A filha de Além Mar escrita por Daily Poison


Capítulo 4
Capítulo 3 - Tenho que tomar a decisão certa


Notas iniciais do capítulo

Olá narnianos, tudo bom?
Demorei mais voltei com um capítulo novinho em folha. Espero muito que gostem e boa leitura ^^



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Bem cá entre nós, não posso dizer que esse será o encontro mais emocionante que você verá em sua vida, na verdade ele nem foi romântico, mais sim, foi emocionante. Mary caminhou rapidamente até os seus amigos e quando chegou próximo a Pedro, seu “amado” se jogou em seus braços e o abraçou forte. Ela não podia negar, ele era um bom amigo e naquele momento era tudo que ela queria, mesmo que tivesse outra pessoa na Arquelândia com quem ela preferisse estar, mais pelo menos ela estava segura das coisas horríveis que estava acontecendo em sua casa.

As cenas passaram rapidamente em sua mente, contudo as lembranças horríveis por qual ela tinha passado já foram o bastante para fazê-la voltar a chorar. Pedro ficou sem saber o que fazer, apenas acariciava seus cabelos e lhe consolava, foi Susana quem perguntou primeiro o que tinha acontecido:

—Mary querida, o que houve?-

—Você está bem Mary?- perguntou Ed preocupado. Nenhuma resposta saiu da boca de Mary, ouviam-se apenas seus soluços e seu choro. –Acho melhor vocês entrarem, pode deixar que eu cuido de tudo aqui!-

—Tem razão. - Pedro assentiu com a cabeça e pois o braço sobre os ombros de Mary a levando para dentro do castelo. –Venha Mary, vamos cuidar de você!-

Então Pedro, Susana e Lúcia levaram Mary para um dos muitos quartos de Cair Paravel, um que já estava preparado para sua chegada e a colocaram na cama ainda com poucas lagrimas caindo em se rosto.

—Lu, peça para fazerem um copo de chocolate quente pra Mary, por favor!- pediu Susana a irmã mais nova que saiu rapidamente do quarto. Susana tinha um mau pressentimento sobre as notícias que Mary trazia, e não queria que sua irmã ficasse sabendo, talvez a contasse mais tarde, mais ainda não tinha certeza.

—Então Mary, pode nos contar o que houve? Já estou ficando preocupada. -

—Há Su, foi horrível, nem tenho palavras para descrever o quanto senti medo. - disse Mary ainda soluçando, mais já se recompondo para contar-lhes toda a história. –Pedro, sei que meu pai lhe falou sobre seus medos, ele me contou que você estava ciente de tudo e o entenderá por pedir ajuda. - disse Mary enxugando suas lagrimas.

Pedro parou para pensar um pouco e então se lembrou das palavras do rei Luna.

—Vocês foram atacados?- perguntou Pedro assustado.

—Sim, meu pai tinha razão em desconfiar, um de seus lordes, o que meu pai mais confiava, tramava as escondidas um golpe a nossa família. Fomos pegos de surpresa, os desalmados nos atacaram a noite, nem tivemos chance de defesa, e eles... - Mary parou de falar por um estante como se o ar lhe tivesse faltado.

—Eles o que?- perguntou Susana.

—Eles conseguiram levar Cor!- disse Mary baixinho quase sussurrando.

Susana levou a mão à boca indignada, nunca imaginou um ser humano tão cruel que pudesse raptar um bebê, mais ai ela pensou bem e viu que já tinha conhecido uma pessoa assim, capaz de até mais, a feiticeira branca. E se ela não tivesse certeza de que Jadis estava morta, diria que isso é trama dela. Mais isso seria loucura, o próprio Aslan a matou.

—Eu e minha mãe estávamos sozinhas com os meninos no quarto, enquanto nosso pai lutava com os traidores, mais eles eram muitos, talvez metade de todo o nosso exercito, não podemos conter suas forças, eles invadiram o castelo e no meio da confusão levaram Cor. Eu e minha mãe tentamos impedir mais tinha muitos homens e eles nos seguraram, só não levaram o pequeno Corin também porque não tiveram tempo, nosso pai chegou para nos salvar... - contava Mary quase sem parar, como se contasse tudo aquilo a alguém a fizesse esquecer.

—O ataque acabou?- perguntou Pedro.

