Akany - Trilogia - Jornada em Johto escrita por Kah Quetzalcoatl


Capítulo 12
Capitulo 12 - Prerrogativas Ignoradas, Sentença ordenada.




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É fácil aceitar e ouvir opiniões distintas sobre que nos é dito, quando não compreendemos, do que aquilo que entendemos e temos nossas próprias concepções.

Akany respirou fundo e pesadamente. Mandou um recado por sua pulseira, havia concluído a missão que lhe foi dada. Tratou de sair o mais breve possível, podia não ter certeza por aonde iria a partir dali, no entanto era claro que teria que iludir sua saída, adentrar por onde havia passado seria um erro que não cometeria. Encontrou alguns uniformes extras guardados e um chapéu branco como os que usam em construções, escondendo seus fios castanhos, saindo naturalmente, havia poucos ou nenhuns seres vivos no local, notou que parecia uma casa muito bem conservada e com corredores sem fim, ainda sim ouvia a música da festa e foi assim que guiou de volta. O que a surpreendeu foi que havia realmente crianças, pessoas pouco mais velhas que ela.

A expressão que elas obtinham naturalmente era sombria como se desejassem amedrontar qualquer um, com um estampado fique longe de mim.

Seu coração ficou descompassado e manteve o chapéu cobrindo sua franja dificultando olhar nos olhos. Ouvia o choro, fino e os soluços constantes ecoarem pelas portas, aquele lugar era o mais irônico que poderia ser. Afinal como poderiam fazer uma festa debaixo daquele meio sinistro. Certamente haveria pessoas com o destino incerto, com os olhos transparentes como se ainda que suas magoas, fossem traspassadas e ainda daria parar ver seu próprio reflexo, como se a dor e a angustia de uma toda vida fossem enviados aos observadores sem nenhum aviso prévio.

Depois de observar tanta tristeza ficou incomodada em vestir seu traje formal, rico em detalhes, perguntou-se algumas vezes em silêncio se o que estava fazendo era o correto, não haveria volta, e mesmo que tivesse. Por todas as lendas que foram citadas e mitos que nunca foram descobertos, por todo conhecimento que nos foi dado a esse mundo. O que pensar em uma situação quando acabara de adentrar e sair, com uma feição perfeitamente forçada ao natural, como se tais atos fossem algo fútil que acabara de acontecer. A morena indagava-se insistente como se tivesse que haver uma resposta lógica para tudo.

Akany pensava em meios e modos para compreender, certamente assemelhava a dor deles, lembrava-se claramente de seu luto interminável a qual nunca tivera a chance de dar aos seus pais um tumulo digno. A morena amadureceu naquela noite como se tivesse chegado à idade adulta de maneira mais brusca que pensava. E que seus maiores sonhos, tornariam fúteis e sem valor errôneo quanto à realidade brincava com sua sanidade.

Estava tarde e eles não voltariam a casa naquela noite, seu pai alugou dois quartos simplórios para que não passassem a noite em seu veículo.

Começou a chover, intensa e sem previsão de termino, o céu limpo estava obscuro e tão pouco a lua em seu estado mais bela completamente iluminada daria o vislumbre naquela noite.

Um método e habito que criou foi correr, correr aliviava suas tensões e seus medos troando-as pela dor e o cansaço. Uma lágrima que percorreu sua face misturou ao suor seu corpo sujo e insaciável. Fazia um percurso que julgou ser perigoso, à noite com o cabelo preso com um elástico dourado o short preto e a camisa branca, na penumbra perdia-se em pensamentos que sempre a pertenceu e poucas vezes ficou a enfatizar, estava com medo, mais medo que sua mente poderia lidar. Não fez questão de avisá-los aonde iria tola foi não ter perguntado onde ficariam. Teve tanto de repulsa de permanecer com vestimentas tão caras com sua alma medíocre, sentia-se como se seus desejos e vontades houvessem perdido o rumo novamente, notou que antes tinha sido mais fácil, suas vontades eram tão simplórias, uma boa comida, um tesouro a ser encontrado e coisas que desejava conhecer, porem pensar que nada disso serviu para coisa alguma quando mais precisava de forças.

