A filha de Além Mar escrita por Daily Poison


Capítulo 8
Capítulo 7 - A filha do Grande Imperador Além Mar


Notas iniciais do capítulo

Olá narnianos ^^ Como vão?
Ta aí mais um capítulo pra vocês. Espero que gostem e comentem, por favor! A fic não é movida a reviews, mas tenho mais inspiração para escrever quando vejo que vocês estão gostando.

Obs: Gostaram das capas?

Sem mais a dizer, divirtam-se e boa leitura.
D.P.



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Um dia longo se passou. O Grande Rei só parou para comer e dormir por algumas horas, contudo, o tempo era algo precioso que ele não podia se dar ao luxo de perder, e logo estava cavalgando novamente pelos campos de seu amado país. Sua cabeça estava cheia de preocupação, só se deu conta do que tinha feito ao deixar Cair Paravel quando atravessou as águas do Grande Rio, mas a essa altura já era tarde. Não podia desistir agora que estava tão perto de encontra-la. Tinha que confiar em Edmundo agora mais do que nunca, na certeza de que ele saberá o que fazer se algo de ruim chegar a acontecer.

A noite caiu e com ela veio uma forte tempestade, tão forte quanto a da noite que sucedeu a chegada de Mary. Mesmo com pouca visibilidade e com suas roupas encharcadas, Pedro continuou a cavalgar, e assim seguiu por mais algumas horas. Deveria ser quase meia noite quando o cavalo do rei começou a agir de forma estranha. O pobre animal guinchava e se contorcia desesperado, fazendo com que o mais velho dos Pevensie caísse no chão.

–O que foi que houve? O que há com você meu amigo?- perguntou Pedro ao cavalo, mas não obteve resposta, apenas mais guinchos desesperados. Infelizmente esse era apenas um cavalo comum. –Já que não vai parar, irei seguir sozinho! Volto para busca-lo quando a encontrar!- concluiu Pedro enquanto começava a andar, deixando seu companheiro de viajem para trás.

O Grande Rei de Nárnia seguiu em frente confiante por mais algumas horas, talvez toda a noite, pelos seus cálculos, não devia estar muito longe do Ermo. - Sei que é por aqui em algum lugar... Ah vamos, não estou ficando louco... – então quando terminou de falar, Pedro avistou a sua frente uma luz amarelada e fraca a poucos metros de distância. Devia ser cinco horas da manhã, os primeiros raios de sol penetravam com dificuldade na densa floresta de pinheiros. Um alivio enorme tomou conta de seu corpo e mente, fazendo-o até esquecer-se do peso que suas vestes molhadas e capa exerciam sobre seu corpo.

Pedro caminhou rapidamente como uma criança alegre por entre as árvores até enfim estar frente a frente do Lampião. Um sorriso esperançoso e eufórico tomou conta de sua face. Lembrou então do sonho que tivera, e assim como havia feito nele, fechou os olhos e parou para escutar. Minutos se passaram e nada, mesmo se concentrando, Pedro não conseguiu ouvir nenhum zunido ou sussurro... A chuva forte o impedia de ouvir alguma coisa se não os pingos caindo no chão.

Nesse momento o jovem rei de Nárnia chegou a pensar que tudo não tinha passado de uma loucura, uma fantasia, que todos tinham razão, que ele errou ao deixá-los para procurar alguém que nunca existiu. Tinha enlouquecido. Ele estava desesperado, tinha perdido as esperanças. Foi quando escutou a voz dele. A voz de Aslan:

–Pedro, meu filho! Você não está louco! Tente mais uma vez... Nárnia depende disso!- disse Aslan com sua voz forte e poderosa, mas Pedro não podia vê-lo.

–Aslan, por favor, me ajude, preciso achá-la!- respondeu Pedro num sussurro, quase como numa oração, enquanto fechava os olhos novamente.

