A Missão escrita por StefaniPPaludo


Capítulo 70
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

E enfim saberemos quem denunciou Júlio para os governantes



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No outro dia, sai do meu novo quarto e fui até a cozinha. As empregadas estavam lá, aguardando uma ordem. Resolvi pedir apenas um pedaço de pão e um café com leite, para poder levar para o quarto e comer lá.

Ainda não me sentia bem em desfrutar de todo aquele luxo. Parecia estranho para mim, me sentar em uma enorme mesa cheia de comida, que eu não conhecia nem a metade.

Estava em meu quarto, terminando meu café da manha, quando ouvi uma batida na porta. Quando a abri um guarda estava lá. Parecia que eu o conhecia de algum lugar, mas não consegui lembrar de onde.

– Vossa excelência – ele fez uma reverência.

– Não precisa disso comigo, soldado. Me chame de Liss ou de soldado, também – pedi a ele.

– Desculpe, senhorita. Tem um soldado lá em baixo que diz ser seu amigo e gostaria de lhe ver.

– Quem é ele? - perguntei.

– Disse que se chama Eric.

– Ah sim! - eu tinha me esquecido completamente que eu e o Danilo tínhamos abandonado Eric sozinho no quartel. Era um grande erro não me lembrar disso. Mas estávamos com muita coisa na cabeça ultimamente – Mande o entrar, e se puder trazer ele pra cá, eu agradeceria.

– Entendido, senhorita. - ele levou a mão à testa, fazendo o cumprimento que os soldados fazem a seus superiores. E saiu manqueando de uma perna.

Ele andava como se tivesse sido ferido em uma das pernas, não na perna, na coxa. Como se tivesse sido baleado. Percebi na hora de onde eu conhecia o soldado! Era o que eu tinha atirado e lutado, depois que prendi Margareth no banheiro no dia da invasão ao governo.

– Soldado – chamei o de volta. - Desculpe pelo tiro. Espero que não tenha machucado muito. Como está sua coxa?

O guarda pareceu constrangido com meu reconhecimento, mas, ao mesmo tempo, era como se tivesse ficado contente.

– Está bem. Vou levar mais alguns dias para me recuperar totalmente. E eu que peço desculpas por ter lutado com a senhorita. Me perdoe. Não sabia o que estava acontecendo.

– Tudo bem. Vamos esquecer isso e começar de novo. Podemos ser amigos. Prazer, meu nome é Liss - alcancei minha mão para cumprimentá-lo. Eu sabia que ele conhecia meu nome, eu mesmo tinha dito antes, mas queria esquecer aquela história de uma vez e saber o nome dele.

– Fernando – ele deu um aperto forte em minha mão – O prazer é todo meu. - ele parecia honrado em dizer tais palavras e não conseguia me olhar nos olhos. - Se me der licença vou buscar seu amigo.

Entrei de volta pro quarto, deixando a porta aberta. Terminei meu pão e café. Em seguida Fernando apareceu com Eric ao seu lado. O guarda pediu licença e saiu. Me dirigi rapidamente em direção a Eric, abraçando-o. Mas ele não retribuiu meu abraço.

Soltei Eric e o convidei a sentar, enquanto fechava a porta.

– Eric, desculpe por não termos contado nada disso pra você e por ter te deixado sozinho lá no quartel. - eu sentei na frente dele, realmente triste por ter esquecido esses detalhes.

Então Eric do nada começou a chorar. Um choro contido, em que apenas se via as lágrimas escorrendo por sua face. Não achei que pudesse magoá-lo tanto o fato de ele ter sido excluído da missão.

Me ajoelhei em frente a sua cadeira e segurei suas mãos, tentando consolá-lo:

– Não achei que isso fosse te deixar tão triste – disse – Desculpe de verdade, Eric.

– Não. - ele chacoalhou a cabeça. - Não é isso Liss. Eu que tenho que te pedir desculpas, não o contrário.

Ele levantou parecendo atordoado. Levantei também. Ele ficou de costas para mim.

