Caminhos Tortos escrita por La Loca


Capítulo 24
Capítulo 24 – Eu te devo desculpas...


Notas iniciais do capítulo

Oii vidas!!
Então, acho que finalmente a Nina consegue pedir desculpas ao Luan, depois desse tempo todo ela não teve oportunidade, mas quando teve oportunidade o medo não deixou, mas enfim, agora ela vai conseguir falar com ele. Outras coisas mais vão acontecer e eu espero que gostem amores.
Beijoos e boa leitura :* *----*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617346/chapter/24

No dia seguinte, lá estávamos nos dois no quarto dele, deitados em sua cama, eu como sempre deitada em seu peito e ele me abraçando entre lençóis. Eu acordei, me virei um pouco para olhar para ele, que ainda estava dormindo. Que filho da mãe, até dormindo esse idiota era lindo, como pode? E ainda tinha carinha de anjinho, só carinha mesmo, porque tirando isso nada a mais. Eu fiquei passando meus dedos em seu rosto, em cada detalhe de sua fisionomia, ele se mexia um pouco, mas não parecia ter acordado. Depois de tanto admira-lo, dei um beijo em seus lábios e aos poucos ele foi correspondendo a tais.

— Bom dia, amor. Disse ele abrindo os olhos.

— Bom dia, meu anjo. Respondi sorrindo com carinha de apaixonada para ele.

— Hm... Chamou-me de “meu anjo”... — Caçoou ele — O que houve com o “idiota” que saia sempre de sua boca ontem.

— Ele continua aqui, eu estou olhando para ele, ele está olhando para mim e caramba, como eu amo esse idiota. Respondi mordendo o lábio inferior levemente.

— E como eu amo essa marrentinha... — Disse ele sorrindo para mim — Pare com isso, ou não vamos para a aula hoje.

— Parar com o quê? Perguntei não entendendo.

— Essa carinha que você fez você não tem ideia do quanto é provocante essa carinha... Confessou ele passando suas mãos pelas minhas costas.

— Que carinha? Essa? Perguntei mordendo novamente o lábio inferior, mas deixando meus olhar serrado, para parecer um pouco sexy.

Ele começou a rir de mim e eu não entendi a graça.

— O que foi agora? Perguntei.

— Você exagerando na provocação é muito engraçada. Disse ele gargalhando.

— O quê? Então você está dizendo que eu não sei sensualizar? Perguntei.

— Sabe, sem forçar é claro. Disse ele ainda rindo de mim.

Eu dei um tapa nele e falei:

— Para!

— Não dá! — Ele continuou rindo — Eu não consigo amor.

— Idiota! Falei saindo de cima dele, puxando o cobertor para mim e virando para o outro lado.

Ele ficou totalmente descoberto e estava sem nada, nada mesmo.

— Ei! Disse ele se tapando.

Eu olhei para trás o vendo naquela situação, ri bastante dele e falei:

— Não sei para que isso? Já te vi assim várias vezes.

— Você não está com vergonha? Perguntou ele.

— É óbvio que não! Respondi ainda rindo.

— Então tá. Disse ele se destapando.

— Atrevido! Exclamei.

— Foi você quem disse que não sentia vergonha de me ver assim... Disse ele rindo.

Que sem vergonha! Só eu mesma para arrumar um namorado tão idiota, atrevido, tarado e gostoso. E o pior de tudo é que ele sabia disso e se achava demais por isso.

— Temos que ir para a escola, amor. Falei me levantando da cama para pegar minhas roupas que com certeza estavam pelo caminho.

— Tá. Disse ele se levantando para pegar ao menos sua cueca para tomar um banho.

Eu fiquei rindo dele, porque ele não se importava mesmo de eu vê-lo do jeitinho que veio ao mundo, ao natural...

— Depois eu te chamo de idiota e você não acredita... Murmurei rindo.

— O que eu fiz dessa vez, Nina? Perguntou ele fazendo cara de tédio.

— Não é o que você fez, e sim, o que você está fazendo... Olhe o seu estado, garoto. Não sente mesmo vergonha de estar assim bem na minha frente? Perguntei ainda não acreditando naquilo.

— Não, nenhuma. Disse ele me olhando com um sorriso malicioso.

— Safado... Falei rindo.

— Mas você gosta... Disse ele.

Eu ri e me cobri para me vestir, porque eu ainda morria de vergonha de ficar sem roupas na frente dele e não sei exatamente quando vou para com isso.

