Elementary, my loved Joan escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 11
Capítulo 11 - Esclarecimentos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617162/chapter/11

Capítulo 11 – Esclarecimentos

Joan estava se arrumando para voltar para casa. Havia recebido uma rápida visita de Gregson, Bell e sua mãe e falado com Kitty por telefone. Os quatro ainda aparentando cansaço, mais mental do que físico, dos dias anteriores, mas extremamente aliviados por tudo ter acabado, especialmente sua mãe.

– Creio que ainda não te contei todos os detalhes sobre anteontem, apesar de Kitty já ter lhe falado sobre a visita à senhora e criança Ryder – Sherlock falou enquanto ajudava Joan a vestir o casaco.

Os dois já estavam prontos para deixar o hospital. Joan recebera alta na segunda manhã após ser encontrada, mas antes visitariam a senhora Ryder e sua filha e também Jane William.

– Isso tem alguma coisa a ver com como me encontrou? – Ela perguntou quando Sherlock pôs a mochila com as coisas de ambos sobre as costas e eles deixaram o quarto 108 em direção ao 204.

– Achávamos o depósito o lugar mais improvável possível pra te procurar devido ao acesso complicado e não te vimos em nenhuma das câmeras que verificamos, somente Thomas Ryder, sozinho. Mas descobrimos que muitas das câmeras daqui estão em manutenção, justo essa semana. Ele sabia e se aproveitou disso. Felizmente o hospital colaborou oferecendo os dados dele e até os colegas nos falaram sobre as saídas e entradas daqui e como costuma ser o dia dele. Quando você sumiu, percebi que havia um cheiro de perfume infantil aqui, o mesmo que senti em Jasmine Ryder. Visitamos a senhora Ryder, como já sabe, mas o que entregou que o depósito era um bom esconderijo foi a visita à senhorita William. Ela é apenas dois anos mais jovem que você, muito inteligente e competente e comanda os assuntos burocráticos daqui. Ela descende de japoneses.

– Ryder me disse isso quando eu estava lá embaixo.

– Exatamente. Então você já deve saber como e porque ele confundiu vocês duas.

– Quando deixamos o quarto dos Ryder, eu e Kitty visitamos Jane William. E antes mesmo que eu lhe perguntasse qualquer coisa eu fiquei estático ao ver que ela tinha o seu anel nas mãos.

Joan lhe mostrou um olhar de surpresa e curiosidade e após uma pausa Sherlock tornou a falar.

– Quando a questionei sobre a origem do anel ela me falou que um de seus funcionários o encontrou a meio caminho do depósito, jogado num canto. Coisas encontradas são enviadas ao achados e perdidos, mas coisas muito valiosas são deixadas sob os cuidados da própria Jane William. Ela é realmente responsável, soube que nunca houve um objeto que não voltou a seu dono original. Eu e Kitty lhe contamos o motivo de nossa visita e explicamos porque havia dois policiais guardando seu quarto. Ela ficou assustada no começo, depois chocada por saber o que um de seus mais esforçados funcionários fez com você.

– Ele a culpou pelo que está acontecendo com a filha.

– A senhorita William falou sobre isso, já havia discutido com ele algumas vezes. E como todos nós já sabemos isso não é culpa dela. Essas coisas precisam ser tratadas com cuidado e tomam certo tempo. Ela também está muito preocupa com a garotinha, está fazendo o impossível. Ela ama esse hospital e me parece ter nascido pra cuidar das pessoas. Enviou melhoras a você, Joan.

– Lembrarei de agradecer.

– E se não tivesse sido tomado pelo desespero e esperado alguns dias pela recuperação da senhorita William, o que não colocaria em mais risco sua pequena filha, o senhor Ryder teria descoberto que o especialista em questão fez contato há quatro dias. Ele estará aqui semana que vem, mas devido a sua internação, a diretora burocrática não pode tratar do assunto imediatamente. E de qualquer forma ainda haviam pontos a serem resolvidos para uma resposta definitiva.

Logo os dois estavam sentados no sofá do quarto da família Ryder. Meggy ajudava a filha a descer da cama. A menina havia acabado de acordar e estava curiosa com os visitantes. Sua mãe a calçou e lhe fez vestir um casaco. Jasmine já não tinha o tubo de soro ligado à mão. A garotinha se entreteve olhando a paisagem pela janela. Era mesmo igualzinha à mãe, cabelos dourados e levemente cacheados, pele um pouquinho bronzeada e olhos castanho claros.