Almejava a força para encarar todos os desafios que lhe foram dados sem hesitar, mas era só uma criança o que esperar, os rapazes sabiam que ela fraquejaria que fugiria por um tempo. Como pai só restou em suas opções: ”Esperar”, Nicolas havia bebido e exalava o cheiro leve de álcool, fumava seu cigarro fora do estabelecimento abrigado da chuva. Seu hálito quente misturava-se com a fumaça que exalava devagar aproveitando o momento solene, não obteve ainda as informações recolhidas da menor, então a esperou do lado de fora, facilitando a morena para saber aonde ficariam hospedados, erroneamente ou não ele acabou 'cedendo' o próprio quarto que dividiria com um dos rapazes.

Aoi estava com Mikuo como de costume, ficou feliz de tirar as vestimentas formais as jogando em qualquer canto ficando apenas com sua cueca boxe sentado sobre a cama, engoliu seus medicamentos duvidosos, umas dúzias deles provavelmente, sua rinite o afetavam dando dor de cabeça sua feição estava melhor, mais limpa e menos cansada, os fios brancos bagunçados. Retirou a calça de sua mochila notou que era boa para suas praticas, a costura forte e tecido flácido. Perguntou-se por que havia de estar reparando naquilo, nunca foi muito seletivo ou observador com coisas tão desnecessárias. Mas depois da conversa que teve com ela, antes de chegarem à cidade de violeta, mudou alguma coisa. Mesmo sem notar ele havia mudado um pouco com relação à morena. E em seus devaneios olhou para a janela, seu quarto sombrio, não fez questão de ligar as luzes. Tentou tirar a morena de suas memórias indo ao banheiro lavou sua cueca depois de retirar a sarashi, havia fechado os piores ferimentos, mesmo que fosse repreendido por Akany todas as vezes que se exaltava em treinamentos com seus Pokémons, treinador e tipo lutadores são hábeis e fortes, Aoi não fugia do padrão comum, a diferença é que ele adorava a dor e ir até os limites, as faixas eram estendidas as suas coxas, atualmente serviam mais para evitar novos ferimentos do que cobri-los, com os hábitos comuns entre treinadores de tipo lutador são os machucados extensos e frequentemente abertos, Akany havia feito mais pesquisas em casa e encomendas que ainda não tivera a chance de abrir. Com sua curiosidade insaciável.

A porta foi aberta devagar como se a cautela fosse necessária para não acordar ninguém, ao menos Breloom estava dormindo muito bem, e pouco se importou com o ranger de uma porta velha e frequentemente usada.

Albino, no entanto, estava de toalha com os fios tão úmidos quanto da morena. A camisa branca dela completamente encharcada evidenciava seus seios cobertos por um sutiã simples, por um momento jurou que estavam sendo valorizados pela vestimenta, fios castanhos que cobriam metade de suas costas, sem ondulações com o rosto gélido.

Ela ficou completamente rubra, não esperava que dividisse o mesmo cômodo que ele novamente, pensou que seu pai estaria a sua espera. Cobriu os seios notando que havia chamado atenção , ela adentrou, entrou o banheiro fechando a porta. Era um modo completamente estranho de fazer esquecer seus medos por alguns instantes, trocando pela vergonha, cobriu o rosto pensando como pegaria a mochila, havia feito algo vergonhoso o suficiente para a castanha. Ouviu bater na porta, e em silêncio não necessário saber quem era, eram os únicos na suíte. Ele jogou a mochila dela para dentro, afinal ela precisaria de suas vestimentas de qualquer modo.

Após o banho notou a falta de um peso na mochila notando que faltavam as suas encomendas, que estavam lacradas. Vestiu-se rapidamente e saiu abrindo a porta com a face expressando sua vergonha e receio de que seus medos se concretizassem.

