Akany - Trilogia - Jornada em Johto escrita por Kah Quetzalcoatl


Capítulo 1
Capítulo 1 - Chamas do tempo


Notas iniciais do capítulo

Há tanto tempo obtive esta historia em mente, mas acreditei que deveria me apaixonar primeiro antes de termina-la de maneira correta.
Não reconhecemos nossa pureza até olharmos para ela como algo puro. Sendo assim, contarei sobre algo puro agora.
Uma criança que terá que ser forte e demonstrara sua força de muitas maneiras, mas sua falta de entendimento do lado obscuro das coisas vai acrescentar seu aprendizado, mas acima de tudo somos quem somos com nossa herança familiar, ela partirá e descobrira o passado de seus genitores, mas para isso terá que passar por muitos outros aprendizados.

Boa leitura.



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Hoenn

Outono

23 de março,

04h 56min

Cidade: Fortree

Todos correram. Muitos morreram sem ar ou carbonizados: Pokémons, homens e árvores todos tombaram. Esfarelavam misturando-se a fumaça. Tudo que as chamas puderam se alimentar, elas se alimentaram sem receio.

Nessa história em particular em meio a tanta desordem, havia uma família com uma pequena filha: chamada “Akany”, uma menina coberta de amor, e conhecimentos variados de Pokémons, mesmo que ainda muito jovem de seis anos. Seus pais a ensinaram muito, entretanto eram de classe baixa, vivia em Fortree, uma cidade no meio de uma densa floresta onde as casas ficavam no topo das árvores. E não há escolas, tudo que é aprendido neste lugar são ensinados por moradores e seus parentes proximos.

O que um dia a protegeu, e no outro foi o que diminui as chances de sobrevivência.

As árvores tombaram, uma a uma destruindo casas, vidas e memórias.

Uma criança de 6 anos cabelos castanhos e olhos verdes brilhantes e escuros de estatura baixa. Ela correu voltando para casa havia notado a fumaça preta e se desesperou notando que estava em direção a sua casa.

Com o pulmão enfraquecido, pela fumaça, sendo guiada pela fiel amiga de seu pai. Aka uma Growlithe, nome dado a ela pelas listras finas como filetes pretos em sua pelagem vermelha, um cão leal, filhote de “Eri” um fiel e poderoso Pokémon que faleceu para proteger seu dono em outras épocas, deixando Kike uma Arcanine selvagem, uma ‘parceira’ e seu filhote, que na época ainda era um ovo. E Safire, uma Eevee de olhos azuis profundos, que recebeu de presente no seu 4º aniversario, mesmo que seja contra as regras uma criança batalhar, eles eram sua companhia e seus guardiões, afinal viver na floresta nunca foi fácil. É um lugar imprevisível. E naquela manhã não seria diferente.

Akany, Aka e Safire foram os únicos sobreviventes.

6 horas à diante.

O fogo ainda dizimava e espantava a vida, quando finalmente veio ajuda. Muitos puderam ver o fogo ao longe. Mesmo assim, já era tarde demais para salvar os habitantes daquela cidade. O que deu para salvar foi a floresta, uma "esfera de cinzas" estava formada. O que afligiu e também intrigado muitos, afinal nunca o fogo foi tão bem marcado. Deixando uma esfera perfeita no meio da floresta em pleno outono, quando as folhas secas inundam a floresta por si só.

Dentro de uma antiga árvore no limite a onde foi consumido, pelas chamas. As folhas a sua volta foram retiradas as pressas o que auxiliou os que tentaram ajudar, esperançosos acharam algo naquela árvore.

Uma garota e seus Pokémons estavam abrigados com um lençol cobrindo a menina, estava molhado e ainda um pouco gélido, acolhia seus amigos e aquela arvore era nova em relação a muitas da floresta, mas imponente, nem o fogo conseguiu consumi-la.

