Nosso Tempo é o Sempre escrita por Anjinha


Capítulo 2
Ainda bem, que agora encontrei você


Notas iniciais do capítulo

“Ainda bem,
que agora encontrei você”
(Ainda Bem – Marisa Monte)



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A casa enorme da família Corona já estava mergulhada na bonança do silêncio quando Niko e Félix adentraram o quarto de casal. Um quarto que por muitos anos fora conhecido apenas como o quarto de Niko. Para este, ainda era uma maravilha recente redescobrir o prazer de dividi-lo com alguém, especialmente quando este alguém era o alguém certo da sua vida, que talvez por um atraso descuidado do destino, demorara um pouco demais para cruzar seu caminho.

– Está cansado? - Niko perguntou. Apoiando-se em sua bengala, Félix arrastou a perna direita em passos lentos até a cama e sentou-se pesadamente, com esse gesto já respondendo a pergunta. Mesmo assim olhou para Niko e sorriu.

– Estou... - ele admitiu, deixando a bengala de lado - Mas é um cansaço bom. Como sempre é, ao seu lado.

Niko sentou-se ao lado dele na cama, e tocou sua mão direita, apertando-a gentilmente. Aproximando o rosto, pousou os lábios sobre os dele, em um beijo terno.

– Já te dei os parabéns hoje?

– Tantas vezes que já perdi a conta, criatura... - Félix ainda sorria, aquele sorriso levemente torto que o conquistara desde o primeiro instante. - Acho que nem mereço tantos parabéns assim, na minha idade...

– Não é todo dia que se faz oitenta anos. É uma ocasião especial.

– Você faz tudo parecer especial, Niko. Mas dessa vez você se superou. Nunca ninguém preparou uma festa surpresa pra mim antes. Eu realmente não mereço você.

– Você merece tudo, Félix. Só precisa acreditar nisso.

– Se você diz, posso tentar acreditar.

– Além do mais, precisávamos lhe dar as boas vindas oficiais nesta casa e na família. Foi bom porque coincidiu com seu aniversário.

Fazia pouco mais de um mês que Félix se mudara para a casa de Niko. Até este momento, Félix não conseguia se lembrar de um momento anterior em sua vida em que se sentisse mais pleno e mais vivo do que agora. Tudo ainda soava-lhe como um sonho de olhos abertos. Sua alma que por muito tempo permanecera reclusa nas sombras, fora tocada pela luz daquele que agora lhe sorria amorosamente. Félix aos poucos aprendia a desfrutar da alegria de enxergar a vida em novos e maravilhosos tons e cores. Era como nascer de novo. Um bebê de oitenta anos engatinhando pela plenitude de uma nova vida.

As mãos de Niko envolvendo as suas aumentaram o aperto gentilmente. Félix mergulhou na luz dos olhos verdes que o encaravam. Seu coração pareceu falhar uma batida. Fosse algum tempo atrás, Félix deduziria resignadamente que chegara sua hora. Mas agora, estava cada vez mais acostumado com a forma como seu corpo respondia a ele com essas pequenas explosões de vida. Sentia-se como se pudesse viver para sempre nesses momentos.

– Seu dedo ainda dói? – perguntou Niko, trazendo a mão esquerda de Félix diante dos olhos para observar seu dedo indicador.

Naquela manhã, Niko mandara entregar um lindo buquê de rosas brancas, a flor preferida de Félix. O primeiro presente do seu aniversário ainda se encontrava em cima da cômoda, dentro de um vaso de cristal. Quando um emocionado Félix retirou uma das rosas do vaso para poder oferecê-la a Niko, um espinho furou seu dedo. Niko havia enchido seu dedo de beijinhos e prometeu veementemente que pediria à floricultura para retirar todos os espinhos da próxima vez. Félix achara graça e retrucara que um mero espinho não era nada para alguém como ele, que já passara por dores tão piores. Niko reforçara a promessa, garantindo-lhe que nada mais o machucaria, nem mesmo o espinho de uma rosa. Ele se asseguraria disso.