Aoi estava com sua curiosidade impedindo que algum senso de culpa a afligisse e abriu uma por uma. E leu sobre, sempre vinham com algum papel dobrado, ela comprou mais uma muda de roupa para Aoi com uma calça preta igual a azul marinho que comprou anteriormente, um tipo de "capa de luneta" cinco potes cilíndricos sem nada dentro com lacre, óculos de aviador de couro, ataduras que podia lavar e utilizar novamente com parte dela de silicone criando uma segunda camada de pele mais espessa, porem só podia ser usadas em casos mais urgentes, ela impedia a pele de respirar e dois casacos, não teve muitas opções de mercado então comprou um preto e outro branco de tamanhos diferentes.

– Tenho que lacrar a minha mochila agora? - tirava o casaco da mão dele puxando para si, indignada.

– Não devia perder tempo em pesquisar sobre essas coisas.

– Não é assunto seu, e você que não devia mexer em uma mochila de outra pessoa muito menos de uma garota. - Ela tinha razão, mas ele nunca admitiria.

– Você planeja vestir isso aqui quando? - Pegou um conjunto de roupa intima para usar de chantagem.

– Isso não é da sua conta. - Tentou puxar como fez com o casaco, porem ele esperava e desviou apenas levantando o braço.

– Devolva. - A morena estava ficando irritada. Mas acabou dando os ombros, mesmo que fosse vergonhoso não usaria mais aquela peça. Depois de ter sido tocada por ele. Dividiu as coisas, dobrando e pondo em ordem, os cilindros eram para por a roupa e as mantinha secas e dava para por ervas com cheiro agradável em sua extremidade sem contato direto com as vestimentas, os óculos era um pequeno desejo de ter, algumas coisas ela comprava por que tinha vontade, não poderia negar, mas é uma garota e acaba tendo desejos de peças que pouco usaria, eram adaptáveis mudavam a tonalidade de acordo com a luminosidade do lugar, quando mais claro mais escuro ele fica, mesmo que não pudesse testar no momento, no quarto à noite, comprou um kit pequeno de primeiros socorros para Breloom e uma bolsa parecia com o do albino, pequena, lateral, tamanho infantil e com a cor verde claro, mesmo que estivesse dormindo deixou os objetos ao lado dele, quando ele retrocedesse a Pokébola, o que era raro, daria para por a bolsa pequena dentro da outra.

Seus atos perderam o sentido e ele deixou a vestimenta de lado recebendo os presentes.

– Estou com fome. - Retornou ao seu habitual tom de voz autoritário e ríspido

–Também, tem um catalogo na gaveta, é um padrão de hotel. Escolha algo para comer. - Escovava os fios castanhos.

A morena cuidou e limpou seus Pokémons, um por um, Aka que agora ocupava muito espaço teve que ficar a maior parte dos cuidados deitada no chão de madeira, mesmo que pouco agradável, aceitava os pedidos de sua treinadora.

A janta foi um macarrão, com fatias de legumes e frutos do mar, grande, que o albino e ela dividiram. Após escovar os dentes e a morena limpar o cômodo organizando seus objetos que havia espalhado para limpar seus Pokémons, Aoi fazia esse tipo de serviço antes dos treinos diários não à noite quando buscava apenas relaxar e deixar que os próprios dormissem o suficiente para que estivessem dispostos no dia seguinte.

A janela escancarada permitia que o ar fresco após a chuva adentrasse mantendo uma temperatura agradável, um ser humanóide estava sobre ela observando os seres dormentes, logo veio o outro atrás com a mesma cautela.

A morena estava acolhida na cama em posição fetal, Aoi dormia de lado com a cabeça apoiada no travesseiro, expressavam a tranquilidade que só obtida em sonhos.

