Aos poucos Bella foi acordando e estava deitada na relva, em uma campina onde ela nunca esteve. Em pouco tempo amanheceria, foi o que notou ainda meio zonza e meio dispersa do que estava acontecendo, mas se lembrou e rapidamente se pôs sentada em um solavanco de medo, pôs as mãos na face e ainda estava com o véu a lhe cobrir o rosto.O homem estava sentado olhando para o longe um pouco distante dela, ele se levantou quando ela acordou.

__Não sinta medo, não toquei em você. Você dormiu e parei um pouco para descansar, pois você é bem pesada com tanto panos, afinal livre se de uma de suas anáguas, pois se você resolver desmaiar de novo...

Bella olhava assustada para o homem mascarado, mas a sua voz...O nervosismo e o medo lhe deixavam confusa e muito, muito assustada.

__Bom deixei que você mesma faça isso, veja isso como um ato de um cavalheiro!

O homem reverenciava a dama na sua frente.

__Um cavalheiro não rouba, senhoritas e as carrega pela mata...

Bella murmurou ainda sentada no chão.

__Bem digamos, que sim. Mas peço lhe que faça isso agora partiremos em uma grande caminhada.

O homem apontou onde ela deveria se trocar e se virou de costas.

__Ah, mais uma coisa, não tente correr, e nem fugir, pois provavelmente se perderá e não quero perder mais tempo aqui, temos que chegar antes que anoiteça à um esconderijo.

Sem responder Bella se levantou e foi para trás de uma grande árvore, e se despia de duas grandes anáguas que deixavam seu vestido volumoso, deixando o assim mais confortável, para uma caminhada e uma possível fuga.

Largou os no chão e umas lágrimas escoriam em seu rosto, ao se lembrar de Ângela o que teria acontecido à ela, e seus pais...o que teria acontecido?

O que aconteceria à ela mesma?

Enxugou as lágrimas que jorravam do seu rosto, e percebeu que ela não teria chance, ela teria que fugir daquele homem que à raptara de seu casamento.

Casamento?

Agora ela lembrara que à essa hora, ela deveria estar casada, nos braços de...

Tornou à enxugar as lágrimas e se levantou, mais confortável agora sem tanto peso e volume, mais se negou em tirar seu véu, a única coisa em que agora, se sentia protegida.

Voltou e o homem, tornou se à olhar para a princesa em sua frente.

__Bem, me desculpe por estragar seu casamento, mais foi preciso, hum...tome coma isso até chegarmos onde dormiremos, pois só pararemos lá agora, pois com você ao meu lado, provavelmente serão dois dias de caminhada, meu cavalo está lá.

Bella não respondeu, e não esticou à mão que o homem oferecia um pedaço de rosca.

__Tudo bem então. Está sem fome? Vamos ver até quando!

Isabella andou ao lado do homem, e pegou em seu pingente que Ângela lhe havia dado e uma tímida lágrima lhe voltou ao rosto.

O homem viu a princesa levantar um pouco do véu, provavelmente para enxugar uma lágrima, mas deu de ombros e continuou pela mata adentro.

Paul correu até a cabana, mais Âgela não estava lá, a cabana estava vazia e o medo lhe percorreu o corpo. O que lhe teria acontecido?

Ângelaaaaaaaaaa!!!!!

Paul gritava em meio ao terror, teria que voltar e encontrar com Edward no caminho e ajudar à levar a princesa até o local, mas não poderia deixar Ângela para trás.

Não poderia.

Isabella olhava a mata ao redor, e cada vez mais se desesperava o quão perdida estava, o homem à sua frente continuava em silêncio, desde que acordara, não se dirigiu mais nenhuma vez à ela, se arrependeu por não aceitar a rosca, estava faminta.

Pararam uma vez para beber água, em um rio que cruzaram, o homem se curvou e bebia da água na fonte onde ele foi, Bella temerosa só olhou.

__Ande beba água, você tem que beber para conseguir chegar até a cabana, falta pouco para anoitecer.

__Não agüento mais andar..

__Então beba á água, pois não será bom ficarmos ao relento, ande falta muito pouco agora.

O homem deu um espaço para que a princesa se refrescasse.

Bella viu o homem se afastar e aos poucos se sentiu à vontade e levantou rapidamente o véu e molhou o rosto, bebeu um pouco de água e enxugou as lágrimas, tornou à chorar, mas agora de uma forma mais tranqüila, já não tinha tanta força, o cansaço quase lhe consumira.

