte contou a vida das duas garotas, pois sabia que conseguiria pegá-las após a morte de Murilo. Até a próxima pessoal! Lembrem-se: Da morte não há escapatória).



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