Tobias

– Meu Deus, que garota louca é essa? Quero distância. Faço brincadeiras, só falta me matar. Sou educado, me trata mal. É cada coisa. - e falo comigo mesmo.
Quando eu ia entrando em meu apartamento meu celular toca.
– Alô!
– E aí irmão? Tem uma boa para tu.
– Diga-me qual foi, Zeke.
– festa a fantasia hoje à noite? Topa?
– Não sei cara.
– Ih, Brow. Cadê o Tobias que eu conheci?
– Tá bom Zeke, eu sei que você não vai desistir tão cedo mesmo.
– Ainda bem que você me conhece.
– Tudo bem, eu vou. Mas, que horas?
– 21h00, tô passando aí.
– okay. - digo, desligando.
Hoje o dia no escritório não foi fácil, ainda juntou com o primeiro dia de aula, e ficou pesado. Eu já tenho uma faculdade de administração. Nunca gostei, mas fiz mais para tomar o controle da empresa, quando o Marcus não o pudesse. Temos uma empresa de administração empresarial, chega à ser até curioso. Me fechei muito nos estudos e trabalho, desde que Evelyn nos abandonou, e se mudou para Chicago. As últimas notícias que tive dela foi que a grife dela ia de melhor impossível à perfeita. Que ela seja feliz, bem longe de mim. Atualmente senti falta de fazer algo que amo. Senti falta de amar algo ou alguém. Como não tenho à quem amar, optei por algo. Decidi voltar aos estudos e fazer psicologia, algo que sempre gostei muito, mas desde que aquela garota chegou à Lancaster.. Pelos deuses, ficou impossível me consertar. O cheiro doce que exala dela é doce, ela tem cheiro de morangos. Preciso ter aquela garota, e quando cheguei à essa conclusão, dei um estalo, e quando me vi, já estava de pé, em frente à sua porta. Quando ia abrir a pouco ouvi ela dizer à alguma das meninas:
– Ele é ridículo, me faz cair, fica com a minha bolsa, e quando vem me devolver ainda acha que devo lhe oferecer cafézinho. Pelo amor né?
– Tris, ele só estava brincando. - alguém disse. Só quando lhe ouvi dizer "Tris" que me dei conta que eu não sabia o nome dela. Que nome... Bonito.
– Não importa Chris. - ela diz para garota, que agora já sei que atende pelo nome de Christina. Por agora desisti de convida-lá para a festa que Zeke me chamou. Mas não desisti definitivamente. Sempre tive todas as garotas que eu quis, não será diferente agora.
***
Tris

– Chris, você já está pronta? A Shau já está para chegar. A festa está marcada para 21:00.
Estou fantasia de Beatrice, a atriz do filme que assisti nesse fim de semana. Ela se parece muito comigo. Loira, franzina, baixa, e pequena em qualquer sentido. Uma fantasia simples, uma leg preta, uma regata, um cuturno e uma rabo de cavalo frouxo. Me identifiquei.
A campanhia toca.
– Olá! - diz Shau, toda sorridente. Ela está fantasiada de garotinha dos anos 60. Toda meiga com um vestido vermelho com bolinhas brancas, e um laço no cabelo da mesma estampa.
– Você está linda! - digo, abrindo passagem para que ela possa entrar.
– Com toda certeza também posso dizer isto de você!
Esperamos um pouco até Chris sair de seu quarto. Inacreditavelmente, Christina está fantasiada de princesa. Mal posso acreditar. A Chris? Solto uma risada, mesmo sem querer.
– Está rindo de que? Indaga ela, fechando a cara.
– Ora, Chris. Já se olhou no espelho?
– Porque? Estou feia?
– Óbvio que não, mas princesa seria a última fantasia que eu esperava lhe ver usando. - nos rimos, e caminhamos até a porta. Começa a tocar no som do carro minha música favorita, então não resisto a cantar Timber- Pittbul feat Kesha, como uma louca. Por isso, já chegamos na festa animadas. Nos dão máscaras na entrada, coisa que acho muito desnecessário, mas como é obrigado, não tenho outra opção a não ser usa-la. Quando entro, já me deparo com o Quatro. Melhor explicando, estou fantasiada de Beatrice, e no filme, o namorado dela se chama Quatro, e coincidentemente, vejo um rapaz com os mesmos trajes de roupa que o Quatro usa no filme. Fico abismada, mas vou pegar uma bebida.
Quando chego a mesa, ouço uma voz rouca, porém grossa dizer ao meu ouvido:
– Que tal meu par me conceder uma dança? - conheço esse timbre de voz.
– O que lhe faz pensar que sou seu par? - digo, em tom de ironia. E então ele se afasta, fazendo um gesto mostrando nossas roupa, e então sussurro em seu ouvido:
– Terá que fazer melhor, para conseguir algo de minha pessoa. - digo sorrindo. E então ele envolve os braços em volta da minha cintura, me puxando para si, e apertando meu corpo contra o dele, e diz:
– Será que agora já está bom? - Ele sorri. Conheço esse sorriso.
Me sinto desconfortável, e me disvencilio de seus braços.
– Tudo bem, só uma música. E quando começamos a caminhar para o centro, inicia a música Never Be - 5sos. Meu, Deus. Como eu amo essa música. Ele me olha com cara de: tem certeza? Esse olhos. Esses olhos? Eu já vi esses olhos. E eu continuo andando. Por causa da música, somos obrigados a dançar muito juntos. Encaixo meu rosto em seu peito e deixo que ele me conduza. Senti algo novo. Uma sensação que nunca havia sentido. Uma calmaria, mesmo estando onde estava. Mesmo nem sabendo quem era aquele homem, eu me sentia bem. Eu me sentia confortável. Sentia que já o conhecia a anos. Que sempre o conheci. E então ficamos assim, até a música acabar. Quando acabou, ele levantou meu rosto, com um dedo em meu queixo, e com toda delicadeza possível, acariciou meu rosto, e assim, juntando nossos lábios.