Subitamente seu pequeno corpo foi erguido pelo pescoço com os lábios sendo cobertos impedindo de gritar com o tecido macio contra suas narinas e lábios entre abertos, os olhos verdes expressavam: surpresa e o medo. Enquanto observava o outro humanóide uma sombra que destaca com a luminosidade da lua que pairava na janela com algo grande empunhado na mão direita, ela não soube distinguir o que era, apenas que estava prestes a acertar o albino. Contorcia ao ver Breloom completamente imobilizado, com os lábios cobertos junto com seus olhos castanhos. A morena batia as pernas contra ao de seu sequestrador, desejava acordar o albino antes que fosse tarde de mais, aqueles segundos pareciam eternos. As lágrimas escorriam pela mão que a impedia de gritar, sufocava, as unhas arrancavam a pele pálida tentativa de alcançar suas Pokébolas, seus Pokémons estavam dormindo. E não ouviam muita coisa dentro das cápsulas. Sentiu o tecido contra suas narinas, fazendo-a adormecer e o corpo pequeno complemente rígido antes agora relaxava e os olhos demonstravam quanto ainda desejava permanecer em alerta mesmo que suas pálpebras fechassem sem seu consentimento.

Quando a mente busca as memórias mais tristes e com o decorrer do tempo, reduz e produz desse modo uma imagem mais bela que a original, mesmo que ainda sim os sentimentos que ela a causa nunca mudaram.

Cabe a cada um conviver com seu pesar.

Aqueles dias cansativos que você correu para todo lugar procurando algo e nunca encontrou de maneira alguma como um pesadelo que você sabe, sente, indus a correr a procura de algo. E sua incansável insistência não permitia que parasse para descansar ou aquele ser irritante que brigava com você caso parasse para descansar, chamado consciência. Estressantes e exaustivos serão tais dias.

Akany acordou, sentiu como se seu corpo tivesse dentro de uma mala e fosse jogada para todo lado, dolorida e tremula ainda com os sintomas de seu forçado desmaio. A roupa era diferente de seu habitual pijama, cabelo escuro recém lavado, um vestido branco com babados indo até o joelho sem decote cobrindo seu pescoço, sapatos pretos e meias coloridas, luvas vermelhas finas de renda como se fossem parte de sua pele. Aquilo a incomodou, a vestiram e suas coisas não estavam mais próximas dela para ter o mínimo de segurança pessoal, desejavam confundi-la e fazer que a própria dissesse o que almejavam saber. Ela soube que a mulher negra de olhos escuros havia a vestido, o cheiro dela era o mesmo que as roupas que a castanha estava vestindo, notou que havia muitos mais humanóides presentes esperando ela acordar após receber toques fortes, reconheceu alguns deles, a elite dos quatro de Jotho estavam presentes e concluiu que os outros sentados na mesma fileira seriam as elites dos outros continentes com mais um ou dois acrescentados, não parou para averiguar a luz em sua face a incomodava muito.

Forçou a vista acostumando-se com a claridade.

– Temos indagações a serem exigidas. - um senhor com um bigode volumoso cobriam os lábios finos, as rugas evidenciavam seu olhar penetrante e severo.

– Pode ter certeza que eu também. - Um sorriso brotou dos lábios da morena. Como imaginou sequestradores que não falariam perfeitamente qualquer tipo de idioma como se inventasse o próprio em códigos em siglas, palavras ágeis que fossem fáceis de compreender para aqueles que não pensam tanto antes de pronunciar-se.

Um som estridente ecoou. Um martelo pequeno de madeira. Uma memória veio em mente quando a Ema, uma garota com fios azuis e olhos dourados. "O conselho" que ela havia comentado, acreditava que os únicos que fossem sigilosos e pouco cortés, quando se tratava de assuntos delicados.

– Você não tem méritos para falar desse modo com Vossa Excelência.

– E a "Vossa Excelência", tem de exigir qualquer coisa depois de forçar a ficar perante a ti? - a raiva exaltava a cada palavra e sínica. - Vestiram sós para pactuar com tal? Uma carta minha seria o suficiente para ficar em tais presenças. Ao menos ela não demonstraria tamanho desgosto. - Pensou em seu pai adotivo, se ficaria orgulhoso ver sua criação desabrochar como uma flor selvagem, mas ainda sim, bela como foi criada para ser.