– Dói sim. – Félix respondeu, fazendo uma cara triste. - Dói muito, Niko. Preciso de mais beijos. – ele brincou, fechando os olhos e fazendo um bico com os lábios.

Niko deu uma risada, e antes de beijar-lhe os lábios, beijou seu dedo machucado com carinho.

– Bobo. Dou quantos beijos você precisar.

– Você me mima tanto, Niko.

– Eu me desdobro, porque você merece. – Félix mais uma vez admirou-se consigo mesmo pelo fato de ter conseguido viver sem aquele sorriso por quase oitenta anos.

– E eu ainda nem lhe dei meu presente. – acrescentou Niko, com um sorriso misterioso que acentuou as rugas em volta dos olhos verdes muito vívidos.

Félix encarou o companheiro, e erguendo a mão boa, fez um carinho em um dos cachos brancos como neve.

– Eu já ganhei o melhor presente da minha vida, no dia em que você chegou no asilo, entrou naquele quarto e apertou a minha mão. - dessa vez foi Félix quem aproximou-se para um beijo suave. - Jamais saberia como lhe agradecer devidamente. Então vou só dizer... obrigado, Niko, por ser o presente de todos os meus aniversários juntos.

Niko retribuiu a declaração com um sorriso e uma carícia demorada nas mechas alvas do cabelo de Félix. Como já o conhecia bem, divertiu-se por um momento aguardando que a curiosidade dele falasse mais alto.

– Mas... você falou de mais um presente?

– Sim. – Niko levantou-se da cama e dirigiu-se à cômoda. Abriu uma gaveta e de lá tirou algo. Quando Niko voltou, Félix percebeu-o levemente nervoso.

– Está me deixando ansioso, Niko.

Niko sorriu e nada disse. Voltando a sentar-se na cama ao seu lado, simplesmente aguardou que as mãos longas e emaciadas de Félix abrissem o pequeno embrulho, o que ele fez com leve dificuldade por conta da mão direita fraca, para enfim revelar uma pequenina caixa de veludo preto. Félix levantou uma sobrancelha grisalha para ele.

– Se isso for o que estou pensando... jamais imaginei dizer isso, mas a resposta é sim.

– Bom saber. Mas não é o que você está pensando, bobo. Vai, abre...

Quando a caixinha foi aberta, seu conteúdo foi revelado através de um pequeno comprimido azul. Félix o colheu nos dedos com a mão esquerda, observando-o com a testa franzida.

– Niko...

– Está tudo certo. Lembra aqueles exames todos que fizemos há duas semanas? Conversei com o médico, e ele garantiu que não há problema nenhum, desde que você não abuse, tipo, querendo usar todo dia ou algo assim... – Niko começara a tagarelar e parecia impossível refrear a própria língua. O nervosismo causara isso. Eles não haviam conversado muito sobre aquele assunto, mas resolvera apostar que era algo que deixaria Félix feliz... desde que não ameaçasse sua saúde.

– Niko... – repetiu Félix, o olhar intrigado ainda fixo no comprimido entre os dedos.

– Demora mais ou menos meia hora pra fazer efeito. Eu já tomei o meu, antes da gente vir pro quarto. Agora basta você tomar o seu, a gente deita na cama e... bom... – Niko descobriu-se atrapalhado em meios às próprias palavras, e antes que começasse a gaguejar, parou de falar, abaixando o olhar, sentindo a face em chamas. Antes que a situação o deixasse com a sensação do ridículo, sentiu dedos longos tocando seu queixo, levantando sua face.

Félix sorria, um sorriso tão amplo que quase não era possível perceber os sinais do AVC que entortara um dos lados de sua face.

– Me passa aquele copo d’água ali, por favor? – ele pediu, indicando com o olhar um copo que descansava na mesa de cabeceira.

