4 Passos escrita por Gabs Eaton


Capítulo 3
Lancaster


Notas iniciais do capítulo

Tinha planos de postar o capítulo ontem, mas ocorreu alguns imprevistos, e acabei postando. Estou amando responder os comentários, agora sei da felicidade das autores diziam sentir quando respondiam comentários. E mais, comentem dizendo se estão gostando ou não. Espero que gostei, boa leitura!



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Tris

Quando volto ao apartamento, faço um lanche e vou assistir a um filme. Divergente. Disseram-me que é muito bom. Incrivelmente, a atriz se parece muito comigo. Peço uma pizza, e minha noite com as meninas se encerra assim.

Passo o fim de semana todo esperando aquele rapaz novamente preciso da minha bolsa, mas não o vejo.

***

Acordo com um barulho enlouquecedor, e Percebo que é o despertador. Desligo ainda com os olhos fechados, e quando estou prestes á dormir novamente, dou um pulo na cama e me lembro de que é hoje o dia: Meu primeiro dia na Lancaster. Que legal, perdi a hora! Um tempo que achei ser pouco, entre o despertador tocar, e eu me levantar não foi nada pequeno. Eu estou super atrasada.

– Para que diabos eu tenho amigas. Se nem servem nem para me acordar? – falo mais como um resmungo.

Nesse momento, Chris entra no quarto com seu melhor sorriso. Esse bom humor matinal dela me incomoda, já não sou uma pessoa social ao acordar, e Christina ainda me vem com essa cara lambida para o meu lado logo cedo?

– O que você quer?

– Vim te acordar!

– Acho que você chegou um pouco tarde de mais, já estou de pé.

– Não necessariamente, você ainda está na cama.

– Christina, SOME DO MEU QUARTO AGORA! – Digo, gritando e muito irritada.

Ela levanta os punhos em sinal de rendição, e sai rindo. É nessas horas que me arrependo de acordar.

Tomo meu banho, nada demorado, pois já estou atrasada, e pretendia chegar um pouco mais cedo para conhecer a universidade melhor, mas pelo visto terei que mudar meus planos. Quando saio do chuveiro, tento achar minha toalha, e vejo que deixei em cima da cama. Saio do banheiro toda molhada e quando chego à beira da cama, levo um tombo.

– QUE VIDA! PRA MELHORAR SÓ MORRENDO MESMO! – disse, não fazendo questão de ser baixo. E pelo incrível que pareça, ouço alguém me responder.

– Não diga isso. Deus costuma ser muito obediente quando se diz algo do tipo.

Vou até a varanda, e vejo aquele infeliz na varanda ao lado, com uma cara de tacho nada agradável, mas com o mesmo olhar marcante.

– Vá se ferrar – e saio pisando duro voltando em direção ao quarto. A porta fechou, e me lembro que ela só abre por dentro. Medidas de segurança. Olho para a cara do meu agradável vizinho, que nessa altura do campeonato já está rindo.

– Se você tem amor á vida, me ajude a sair dessa. Vá até a porta principal e peça que uma das meninas venha abrir a porta para mim.

– O que te faz achar eu lhe ajudaria?

– Talvez seja esse seu jeito tão acessível – digo, com o sorriso irônico no rosto. Ele sai bufando.

– Onde você pensa que vai?

– Vou tomar meu café em paz, sem uma louca me infernizando logo cedo.

– Quando eu sair daqui, eu juro. Você não permanecerá vivo por muito tempo. Eu já odeio esse idiota. Quem ele pensa que é? Ridículo.

Após um tempo, as meninas se dão por falta de mim, e finalmente veem até meu quarto me tirar da varanda.

Arrumo-me correndo, visto um look básico. Calça jeans, uma blusa de seda com alças finas, e um keds, pego minha bolsa e saio. Já estou muito atrasada. O dia hoje promete.

Chego a Lancaster, é tudo muito lindo. Tento achar minha sala, mas sozinha realmente não consigo. É tudo muito grande. Tive que contar com o auxilio do horário escolar, lá tem a numeração da sala. Saio andando apressada, não tenho tempo á perder. Começo a andar, ainda com a cabeça baixa consultando o horário, até colidir com algo. Ou alguém.

– Sem noção, não me... – e novamente vejo aquele par de olhos azuis me fitarem.

– Garota, você realmente gosta do chão, não é?

– Sai da minha frente, e deixe-me passar. – Disse, empurrando-o para o lado.

Chego a minha sala, ainda com muita raiva. Não estou acreditando que este ser vai estudar aqui. E quando vejo, tem uma mão em meu ombro. Dou um pulo, e quando olho para trás, ele está me olhando. E novamente ele está aqui, meu vizinho “querido”.

– Com licença, mas a senhorita está sentada em meu lugar. – olho para a lateral, e vejo uma mochila. Tá de brincadeira comigo né? Aghr.

– Não sabia que agora os lugares estão marcados, mas de qualquer forma, desculpe-me – Dando um tom de sarcasmo ao pedido de perdão.

