Caminhos Tortos escrita por La Loca


Capítulo 25
Capítulo 25 – Tudo se acertando...


Notas iniciais do capítulo

Depois de três séculos (brincadeira hahaha) eu estou postando mais um capítulo!! Wohooo!! o/ o/ o/
Me desculpem, amores, pela demora excessiva, prometo não demorar muito da próxima vez ;)
Vi que tem recomendações novas, quer dizer, nem tanto, mas não deixam de ter, muitíssimo obrigada, vidas, amo vocês ♥
Se eu não respondi alguém nos comentários, me desculpem, eu estava mesmo sem tempo para está entrando no Nyah e postando, eu tive um certo bloqueio criativo nessa fic, principalmente, mas ele está indo embora, graças ao Pai ♥
Espero que gostem do capítulo, pois sim, já estamos na formatura :')
Kisses and Enjoy :*



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Depois de um tempo, o Leo chegou me beijando e disse:

— Está tudo bem?

— Hã? Tá... Tudo bem. Respondi desviando o olhar.

— Você não sabe mesmo mentir, não é mesmo? Diz logo o que houve? Perguntou ele.

— Ah... Tá bom... É o Luan. Respondi.

— O que ele fez? Perguntou ele.

— Nada... Quer dizer, eu tentei me desculpar hoje, mas ele não aceitou bem as minhas desculpas, quer dizer, não do jeito que eu esperava. Respondi me sentindo mal por isso.

— Se eu fosse ele, teria ficado assim também, sabe por quê? Porque você demorou demais para procura-lo. Disse ele tendo razão.

— Mas você sabe muito bem que a minha vida não está nem um pouco tranquila, não sabe? Falei me justificando.

— Mas ele sabe?

Por mais que eu não quisesse admitir, o Leo tinha toda razão. Droga, agora mais essa...

— Como vou resolver isso? Perguntei.

— Não sei. Dá um tempo para ele, se ele gosta mesmo de você, vai te perdoar. Disse ele dando uma piscadela e me beijando em seguida.

— Mas ele está magoado comigo. Respondi.

— Vai passar... Está com fome mesmo? Perguntou ele.

— Pergunta se macaco quer banana. Respondi rindo.

— Ah é, esqueci que você vive com fome. Disse ele rindo.

— Fome, sono, tédio e ah, preguiça... Estou me esquecendo de algo? Perguntei.

— Mal humor, implicância, chatice... — Disse ele e eu dei um belo tapa em seu braço — Ai! — ele riu.

— Idiota. Respondi rindo.

— Linda. Disse ele me abraçando.

Arthur e Bianca chegaram e ela disse logo:

— Não sei se vocês se lembram, mas os fundos são para lá e se a inspetora os pegar, já viu né?

— Não corta o meu barato, vai. Disse Leo dando um beijo em minha cabeça, ainda abraçado comigo.

— Que linguaja é esse cara? Tirou do fundo do baú, foi? Perguntou Arthur rindo.

— Ele anda vendo muito “Um amor para recordar”, tenho certeza que a Nina está o forçando a ver sempre. Caçoou Bianca.

— Ha! Ha! Ha! Engraçadinha você, acho que as vagas para trabalhar na “Praça é nossa” estão abertas. Falei.

— Eu sou muito amadora, passo a vez para o Leo. Disse ela rindo.

E rimos. A fila andou, pegamos nossas bandejas, arrumamos nossos pratos e fomos para a nossa mesa de costume almoçar juntos.

— A festa foi tão boa que quase ninguém veio hoje. Reparou Arthur.

— Achei muito mais estranho, vocês dois terem vindo, principalmente VOCÊS DOIS. Disse Leo.

— Já começou ele a fazer graça. Disse Bianca com cara de tédio.

— Aff hein. Falei rindo.

Ficou um silêncio meio estranho, então Leo disse:

— Bom, acho que temos que dar a notícia para eles, não é, amor?