Niko atendeu seu pedido, e assistiu-o tomar o comprimido com alguns goles de água, resoluto. Quando Félix lhe devolveu o copo, Niko pegou-o e mecanicamente depositou-o de volta na mesa. Seu coração ameaçava explodir dentro do peito ou subir por sua garganta. Encarou os olhos negros que o fitavam. O sorriso de Félix se mantinha, mas um novo brilho se acendera naqueles olhos.

“Vamos mesmo fazer isso...” pensou Niko, sustentando o olhar de Félix. A expectativa já pesava no ar. Depois que Félix tomou o remédio, nada mais precisava ser dito. Qualquer palavra era agora dispensável e foi naturalmente substituída pelos lábios que se juntaram em um beijo, que foi suave no início, para depois se intensificar e se aprofundar na dança de línguas que já lhes era tão familiar.

Os beijos apaixonados foram acompanhados por carícias demoradas e gemidos longos. Enquanto se beijavam, suas mãos se encarregaram de retirar as peças de roupa um do outro. As roupas de Félix foram as primeiras a beijarem o chão, mas Niko jamais se incomodaria de fazer aquele serviço por ambos. Os beijos e carícias sofreram uma breve pausa na qual puderam finalmente ficar como vieram ao mundo.

Dois corpos que carregavam cada um o peso inevitável do tempo. Um deles possuía cicatrizes mais profundas do que as que as sequelas do AVC jamais poderiam revelar em seu exterior. O outro, apenas uma história de vida relativamente serena e de trabalho duro. Fosse como fosse, o tempo não perdoava ninguém, mas isso era o que menos importava. Eles se olharam por alguns momentos, agora completamente desnudos, ainda sentados na cama. Havia muito mais a ser olhado do que a casca cansada e castigada de carne que um corpo poderia mostrar. Essa era a primeira vez que se viam, por inteiro, sem nenhuma peça de roupa. Ainda assim, não havia absolutamente nenhum pudor entre eles que ousasse estragar esse momento tão sublime e delicado. Afinal, nada poderia sobrepor o fato que já haviam se desnudado um para outro há muito tempo. Desnudaram as almas. Nada jamais seria mais íntimo do que isso, independende do que acontecesse naquele quarto essa noite.

Alguns segundos de contemplação mútua se passaram. Uma mão de Niko pousada na face de Félix. A mão esquerda de Félix pousada nos lábios de Niko. Olhos nos olhos. Respirações ofegantes. O desejo já nascera, mas ainda era brando e frágil como uma chama de vela ameaçada pela brisa da noite. Ainda era cedo para o efeito do comprimido, mas o melhor jeito de aguardar por ele era manter acesa aquela chama, através de carinhos constantes e do contato quente dos corpos colados.

Niko ajudou Félix a deitar-se na cama, e deitou-se ao lado dele, ficando os dois um de frente para o outro. Como fizeram tantas noites no asilo, como fizeram tantas noites depois que passaram a dividir aquela cama. Foi então que Niko pôde observar nos olhos escuros uma sombra intrusa de insegurança, que Félix não conseguiu ou não fez questão de disfarçar.

– Niko... Eu... pode ser que... – ele engoliu em seco e pigarreou, desviando o olhar. – Pode ser que eu não consiga.

– Shh... Está tudo bem. Não se preocupe. Vamos apenas... ficar aqui. - Niko depositou um selinho em seus lábios. – Não se preocupe. – ele repetiu, entre beijos. – Eu cuido de você.

A sombra desapareceu dos olhos de Félix, permitindo que se rendesse aos cuidados de Niko sem reservas, não sem que também ele contribuísse, mesmo com sua condição limitada, para aquela parceria de carne quente e carícias cada vez mais ardentes e ousadas.

Os beijos eram ininterruptos, a não ser pelas breves pausas para recuperar algum fôlego. As mãos se buscaram com mais ânsia, demorando-se de propósito em lugares antes pouco explorados em sessões de carinho anteriores. As pernas entrelaçadas se roçavam, os quadris se colavam em movimentos demorados e insinuantes. Para eles, esse era um prazer novo, guiado pelas expectativas e ao mesmo tempo, pela ausência delas. Niko sabia que havia uma chance grande de que, mesmo com o remédio, Félix não sucedesse em produzir ou manter o desejo forte o suficiente para sustentar um ato de amor. Ainda assim, ele decidira que Félix merecia essa chance. Os dois mereciam, independente de qualquer resultado que adviesse.