Com os olhos fitando o chão, não viu o homem voltar à se aproximar, só percebeu quando ele falou.

__Tome não seja teimosa e coma, ou não vai agüentar e preciso que você ande mais um pouco até chegarmos.

Bella estendeu a mão, e pegou a rosca da mão do homem, sua mão encostou na dele e ela rapidamente puxou a para si.

O homem deu uma breve risada e saiu de perto dela.

Bella ficou com raiva, quem era esse homem que ousava rir dela? Mas preferiu guardar para si, pois não sabia do seria capaz esse desconhecido.

Depois de mais uma hora de caminhada, chegaram ao lugar que o homem havia preparado. Ele imediatamente foi encontrar seu cavalo, deu o de beber e o alimentou e alisava o animal.

Bella ficou parada, paralisada não queria estar numa casa sozinha com um homem que desconhecia.

O homem entrou na casa e acendeu a lareira, para aquecer a casa visto que começava à esfriar naquela região por estar perto do rio, olhou para fora e viu a mulher intacta parada à beira da porta.

__Sugiro que entre, e se aqueça, vejo que esfriará essa noite. Tivemos sorte de passarmos bem, a noite pela floresta, hoje não garanto que será confortável ficar do lado de fora.

O homem tinha razão, Bella estremecia do lado de fora, mas era incapaz de entrar, mesmo sem ver seus olhos, sentiu o receio da jovem.

__Vamos já disse que não vou tocar em você. Não precisa temer.

Ele estendeu a mão, mas ela não à segurou, entrou e passou por ele, parou e se sentou diante da lareira.

Ele à observou por um tempo, mas logo saiu e se apressou em preparar algo para comer.

Bella fitava o fogo, ali era com certeza mais confortável para se estar. Mas a dor ainda lhe consumia o peito, onde estariam todos? Teriam o mesmo destino? Onde ela estaria?

__Tome isso vai ajudar até que cheguemos no povoado, não é uma comida de seu palácio real, mais à sustentará.

O homem tinha um prato com um cozido que cheirava muito bem, Bella não recusou pegou rapidamente o prato de suas mãos.

__Fique aqui à vontade, estarei lá dentro para que se sinta melhor.

E se recolheu em outro cômodo, enquanto Bella comia, e logo depois de comer pegou no sono ali mesmo na frente da lareira. Acordou assustada de madrugada com barulhos de cavalos e homens que chamavam por seu nome ao longe.

Se levantou e colocou o rosto na janela, mas o homem rapidamente colocou uma de suas mãos na boca da princesa, que muda não pode gritar por socorro.

__Fique quieta!

O homem asperamente segurava a dama, deixando o lugar bem quieto e rapidamente despistando os homens, pois não ouviam mais as vozes dos mesmos.

Com uma raiva que explodiu em Bella, a mesma começou à se debater nos braços do homem que de costas não conseguia vê lo, na escuridão do cômodo e só por alguns resquícios de luz da lareira quase apagada.

Bella perdia vergonhosamente contra os braços fortes do homem que à prendia, mas com algum esforço ela conseguiu ficar de frente para ele.

__Me solte, deixe me ir agora! Me solte!

Em um solavanco Bella olhou para o homem que estava despido daquilo que até agora ela não o reconheceria, então viu seu rosto e não acreditou...não poderia ser..

Era ele..

Era Edward..

Ficou parada perplexa olhando para o jovem na sua frente, o mesmo à soltou e também a olhava.

__Não acredito! É você?!

Bella falava baixo, quase não acreditando no que ela mesma dizia.

Edward olhava também com discrença.

Bella elevou sua mão até seu rosto, com a briga se desprendeu um lado de seu véu seu rosto também foi descoberto por ele, que à olhava sem acreditar no que via.

__Não acredito fui enganado!

__Foi enganado? O que você está falando? Eu é que fui enganada, você desde o começo, tramou isso tudo!

__Então quer dizer que você é mesmo a princesa? Você não é...

Bella não respondeu, abaixou a cabeça.

E Edward entrou no outro cômodo, deixando Bella confusa, logo ele voltou com suas coisas e falou.

__Vamos temos que ir antes que nos achem aqui.

Pegou a pela mão, e a colocou no cavalo, logo cavalgaram em direção ao destino que nenhum deles esperavam para si.