As correntes em seus calcanhares e punhos anunciavam sua tamanha desvantagem. O holofote posto atrás do juiz para que ele visse todos, mas que ninguém o visse claramente.

As informações foram rápido demasiadamente e a situação caótica para que ela pensasse em maneira de se portar e que os próprios não tinham tanta escolha a não ser defender a morena, todavia agora que ela faz parte da linha de frente podiam usar-la como arma, seus planos com Akany eram notáveis, Derick sempre dizia a ela, Ponha-se no lugar do adversário descubra o que ele deseja e espera de ti e use isso ao seu favor. Claro que ele falou isso com valores a serem posto a mostra, apenas o necessário, porem não imaginava que pode ser usado para negociar sua liberdade. A castanha então aceitou em silêncio responder as perguntas.

– Quem é você? - Ficou meio abalada com a pergunta. Imaginava-se ser mais complexa.

– Vamos direto ao ponto. - Quando puxou os pés pondo sobre a cadeira os punhos desceram ficando na altura seus calcanhares.

– Akany nascida em Fortree, única sobrevivente "milagrosa" - a ironia evidente.

– Milagre, você diz. - cortou o texto que havia escrito em um papel branco e perfeitamente conservado sem dobras ou rasgos. - Quando meu pai desprendeu-se de sua segurança para auxiliar em meu "milagre" e nunca mais visto depois. Prefiro chamar de sacrifício. - Suspirou cansada - Direi o que sei. Não vivi o suficiente para ser clara para vocês em tudo que me ocorreu. Não terei as palavras certas para tudo como acreditam que tenho. - Encarava o juiz mesmo que o holofote forçasse sua vista fazendo seus olhos verdes brilharem com a determinação esbanjada - Falarei o que uma vez uma raposa me contou. - um sorriso gentil veio aos seus lábios ao recordar - Todavia desejo saber o que realmente esta em jogo. Tenho todo o direito de manter minhas memórias apenas para mim. São minhas e fazem parte de quem eu sou.

– Não tens direito de ter-las para si, caso representem ameaça. - Não seriam abalados por uma criança que não sabe o que diz.

– Não compreendo uma pessoa de minha idade representaria uma ameaça exorbitante. Em luto estive, fui torturada, forçada a ser treinada por alguém pouco mais velho que eu. Que não ousei perguntar o que ele passa para sobreviver em suas 'missões' que provavelmente se morto fosse, apenas mandar outro pouco melhor. Confesso, que até em um roubo estive presente. Porem nada que seu julgamento e permitis a pessoas que a maior parte conhece como 'pessoas gentis e cortés' Se estou aqui hoje, não são as minhas ações que devem ser julgadas e sim as tuas. Não serei gentil e nem proativa com "Boas pessoas", não julgo suas crenças ou desejos futuros, que dependem de terceiros para que o desejo teu, seja providenciado, porque tais não merecem ser nem mencionados. - Alguns do conselho encararam com pesar uns aos outros. Porem seu líder era forte e imponente e não deixaria que tais palavras o rebaixassem, e isso os fortaleceu relembrando de suas metas.

O conhecimento vale mais que a coragem, por que só conhecendo seus medos, conseguirá vencê-lo.

– Por que esta sendo procurada em Hoeen pela equipe Rocket?

– Provavelmente finalizar o que não terminaram. - pensou por alguns segundos em silêncio - Não é o que pensas. Afinal sou a filha de um traidor, fora minha arrogância e infantilidade há três anos. Inicialmente não estavam atrás de mim. E sim de meu genitor. Se toda sua realização de uma vida inteira fosse retirada pela pessoa que mais confia. Eu também tiraria tudo dela. Não crer?

As correntes foram abertas e a castanha estava livre novamente. Ao menos acreditava um pouco nisso.