– Eu não to entendendo- falei, tentando me aproximar dele e olhar em seus olhos – Do que você tem que se desculpar? Você não fez nada. Eu que escondi isso de você. Mas era preciso. Não podíamos contar isso a ninguém.

– Eu denunciei o Júlio para o Milton. - Eric admitiu erguendo o tom de voz para que aquilo ficasse claro e se mantendo de costas para mim.

No instante em que ouvi aquelas palavras parei de tentar encará-lo. A surpresa daquilo me pegou desprevenida. Ele não podia estar falando sério. Por quê Eric faria uma coisa daquelas? Ele não sabia nada sobre a missão e nem conhecia direito o Júlio.

– Como assim? - tentava me recuperar do choque.

Eric finalmente conseguiu se virar para mim. Mas ainda não conseguia me olhar nos olhos, mantinha a cabeça baixa:

– O meu-u namorado secreto era o... - ele gaguejava um pouco. - o T-Thomas. - Eric engasgou com o nome.

Mais uma surpresa que eu não esperava. Nunca imaginei que Thomas e Eric pudessem ficar juntos. Na verdade nunca imaginei que Thomas pudesse ser gay. E Thomas era tão grosseiro e sem coração, ao contrário de Eric. Mas quem sabe aquela história de que os opostos se atraem seja verdade.

Como não falei nada, Eric prosseguiu:

– Liss, eu fiquei sabendo dessa missão de vocês, muito antes de você. Eu e Thomas nos apaixonamos antes de eu entrar no quartel. E ele que conseguiu que eu viesse para cá. Nos encontrávamos escondidos durante todo o tempo e ele sempre me contou tudo. Não tínhamos segredos. - ele parecia determinado e não mais com vergonha de me contar aquilo- Aquele dia que ele e Júlio brigaram, Thomas foi se encontrar comigo e estava muito triste e raivoso. Disse que Júlio tinha dito que ele não tinha coração e que não era capaz de amar alguém. Me doeu ver o meu Thomas daquele jeito, e a insinuação do seu amigo sobre ele não ser capaz de amar alguém também não me agradou. Então para resolver essa situação fui até Milton, que é um velho conhecido meu e contei sobre Júlio.

Eu ainda não sabia o que dizer. Júlio tinha falado muitas coisas sem pensar aquele dia. Mas nada justificava uma atitude daquelas de Eric.

– Mas você não podia. Foi só uma briga. Não devia ter se metido. E arriscou a vida de Thomas e a de todo mundo da missão nessa sua atitude. Sem contar que o Júlio realmente quase foi morto e passou maus bocados quando estava preso. - eu não sentia tanta raiva assim. Era mais uma indignação.

– Sim. Sim. Me desculpe – Eric voltou a chorar, dessa vez um choro alto e com soluço, além de lágrimas – Eu não achei que fosse causar isso. Nem pensei no que poderia acontecer de verdade. Só estava com raiva e queria vingar o Thomas. Entenda meu lado, eu sou um apaixonado. Mas eu sinto muito por isso. Por favor Liss, me perdoe. A culpa já está me corroendo por dentro. Eu não consigo mais conviver comigo mesmo. Por favor. Eu estou sozinho nesse mundo. Thomas terminou comigo assim que soube.

Me lembrei de Thomas não querendo falar sobre o traidor. Dizendo a Júlio que tinha resolvido tudo e que aquilo era passado. Agora eu entendia o porquê.

Abracei Eric.

– Eu o perdoo, Eric. Sei que não era essa sua intenção.

Ele pareceu aliviado e continuou chorando mais um tempo em meu ombro. Quando percebi que ele estava mais calmo, falei:

– Acho que você deveria pedir desculpas ao Júlio. Ele que sofreu com isso. Se quiser eu vou com você.

– Não. Não vou conseguir olhar para ele. Não consigo – Eric recomeçou a chorar.

– Se você quer mesmo deixar isso pra trás, e conseguir viver sem culpa deve fazer isso. Pedir desculpa ao Júlio e talvez até ao Thomas.

