Melodia escrita por Hoshi


Capítulo 24
Vinte e quatro




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617651/chapter/24

JOGO COM TODA força um travesseiro cheio de frustração contra a parede. 

— Mônica,  o que foi esta tudo bem?- A Aninha pergunta pegando o travesseiro. 

— Ah,  desculpe,  Aninha. Eu não... Não queria te acertar. Na verdade, nem sabia que você estava aí. 

— Ah, sim. Eu acabei de chegar. Eu vi a Magali e a Denise saindo e senti um clima pesado. O que rolou? 

— Você está trabalhando na lanchonete? 

— Mônica! Sim,  estou.  Mas não tenta mudar de assunto,  tá? Não me enrola! 

— Desculpa. Não quero falar muito sobre isso. Foi uma... - Suspiro. -uma besteira que eu falei com as meninas. Não quero falar muito disso agora. Me fala sobre... Você. 

—Ahn...tá. Eu... Nossa já faz um tempo que a gente não conversa,  né,  Mônica?

— É verdade. E como você está com a Magali e a Denise na sua cola? 

— Ah,  eu tô de boa. A gente senta junta e conversa,  mas a Magá sempre pede para a gente parar de falar. - Nos rimos. - Mas pior seria se a gente ficasse com a Cascuda.

— É,  a Cascuda é bem exigente em questão de estudo. 

— Se isso significa que ela nerd, isso é verdade. Aliás e vocês duas, né? Só que a Cascuda é mais. 

— Bem mais! - Eu digo. -  É aliás, não sou nerd. 

— Aham, tá bom,  minha nerdizinha bebê. 

— Não sou bebê! 

— É a nossa bebê,  porque é a mais nova de nós e,  aliás,  só eu posso te chamar de bebê.  Tá, minha bebê!?

— Que coisa! Não me chama de bebê com esse sotaque paulistano de vocês! 

— Há,  olha quem fala. A menina prendada que chegou arrasando corações...

— Ei! - Nós rimos. Depois de um breve silêncio entre nós. Eu resolvi falar.

— Anninha, outro dia eu achei uma coisa de curso... Sup...supla...- Tento pronunciar.

— Supletivo.- Ela me ajuda.

— Isso! Supletivo.- Saboreio a palavra.- Supletivo, - Repito e continuo - perto das suas coisas. O que isso significa? Não me levei a mal, entretanto eu procurei na internet. Lá dizia que é quando você faz dois anos juntos...

— É. - Ela concorda.

— O que...isso significa?- Pergunto com medo da resposta.

— Isso, - Ela suspira - Mônica, significa que sim... Estou fazendo dois anos juntos...

Ela diz o que eu esperava. Não entendi muito bem como e ela me explicou o que significava. 

— Então... Isso significa que ano que vem...?

— É, ano que vem eu não vou estar mais aqui com vocês... - Ela completa.

— Não vai estar... Mais com a gente...- Repito triste.- Mas, as meninas sabem? Por que parece que eu sou a ultima a saber, aliás como sempre na minha vida eu sou a última a saber.

— Não. Mônica, é estritamente importante que elas não saibam. É sério... Elas não podem saber...

— Aninha, mas uma hora elas vão ficar sabendo... Tipo, a gente volta das férias e cadê você? Uma hora...elas vão ter que saber. E a reação delas não vai ser das melhores.

— Exatamente por causa disso que elas tem que saber! Elas vão ficar sabendo. E, eu sei pelo que eu li, que é melhor que saibam por você.

— C-Como assim? - Ela gagueja. A primeira vez que a vejo gaguejar.

— Você  vai ter que contá-las. E já. Elas não vão gostar se souberem por outra pessoa. 

— É... Mônica eu também não quero falar disso. - Um longo silêncio se forma, e , de novo, eu resolvo quebrá-lo mudando completamente o assunto.

— Aninha, o que você faria se tivesse feito besteira?

— Como assim besteira?

— Ah...magoado alguém que gosta muito...Porém, tipo, você não sabia que se disse isso iria magoar!

— Mônica, calma. Não se faça de louca. O que rolou? Você magoou quem exatamente e falando o quê?

Eu fiquei em silêncio.

— Foi o Cebola? Tipo, por que vocês agora são amicíssimos...

— Não! - Interrompi-a - Eu...o Cebola não está envolvido com isso... Não, quer dizer...está. Mais envolvido do que qualquer um, mas nesse problema exatamente...não. Entende?

— Aham... Acho que entendo.