— Que notícia? Não acredito que você está grávida! Eu vou te matar, sua idiota! Eu sempre te dou vários anticoncepcionais — mentira dela — Você não podia ter dado um mole desses...

— Não viaja, Bia. EU NÃO ESTOU GRÁVIDA! — respondi rindo — Eu acho que é melhor darmos a notícia quando todos estiverem aqui, Leo.

— Nada disso, começou, termina! Disse Bianca, ela era três vezes mais ansiosa e curiosa que eu, então já viu...

— Tá... Eu fui aceita para a Universidade de Boston e o Leo para um time Europeu... Depois da formatura nós... Nós vamos embora, eu para os EUA e ele para — respirei fundo — para a Espanha.

— Mas o quê? Isso é uma pegadinha? Perguntou Bianca.

— A parte do Leo eu sei que não, mas Boston Nina? Disse Arthur confuso.

— É... Eu queria que todos estivessem aqui para dizer isso... Meu pai, Marcos mandou o meu histórico escolar para lá e eu fui aceita. Respondi um pouco sem jeito.

— Eu não sei nem o que dizer... Meus parabéns, amiga! — Bia veio me abraçar — Mas você sabe que eu sentirei muiiito a sua falta aqui, não sabe? Ainda mais porque eu vou ficar por aqui mesmo, acho que vou para a PUC e droga, o que será do nosso grupo, sem você, marrentinha?

— O que será de mim, sem vocês lá? Falei desabando em lágrimas.

Então Leo e Arthur se juntaram a nós no nosso abraço e Bia disse:

— É óbvio que vamos te visitar, quer dizer, visitar a vocês dois, porque eu sempre quis ir aos EUA e nunca fui, na Espanha também, ainda mais porque o Real Madrid é de lá e eu sou louca para ir lá conhecer ao gostoso do Christiano Ronaldo e — ela se ligou que o Arthur estava prestando atenção no que ela dizia, então parou de falar.

— E? Perguntou ele já enciumado.

— E... Ia pedir um autografo?! Disse ela sem jeito e ficamos rindo.

— Esses dois... Disse Leo.

— Valeu casal 20. Disse Bianca.

***

Depois desse dia, o restante da galera foi para a escola e demos a notícia para todos que reagiram quase da mesma forma, só sei que foi a maior choradeira, a mais chorona, obviamente fui eu. Os meses foram passando, foi chegando o fim do ano, aos poucos o Luan foi se reaproximando, mas ele parecia aceitar mais a minha relação com Leo, voltamos a sermos amigos, não tão íntimos, mas bem próximos, ele sempre sentava com o meu grupinho, nós zoávamos, sempre e tal, mas tinha uma coisa que ele ainda não sabia, da minha ida para Boston, até porque ele passou a voltar a andar com a gente depois que eu dei a noticia para o pessoal. Natasha sossegou o facho, quer dizer, eu acho... Só sei que ela me esqueceu e, eu acho que do meu namorado também (aleluia!), ela estava namorando com um vizinho dela, eu acho, ele era universitário e um pouco mais velho que ela, mas ela adorava se exibir com ele. O tempo passou tão rápido, que quando notei, já estávamos na semana da formatura. Incrivelmente todo mundo tinha passado direto e estavam empolgados para o baile.

— Qual é a cor do seu vestido? Espero que não seja a mesma do meu, isso será uó. Disse Thay.

— Relaxa gata, o meu é azul celeste, não curto verde. Disse Bianca.

O meu seria salmão com detalhes brilhosos, eu amava aquele vestido, era a minha cara. Justo até a cintura e meio rodado com um volume até o joelho. Eu não fazia ideia de qual penteado faria, mas na hora eu daria um jeito.

— O meu vai ser chá com renda, com mangas, justo e curto. Disse Luana.

— Vocês falaram para os seus pares comprarem gravatas combinando com o vestido, né? Disse Bianca.