Depois de muito tempo tentando convencê-lo a fazer isso, ele aceitou. Fui com ele naquele momento mesmo, ao quarto onde Júlio estava.

Após algumas batidas na porta Júlio apareceu. Ele vestia uma calça de moletom escura e uma camiseta cinza e larga. Estava todo despenteado e com a cara amassada. Pelo jeito devia estar dormindo ainda. Mas mesmo assim continuava lindo! Parecia diferente do cara impecavelmente arrumado que eu conhecia. Gostei de vê-lo tão despojado.

– Bom dia Liss. - disse ele quando abriu a porta. Parecia surpreso em me ver. Em seguida viu Eric comigo – Algum problema?

– Não. Desculpe acordá-lo. Só queríamos conversar uma coisa contigo – falei, o tranquilizando.

Júlio nos mandou entrar e sentar.

– É muito urgente ou posso trocar de roupa antes? - perguntou ele, ainda não convencido de que não tínhamos um problema.

– Pode trocar, se quiser. Vamos esperar. Mas não nos importamos que fique assim como está – lhe assegurei.

– Vou trocar então. Só um minuto.

Ele pegou sua roupa e entrou para o banheiro. Demorou apenas um minuto mesmo, como ele havia dito. Quando voltou a onde estávamos, vestia sua farda, não tão impecável dessa vez e seu cabelo já estava arrumado e o rosto não tão amassado.

– Então, o que você tem para conversar comigo? - perguntou ele se dirigindo a mim.

– Na verdade não sou eu, é o Eric que tem uma coisa para lhe contar. - expliquei.

Júlio olhou intrigado para Eric, esperando que ele iniciasse a narrativa. Mas Eric desviou o olhar para mim, como quem pedisse ajuda. Lhe lancei um olhar motivador, que era a única coisa que podia fazer e esperei que ele tomasse coragem e começasse a contar de uma vez.

– Eu...eu- ele tentou iniciar. - Eu não consigo Liss! Não consigo falar. - Eric estava a ponto de chorar novamente.

Olhei para os dois. Eric não conseguiria começar com aquilo, e Júlio estava com as sobrancelhas levantadas, variando o olhar de mim para Eric, tentando entender o que estava acontecendo.

– Eric tinha um relacionamento com Thomas. - ajudei Eric, chamando a atenção de Júlio para mim – Isso ainda antes, dele entrar pro quartel. Foi Thomas quem mexeu os pauzinhos e fez com que ele viesse para cá. Como você fez comigo. - Júlio me olhava atento, agora com o rosto franzido. - Thomas contava tudo para Eric. Inclusive sobre a missão.

– Não, ele não podia fazer isso. - Júlio protestou, parecendo perplexo com a revelação.

– Mas ele fez. - prossegui. - Eric sempre soube de tudo.

– Thomas sempre me culpou por me deixar levar pelo amor... de colocar a missão em perigo por isso... mas ele fazia a mesma coisa! - Júlio me interrompeu raivoso. - Que hipócrita! Vou ter uma conversinha com ele agora mesmo!

Júlio se levantou apressado para sair procurar por Thomas.

– Espera Júlio. Ainda não acabou. Não é bem isso que você tem que saber. - o segurei pelo braço. - Tem mais. Sente-se aí e se acalme.

Ele olhou fundo nos meus olhos. Por fim entendeu meu alerta e acabou sentando-se de novo.

Eric não parecia capaz de continuar a história de onde eu havia parado, então prossegui:

– Depois daquela sua última briga com Thomas, Eric ficou sabendo de tudo que você disse a ele. E não gostou dos seus insultos e de ver Thomas triste. Então, como uma prova de amor, pensando que estaria fazendo o melhor para Thomas, para vê-lo bem e feliz, Eric acabou lhe denunciando para Milton. Foi ele quem inventou aquela história de você estar traindo os governantes. Mas entenda, Júlio, foi um ato impensado, no impulso. Aposto que você não gostaria de ter dito aquelas coisas para Thomas, mas do mesmo jeito que na raiva acabou dizendo, Eric na raiva acabou contando.