Eu suspiro pesadamente. Não deveria contá-la, mas nós somos amigas, poxa! Amigas devem contar as coisas uma para as outras...elas me ensinaram isso. Depois de todos esses meses aqui com elas...saindo e nos apoiando umas para com as outras...

— Mônica, - Ela me toca o meu ombro. - você deve estar passando por alguma coisa, e talvez devesse me contar para que eu tenha um conselho para te dar mais claramente. Mas... Como sua amiga e irmã mais velha - Ela ri e eu também. - eu te entendo e respeito sua vontade de não querer me contar. 

'Bom, se eu fizesse alguma coisa errada com alguém que eu gosto eu estaria me martirizando...Mas eu pediria desculpas para essas pessoa, afinal eu não sabia que isso magoaria-a. Não fica assim tá? - Ela me dá um beijo na testa. - Vou deixar você aí... E aliás e tenho um...encontro. - Ela sorri.

— E esse encontro tem alguma coisa com o certo garoto? 

— Hã? Como assim?

— Ah, Aninha. Eu conheço esse sorriso. Quem é?

— Ah, eu estou só ficando, amiga!

— Aninha...Ficando!

— Ah, nem zoa! Depois daquele traste do meu ex!

— Traste?

— É...o meu ex-namorado-muito-galinha...sabe? O Titi.- 

 - Ah. Eu sei. Ele é da minha sala. Eu não o conheço bem para julgá-lo, Aninha. Quer dizer... a gente é amigo, porém não melhores amigos.

— Mas eu sim. Conheço até demais. E há bastante tempo para te dizer. 

—  É, ele é do Grêmio daqui. E sempre tem um monte de meninas enjoativas se jogando em cima dele. 

— Como se ele não adorasse isso. Até esse negócio dele "ser do Grêmio" - Elas faz sinal de aspas com as mãos - foi só uma jogada por que ele é popular.

— Ah...nossa! Eu não...não sabia disso. Desculpe, Aninha. 

— Não, Mônica. Nem se liga nisso. Ele que é um idiota e eu passei um tempo com ele pensado que ele iria mudar...mas a verdade é que...nenhum menino de verdade presta! Mas eu sei, lá. Eu estava numa realidade paralela. Só pode. Aí, eu vim para a Terra e percebi o canalha que ele é...

— Ah, Aninha...foi mal. E aliás, vou dar uma de Denise agora: "Não vamos falar dos ex-garotos, não vale a pena gastar falando do que já passou!"

— Concordo que você está andando muito com a Denise!

— Ei, Aninha! Pera como você sabe disso....? Denise...

— Beijos, Mônica!

E ela também foi embora me deixando aqui sozinha.

"Bom ela me disse para pedir desculpas. Mas...Droga! Como? Ai, não sabia que era tão difícil. Como comunicar-me novamente com elas?... Vamos, Mônica! Você fez a besteira, agora tem que pensar... Puxa, acho que esse é o lado negro de ter amigos. Quando a gente briga..." Penso.

Deixei meus pensamentos ignóbeis e fui tentar terminar a música. Não, não estava funcionando eu não estou inspirado o suficiente para tal coisa. Me jogo na cama, agarro um travesseiro. Acho que se passaram várias horas, ou só duas mesmo, quando vi a Cascuda chegando junto com a Marina.

— Oi, meninas.- Eu as comprimento com um tom desanimador.

— Oi, Mônica.- A Marina fala se aproximando de mim. 

— Tudo bem? Você está como uma cara... - A Cascuda pergunta.

— Ah, nada não, meninas. Foi uma coisa que eu fiz nada agradável. Mas e a oficina de vocês?

Elas começaram a tagarelar como tinha sido o dia delas. Logo em seguida a Aninha chegou e vi que ela também falou como o dia dela estava cansativo por trabalhar na lanchonete. Eu as escutei desejando que eu não tivesse feito nada, e, por um momento esqueci meus problemas. Nós fomos interrompidas ( elas falando e eu escutando), pela Magali que falou que era para irmos e que a Denise já estava esperando por nós.

Elas seguiram com olhares. Deu para ver que elas sentiram alguma coisa.

Já no refeitório, nós comemos em silêncio. E nesse mesmo silêncio nós seguimos até o quarto. 

Terminei de fazer meu dever de Geografia, escovei meus dentes e já estava irritadiça com tudo aquilo. Eu não tinha feito de propósito, mas eu entrei em alguma coisa grande e eu não sabia o quão.