– Eu sinto muito mesmo pelo que ele fez com você! Ainda me custa acreditar. Está sendo tão difícil – Ela falou encarando Joan com um olhar sincero e triste – Deve ter sido horrível. Soube que você teve febre e ficou mal depois do que aconteceu. Me perdoe, Joan.

– Você não tem que me pedir desculpas, não teve nada a ver com isso. Eu não tenho filhos, mas posso imaginar o quanto ele estava desesperado. Eu espero sinceramente que tudo isso se resolva logo.

– Ele vai ter que pagar pelo que fez de alguma maneira. Ele teve alguns atenuantes, mas vai ser punido. Quero estar ao lado dele, mas depois que tudo se acalmou e conversamos brevemente, ele também concorda que merece o que está passando e quer que eu me concentre na recuperação de Jasmine antes de qualquer coisa. É o que farei.

– Como ela está lidando com isso? – Joan quis saber.

– Ela perguntou ontem porque o pai não veio mais vê-la. Eu disse que que ele está viajando, pra trabalhar, pra poder ajudar a conseguir a cura dela. É melhor assim por enquanto. A polícia foi muito compreensiva ao concordar em não dar muitos detalhes à imprensa, pra poupar o coraçãozinho que queremos salvar. Por enquanto vamos ficar longe da TV aberta, jornais e qualquer coisa parecida.

– Como vão lidar com isso aqui dentro do hospital? – Sherlock perguntou.

– A senhorita Jane é muito boa. Ela disse que conversou com seus funcionários e acertou com eles que isso não vai ser comentado aqui, em nenhuma circunstância que possa levar isso ao conhecimento dela – falou se referindo à filha.

– Você é tão bonita! – Ouviram uma vozinha infantil ao lado de Joan, que abriu um grande sorriso para a menina.

– Muito obrigada querida. Você é ainda mais.

– Nós duas temos sardas – ela falou feliz, fazendo as duas mulheres rirem.

Sherlock mantinha-se quieto, mas Joan jurou ter visto um pequeno sorriso passar por seu rosto.

– Hoje cedo Jane William veio nos ver pessoalmente – Meggy sorria – O especialista virá semana que vem pra nos ver, ele avaliou o quadro de Jasmine pelos exames e nos garantiu que tudo isso vai ser solucionado!

– Isso é maravilhoso! – Joan lhe disse.

– Agora que tudo passou... Eu desejo felicidades a vocês – a mulher falou sorridente.

– Muito obrigada, Meggy.

Ficaram mais alguns minutos com as duas e seguiram para o quarto de Jane.

– Eu acho que já deve ter ouvido muito isso dos meus funcionários e da senhora Ryder, mas eu sinto muito pelo que aconteceu à você – a japonesa dizia – Estamos tomando todo o tipo de providências para que isso jamais se repita, inclusive reformas no nosso depósito e mais rigor com algumas coisas relativas aos funcionários. Eu já estou bem e amanhã voltarei a trabalhar normalmente. E já devem saber que logo a pequena Jasmine estará bem e voltará pra casa e pra sua vida normal.

– Sim. Nós ficamos muito felizes com isso.

– Eu fiquei curiosa quando um de meus funcionários encontrou um anel tão bonito perdido num lugar tão estranho. E fiquei assustada quando dois consultores e policiais apareceram pra me ver no mesmo dia com toda aquela história. Fiquei tão triste ao saber que Thomas era o culpado. Ele é um bom funcionário e no fundo é um bom homem que ama muito a família, mais do que qualquer coisa. Eu fiquei desesperada. Seu noivo e a garota que veio com ele estavam muito assustados e nervosos. Eu fiquei muito aliviada de saber que tudo se resolveu. Não fui vê-la pessoalmente porque me informaram que você estava mal e depois de ser estabilizada esteve dormindo por bastante tempo. Eu também não estava me sentindo bem ontem, não consegui dormir na noite de anteontem.

– Está tudo bem. Eu vou voltar pra casa agora. Muito obrigada por nos ajudar.

– Não hesitem em recorrer ao nosso hospital se precisarem de ajuda. Isso não vai se repetir. Eu desejo felicidades a vocês.

– Nós agradecemos – Sherlock lhe disse com um sorriso.

O casal de consultores deixou o quarto e o hospital, e se dirigiram ao apartamento de Joan para pegar algumas coisas antes se seguirem para o sobrado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Elementary, my loved Joan" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.