Contudo, mesmo depois de tanto esforço, ela dormiu numa cama de hospital por 2 dias e 3 noites. Estava muito abalada e aterrorizada, assistiu muitos que as chamas fizeram carbonizarem, principalmente seus pais. Não viu pessoalmente, mesmo assim pode ouvir seus gritos de dor e angustia misturar-se com os outros que observou correr em chamas ou morrerem antes soterrados pelas casas desabando. No fim consegui-o obter problemas respiratórios, mesmo que ainda jovem, com grande chance de cura como seus Pokémons: Safire e Aka.

Aquele dia marcou para sempre a pequena morena. Motivos de muitos pesadelos e assombros.


Muitos dizem que sua estatura a salvou porque as chamas e a maior parte do calor não foram diretamente no chão. Outros que ela deveria estar brincando longe de casa e pode salvar-se. Houve muitas especulações nesses 3 dias. Entre tanto. Apenas e somente ela sabe o que ocorreu naquele fatídico dia. Aonde, tudo que ela conhecia, virou pó.

Dias depois

Sua visão estava turva, a respiração calma, porém profunda. Sentia o oxigênio encher seus pulmões como tivesse saído das profundezas do escuro e gélido oceano. Há alguns minutos que acordará, mas ainda estava raciocinando e começando a mexer suas pernas, por extinto de levantar-se em sua cama ao acordar, entretanto desistiu ao perceber que havia agulhas enfiadas em seus braços e um tubo dentro de sua garganta, tentava expelir para respirar naturalmente, as lágrimas saiam no excesso de esforço. Gemidos pedindo ajuda, foram atendidos quando uma moça, uma médica, de cabelos rosados e de vestimentas tão brancas quanto aquele cômodo rapidamente atendeu seus pedidos. Ela disse entre sorrisos com palavras calmas e reconfortantes como de sua mãe. Sentia os dedos cálidos sobre seu rosto, retirando o tubo com certo "carinho". Os olhos de Akany estavam marcados pelo cansaço, havia dormido demais, estava sem fome, mas se sentia mais ‘leve’ devido ao soro. Seus pulmões demoraram a se acostumar com o ar estranhamente puro, estava em uma sala branca e gélida. A Senhora estava sorridente, mas Akany, não encontrava o motivo para sorrir. Com uma expressão vazia por alguns minutos até recobrar a consciência e seu olhar mudar completamente. Ela havia se lembrado de tudo de uma única vez, um olhar de puro desespero. Sem incomodar-se com a dor, retirou as agulhas e tudo que ainda a prendia na cama. E saiu a correr o mais rápido que pode, sem ter a chance de ouvir o que aquela senhora de cabelos rosados tinha a lhe dizer, repreendendo-a.

Dava para ver a fumaça da cidade vizinha.

Estava com outras vestimentas: um vestido branco rendado com uma fita vermelha envolvendo sua cintura, seu cabelo recém-escovado.

Ela travou, entendendo que seu pesadelo estava bem a sua frente que sumia no vasto céu escuro no amanhecer chuvoso. Ela voltou ao mesmo desespero gritando chamando pelos seus amigos, seus Pokémons, chamando por Safire e Aka e acima de tudo pelos seus pais. Pouco adiantou : Safire e Aka estavam descansando, haviam se recuperado bem melhor que ela, todavia estavam distantes demais para ouvir - lá no momento.

Chorou sozinha.

Pode imaginar como deve ter sido difícil. Mas uma criança de seis anos. Para ela, era simplesmente desesperador. Aquela senhora acolheu em um abraço terno e aconchegante, Akany não pensou duas vezes para retribuir, mesmo que não a conhecesse e que seus braços ainda tivessem doloridos pelo jeito bruto que foi retirado as agulhas. Ela precisava daquele gesto de afeto.

Hoenn

Outono

28 de março;

15hrs e 26mins.

As nuvens escuras davam sombra, consequentemente o frio, os ventos inquietantes esvaziavam as árvores e carregavam suas folhas para todo lado.

Assim se passaram os dias, os primeiros dias de outono. Lentos e compassados de acordo com aquele maldito relógio-cuco.

Muitos souberam da notícia, ela soube que ninguém mais sobreviveu ao desastre. Safire, pequena e tímida Eevee estava sempre perto do calcanhar da morena, Growlithe ficava a uma boa distancia, mantendo sua pequena treinadora a vista, sempre em alerta e atacava quem se ousar aproximar-se sem a permissão clara.