—Não, por isso meu pai me mandou para cá. Minha mãe foi levada a um lugar seguro com o Corin, mais temo pelo meu pai Pedro, sei que ele lhe prometeu que não iria tomar partido, mais, por favor, mande ajuda a Arquelândia, nem que sejam poucos, já fará a diferença. - disse Mary em suplica.

—Mais é claro minha querida. Agora fique calma e descanse, Susana irá ficar aqui com você, tenho certeza que vocês têm muito a conversar, eu irei tomar as providências necessárias. - disse Pedro e deu um beijo na testa de cada uma, saindo do quarto em seguida.

Pedro estava abismado com as palavras de Mary. Ele sabia o que era ter um reino em guerra e por causa disso iria enviar ajuda, afinal ele prometera a Luna, e o grande rei tinha certeza de que se fosse ao contrário receberia ajuda do reino vizinho.

Ele caminhou rapidamente até a sala de reuniões e lá encontrou Ed já a sua espera.

—Ela te contou?- perguntou Ed.

—Sim, como soube?- perguntou Pedro ao irmão, se sentando em uma das cadeiras da sala.

—Os soldados me contaram. O que vamos fazer?-

—Sabe que prometi ajuda a Luna, e a própria Mary me suplicou temendo pelo pai. Não posso deixa-los assim, temos que ajuda-los, ela disse que ainda estão em guerra... - disse Pedro passando as mãos no cabelo.

—Eu sei alguns soldados leais ao lorde traidor ainda resiste enquanto o covarde fugiu em um navio com o príncipe Cor. O que acha de mandarmos algumas tropas? Com certeza resolveriam o problema rapidamente!- disse Ed olhando pro irmão.

—Não sei Ed, é uma boa ideia, mais ainda tenho um mau pressentimento sobre aquele sonho, não sei se devemos... – pensava Pedro enquanto lembrava as cenas de seu pesadelo, mais ele não poderia deixar seus amigos na mão, tinha que tomar a decisão certa. –Esquece, estou ficando paranoico, você está certo vamos enviar algumas tropas para a Arquelândia o mais rápido possível!- disse Pedro suspirando a olhar pro irmão.

—Tudo bem, eu tomo conta de tudo, não se preocupe, agora vá ficar com a Mary, ela deve estar precisando de você. - disse Ed com um sorriso sincero no rosto e então saiu da sala, indo reunir as tropas para serem enviadas.

Pedro ficou sozinho na sala e por mais que ele tentasse não conseguia parar de pensar no sonho. Parecia tão real, como um aviso, e ainda tinha a garota misteriosa, Pedro não conseguia parar de pensar nela um segundo sequer, ele nem a conhecia mais já sentia algo muito profundo por ela. E assim se seguiram horas na sala de reunião.

Longe dali, muito depois da Charneca de Etin, ainda em terras inexploradas por narnianos uma mulher de cabelos loiros e longos e pele branca como a neve andava inquieta de um lado pro outro em seu castelo feito de pedras. Ela esperava ansiosa pelas notícias, e só se aquietou quando um dos seus corvos lhe trouxe as novidades.

—Finalmente, nem uma lesma demoraria tanto!- disse ela impaciente estendendo o braço para que a ave pousasse nele.

—Perdoe-me majestade, esperei mais um pouco para ter certeza. - disse o corvo.

—E então, o que está esperando... CONTE LOGO DE UMA VEZ!- disse ela gritando, fazendo o corvo se encolher de medo.

—Tudo ocorreu como vossa majestade previu, o lorde da Arquelândia conseguiu atacar o castelo como a senhora mandou, e a menina foi mandada para pedir ajuda aos quatros reis... - nesse momento a “rainha” lhe olhou como se quisesse o matar e sem dúvidas era o que ela queria. –... desculpe, quis dizer, aquelas crianças tolas. Eles já estão mandando as tropas para a Arquelândia, partiram ainda hoje. - terminou o corvo.

—Finalmente uma boa notícia, não é mesmo? Meu plano enfim começou a dar certo... peça aos servos que preparem uma roupa bem extravagante!- disse a rainha ao corvo.

—Pra que vossa majestade? Alguma ocasião especial?- perguntou o corvo.

—Sim meu fiel amigo, chegou a hora de fazer uma visitinha a Cair Paravel!- disse a rainha com um sorriso maléfico em seu rosto frio.


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