Hurricane escrita por Moriah


Capítulo 13
11. Pocketful Of Sunshine


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaaah, eu postando no dia certo, quem diria?

Milagres acontecem, meninas u.u

E mudei meu nome porque tem muita gente chamada Lua e isso me irrita. Sou unica, meus amores.

Alias, esse nome é definitivo, não quero ninguém copiando e-e

Desde já peço desculpa pelos erros.

E para mim esse capítulo foi meio blé, mas os outros provavelmente serão melhores *--*



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Pocketful Of Sunshine

Bolso Cheio de Raios de Sol

.

The sun is on my side

O sol está ao meu lado

And take me for a ride

E me leva para uma caminhada

I smile up to the sky

Eu sorrio para o céu

I know Ill be all right

Eu sei que vou ficar bem

— Pocketful of Sunshine, Natasha Bedingfield

.

.

Osten brinca com Alexia nos balanços. Ahren tenta ensinar Kaden a andar de skate na pista ao lado dos escorregadores. Eadlyn encontrou uma amiga e agora ambas conversam escoradas em uma árvore frondosa, quase que no centro da pracinha. Kenna saiu para atender um telefone, e ficou apenas Marlee e America.

— Como você se sente?

— Com o quê? — America pergunta confusa para a loira.

— Em relação às crianças. Como se sente?

— Ah, bem. E-eu não sei. — America dá de ombros.

— Você ama elas?

— Eu estou com elas a menos de três dias, Marlee.

— E eu estou com você a menos de uma semana, America, e ainda assim eu a amo. — a loira fala, como se dissesse que o céu é azul, mas com uma profundidade enorme, como se realmente pensasse que o céu é azul, não importam se outras pessoas provassem que na verdade ele é preto, para ela, ele é azul.

America olha para a amiga e sorri.

— Obrigada. — ela diz, erguendo as sobrancelhas para cima e segurando as lágrimas.

— Está tendo progresso tentando juntar a família?

— Como sabe disso?

— Meio que está na sua cara, Meri. O fato é, você já se aproximou da pequena... — Marlee começa, mas America ri debochada.

— Alexia deixa qualquer um se aproximar, Marlee. — America responde e então resmunga como uma velha — Isso é preocupante.

— Então, esqueçamos a pequena. Osten gosta de você.

— Eu gosto de qualquer animal que vejo na rua, não significa que eu queira ele por perto. — America aponta.

— O que deu em você, está arisca. — Marlee comenta, levantando as mãos para o alto como se rendesse.

— Eu tenho tendência a ser arisca quando pisam em um terreno que eu não tenho completa segurança, algo que eu ainda não sei o que é, ao certo. É de minha natureza.

— Certo, e Kaden?

— Acho que eu evolui com ele. — America concorda. — Mas afinal qual o sentido disso tudo, mesmo?

— Eu não sei, você tem que descobrir — Marlee dá de ombros, e olha para algo atrás de America — e só vai descobrir se tentar.

America segue o olhar de Marlee se virando e vendo Osten vindo em sua direção com Alexia.

— O que houve?

— Ela quer ouvir historias! — Osten fala, irritado e inconformado. — Não faz sentido. Estamos em uma praça!

— Acalme-se garotão. — America pede, e aponta para o espaço entre ela e Marlee. — Alexia quer uma historia, certo? — a garotinha concorda e America a senta no próprio colo, Osten bufa se dando por vencido e se senta entre a ruiva e a loira. — Então Alexia terá uma historia.

— Mas eu gosto de historias de reinos em guerra ou sei lá e ela de princesas, príncipes e Reis. — Osten rebate.

— Minha historia se passa em um reino, ele nem é muito distante. O castelo é separado do povo, separado por um rio, uma floresta e os enormes jardins da propriedade do Rei. Nossa historia começa dentro do castelo, longe dos olhares plebeus. — America começa, fazendo cafuné em Osten ao seu lado, enquanto mexe em um dos detalhes do vestidinho de Alexia, que está no seu colo.

“O Rei era bom e justo. E muito, muito amado. Os plebeus várias vezes iam ao seu castelo para fazer perguntar para ele. Ele era muito sábio, ainda é, até hoje...”

— A historia é real? — Osten pergunta, franzindo o cenho.

— Para os corações que acreditam, e para quem não acredita também. Mas deixe-me terminar a historia. — America responde, sorrindo carinhosamente.

“O Rei amava seus súditos como se fossem filhos dele. Todo reino tem soldados, vocês sabem, e esse também tem. Havia soltdados, cantores, empregados, essas coisas. Havia um homem, o chefe da guarda, ele era bem importante no reino, o Rei confiava nele, ele era bonito, rico e feliz. Ou ao menos deveria ser feliz. Ele era maior que todos, menos que o Rei, e isso não pareceu o bastante para o seu coração ganancioso.”

“Ele almejou ser o rei e ter o seu reino, e começou uma revolução dentro do próprio castelo. Fez pessoas se virarem contra o próprio Rei e ficar do lado dele, prometia coisas para elas, ou apenas mentia sobre como o Rei era injusto...”