Quando o tempo se estendeu para além do necessário para os efeitos do comprimido, e Niko já se conformava em encerrar a noite com a habitual troca de carinhos entre os dois antes de dormirem, ele sentiu em sua mão a grata surpresa de constatar que a frágil chama ganhara mais ardor e promessas de queimar ainda mais.

– Ni...ko... – o ofêgo desesperado brindou sua face na forma do hálito quente de Félix. Sua mão de dedos longos agora segurava a nuca de Niko como se esta fosse uma âncora a salvá-lo da paixão irrefreável que se traduzia em seus olhos. Como se Niko pudesse ajudá-lo realmente nisso, já que era tragado pelo mesmo calor que ele. Mas ele faria o possível.

– Sim. – Niko aquiesceu, também com a voz ofegante, o olhar preso no dele. Os narizes quase se tocavam. Da cintura para baixo, havia algo sendo correspondido. Algo vivo, ardente e demandante de constante atenção. E Niko não se furtaria em dá-la toda a Félix. Essa chama crescente logo contagiou a ambos, tornando os movimentos entre os dois mais pungentes e fervorosos. As carícias eram agora menos carinhosas e mais sensuais, remetendo mais ao puro desejo e menos ao suave acalento ao qual estavam acostumados. Os beijos fabricavam fagulhas que eram constantemente renovadas com a troca molhada das línguas inseparáveis.

Não demorou para que os dois corpos se tornassem um só ente indivisível e supremo. Os gemidos se mesclaram se tornando um só clamor, longo e soberano, que encheu o quarto como uma terceira presença. Pernas e braços amarfanharam os lençóis abaixo deles, envolvidos no mesmo fulgor que orquestrava seus movimentos compassados. Mais do que fazer amor, eles agora o transcediam, renovando sua força e intensidade, desafiando o tempo e tornando-se jovens de novo, à medida que se moviam juntos, sem pressa, sem mais expectativas que não aquela que se traduzia na simples e poderosa ligação que os comandava.

O clímax, um visitante não esperado, mas não obstante deveras desejado, já acenava uma aproximação. Quando o olhar de Félix tornou-se enevoado por uma nuance dessa ameaça, Niko se desdobrou mais ainda do que já o fazia para deixar que Félix o experimentasse primeiro. Suas mãos encheram-se mais com a carne dele, os beijos tornaram-se mais sôfregos e urgentes, os movimentos aumentaram de intensidade, sem que Niko perdesse por um só momento a chance de captar a expressão franzida de prazer no rosto de Félix.

Para Niko nada mais importava agora que não fosse conseguir proporcionar a Félix um vislumbre de um lugar há muito esquecido no tempo e no passado. Niko também o visitaria, mas Félix seria o primeiro a fazê-lo. Quando ele decidia, ele decidia, e isso não mudaria ainda que vivesse cem anos.

Mesmo envolvido pela intensidade do momento, Niko pôde perceber nos olhos de Félix um brilho a mais que demonstrava sua percepção da intenção do amante. Os lábios entreabertos por onde escapavam os gemidos quase dolorosos tentaram formular palavras.

– Niko... Eu... Eu vou... – ele murmurava como se não acreditasse no que já começara a acontecer. Mantendo o ritmo com que faziam amor, Niko beijou aqueles lábios, colhendo os murmúrios desesperados nos seus como quem colhe as pétalas frágeis de uma rosa.

– Sim. Sim... – ele apenas repetiu, também aos ofêgos, o coração também descompassado com um misto de desejo, felicidade e êxtase pleno. – Vem, Félix... Vem...

