Davina - No limite de um amor veloz. escrita por Lya De Volkan


Capítulo 3
Casa de Jackie Stewart - Abril de 1968


Notas iniciais do capítulo

Queria dar boas vindas aos novos leitores, a fic está tendo mais visualizações do que eu esperava e eu gostaria de agradecer a vocês por isso. Não deixem de comentar para que eu saiba o que estão achando do que estou escrevendo, e não se esqueçam de favoritar também ok? Beijinhos e boa leitura.



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Já haviam se passado uns seis dias desde o teste para a Tyrrell que eu conseguir ganhar, a felicidade do Jackie por eu ter conseguido um lugar na equipe era tanta que ele decidiu ficar um pouco mais na Austrália para comemorar. Eu estava tomando banho de sol no quintal da casa, com um pequeno maço de cigarro na mão direita e a esquerda acariciava a cabeça de Duke, o pastor alemão e xodó do Jackie desde que foi adotado quando ainda era filhote.

A casa estava cheia de amigos do Jackie que acabaram por virar meus amigos, um deles era o Ronnie Swan e a sua esposa divertida, Barbara, que também era francesa. Eles trouxeram um rádio para que pudéssemos escutar algumas músicas do lado de fora da casa, bebianos, conversávamos, sorriamos com a palhaçadas do Dennys e do Jackie dentro da piscina. Até que começou a narração do final da corrida da Fórmula 1 feminina. Corri pro lado do rádio e esperei a narração do locutor, nem sabia que a corria seria naquele dia, se tivesse me lembrado teria ido até o autódromo para assistir ao vivo.

–Dizem que as moças são tão competitivas quanto os homens, por isso elas estão chamando atenção. -Ronnie comentou com Jackie que estava ao seu lado, procurei prestar atenção no final da corrida para saber como ficaria a colocação.

"E vai acabar a corrida, a corrida vai acabar e a disputa entre Senna e Prost esta acirrada! Senna esta a poucos segundos atrás de Prost! A muito tempo não víamos uma disputa feminina desse jeito!

Quanto mais o locutor falava mais ansioso eu ficava, provavelmente Prost ganharia e Senna ficaria em segundo lugar por pouco.

–Ela é a preferida do Niki Lauda...-Dennys me falou e eu dei um pequeno trago no cigarro.

–Será que ela ficará em segundo lugar pelo menos? -perguntei inocentemente e Dennys pra mim.

–Se ela não chegar em primeiro talvez ela fique em segundo mesmo, e por bem pouco. Não subestime a pequena Senna, François, ela é bem determinada e não é uma boa perdedora. -Ronnie veio se sentar perto de nós e também comentou sobre a corrida, dizendo que talvez Davina se tornasse a "nova Emerson Fittipaldi da Fórmula 1 feminina".

Começamos a sorrir.

"Davina Senna! Davina Senna é a campeã! Sua primeira conquista pela McLaren! Vitória para o Brasil! Prost em segundo e Piquet em terceiro lugar. Davina Senna dominando o GP da Austrália! E ela chora ao parar o carro no boxe, choro de alegria, choro de ter um sonho realizado, essa é a Davina Senna do Brasil!"

Eu estava impressionado! Em sua primeira corrida na Fórmula 1 ela tinha chegado em primeiro lugar. Muitos agora iriam apostar suas cartas nela, ela deveria ter dado um verdadeiro espetáculo naquela pista. Eu não sei, mas eu estava imensamente feliz por ela, com certeza ela deu tudo de si naquela corrida para ter chegado onde chegou e assim orgulhar o seu país. Não tive tempo de me arrumar e ir junto com o Jackie e o Ronnie até o autódromo para poder dar os parabéns a Senna pois minha namorada naquela época, a bela Brigette Bardot, tinha chegado para me buscar, iriamos jantar com algumas pessoas da alta sociedade da Austrália.

Brigette era uma das modelos mais famosas da época, todas as capas de revistas tinham sua imagem e seu rosto, era uma mulher adorável porém controladora um pouco (desculpe Brigette), o que contribuiu para o fim do nosso namoro em Junho daquele mesmo ano. O assédio aumentou com o nosso término, tanto para mim como para ela. Tive relacionamentos de curto prazo, sim, mas não por ser um aproveitador ou um cafajeste sem sentimentos, mas por não ter sentido amor por nenhuma dessas mulheres que me relacionei, voltando a dizer, sem tomar nenhuma na cama.

O mais conturbado de todos os meus relacionamentos foi com a Condessa Cristina Coraman, durou apenas três semanas mas nessas três semanas ela já queria marcar a data do nosso casamento. E chegou a marcar na verdade, mas eu conversei com ela e pus fim a tudo. Claro que ela não aceitou facilmente o fim do nosso relacionamento, uma moça acostumada a ter tudo que queria não iria deixar um homem por quem sentia desejo escapar de suas mãos. Ela tentou de todas as formas me ter ao seu lado, mas todas eu recusei, até a ideia de fazermos um filho ela colocou em pauta, mas não tinha o que se fazer mais, era o fim de tudo entre nós.

Eu tinha retornado a França para o inicio do campeonato europeu de automobilismo, seria o numero doze pela Tyrrell-Lotus ao lado do Jackie e de outros titãs do momento. Aproveitei para ver a minha família. Minha mãe, Hugette, sempre fiel esposa, estava só em casa. Meu pai, o poderoso Charles das companhias de Jóias Cevért estava em uma viagem de negócios a uns dois dias antes do meu retorno, meu irmão mais velho, Julian, passava muito tempo fora de casa em sua faculdade de medicina, meu outro irmão Elijah estava no serviço militar obrigatório francês, na qual ele já era major. E minha doce irmã Jacqueline havia acabado de se casar com Jean-Pierre Beltoise, que também era piloto de Fórmula 1, pela Matra.

Minha família nunca foi a favor do meu sonho em alta velocidade, para eles eu deveria me casar e assumir os negócios das jóias, mas eu não queria, só de ver toda aquela papelada que meu pai assinava e que carregava dentro de sua pasta para todos os lugares me dava uma desanimação, eu não esperava nada daquilo para a minha vida, muito menos aquela rotina parada.

Jackie e Helen também estavam na França, então me convidaram para ir ao um restaurante perto do mar de Saint-Tropez . Eu aceitei, claro, fazia anos que eu não ia a Saint-Tropez e queria muito dar uma caminhada perto da praia, para poder relaxar para a temporada que se aproximava. Vesti uma roupa casual e fui ao encontro dos dois no restaurante que por coincidência, ficava de frente pro mar.


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Notas finais do capítulo

Hum...o que será que vai acontecer nessa caminhada hein? Um encontro?...talvez né kkkkkkkkkkk só no próximo capitulo. Beijos. #FrançoisPegador



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