— Bia, eles vão usar smoking, a grava é borboleta e preta, sempre preta. Disse Thay.

***

Chegou o dia tão esperado da formatura, eu estava muito nervosa, dando trabalho para a minha mãe que estava tentando me maquiar, mas eu chorava o tempo todo por perceber que aquele será o último dia que eu estarei naquela escola, com meus amigos reunidos, depois eu só os verei no dia do meu embarque, que seria na semana seguinte.

— Se você não parar de chorar, eu não termino hoje, filha. Disse ela.

— Eu não consigo mãe. Eu já estou morrendo de saudade dos meus amigos. Respondi.

— Tente não pensar nisso, pense que vai ser o dia mais divertido da sua vida. Disse ela.

— Eu vou tentar. Respondi.

Ela passou o removedor de maquiagem, pois o meu rosto já estava todo borrado e pela quarta vez, minha mãe tinha muita paciência, graças a Deus, se não tivesse, eu iria de coringa para a formatura. Meu cabelo estava preso de lado, com alguns cachos, ou melhor, ondulações, até porque o meu cabelo não fica cacheado de jeito nenhum.

Assim que ela terminou, eu peguei minha beca, coloquei na cabeça e disse:

— Ficou bom?

— Está perfeita, filha. Disse minha mãe me olhando sorridente.

Então eu sorri, vesti aquela roupa de formatura e fui para a cerimônia com meus pais, após ela, eu iria para o baile com o Leo e só voltaria para casa no dia seguinte, como combinamos. Eu levei uma bolsinha que tinha as coisas que eu precisava, meu celular vibrou, eu o peguei e vi que era uma mensagem da Thay, dizendo:

“Onde você está, amiga? A cerimônia já está começando.”

Na porta da escola, já estou entrando.” — Respondi.

Assim que saí do carro, vi que Leo estava encostado no carro dele, acho que me esperando, então eu fui até ele, parei atrás dele e pus as mãos em seus olhos sem dizer nada.

— Nina, eu já vi que é você e mesmo se não visse, eu conheço muito bem o seu perfume. Disse ele.

Eu sorri tirando as mãos de seus olhos, ele pegou em meu pulso, virou-se para mim e me levou até ele. Ele ficou roçando seus lábios nos meus, ameaçando me beijar e eu disse:

— Pare de brincar comigo, por favor.

Então ele me beijou.

— Leo, Nina, a cerimônia! Disse Thiago.

— Merda... Não pode nem namorar um pouco. Disse Leo.

— Relaxa, temos o resto do dia só para nós dois. Falei dando uma piscadela para ele.

Demos as mãos e entramos. O auditório da escola estava repleto, eu senti certo frio na barriga, por mais que eu não seja muito tímida, eu não tenho costume de falar muito em público e eu tinha que fazer o meu discurso de formatura. Sentei-me no meio dos meus colegas que estavam se formando, a fileira onde sentei só tinham meus amigos, então todos demos as mãos e ficamos esperando, sempre que chamavam um de nós, todos vibrávamos como se fosse o gol do Brasil, era muito engraçado e divertido. As meninas fizeram discursos lindos, eu estava um pouco envergonhada por ter feito um tão simples e sem graça, mas eu tinha que falar alguma coisa, não é mesmo?

— Marina Barcellos Neiva — Chamou-me a professora de literatura.

Eu estava tremendo anormalmente, peguei o meu papelzinho de auxílio e falei para mim mesma:

— Você consegue!

— Vai lá e arrasa, gata! Disse Bianca.

— Wohoo!

— Fiu-fiu!

Eu cheguei até a tribuna que estava de frente para todos, respirei fundo, mas quando olhei para o papel eu enxerguei tudo embaçado, pisquei várias vezes para ver se conseguia ler, mas não conseguia. Merda! Droga de nervosismo idiota...

— É... Boa noite. Falei timidamente.