Saí do quarto sem falar com ninguém. Se as meninas queriam saber de alguma coisa mais esclarecedora, a Magali e a Denise a contariam. Nesse meio-tempo que eu saísse, com certeza a Denise não se aguentaria e sairia do modo calada/emburrada/irritada. 

Fui para lá. Para onde mais eu iria? Pode ouvir o barulho do vento movimentando a água do laguinho secreto. 

Depois de uns 30 minutos, eu saí rumo ao quarto. 

Não, eu não conseguira pensar sobre o que fazer e no que eu tinha feito. Mas ao menos eu havia me acalmando.

Resolvi sentar em um banco perto da área da piscina. Eu nunca havia entrado nela, ela estava até interditada. Acho que só abre aos fins de semana. Ao lado dela havia um corredor que dava na piscina olímpica, onde ocorria as aulas de natação e tinha umas arquibancadas. Envolta da área das piscinas ficava uma grade e um portão que estava trancado. Perto dele estava eu. 

Eu sabia que estava perto da hora de dormir e eu precisava voltar para o quarto, mas eu não estava com vontade. Afundei minha cabeça no joelho e a segurei com as mãos. Meus cabelos curtos estava crescendo bem e estavam envolvendo o meu rosto. É, eu queria sumir.

— Mônica?

Levanto a cabeça rapidamente.

— Oi, Cebola. 

— O que você está fazendo aqui?- Ele pergunta sentando-se ao meu lado.

— Ah, saí um pouco para pensar. Eu fiz...besteira.

— Que tipo de besteira?- Ele perguntou. O Cebola tinha tudo a ver com aquilo. Talvez fosse até culpa dele. Mas ele não sabia do ocorrido e não iria saber.

E, lembrei do que a Magali e a Dê disseram. Sobre o Cebola me contar, se eu fosse amiga dele verdadeiramente ele me contaria o que o fez afastar-se de todo mundo e estar voltando só agora.

Mas não, eu não iria cobrar isso.

— Uma coisa aí com as meninas...- Falei vagamente e desviei o olhar dele.

— Bom, é... - Ele pôs as mãos no meu ombro. - se foi com as meninas, coisa de meninas, aposto que eu não vou entender. Mas se for assim importante e você ter feito sem querer... - Oi? Ele adivinhou como? Olhei-o repentinamente. - Ah, se você tiver se arrependido, acho que deveria pedir desculpas para elas. Não importando que você fez, um pedido de desculpas sempre vale.

— Ah, valeu. Ei, esse conselho também vale para você.

— Minha situação é diferente.

Eu sorri para ele e o abracei. Murmurei um "Desculpa, Cebola" e ele falou que tudo bem. Depois um "obrigada" e continuei naquele abraço.

Começou a chover de repente. O céu realmente estava nublado e chover em São Paulo não é algo muito difícil. Só que essa chuva, bem eu não via chuva já fazia tempo, mas essa chuva atrapalhou um abraço de reconciliação de amizade com o Cebola. Fomos nos movimentar para procurar alguma abrigo.

— Olha, só! Quem diria os pombinhos, senão Mônica e Cebola!

Eu reconheceria aquela voz enjoativa em qualquer lugar.

— Carmem? - Eu perguntei.

— Carmem. - O Cebola afirmou.

— Alguma surpresa? Eu estudo nesse colégio também. 

— O que você quer, Carmem? - Vi os dentes do Cebola trincar. Ela nos tirava do sério. Mas eu não sabia que tanto assim. Afinal ela é uma garota irritante, certo? Errado. Ela também é dissimulada, irônica, estraga-prazeres, fingida...

— Hum, Cebola... Isso é jeito de tratar uma antiga namorada sua?

— Nós nunca fomos namorados. 

Uou! Nossa, essa foi ótima. A Carmem ficou com cara de poucos amigos. Até o Toni que estava acompanhando ela (Carmem e seus súditos) riu.

— Enfim, só estava passando e vi você com essa aí...

— Meu nome é Mônica.  E isso você sabe muito bem!

— ... O que estão fazendo aqui perto do horário de recolher? - Ela me ignorou.

— Nada que seja da sua conta. Agora se me dá licença...- Puxei o Cebola pela chuva. Já estávamos todos molhados mesmo.

— Grr! Você não sabe nada, Mônica! O Cebola não é o que parece ser!

Aquilo me irritou profundamente. Parei por um estante. Olhei para trás e falei:

— Resolveu lembrar do meu nome agora? 

