Leon Pov’s

Meus pés iam de encontro do chão o tocando de maneira rápida mostrando o qual impaciente estava. A mais de duas horas atrás meu pai me ligou dizendo que estava voltando com sua mais nova noiva, e pediu que eu esperasse em casa para não “fazer feio”. Mas paciência tem limite e a minha já estouro faz tempo. Cancelei o compromisso que tinha com meus amigos para esperar o meu “querido” pai, mas o mesmo fez questão de me deixar plantado quase três horas.

Peguei meu celular e vi que já era seis horas da tarde. Se eu fosse rápido conseguia chegar à casa do Maxi a tempo de ir com eles para a festa da Cami.

Porém antes de ir decidi ligar para o meu pai para saber se ele vinha ou não. Peguei meu celular e disquei o número dele. Eu não era muito de ligar para o meu pai porque nós dois nunca nos demos bem. Eu sei de coisas que ele faz, e não me orgulho nem um pouco dele.

—Oi, Leon — dava para perceber que ele também não ficou contente om a minha ligação. Mas estava fingindo que sim. Acho que o novo brinquedo dele que o mesmo insiste em chamar de noiva, não sabe da sua verdadeira faceta.

—Olá, querido pai — falei irônico —Então, está chegando ou está me fazendo de idiota, pedindo para eu te esperar e perder a minha noite de sábado?

O ouvi suspirar.

—Já estou chegando, garoto. Me espere aí e seja educado quando chegarmos. Ou pelo menos finja que gosta de mim — pronto, agora ele mostrou seu verdadeiro eu.

Nem respondi e já desliguei o telefone. Meu sonho era ir embora dessa casa e nunca mais o ver. Quando eu era pequeno sempre o respeitava, eu admirava ele. Então eu cresci e fui descobrindo o ladrão, falso, mentiroso e estupido que o Carlos Vargas era.

~ ~ ~

A porta foi aberta revelando a figura do meu pai, e logo em seguida uma garota.

Sim, uma garota.

Ela estava de cabeça baixa, olhando para os próprios pés. Olhei para o Carlos incrédulo, e com nojo. Eu não acredito que ele estava noivo de uma garota com mais de vinte anos mais nova que ele. Ela aparentava ter uns dezoito anos, acho que só uns dois anos mais nova que eu.

—Leon, meu filho, como está? — A falsidade dele chegava a me náusea. Não respondi nada, apenas lhe lancei um olhar irritado e incrédulo. —Bom, está aqui é a Violetta, e ela será sua madrasta.

A garota por fim levantou a cabeça e assim pode encara-la. Não sei o que o meu pai tem na cabeça para se casar com uma menina que poderia ser filha dele. Mas tenho que admitir, ela é linda.

Muito linda!