– Terás um treinamento sigiloso, assim como seus Pokémons. E não ficara próxima de seus pais, pela segurança dele e a sua recomendo que aceite. É o que podemos fazer, mesmo que você não seja sábia, para compreender o que fazemos. Em todo caso, não terás opções - Um dos jurados depois de discutir entre cochichos uns com os outros. - Acredito que não deseja que ocorra o mesmo novamente. - refreasse ao incêndio que eliminou uma cidade inteira.

– Jura perante a nós a verdade. Somente a verdade foi dita. - A Excelência pronunciou-se finalizando.

– Que o detentor de todo o conhecimento e que Uxie - Uxie é um Pokémon lendário, o criador da sabedoria da humanidade -, esteja aprovando seus atos assim como os meus. - Uma breve reverencia foi feita com o respeito mutuo. Akany sabia que era o que devia de ser feito e mesmos e suas juras fossem ouvidas ninguém conseguiria contradizer. Foram obrigados a confiar.

Após a participação da morena no grande comitê. Foi dada a ela uma espécie de punição que acabaria os provendo um dado momento.

Ela viveu em cárcere e seus Pokémons dividiram selas diferentes adequadas as suas habilidades. Aonde receberiam treinamento por vinte e dois dias. Enquanto avaliariam a situação. Ela era a primeira e mais valiosa caça, para os caçadores de recompensa. Não demoraria muito para que expandissem a procura.

O treino diário a cada cinco horas, quatro professores para cada hora, as poucas horas que teve foi para dormir e banhar-se. Convivia esse tempo com uma mulher, grande entre 1,70 a 1,80, negra desprovida de seios, com coxas avantajadas, cabelos escuros assim como seus olhos. Pouco ou quase nada dizia. Era sua guardiã, mas ao mesmo tempo era sua carcereira.

Treinar por mais de 20 minutos fazendo a mesma coisa, desgastava e dava a ela o cheiro que odiava. Foram Vinte dias mais sofridos para seu corpo e mente. No final conseguia ver suas Pokémons sendo treinadas e cuidadas com nenhum afeto. Um vidro de fumê forte era o que as permitia ver, mas para Vibrava, Aka e Safire que pensaram em estar completamente abandonados foi amedrontador, e ao mesmo tempo com os corações partidos, Arcanine negava a acreditar na situação, afinal uma noite estava dormindo, pois o recente cuidado de sua treinadora, no dia seguinte estava com pessoas nunca viram na vida dando ordens insistentes e irritantes, Vibrava foi o que mais foi afetado pelo treinamento, fazia o seu melhor, nas vibrações, o que um dia fazia o menor ruído para que nada fosse quebrado naqueles primeiros dias continuo. O que só consegui-o deixar A Arcanine furiosa com seus tímpanos sensíveis, o Pokémon esverdeado, sofreu acreditando ser sua segunda vez abandonado.

Em dias assim, percebemos que o qual duro para os Pokémons fazerem nossa própria vontade, apenas ordenar e nunca participar deixa os humanos fracos e pouco compreensíveis. Preocupou-se com o albino, se ele estaria vivo, se estivesse provavelmente a falaria mal por uma vida inteira por ter o posto nessa situação, sendo mais certa desse pensamento acreditou que ele faria isso mesmo que virasse uma alma. Rindo de si mesma algumas vezes.

Suas coisas e mochila estavam na mesma habitação que ela, o calor do dia e o frio da noite foram seus principais coniventes. O verão penoso atingiu em excesso Safire que desprovia de qualquer elo com o calor afastava-se sentindo sozinha procurava pela morena, nunca havia imaginado ser abandonada acariciava sua orelha obtendo um brinco um presente que ela adorava uma pedra de safira azul como os olhos da raposa com a pelagem marrom.

Ela viu apenas fotos, mas foi o suficiente para atormentar seus pensamentos, odiava aquele processo de "aceitação". Pessoas mortas e mutiladas, o pior de tudo não foi apenas ver, mas saber o cheiro que a carne humana obtinha quando exposta ao fogo.