Sem aguentar mais, Félix então se rendeu a satisfação de atender àquele comando gentil, permitindo que sua face se crispasse com o bálsamo do prazer final, que o envolveu completamente, na forma do orgasmo intenso que o transpassou. Logo Niko o acompanhou, alcançando-o no mesmo gozo e na mesma plenitude de sentidos e sensações há tanto preteridas... para ambos.

Quando tudo se acalmou e o silêncio pairou benigno sobre os dois, ele foi quebrado por soluços, que começaram tímidos, mas logo sacudiam penosamente o peito de Félix. Niko, ainda abraçado e unido a ele, abriu os olhos alarmado, já sentindo as próprias lágrimas querendo acompanhá-lo.

– Félix...

– Tudo bem, Niko... – Félix conseguiu dizer em meio aos soluços. Ele sorria. - Estou chorando de alegria. Por que você me deu algo hoje que eu jamais pensei sentir novamente. Não... Algo que eu nunca senti antes na verdade.

– Mesmo assim. – Niko aproximou-se de seu rosto e beijou suavemente suas pálpebras que se fecharam ao contato de seus lábios. – Não suporto ver você chorando. – os beijos desceram pelas faces de Félix, colhendo algumas lágrimas no caminho.

– Então somos dois.

Eles trocaram sorrisos em meio às lágrimas, que logo foram secadas um pelo outro em beijos carinhosos e suaves. O choro deu lugar ao calor dos corpos colados em morna cumplicidade. Niko pousou a cabeça no peito de Félix, deixando-se embalar pelas batidas de seu coração e pelo sobe e desce de sua respiração, enquanto seus dedos brincavam com os finos pêlos brancos de seu peito. Entranhada em seus cachos brancos, a mão de Félix desenhava círculos lentos com as pontas dos dedos.

As promessas de um sono pleno e satisfeito já batiam ao pé da cama dos amantes entrelaçados. Os corpos perfeitamente aninhados formavam um encaixe que parecia impossível de ser desfeito.

Logo, um manto de serenidade os envolveu, mantendo-os imóveis por um tempo indefinido, até que a voz de Félix cortasse o silêncio.

– Eu nunca pensei que pudesse te amar mais. – o sussurro quase inaudível chegou aos seus ouvidos a tempo de impedir que caísse completamente na inconsciência. Niko abriu os olhos para encarar o brilho marejado dos olhos de Félix na penumbra do quarto. Niko sorriu-lhe e suspirou longamente, antes de beijar os lábios de Félix suavemente.

– Não sei como eu pude viver antes de você. Se é que era mesmo uma vida. – Félix murmurou - Acho que fico louco se pensar muito nisso.

Os lábios de Niko se aproximaram novamente como se fossem beijá-lo, mas desviaram-se da boca para se dirigir ao seu ouvido.

– Pois não pense. Apenas me ame.

Não havia nada que Félix desejasse mais do que obedecer ao pedido de Niko, o quanto pudesse, o máximo que pudesse. As palavras, já desnecessárias, extinguiram-se para dar lugar ao morno aconchego dos corpos aninhados um contra o outro por debaixo do lençol. Mais beijos e carinhos foram trocados, até que o cansaço abrandou as carícias e pesou em suas pálpebras, fazendo com que adormecessem, suas respirações na mesma sintonia, o bater dos corações no mesmo ritmo, as mãos dadas no mesmo acalento.

O tempo, que nunca perdoava ninguém, parecia ter sido deixado de fora do quarto. Eles encontraram seu próprio tempo, e deles nunca abririam mão, moldando-o na forma de um pequeno infinito de amor.


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Notas finais do capítulo

Ontem, dia 20/05/2015, fez dois anos que estreou Amor à Vida na Rede Globo, a novela que nos trouxe o Félix.

Quero deixar aqui uma homenagem a esse dia marcante: o dia em que uma linda história de amor começou: primeiro pelo Félix, e depois, por Feliko. Uma história de amor que jamais será esquecida.

Próximo capítulo: Tesouros do passado



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