— Você diz que não sabe por que eu me tapei e continua com essa de se cobrir para se vestir... Vá entender você... Disse balançando a cabeça.

— Simples, eu sou mulher e não me sinto confortável ainda de ficar sem nada na sua frente ainda. Respondi terminando de vestir o macacão.

— Mas você estava sem nada ontem... Nunca vou te entender, Nina. Disse ele sendo sincero.

Eu ri de novo dele e falei:

— Mas ontem foi diferente, estava de noite... Tinha clima e... Para de palhaçada, Leo.

— Tá... Disse ele já de cueca vindo, até mim.

Ele me deu um beijo e disse:

— Daqui a pouco a gente se ver.

— Tá. Hoje não teve café da manhã, né? Reclamei.

— Ah amor, me desculpe, mas eu me distraí e você também já estava acordada, não ia ter graça. Então vamos deixar para a próxima. Disse ele me abraçando e me dando um beijo na testa.

Eu sorri e falei:

— Tá bom... Lá vou eu pular para minha sacada.

— Quer ajuda? Perguntou ele.

— Não, eu me viro aqui. Até daqui a pouco, amor. Falei indo até a janela dele.

Vamos pular a parte em que eu passo da casa dele para a minha... Assim que eu cheguei ao meu quarto dei de cara com a minha mãe sentada em minha cama e pela cara dela aí tem. Senhor me ajude!

— Bom dia, mãe. Abri um sorriso amarelo.

— Você dormiu na casa do Leo... Disse ela.

Eu engoli saliva morrendo de medo do que ela poderia me dizer, porque tenho certeza de que ela já desconfiava que eu e o Leo transávamos.

— Dormi. Falei quase ao sussurro por medo.

— Por que não veio para casa, Nina? Perguntou ela.

— Porque nós chegamos muito tarde mãe, você e o meu pai já pareciam ter dormido, nós não queríamos incomodar vocês batendo na porta, porque eu estava sem chaves. Respondi meio que falando a verdade.

— Tudo bem... Mas me diga uma coisa — Disse ela se levantando e indo até a porta tranca-la para que não houvesse a hipótese do meu pai ouvir ou entrar sei lá, depois ela se aproximou de mim e sussurrou — Você e ele já...

Eu gelei na hora. Se para todas as minhas amigas eu não tive coragem ainda de contar, quem dirá para a minha mãe, justamente para a minha mãe!

— Mãe! Exclamei super constrangida.

— Já ou não? Perguntou ela realmente interessada em saber.

Eu respirei fundo e ela pôs a mão na boca, dizendo:

— Meu Deus! Nina, vocês são só duas crianças...

— Mas mãe, a gente se ama. Qual é o problema? Perguntei até porque não vi mal nenhum nisso.

— O mal é que vocês correm risco de uma gravidez indesejada, esse é o mal. Sussurrou ela altamente preocupada.

— Mas nós nos cuidamos, mãe. A gente usa camisinha. Sussurrei.

— Mas e se a camisinha estiver furada, rasgar... Como vocês vão fazer? Perguntou ela.

É ela me pegou.

— Bom... Eu não sei. Respondi sendo sincera.

— Você tem sorte de eu ter comprimidos anticoncepcionais garota, se não você estaria frita e eu seria avó. Nessa idade, linda e jovem desse jeito avó... Disse ela começando a surtar.

— Não pira, mãe. Pedi revirando os olhos e rindo dela.

— Mas me diz como foi? É a primeira vez que vocês “dormem” juntos? Perguntou ela.

— Se eu te disser que não, você vai brigar comigo? Perguntei com cara de medo.

— É claro que não. Eu quero que você compartilhe isso comigo, somos amigas, não somos? Perguntou ela.

— É claro! De sempre, para sempre mãe! Disse abraçando ela.

Eu respirei fundo e comecei a contar com detalhes como aconteceu a primeira vez, ela ficou rindo e pediu para não detalhar tanto, até porque ela sabia como era o “processo”, eu ri dela e ela me deu duas caixas de remédio. Eu tomei para garantir que não iria engravidar, me arrumei e fui tomar café.

Resumindo tudo, eu e Leo fomos juntos para a escola, chegando lá muita gente tinha faltado por causa da ressaca, do meu grupo de amigas só fomos eu e Bianca, sendo que a Bi era a que mais enchia a cara em festas, mas ok né. Ela me contou como foi sua noite depois que todos foram embora da casa do Arthur, porque ela dormiu lá com ele, mesmo os com pais dele lá ela nem ligou de dormir com ele. Ou melhor, eles não dormiram... Mas esperem aí, o que essa maluca está fazendo aqui?

