Hurricane escrita por Moriah


Capítulo 15
12. Fight Song


Notas iniciais do capítulo

Perdoem os erros, acabei de terminar e não revisei e-e

Gente ouçam a música, mais perfeita impossivel *--*

Obs.: É da novela :v

America vai conhecer Anne, Mary e Lucy :3



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Fight Song

Grito de Guerra

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In too deep they say I'm in too deep

No fundo, eles dizem que eu estou no fundo

And it's been two years

E faz dois anos

And I miss my home

Que eu sinto falta de casa

But there's a fire burning in my bones

Mas há um fogo queimando em meus ossos

And I still believe yeah I still believe

E eu ainda acredito, eu ainda acredito

— Rachel Platten, Fight Song.

.

.

O barulho das portas do carro de Marlee pareciam bombas sendo jogadas e explodindo. No silêncio coisas simples e barulhos banais como um mosquito voando, ou um galho arranhando algo ou alguém tossindo, falando, cantando, tomando banho, ou sei lá, rindo, se amplifica muito. E America teve a sensação de que toda a vizinhança iria acordar com o simples som que a porta fazia ao se fechar.

— Cuidado. — America ralha com Kaden.

“Desculpa” o garoto fala, sem deixar um único som sair dos seus lábios.

— Papai deve ta dormindo. — Alexia comenta.

— Sim, em algum motel. — Ahren murmura, pegando a pequena no colo.

— O que é motel? — Alexia pergunta para America, correndo e parando na sua frente, fazendo a ruiva parar de andar rapidamente.

— Bem, é... — America gagueja e então se vira para Ahren. — Resolva isso. — Murmura irritada apontando para Alexia.

— Deixa comigo. — Eadlyn sussurra e então corre e pega Alexia no colo fazendo ela girar no ar e gargalhar.

— Ela vai esquecer. — Ahren dá de ombros.

Eu não. — America rebate, cerrando os olhos e fazendo com a mão aquele velho gesto de “estou de olho em você”.

— Ei, Meri. — Marlee a chama, abaixando o vidro preto. — Vai vir pro nosso apartamento hoje?

— Vou dormir aqui. Estou trazendo as crianças muito tarde, alguém vai ter que arcar com a responsabilidade e com os gritos do “todo poderoso”.

— Acho que o “todo poderoso” não está em casa.

— Assim a uma pequena probabilidade de que ele não grite comigo amanhã de manhã, por causa da resseca. — America aponta e ambas gargalham.

— Touché. — ela fala e então abana para America, o vidro preto se erguendo vagarosamente, mas então ele para e tudo o que deixa transparecer do interior do carro são os olhos azuis da loira.

Os olhos dela passaram uma mensagem clara antes de sumir e America se ver refletida no vidro escuro. Apenas se cuide.

*

A porta se abriu e mesmo que tudo estivesse meio macabro como em um filme de terror, a porta não gemeu e o chão não rangeu.

Eadlyn levou Alexia para cama e Ahren acompanhou Osten, subindo as escadas.

— Ainda lembra de onde é seu quarto? — Kaden pergunta, fechando a porta atrás de si.

— Lembro, lembro sim... — America responde rapidamente e então se vira para o garoto. — Onde é a cozinha?

— Precisa de algo?

— Estou sem sono, — America dá de ombros — quero um pouco de café.

Kaden franze as sobrancelhas. America suspira, não estava com humor para explicar para o garoto que a cafeína não causa efeito nela, a menos que ela queria, e nesse caso, ela não quer.

— Kaden, a cozinha?

— Ah, bem, passa pelo portal e pela sala de jantar. — ele responde, esfregando os olhos e apontando para algo atrás de America.

— Certo, vai dormir antes que caia no sono ai na escada mesmo.

Sem esperar uma resposta America se vira e se dirige em direção ao buraco em forma de portal na parede esquerda, passa por um cômodo retângula, como uma mesa enorme — também retangular —, o cômodo era adornado com um lustre chamativo e elegante e uma estante com portas de vidro, mostrando as várias xícaras, pratos e talheres, algumas peças de prata, outros conjuntos de porcelana. Atravessa o cômodo de uma extremidade a outra e chega a uma porta da cor da parede (claramente para não se destacar no cômodo), de madeira e bem simples, gira a maçaneta e entra em um cozinha extremamente branca.

Lá dentro uma figura de cabelos loiros um pouco mais claros que os de Marlee, se encontrava agachada guardando algumas panelas dentro de um dos armários brancos. Uma outra lavava a louça, essa com cabelos castanhos amarrados em um coque frouxo. Há uma terceira com cabelos cor de méis arruivados varria o chão cantarolando.

America coça a garganta fechando a porta atrás de si.

— Com licença. — murmura.

— Oh, olá senhorita. — a terceira larga a vassoura encostada na parede e se aproxima rapidamente de America. — Deve ser a nova babá.

— É, ah, sim. Sou America.

— Sou Anne, a morena é Mary e aquela... — a tal Anne que antes varria o chão se vira e encontra a loira ainda agachada com alguns pratos ainda no colo. — Lucy! — Anne ralha — recomponha-se!

— Ah, certo, desculpe — a loira fala, guardando os pratos e se levantando rapidamente. — Sou Lucy.

— Eu já disse isso. — Anne a censura.

— Ah, certo, tudo bem, é um prazer conhecer vocês... — America começa, após limpar a garganta.

— Quer alguma coisa senhorita? — a morena, Mary, pergunta, dando um passo a frente.

— Café. Eu quero café.

— Certo, preto ou com leite? — Anne pergunta procurando algo dentro da geladeira, o leite.