– São coisas diferentes. - Júlio parecia impassível. Sua expressão era indecifrável. Não conseguia distinguir se ele tinha ficado com raiva de Eric por aquilo ou se estava tudo bem.

– Me desculpe Júlio, não pensei nas consequências. Nunca quis que fosse torturado. Desculpe – Eric se jogou nos pés dele e os agarrou, chorando.

– Levante-se Eric. - foi a única coisa que Júlio disse, com o tom sério e a voz autoritária. Era o mesmo jeito que ele agia no quartel. Estava prendendo suas emoções e deixando apenas seu lado frio e calculista sair.

– Tudo bem – Eric se levantou, mas ficou com as costas um pouco curvadas. - Eu já vou embora. Vocês já sabem o que aconteceu. Estou arrependido de verdade, do fundo do meu coração. - ele chorava. - Me perdoem.

Eric saiu do quarto. Pensei em ir atrás dele, mas achei melhor ficar e conversar com Júlio. Me aproximei de Júlio que estava em pé:

– Por favor, entenda o lado dele. Eric não pensou muito no que estava fazendo. E agora está arrependido. Ele me disse que fica se culpando por tudo que aconteceu. Você precisa perdoá-lo.

– Não é tão fácil como parece – a voz dele foi firme e sem emoção, a voz do sargento.

Dei um passo para a frente e coloquei minhas duas mãos no cabelo de Júlio, penteando os com meus dedos e descendo com as mãos pela sua cabeça, acariciando seu rosto:

– Júlio, você não estava se importando muito com quem era o traidor antes. Por que se importar agora? Já foi, é passado. - eu prendia seu rosto para que ficasse completamente alinhado na linha de visão do meu. Podia sentir a sintonia entre nós. - Não estou pedindo que vire amigo dele. Apenas o perdoe.

Ele suspirou e olhou pro chão. Depois voltou a fixar o olhar em mim enquanto falava:

– Farei isso por você, Liss. Porque ele é seu amigo. Mas não pense que vai ser fácil. Vou olhar para ele e lembrar que foi ele quem me denunciou. Mas vou tentar ao máximo esquecer. Por você.

– Ok. Obrigada. - soltei seu rosto e lhe dei um beijo na bochecha, saindo do seu quarto também.

Não sabia a onde queria ir, então fiquei um tempo vagando pelo palácio. Eu continuava usando apenas as escadas, nem cogitava a hipótese de pegar o elevador. Esse era um hábito que permanecia.

Depois de um tempo acabei decidindo o que fazer. Iria ver Margareth. Queria ter uma conversa com ela. Não sabia muito o que queria falar, mas na hora alguma coisa me apareceria na cabeça.

Me sentia mal de certa forma, por ter descumprido meu juramento e ter feito mal a ela. Eu, além de como os outros soldados ter prometido que protegeria os governantes, prometi também que protegeria Margareth com a minha própria vida. E agora eu havia descumprido minha palavra. Mesmo sendo por um bem maior, e sabendo que isso era necessário, me incomodava um pouco.

Estava no primeiro andar, indo para a entrada da escada que levava ao porão quando vi Danilo vindo em minha direção:

– E aí, Liss? - disse ele sorrindo alegremente para mim.

– Oi Danilo, tudo bem? - respondi a ele.

– Maravilha e você?

– Bem também. Estou indo ver Margareth – achei que seria bom explicar o que eu estava fazendo ali. Não era um lugar comum para mim estar.

– Quer que eu vá com você? – ofereceu ele, ainda com seu sorriso.

– Pode ser. - talvez uma companhia me fizesse bem.

Descemos a escada e chegamos ao calabouço. Dois guardas faziam a vigia e Margareth era a única prisioneira. Me aproximei de sua cela a chamei:

– Margareth.