Sua fobia foi testada de tantas maneiras, que o método que mais funcionou para ela foi "Cozinhar", ela não obtêm medo quando são pequenas ou grandes as chamas, o problema mesmo era aproximar-se. Para qualquer um, era um ato ocasional da vida, afinal no fundo todos respeitamos muito o fogo, até mesmo para que não tenha medo, é natural compreender que ainda sim pode sair queimado. Para Akany que não parava de tremer uma única vez era uma eterna tortura, a comida que ela fazia ficava horrível, aos poucos ela tinha que concentrar-se apenas na refeição, o que não mudou muita coisa, não obtinha nenhuma noção de cozimentos, porem fez um acordo com o "cozinheiro" não obtinha contato direto com seus Pokémons, e desejava ao menos fazer as refeições dos mesmos. Sabia o que cada um adorava e precisava, mesmo que fizessem questão de renegar outras. Fazer a comida, diariamente dava motivação para aprender, era boa em cortar e saber temperos, porem sempre que chegava próxima ao fogão, sua fobia a consumia, e ainda sim observava seus Pokémons esforçando e auxiliando um ao outro. Sempre buscou que fossem companheiros mesmo sem a castanha dando força um ao outro. Isso aliviava seu peso, havia os trazido tal situação, não duvidaria se ainda seriam fieis a ela sabia que compreenderia, a questão era: "Seriam felizes?"

Prometeu a si mesma, que faria o que fosse necessário para que fossem, para que sorrirem, mesmo que odiasse a situação que fosse, valeria o esforço. No décimo dia, que parecia uma eternidade a morena não aguentava mais e rasgou a película de fumê com as unhas e dentes quando os dedos estavam a sangrar. Uma fresta era o que bastava, assim que Aka visualizou a face cansada de Akany correu até o vidro tentando o quebrar. A morena a acalmou em gestos a voz não os alcançaria. Sorria gentil e encostou a testa contra o vidro e a canina fez o mesmo. Lágrimas escorriam na face de ambas, os olhos dourados ficaram cintilantes como o mais belo ouro. Um sussurro foi o que bastou para que a Arcanine compreendesse mesmo que não pudesse ouvir.

"Vai ficar tudo bem, estou aqui."

O treinador que estava com Vibrava, surpreendeu com o ato da avermelhada mesmo a uma distancia considerável podia ver as lágrimas insistentes na face de Arcanine.

Vibrava foi ao encontro de Akany mesmo pelo vidro que insistente tentou quebrá-lo, em vão, ficou apreensivo, a morena entendeu e mostrou a Pokébola dele marcava ela como algum tipo de "propriedade", todavia não era assim que via a pequena garota que conquistou sua confiança. Para ele foi uma demonstração de "nunca vou deixar você ir embora", o que bastou para se opor ao treinador ficando furioso com o adestramento nada gentil. Ficou paralisado quando a morena bateu no vidro o impedindo. Ela não era assim, não podia como alguém que havia dado sua total fidelidade deixaria com uma pessoa desse tipo. Mas não contestou quando ela novamente chorou. Ela desejava mais que tudo que ele saísse de lá. Que fizesse o que fosse mais amasse em vida, longe de suas dores.

Não podia, não devia ser assim, mas não podia evitar ainda desejava que ele ficasse junto a ela.

Pensou em algo gentil, que estava pensando há muito tempo. Assoprou o vidro deixando ele embasado e escreveu ao contrario. "ekoL" para ele ver "Loke" Esse era seu novo apelido. Um nome, muito além de mais um Vibrava qualquer, isso o diferenciava, fazia mais um pouco único. Quando o vidro voltou a sua transparência ela tocou com algumas unhas quebradas fazendo os dedos sangrar sobre a Pokébola e sussurrou seu nome.

A pequena Eevee notou o alvoroço criado, mas mesmo que visse Akany, ver-la deste modo, apenas por uma fresta. Ela não aguentaria afastou o da morena, que ficou com medo de que não fosse mais aceita por sua amada raposa. Não pode evitar e deixou as coisas como estavam.