— Deixa que eu...

— America, não é? — Lucy pergunta. — Açúcar ou adoçante.

— Açúcar, mas olha só, eu...

— Açúcar em cubo ou normal? — Lucy pergunta, segurando dois potes com as tampas fechadas.

— Cubos? O quê...? — America murmura confusa vendo as mulheres andarem de um lado para o outro.

— Vai querer algo para acompanhar o café?

— Não, só... Só café, mas olha só...

— Forte ou fraco?

GAROTAS! Eu acho que consigo fazer meu café sozinha. — America grita, diminuindo o tom de voz, a ultima palavra saindo como um suspiro.

Todas param de se mexer e a encaram, magoadas.

— Desculpem, só... Não estou acostumada em ser... Mimada? — America se explica, elas fazem uma careta. — Não, mimada é uma palavra horrível. Quero dizer que nunca fui... Cuidada, bajulada... Eu... Merda, eu nunca tive empregados ou cozinheiras, faço as coisas sozinhas entendem? Estou bem longe de casa, e estou passando por uma crise de existência em plenos trinta e um anos. Fazer meu próprio café é como um sinal de que eu não estou ficando louca, que sou a mesma mulher de dois dias atrás. Então, relaxem, só... Vou fazer meu café sozinha, apenas me mostrem onde ficam as coisas, okay? Também sou uma criada aqui, pessoal.

Anne volta a varrer o chão, Mary terminou de tirar o sabão da pia e Lucy começou a seca os copos. Iam ditando os passos para que America fizesse seu café “sozinho”.

— Ficaram sabendo que o Clarkson está procurando um novo motorista? — Mary pergunta, torcendo o pano na pia.

— Eles têm um motorista? — America pergunta se sentando na pequena mesa quadrada no meio da cozinha.

— Tinham, mas o ultimo se demitiu, veja bem conviver com muitos Schreaves, cada um pedindo para ir para um lado é um trabalho que exige muita paciência. — Mary fala.

Mary! — Anne a repreende.

— É a verdade. — Lucy defende a amiga, fazendo Anne revirar os olhos.

— Eu imagino. — America comenta, após tomar um grande gole do seu café. — Mas quem contrata o motorista é o Senhor Schreave?

— Não, é o Clarkson, ele é muito rigoroso quanto a quem leva os netos dele para todos os lugares.

— Mas, não faz sentido — America comenta. — Quem contratar ser ele e não o Maxon.

— Foi ele quem contratou todas nós. Ele não contratou você?

— Maxon me contratou. — America responde.

— Você chama o Senhor Screave de Maxon? — Anne pergunta, se sentando na frente de America.

— É o nome dele, não é? Além do mais Clarkson é o senhor Schreave. Maxon é o filho dele. — America responde e então franze o cenho se virando para Mary. — Vocês chamam Clarkson pelo nome.

— Sim, porque ele nos permitiu. Maxon pediu para ser chamado de Senhor Schreave. Ele disse que você podia chamá-lo de Maxon? — Lucy responde, se sentando na cadeira do lado esquerdo de America, largando um copo e o pano ao seu lado.

— Não, na verdade. Mas nós não conversamos sobre como eu devia chamá-lo. E bem, já o chamei assim, nem ele ou a sua família me repreendeu.

— Quanto tempo vocês apostam que America fica? — Mary pergunta. — Ela está chamando o Senhor Schreave pelo nome! E nem foi contratada pelo Clarkson.

Mary! Não seja... — Anne começa.

— Tudo bem, eu sei que esse emprego é bem... Sei que já tiveram várias babás, nenhuma dura muito. Pretendo ficar o tempo que der. Mas, fiquei curiosa, quanto tempo vocês acham que eu fico?

— Alguns meses. — Mary responde. — Nada contra você, acredite em mim, você é uma das melhores que já apareceu, mas já vimos tantas pessoas boas indo embora...

— Entendo. — America responde e sorri gentilmente, tomando outro gole do seu café, que já estava esfriando.

— Acho que meio ano. Até o natal. Não sei. — Anne fala.

— É um bom tempo — America aponta.

— A vida toda. — Lucy murmura fazendo America se virar surpresa para ela.

A loira analisa minuciosamente o rosto de America e sorri quando seus olhos se encontram.

— O quê, Lucy? — Anne pergunta confusa.

— É o tempo que dou para ela. A vida toda. Ela pode ficar a vida inteira aqui, se ela quiser. — Lucy responde com naturalidade olhando para as duas amigas e tornando a encarar America. — Acho que ela dura a vida toda.

.

Like a small boat on the ocean

Como um pequeno barco no oceano

Sending big waves into motion

Com ondas grandes em movimentos

Like how a single word

Gosto como uma única palavra

Can make a heart open

Pode fazer um coração se abrir

I might only have one match

Eu posso ter apenas um fósforo

But I can make an explosion

Mas posso fazer uma explosão”

— Rachel Platten, Fight Song.


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Notas finais do capítulo

Agora que vocês já lerem o capítulo, vamos conversar?
Vamos.

Cara, 81 pessoas acompanhando a historia e nenhuma recomendação? Nem metade desse número comenta!
Se eu estou me sentindo horrível? É, eu estou.
Veja bem: tanta fanfic má escrita com várias recomendações, e essa que eu me esforço para não errar, deixar tudo de um modo fácil e me dedica pra agradar vocês, nenhum mísera recomendação.

Sobre o próximo capítulo: "Little Red - Kate Nash" (música de criança), alguém se arrisca a tentar adivinhar o que vai acontecer?


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