Ela apareceu, saindo do canto da cela e vindo para mais perto, onde havia mais iluminação e eu conseguia enxergá-la melhor. Margareth estava bem diferente do que eu conhecia. Suas roupas sempre impecáveis e modernas, agora estavam sujas e amarrotadas. Seus belos cabelos loiros, que sempre caiam como uma cortina dourada em seu rosto, agora eram oleosos, e não tão lisos assim. Ela estava escabelada, o rosto com a maquiagem borrada. Nada mais daquele glamour de antigamente.

Danilo se mantinha afastado, escorado nas grades da cela em frente a de Margareth, apenas observado e esperando para ver se eu precisaria dele.

– Como estão lhe tratando? - pedi – Espero que melhor do que vocês trataram Júlio.

– Poderiam deixar-me tomar um banho e trocar minhas vestes. - Margareth disse, exatamente como dizia antigamente quando estava no poder.

– Não sei se isso seria possível. - respondi. Mas fiz uma anotação mental para pedir a algum dos guardas que providenciasse isso. Ela merecia ter um mínimo de dignidade.

Ela se aproximou da cela, segurando as grades e me encarando, enquanto dizia:

– O que vocês vão fazer comigo?

Dei um passo para trás, me afastando enquanto pensava naquilo. Se fosse por Thomas ele a mataria. Mas eu e Júlio nunca faríamos isso. Era uma situação difícil. Talvez mantê-la presa fosse a melhor opção. Teríamos que decidir ainda sobre aquilo.

– Ainda estamos decidindo. -disse.

– Garanto-lhes se me soltarem, vocês nunca mais ouviram falar sobre mim. Sumirei para sempre. - seu tom era indiferente, por mais que as palavras fosse de alguém que estava implorando.

– Essa não é uma opção. Ainda vamos ver o que vamos fazer – não quis lhe dar esperanças. - Só vim ver como estavam lhe tratando. Não quero ser alguém como você, então faço questão que até os prisioneiros sejam tratados com dignidade. Até mais Margareth.

Comecei a me afastar, com Danilo me seguindo. Mas ela perguntou:

– O que vocês estão fazendo com Tazur?

Não sabia se poderia revelar aquelas informações para ela. Olhei para Danilo perguntando o que ele achava e ele deu de ombros. Decidi que não haveria mal nenhum em contar. Todo o país saberia hoje quando o anúncio fosse ao ar. Ela, querendo ou não, fazia parte do país e tinha o direito de saber:

– Vamos instaurar uma nova forma de governo – comecei a explicação. - O povo elegerá os governantes, e eles não vão ser somente três. Vão ser 12 no total. E qualquer um poderá concorrer a esse cargo.

– Hum... - Margareth pareceu entendiada.

– Agora vamos ter um país justo e igualitário. Toda a população terá sua chance de ser representado.

– Vejo que já estas discursando como uma verdadeira governante. - ela fez uma pausa – Quando lhe convidei a ser minha guarda pessoal, já pensava em lhe ensinar e fazer de você minha sucessora. Que pena que toda essa fatalidade aconteceu. Se eu tivesse lhe treinado você seria perfeita. Mas agora ainda não esta pronta. É muito nova e imatura, não é tão fácil governar um país quanto parece.

A parte de eu ser nova e imatura de mais para ser uma boa governante era irônico, pois ela não era alguns anos mais velha do que eu. No resto não sabia se ela estava falando a verdade. Poderia ter inventado aquilo agora que estava presa, para que eu me apegasse a ela e a soltasse. Mas não iria funcionar.

– Agradeço a consideração. Agora vou indo. - falei, usando a ironia também.

– Boa sorte nesse governo de vocês – ela riu e eu me retirei, irritada com ela.


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Notas finais do capítulo

Antes de mais nada gostaria de agradecer os comentários no último capítulo. Fiquei muito feliz em saber que estão acompanhando e peço, que por favor, comentem para mim ter noção de quantos fãs a história tem.

E vamos conversar agora, sobre esse capítulo: comentem aí quem esta certo, se a Liss em perdoar o Eric ou o Júlio em permanecer magoado, também deem suas opiniões sobre qual a melhor coisa a ser feita com Margareth