De repente a chuva parou. Tudo estava silencioso e calmo. Não se ouvia nada, nem o vento, nem a correnteza do Grande Rio, nenhum animal, nada. Somente a respiração pesada do jovem. E assim como no sonho, Pedro começou finalmente a ouvir o zunido, mas dessa vez, não abriu os olhos, apenas seguiu andando atrás do barulho, seguindo sua intuição, desviando de árvores e obstáculos, até que esses se transformaram em sussurros. Ele reconheceu a voz, era dela.

–Já pode abrir os olhos agora filho de Adão! - dizia ela com sua doce e suave voz.

Então Pedro abriu os olhos e se viu na frente de uma caverna. Essa era grande, enorme na verdade, tão grande que seria impossível de se passar despercebido, mas nunca ninguém havia encontrado ou pelo menos falado sobre ela. Era encantada. A entrada por qual o Rei passou era pequena, mais seu interior era gigantesco. As paredes feitas de uma rocha amarelada formavam um tipo de oca com um furo no topo, por onde a luz do luar entrava. Árvores de todas as espécies enfeitavam o local, e no centro de tudo, em uma espécie de tenda, estava ela. Deitada numa cama de pedra como uma princesa das histórias que sua mãe contava para as irmãs mais novas, a garota dormia profundamente.

Era mais bela do que ele se lembrava, nunca em toda sua vida tinha conhecido uma garota assim. Nem mesmo sua irmã, Susana, chegava a ter uma beleza assim. O Jovem Rei Pedro estava apaixonado. Mas havia um problema. Não sabia como iria acorda-la. Pensou em chama-la, mais não sabia seu nome.

–Agora essa, tudo isso pra não saber o que fazer agora!- disse Pedro frustrado em pé ao lado da garota. -Só se.. .- sussurrou ele quando teve uma ideia. A princesa das histórias só acordou da maldição do sono quando foi beijada pelo amor verdadeiro. Bom, ele não sabia se era o amor verdadeiro dela, mais fazer o que, não tinha mais ideias. –Vamos tentar então... - continuou ele já se aproximando do rosto dela. Enfim, ele tinha gostado bastante da ideia.

Pedro estava tão próximo que podia sentir o perfume de rosas que emanava dela. Seu coração batia acelerado com a onda de adrenalina que percorria por todo seu corpo. –Por favor, acorde!- disse Pedro ao segurar delicadamente o rosto da garota e com mais delicadeza ainda tocar seus lábios com um beijo. O beijo não durou mais que alguns segundos, mas para Pedro tinha sido o melhor de toda sua vida.

Alguns minutos se passaram e a garota ainda dormia. O beijo aparentemente não tinha funcionado. –Bom, não sei mais o que fazer... - disse o Grande rei decepcionado e preocupado. Foi quando um arco-íris emanou da menina e se espalhou por toda a caverna numa rajada de vento forte, que fez até os cabelos de Pedro balançar. Fez se silêncio por alguns segundos até que a garota acordou inspirando profundamente e se levantou num súbito.

–Você está bem?- perguntou Pedro se aproximando dela. –Pensei que não iria acordar, fiquei preocupado. - continuou ele com um sorriso, não conseguia esconder a alegria que estava sentindo.

–Bom, não é nada divertido dormir por mil anos, mais estou ótima!- disse a garota misteriosa com um sorriso brincalhão no rosto enquanto se recompunha e levantava do bloco de pedra que usava como cama. –Graças a você!- continuou ela agora olhando pra Pedro.

–Como assim, graças a mim?- perguntou ele confuso.

–Há muito tempo foi previsto que um filho de Adão me acordaria do sono profundo e me ajudaria a cumprir o desejo de meu irmão, a salvar Nárnia da feiticeira. Você é esse filho de Adão e eu agradeço por ter acreditado em mim!- disse ela com um sorriso sincero de agradecimento do rosto.

–Fazer o que né, aqueles sonhos estavam me deixando louco. - brincou Pedro. –Mas... Afinal quem é você?- continuou ele com um ar curioso, fazendo a garota abrir um sorriso largo.

–Eu sou Astride, meu rei. Filha do Grande Imperador Além Mar!-


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