— Boa noite. Responderam.

— Wohoo!

— Nina!

— Então... Eu fiz um discurso, decorei durante um mês e sabem o que aconteceu? Acabei de me esquecer por completo dele e não consigo enxergar o que escrevi no meu papel de auxílio, que legal... — peguei o meu papel e o rasguei na frente de todos, minhas amigas que adoravam o meu jeito espontâneo, vibraram mais ainda, então eu comecei a dizer — Me desculpem, diretores, professores e mais velhos, mas que se dane o meu “discurso perfeito”. Eu vou dizer tudo no improviso, então, eu gostaria de agradecer aos meus professores, desde o primeiro dia em que pus os meus pés dentro desta escola sempre me ajudaram, as amigas que também estão comigo desde o início, aos amigos meninos que vieram pelo meio do caminho, porque eu não sei se todos sabem, mas no início tinha certa rivalidade entre meninos e meninas nesta escola, mas com o tempo essa barreira que nos dividia foi quebrada e pudemos perceber a bobeira que estávamos fazendo por nos afastar por tanto tempo, pois foi só para que não soubéssemos as pessoas maravilhosas que todos são... Eu agradeço por todos os momentos que vivi aqui, sejam os felizes, os nem tanto, os agradáveis, os vergonhosos, enfim, os memoráveis, eu nunca vou me esquecer de nada, nem de ninguém, espero não esquecer mesmo, porque foram os melhores anos da minha vida que vivi aqui. Aqui foi formada a minha segunda família, não a de sangue, mas a de coração e espero leva-la para onde eu for, aqui dentro — apontei para o meu coração — peço perdão para as pessoas que eu me afastei ou que se afastaram de mim, seja por um motivo ou outro, até porque não quero ir embora sem estar totalmente acertada, então para ser mais precisa, Natasha, me desculpe mesmo por tudo, sei que a maioria das merdas quem começou foi você, mas e eu terminei — todos riam — por mais que você me odeie e eu tenha te odiado um dia, eu quero te dizer que por mim, esse ódio ficou no passado e espero que daqui para frente nós possamos ser adultas o suficiente para seguirmos em frente sem magoas uma da outra, até porque somos irmãs, querendo ou não somos, então, tudo bem que não seremos melhores amigas, mas eu espero que você me perdoe, assim como eu te perdoei e, por favor, chega de arrumar barracos comigo, ok? — todos riram novamente — e Luan, eu sei que eu te magoei uma vez, você me perdoou, voltamos a sermos amigos e eu gostaria de declarar aqui que desejo que a nossa amizade seja eterna, você é aquele tipo de amigo que eu espero ter sempre ao meu lado, por onde eu for, seja em qualquer situação, espero sempre contar contigo, porque eu digo aqui, na frente de todos que você pode contar comigo, para sempre. E assim, me desculpem por ter levado esse discurso para o outro lado, mas já que comecei, me deixem terminar, Leo, garoto mais chato que eu já conheci na minha vida, seu idiota, imbecil, besta, ex-gordo, eu te amo com tudo o que eu tenho e tudo o que eu sou e espero que mesmo que estejamos distantes que o nosso amor acresça sempre, saiba que eu espero sempre ter você ao meu lado... Então é isso, me desculpem novamente, amo vocês e até nunca mais escola!

Terminei o meu discurso com aplausos, assobios, gritos e tudo mais, e cara, todos estavam de pé, me senti como se tivesse feito o discurso do Oscar. Peguei o meu diploma e voltei para onde estava sentada. Assim que me sentei, Leo me beijou de um jeito tão... Nossa! Tão apaixonado e único que eu não queria mais parar aquilo, nunca mais.


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Notas finais do capítulo

Espero que todos(as) que acompanharam essa fic ainda estejam acompanhando e gostaria de convidá-los para ler a minha outra fic:
https://fanfiction.com.br/historia/666132/Meu_Vizinho_Proibido/



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