Com o decorrer, do treinamento acabou sentindo o corpo acostumar-se. Mesmo que isso ocasione sua exaustão. No fundo compreendia que era sua vida que estaria a perder se não fosse forte, fraca em momentos mais intensos: física e mentalmente. Esteve tantas vezes, porem recordar de seus pais adotivos e seus genitores, e todos que havia conhecido em sua jornada, dava a motivação que necessitava.

O ultimo dia, parecia uma eternidade, tomou um banho demorado e longo, seu corpo tinha marcas do treinamento suas costas foram marcadas, com cipó, ardia e doía por dias, mas não deixava uma única marca. Nada foi deixado em seu corpo para que relembrasse. Porem, nunca mais veria sua família, estava proibida e sabia disso. E os colocaria em risco. Principalmente agora que sua mãe carregava um filho em seu ventre, a morena nunca se perdoaria se alguma coisa terrível ocorresse tal como aconteceu com seus genitores.

Cidade de Cherrygrove

Verão

04h53min

Flores grandes e vermelhas, Hibiscos vermelhos, tomavam a cidade. Não que estivessem em cuidados ou que valorizassem qualquer tipo de necessidade. Ela estava mais como uma intrusa em uma cidade tão incomum. Fora o Centro Pokémon e hotéis baratos talvez desejem passar por aqui pela praia. É limpa com areia macia e branca e ondas pequenas graças às rochas próximas da orla.

O tempo fez bem e ao mesmo tempo mal a cidade. Não há tantos habitantes, na verdade pouco teve por gerações, não há escola por aqui, em geral só veras crianças pequenas em casa ou em uma escola clandestina que ensinará a escrita e a contabilidade. Todavia, em tentativa de melhorar o turismo fizeram um bar grande próxima à praia com direito a torneio de coordenadores que buscam variar seus desafios, as coisas por aqui são muito em relação ao mar e outras coisas que encontraria nas areias.

Com o caminhar inquieto a morena recebeu suas ultimas instruções. Pegaria seus Pokémons novamente no centro Pokémon da Cidade de Cherrygrove.

O tempo presa mexeu muito com sua gesticulação natural, ficou mais reservada e observadora a única coisa que tinha para sair eram os livros e rabiscos. A manhã iniciava fria próxima a orla ventava muito e nesse horário dava para sentir ainda os ventos gélidos que o oceano proporcionava. Usava um casaco com um capuz branco, esfregava as pernas desejando aquecê-las mesmo que seus dedos estivessem igualmente gélidos.

Seus Pokémons haviam sido cuidados por médicos dessa vez. Escovados e limpos devidamente com o carinho que tanto almejavam.

Akany sentia o coração apertar, enquanto pela décima vez rodava a cidade não era longo, o percurso pequeno não a cansaria, e pouco diminuiria seu nervosismo. Um semblante familiar foi reconhecido quase que de imediato. Ela pode conter as lágrimas, essas foi uma de suas mais difíceis aprendizagens, abraçou o albino que esperava uma recepção menos calorosa ficou estático, sem contar que ele nesse tempo teve outras missões a serem feitas, o que explicava o cheiro de medicamento que exalava incluindo sua rinite que ocasionou o nariz avermelhado e as olheiras que haviam voltado, Breloom também não compreendeu tamanho alvoroço tão cedo, estava de péssimo humor.

Por um instante ele havia a visto chorar. Mas ela engoliu o choro e deu um largo sorriso. Quando se encararam ele sabia que mesmo que por fora ainda fosse a Akany, por dentro ela estava em pedaços, triste e perdida em suas próprias dores.

Ela admitiu, ao menos em parte, não tocava ou trocava algum carinho com nenhum de seus Pokémons, e pensando bem, com ninguém. E pediu para que ficassem um pouco mais naquela situação.

Aoi conhecia essa lembrança, talvez para ele fosse mais fácil de lidar, mas duvidou disso, Não que sofresse algum pré-conceito por ela ser uma garota, é que quando isso ocorreu com ele sua mãe havia falecido e seu pai não teve convivência. Bufou em desistência e acariciou sobre a franja da morena dando um breve afago.


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