E fiz a primeira coisa que veio na minha mente. É, eu peguei um punhado de lama que se formará ali e ataquei-a. Eu realmente joguei lama na Carmem. Todos ali ficaram surpresos. Menos a própria Carmem. Porque ela revidou. Tipo, a Carmem a garota que adora se exibir na escola, a metida e aquela rainha impecável que todos seguem estava em uma guerra de lama comigo em plena noite de uma quarta-feira chuvosa. Ah, qual é, até o Cebola e o Toni estava participando.

Aí no meio de uma guerra de lama na chuva ( tipo, quantos anos a gente tem? Sei, lá...5 anos?) eu escorreguei e senti meu corpo caindo. O Cebola consegui me segurar. Agradeci e saímos correndo, pois a chuva aumentou muito. Está chovendo muito, mas muito mesmo. Está difícil até de enxergar!

Corremos até a marquise do nosso prédio de dormir. 

— Desse jeito vamos ficar ilhados! - Ele disse.

— Bem... Pelo menos a lama saiu, nessa chuva. 

— E se a gente continuar nessa chuva vamos ficar doentes! - Ele fala.

— Você  tem razão... - Concordo. - No entanto ainda precisamos passar por mais uma seção sem marquise até chegar nas escadas de cada ala.

— Eu sei, mas se a gente não for logo a chuva pode aumentar.

— Aumentar?! Nossa! Vamos logo então!

Puxei-o e fomos correndo até as escadas.

— Calma, calma, Mônica! Se formos correndo a gente pode cair. Está bem molhado aqui também. 

— Está bem...- Murmuro.

De repente aquelas palavras que a Carmem disse ficaram ecoando na minha cabeça.

"Você não sabe nada, Mônica! O Cebola não é o que parece ser!"

É sobre "aquilo"? Até a Carmem sabe. Será que todos dessa escola sabem exceto a mim? É algo tão grave para todos esconderem? O que é então? 

O Cebola pára depois de subirmos alguns lances de escada.

— O que foi? - Pergunto.

— Ahn... É que a aqui é a minha ala. - Ele responde.

— Hum... É... Eu vou indo, então.... 

— Não, deixa que eu te levo. Tipo, eu sei que as meninas vão brigar com você por estar toda encharcada. 

— Pelo menos o corpo secou.

— Mas seu cabelo está muito molhado. E tem as roupas.

— As roupas estão úmidas. Só um pouco.

— Tá, mas mesmo assim. É só eu descer um lance de escadas.

— Mas mesmo assim, Cebola, a ala de cima é das...

— Só...cale-se e venha comigo...

Não entendi nada. Ele me puxou e juntos subimos as escadas. Estávamos na minha ala. Fomos para a sacada.

— O que foi, Cebola?

— Eu só queria ficar aqui...com você.

— É eu sei, você vem aqui todas as noites. - Ele desvia o olhar. Resolve, então, fitar o céu. - Cebola, você vem aqui todas as noites religiosamente. - Um silêncio fica entre a gente. - É sobre aquilo, não é? "Aquilo" que você não quer me...

— Que eu não posso te contar. - Me corrige. - Não por enquanto. Entende, Mônica? Eu não quero te meter nisso, tá bom? Você não tem nada...

— Eu sei que não estou nessa história. - Eu interrompo. Eu sei que não estava aqui quando... Essa coisa grandiosa, ou sei lá o quê, aconteceu. Mas eu quero me meter nisso. Entende? 

— Não, me desculpe. Não consigo entender. Você já sabe que... É algo do meu passado. E deve continuar assim.

— Algo do seu passado, mas que está influenciando o presente! Eu quero me meter nisso, porque somos amigos. - Eu suspiro.- Você é importante para mim. - Cebola me encara. - E, mesmo que eu não seja sua amiga de anos e que eu não quero...não quero que isso te faça ficar triste, mesmo que você diga que não está.

— Espera... O que você disse? - Ele me pergunta incrédulo.

— Eu estou falando!- Justifico. - Sobre...você fingir não se importar?

— Não antes disso.

— Que você é importante?

— Hum... É. Isso é real?

— Eu...e-eu... É.- Confesso.

— Sabe, você também é importante para mim, mas do que imagina.

Parei de respirar em um instante. Ele disse que eu sou importante? Ai, eu senti que corei na hora. 

Depois não respondi por mim. Estamos de frente um para o outro. Não tem vergonha, discussão, Carmem, chuva, lama...nada. Bem, só nosso cabelos molhados e nossas roupas um pouco úmidas. Mas naquele momento nada disso importou. Eu olho nos olhos dele. E ele nos meus. Nós dois temos os olhos castanhos. Mas os dele... É aquele castanho profundo, que carrega algum fardo, alguma tristeza. 