— Se vocês não dormiram e você dormiu na casa dele, porque e como veio para a escola? Perguntei sendo muito indiscreta.

— Simples, eu estou precisando conversar com o professor de química, porque a minha nota na prova foi um fiasco. Eu levei minha mochila com minhas roupas de hoje para vir para a aula, foi até por isso que meus pais me deixaram dormir na casa do Thur. Disse ela.

Os pais dela são loucos, tudo bem que a minha mãe também foi bem legal ao saber que eu e Leo transamos, mas eu duvido que ela me deixe dormir na casa dele assim, duvido mesmo.

— Seus pais são loucos. Respondi rindo dela.

— Os seus pais que são do tempo das cavernas, querida. Disse ela jogando o cabelo.

Eu ri e respondi:

— Nem tanto... Minha mãe sabe que eu e o Leo...

— O quê?! Depois você quer falar de mim e dos meus pais... Disse ela rindo de mim.

— Mas ela descobriu hoje! Falei.

— Você não contou nada para a sua mãe antes? Perguntou ela surpresa.

— É claro que não! Exclamei.

— E eu que achava que você e sua mãe são melhores amigas... Disse ela me estranhando.

— Nós somos muito amigas, mas é muito estranho falar dessas coisas com ela... Se bem que hoje foi até engraçado e legal. Mas imagine eu chegar nela e dizer “mãe, eu não sou mais virgem, o Leo me tirou a virgindade...” Que horror! Falei rindo.

— Eu falei assim mesmo na minha primeira vez com o Arthur, mas ela nos flagrou no meu quarto, aí não tive como negar né?! Eu tinha que zoar com a situação né. Disse ela rindo.

— Mas não tinha como você mentir, mas por que ela te perguntou se viu que vocês estavam na hora H?! Não entendi mesmo.

— Acho que ela não quis acreditar, ou sei lá. Minha mãe é um pouco louca. Disse ela rindo.

— E você tem a quem puxar. Respondi rindo dela.

— Que tanta risada é essa que as duas dão aí? Qual é a piada? Eu e o restante da turma queremos participar do assunto também. Disse o professor de química, cara chato... Mas é normal professores dessa matéria serem assim, fazer o quê?

— Acho que esse assunto é impróprio para menores de dezoito anos... Disse Bianca sendo mais que cara de pau.

— E quantos anos as mocinhas têm mesmo? Disse ele sabendo que nós duas temos dezessete.

Droga Bianca, pra que tem que abrir o bico e falar besteira para esse chato?

— Não é nada de mais, professor. Mas o assunto acabou — Falei lentamente olhando para a Bianca — Pode continuar a aula e nos desculpe.

O professor sorriu para mim e disse:

— Obrigada, Marina. Então turma, voltando a matéria...

— Maluca! Balbuciei para a Bianca.

— Eu sei e obrigada. Sussurrou ela e rimos baixinho.

Depois da aula, o Leo foi ao banheiro, a Bianca foi ficar com o Arthur (normal) e eu fui sozinha até o refeitório guardar lugar para o Leo na fila. Antes de chegar lá, vi o Luan passar e falei:

— Oi...

— Oi. Respondeu ele secamente.

Eu fui atrás dele e falei:

— Olha, eu sei que eu meio que, quer dizer, eu menti para você e te devo desculpas...

— Marina, você não me deve mais nada. Disse ele se virando para mim.

— Não? Perguntei não entendendo.

— Eu já te desculpei. Disse ele olhando para mim.

Eu tentei me explicar, dizendo:

— Tá, mas eu só queria...

— Não... Eu te desculpei, mas não seremos mais amigos, não serei mais próximo de você nem nada! Você está com ele e eu não quero atrapalhar vocês, não mesmo. Disse ele se virando e indo embora.

— Mas... Exclamei enquanto ele andava, mas ele sumiu rapidamente da minha frente.

— Que droga! Murmurei chateada.

Então eu enfiei o rabo entre as pernas como dizem e fui até o fim da fila no refeitório esperar pelo Leo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? O Luan está certo ou não? Será que ele desculpou mesmo a Nina?
Comentários são sempre bem-vindos amores.
Beijoos e até o próximo capítulo :* *---*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Caminhos Tortos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.