– Não, não estão – ele faz uma pausa, soltando uma pequena gargalhada. – Mas não estou muito disposto á dispor meu lugar para alguém tão agradável quanto você. – ele diz, sorrindo.

–Não me lembro de ser tão agradável assim com você – digo, com um sorriso talvez até mais sarcástico que o dele.

– Talvez seja por isso que eu não irei ceder meu lugar.

– Vá para o inferno.

Levanto-me, muito irritada. Garoto insuportável. Já estou cogitando o fato de mudar de curso, até de universidade. Lancaster passou á ser um lugar insuportável com a presença dele aqui. Meu, Deus.

Hora do intervalo.

– Tris, que cara é essa? Parece que viu um fantasma. – Vem Chris, com suas piadinhas, sempre em hora errada.

– Eu realmente preferiria que fosse um, a experiência seria mais agradável, com toda certeza.

– E a nossa sutil amiga já fez novas amizades, pelo visto, Mar. – As duas riam, e eu continuei seria.

– Qual é Tris? Divirta-se. Vida nova, humor novo.

– Meio difícil.

– Tá, me diga o que está acontecendo. E eu realmente prefiro que seja agora. – Chris fecha a cara. Quase nunca a vejo assim. Ela se irritou.

– Tudo bem. Sabe o nosso vizinho agradável?

– O super gato?

– Não sabia que tínhamos vizinhos dos dois lados.

– Mas não temos. Só há um apartamento além do nosso, no andar.

– Ah! Então você está se referindo ao ser grosseiro e ridículo? Sim, estou falando dele.

– Ah Tris, só você mesmo. Okay. O que tem ele?

– Ele me derrubou novamente, e além de tudo, estuda na minha turma. Não há necessidade disso.

– Ah, inacreditável. Porque tanta raiva de alguém que você conheceu agora?

– Christina, ele me deixou trancada naquela varanda.

– Quem mandou você ir lá discutir com ele?

– Quem mandou responder minha pergunta retórica? E antes que você responda essa também foi.

E quando Christina abre a boca para dizer algo, a sirene toca. O intervalo acabou.

– Bye, bye. – digo, virando e voltando em direção a minha sala. Não sei o que é pior, ouvir as teorias da Christina, que incrivelmente, estou sempre errada, ou voltar á dividir meu oxigênio que aquele ser stressante.

A professora, na qual eu me dei muito bem, Tori, já passou trabalho em grupo. E advinha? Sim, era por sorteio os grupos. Nossa, amei. Uma oportunidade de jogar ele da varanda do meu apartamento quando estivéssemos fazendo o trabalho. Meu grupo, com exceção dele, só tinha pessoas agradáveis. Um tal de Uriah, muito engraçado, diga-se de passagem. Zeke, que já não gostei, por aparentar ser bem intimo do vizinho importuno, mas me tratou muito bem, e Shauna. Essa era muito simpática, me simpatizei muito. Teríamos que preparar um trabalho para entregar até o final da semana que vem. Organizamos tudo, seria na minha casa, e começaríamos hoje mesmo. Não sei o que esperar disso.

***

– Meninas, terei que fazer um trabalho com a galera da Lancaster aqui em casa. Tudo bem por vocês?

– Por mim. – disse Chris, dando de ombros.

– Tudo bem. – disse, mar. Que parou por um instante, parecia pensar, até que disse.

– Tris, você já recuperou sua bolsa? – E nesse momento, me da um estalo. Minha bolsa! Ainda nem perguntei para o ser, que nem mesmo sei o nome, mas agora sei que mora ao meu lado, se minha bolsa estava com ele. Com isso, saio andando em direção à porta, e quando abro a porta, ele está parado, na minha frente, com a mão na direção da companhia.

– O que está fazendo aqui?

– Vim lhe devolver isto. – E levanta a bolsa.

– Obrigada. – Digo, dando meu melhor sorriso falso, e puxando-a da mão dele.

– Nossa, quando situlesa. Ela é sempre assim meninas? – ele, no maior atrevimento disse, em direção as meninas. Antes que alguma delas pudesse responder, ele encostou-se à porta, e sussurrou para mim:

– Não acha que mereço algo em troca?- disse, com um sorriso malicioso.

– Claro que acho. – e antes que ele pudesse esboçar qualquer reação, disse: - Isto. – fechando a porta, em um só impulso, sem muito me importar se ele conseguiu sair do caminho.

– Isto é para você saber que não sou qualquer uma, ridículo.

E da porta mesmo ele gritou:

– Se enxerga garota, estava me referindo á uma xícara de café.

Sem responder virei e andei até meu quarto. Não queria ouvir as piadinhas das meninas. Quando fui jogar minha bolsa na cama, senti um perfume, um aroma tão agradável. Aquele infeliz deixou até o cheiro impregnado na minha bolsa.


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Notas finais do capítulo

Comentem! leitores fantasmas, apareçam, eu não mordo!



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