Agora não tinha isso.

Parece que só tínhamos nós ali. Fomos nos aproximando, como em uma sincronia perfeita. Eu já li, uma vez, que quando duas pessoas se encaram por um tempo, elas acabam se sincronizando, assim como também sincronizam a batida de seus corações. Bem, sobre nosso corações eu não sei. Só sei que estávamos perto, muito perto, como em uma sincronia mesmo. Até que...

— Isso aí, meninas! Eu, a Magali e a Cascuda vamos procurar pelos prédios, vocês procuram pelos pátios, áreas de lazer e no refeitório. Ela já saiu faz um tempão...- A Aninha fala.

E...

— Xaveco,tem certeza que ele vem aqui? Nós já procuramos eles pelo refeitório e nos pátios. Acho que...- O Cascão fala.

Nós viramos efemeramente e ficamos de costas. Foi um susto para nós dois e aposto que para os dois grupos. As meninas estavam saindo do quarto e os colegas de quarto do Cebola estavam chegando no corredor.

Eles não nos viram do jeito que estávamos. Eu acho. Mas um silêncio perturbador tomou conta do local.

— Acho que suas amigas estão atrás de você.- Ele sussurra para que somente que eu possa escutar. 

— Digo o mesmo dos seus amigos. - Sussurro na mesma altura.

— Er... Então... Quer dizer que você estava aí, Mônica? - A Denise diz. - Fugindo que coisa feia, menina!

— Er... Cebola! A gente já te procurou por vários lugares! Onde tu tava? - O Cascão diz.

— Eu estava aqui, cabeção! Não está me vendo? 

— Não, você é invisível, ô careca.

Foi inevitável. Todos rimos. Depois expliquei minha situação para as meninas e acredito que o Cebola tenha se explicado também. Fomos apresentados direito, já que eu não conhecia todos os amigos do Cebola ali. Já tinha visto, conversado, falado, mas não sido apresenta diretamente no sentido da palavra. 

Eles também estavam em um grupo de cinco, assim como as meninas. 

E depois ficamos conversando sobre várias coisas e tudo ao mesmo tempo. Na maioria das vezes coisas sobre o colégio. 

Me despedi deles e fui para o quarto. Preciso de um banho urgentemente.

Aproveitei que não tinha ninguém para disputar o lugar. Apenas aproveitei o banho pensando em um pouco de tudo.

Quando saí encontrei as meninas já no quarto.

— Mônica, a gente nem viu você saindo.- A Cascuda falou.

— É, Mônica, podia ter avisado. - A Magali falou.

— Eu só fui tomar banho. - Falei.

— É... Aproveitou que não tinha ninguém, né, fofa?- A Dê provocou.

— Ei! - Protestei.

— Ih, pelo jeito foi mesmo. - Aninha riu.

— Ah, então eu também vou aproveitar essa bola toda! - A Denise correu para o banheiro.

— É molhe isso? - A Marina perguntou.

— É, né? Fazer o que... Depois dela sou eu! - Magá se prontificou.

— Até tu, Magali? - A Aninha perguntou.

— Fazer o que, né? - A Cascuda falou. 

Nós rimos pela situação enquanto a Aninha resmungava. Já tinha passado uns 10 minutos e eu falo:

— Tenho de admitir, foi legal o dia de hoje, mesmo com tudo o que aconteceu, com a Carmen e tudo mais. 

— O que aconteceu mesmo, lá? Tem que contar tudinho para a gente. - A Denise fala secando os cabelos, já que acabou de sair do banho. 

— Só com uma condição: que você, Denise, não publique nada no seu blog. 

— Ai, ai, o que eu não faço por vocês? - Ela fala sentando-se ao lado da Cascuda

— Denise, você não sabe nem esconder que está cruzando os dedos? - A Cascuda pergunta num tom brincalhão.

Todas nós rimos. 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi, povo!

É, eu sei, já faz muito, mas, muito tempo mesmo que eu não posto capítulos.

Eu peço que me perdoem.

Realmente era intencional ficar um tempo sem postar(tipo, 4 dias), mas foram aparecendo coisas para fazer e as coisa foram acumulando e tudo mais...

Ah, minha aulas começaram hoje, por isso eu vou postar mais na quarta, na sexta e no fim de semana. =P

Espero que tenham gostado!

Até o próximo capítulo!


Beijokas da Pietra



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Melodia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.