— O rei não descobriu? — Alexia pergunta, pegando a mão de America e mexendo nos anéis que a adornavam.

— É claro que o Rei descobriu, e eu me pergunto se o Rei não esperou mais um pouco, para ver se o seu servo ia cair na real, de qualquer forme, mesmo se o Rei tiver feito isso, não adiantou. E ele não podia permitir aquilo, era sim bom, porém justo. Então ele baniu o chefe da guarda do Reino, e baniu todos os que estavam fazendo parte da sua revolução junto. O ex-chefe da guarda e seus aliados encontraram outra terra, não era fértil nem boa, mas era a única que ainda não tinha dono, e por isso ali montaram seu próprio reino. Um reino regido por dor e guerras.

— E o ex-chefa da guarda virou o Rei deles?

— Sim. Mas por ter sido banido o ódio cresceu em seu coração, até que o dominou por completo, por isso ter um reino já não bastava, queria aquele reino. Queria matar o Rei. Mesmo sabendo que era impossível, queria matar.

— E ele conseguiu?

— Perguntas depois, pequeno Schreave, a historia está quase acabando.

— Muitas coisas aconteceram a partir daí, e ex-chefe da guarda tentou e tentou, por muitas vezes, tomar o reino do Rei bom, mas nunca conseguiu de fato. Um dia até tentou fazer o filho do Rei se virar contra o próprio pai. Mas o príncipe nunca faria aquilo, ele e seu pai tinham uma ligação muito forte, eram um só. — Marlee continuou a historia, fazendo America virar surpresa para ela, a loira por sua vez apenas piscou para a amiga.

— E como termina a historia?

— Ela não termina. — America responde gentilmente, vendo a garota olhá-la confusa e percebendo Osten com o cenho franzido, explica: — Ela apenas continua, ainda não teve um fim, eu, Marlee e vocês somos a continuação dela, e todas essas pessoas. Nós somos a continuação da historia, nós somos o Reino distante do castelo encantado, somos o povo distante do Rei.

— E elas sabem? — Alexia pergunta.

— Não, mas o Rei contratou um homem para escrever um livro, explicando para o povo dele como seguir em frente, um livro que passa uma mensagem de fé, esperança, mas sobre tudo o amor incondicional. E nesse livro diz que nós somos a ponte que pode ligar essas pessoas ao Pai.

— Você é filha do Rei? — Alexia pergunta animada.

— Todos somos. — America responde e gargalha fracamente. — Nós temos que levar essas pessoas para o Pai, Alexia. Ele nós ama e ama todas elas, mas diariamente essas pessoas — America faz um movimento indicando toda a praça, cheia de famílias vivendo dentro das suas próprias bolhas — o magoam muito. Diariamente nós o magoamos.

— Nós magoamos o Rei bonzinho? — Alexia pergunta, escancarando a boca em desespero.

— Mas ele é o Rei bonzinho, e nos perdoa antes mesmo de que a gente peça perdão. — Marlee responde rapidamente.

— Isso não significa que não temos que pedir perdão. — America completa.

— Mas se ele nos perdoa, por que se dar ao trabalho de pedir perdão? — Osten pergunta incrédulo.

— Se você vai cagar no outro dia, por que se dar ao trabalho de puxar a descarga? — Kaden, que se aproximou junto com Ahren para ouvir a historia, rebate o irmão mais novo.

— Vamos por de outro modo: se a Alexia briga com você e te magoa ou te deixa muito bravo, Osten, você deixa de amar ela?

— Não. — ele responde, fazendo uma careta na palavra amar.

— O Rei bom também não deixa de nos amar, mas ele, como todo pai, gosta que a gente tenha bons modos, mas acima de tudo, admita nossos erros e aceitemos nossas responsabilidades. — America responde.

— Mas você disse que existe um livro desse Rei, não é?

— Existe. — Marlee responde por America e então começa a mexer na bolsa a procura de algo. — Aqui — alcança para America que alisa a capa e mostra para Osten.

— A bíblia.

— Então o Rei bonzinho...

— É Deus. — America concorda.

— E o ex-chefe da guarda...

— Lúcifer. — America responde. — Veja bem, se eu te contasse a historia do céu e do inferno, você não iria acreditar não é? Então eu troquei o local dos acontecimentos.

— Eram duas historias diferentes, céu e inferno não existem. — Osten aponta.

— Osten, o enredo é o mesmo, a situação é diferente. — America aponta e o garoto fica sem palavras. — Eu prefiro acreditar que há outro lugar melhor. Eu acredito. Se você ao menos tentasse, todos vocês — America olha para todas as crianças — é uma experiência tão incrível. Vocês nunca mais iriam querer largar isso. Faz bem. Renova e nos deixa leve. Você chama de ilusão o que eu chamo de um futuro lar. O meu verdadeiro lar.

 

 Theres this places that I go

Tem esses lugares que eu vou

And nobody know

Que ninguém sabe onde

Where this river flow

Onde esse rio flui

And I call it home

E eu chamo isso de lar

— Pocketful of Sunshine, Natasha Bedingfield.

 

 


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Notas finais do capítulo

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