Apoiava-se na janela, tinha seus olhos verdes claros fixos, como se avida da floresta brotasse em seus olhos verdes, renegava suas memórias daquele fatídico dia encarando a floresta todos os dias. E manteve-se a observar até que finalmente, não houvesse mais fumaça.

Antes de terminar as fuligens a trouxeram um presente: Um papel queimado, ela havia desenhado para sua mãe, era um desenho muito infantil e mal feito, com muitos defeitos. Porém, estava cheio de vida, cores e sorrisos marcados com um giz violeta.

Uma curta e embaçada lembrança: Como sua mãe dizia: “Um sorriso, muda muita coisa meu amor”, lembrou-se de sua pergunta, ”Por que, Mamãe?” estava muito intrigada com aquela frase e observou com atenção a mãe pegar aquele giz, mesmo que no momento não fosse em particular, aquela cor. Desenhou um sorriso largo em cada um dos "bonecos" que sua filha havia desenhado e respondeu “Torna tudo especial”.

Mesmo não entendendo ao certo naquele momento, agora ela compreendia.

O sorriso de seus pais tornavam tudo especial, mesmo comendo uma fruta azeda ou que derrubasse tudo em sua grande e cômoda casa no momento, na visão de uma criança pequena.

De repente de todos os tesouros que pode procurar na floresta. Ela encontrou o que morava junto a ela.

O amor de seus pais. Com essas breves lembranças, vieram os gritos de desespero e dor em sua mente que a fez perder a noção da onde estava e levantar-se da cama de hóspedes, ofegante lembrando-se do ar que lhe faltara tanto naquele momento angustiante.

Era apenas mais um pesadelo como tantos outros que a acompanhariam.

Não demorou muito para ser adotada por uma "boa família", boa em relação a classe social e econômica, todos os jornais e reportagens tinham a expressão sem alguma alegria dela. E tão pouco de seus amigos.

Aquelas três haviam perdido o que acreditavam ser a coisa mais importante.

No fim, Akany, não se recordou de seu sobrenome ou aonde e porque estava fora de casa tão tarde. As memórias foram pouco a pouco bloqueadas para evitar mais lagrimas em vão, nem seu maior esforço daquele momento faria o tempo voltar, muito menos vê-los novamente; o cheiros deles, as recordações, as emoções, tudo. Tudo e todos viraram fuligem. Porém, a fuligem virou um simplório adubo, apenas o necessário uma verdadeira força crescer.
Akany foi morar com sua nova família em Johto.

Johto

Três anos depois

14 de Novembro.

Primavera.

05h23min

Cidade: Vale Floral – Cidade Violeta

Deixando suas lembranças para trás, ao máximo que pode. Com um casal a ensinou a cuidar de variados tipos de Pokémons, belos como ela nunca havia visto, e com seus amigos, criou novos laços, frequentando sem falta a “Escola Pokémon”, parte inicial das regras da “nova família”.

A interação agora pode não ser a mesma de culturas e modos distintos aos "homens da floresta", ela aprendeu a ser "elegante e simpática foi bem educada e cheia de mimos, ter bom gosto para roupas e os melhores objetos que uma criança modesta poderia desejar"; até agora quando com seus completos 9 anos, resolveu entrar pro mundo das lutas, e sempre que podia, retirar folga e passar a tarde brincando com outras crianças.

Não era sempre o que realmente fazia

Frequentava a Torre Sprout, para praticar com seus Pokémons. Desafiando Gastly’s e Rattatas, alimentando-os e cuidando-os sempre depois de praticar. Eles evoluíram, mas seus Pokémons, não.

Eevee e Growlithe na época não tinham condições.

Safire, a Eevee, discordava, em praticamente tudo, mas acompanhava sem hesitar Akany, sempre se preocupava com sua "treinadora". Entretanto, habituou-se bem rápido a maneira mais "refinada" de viver, e mesmo que Akany tenha pouco notado no início, A pequena raposa sempre teve sua própria elegância, andava com a cauda levantada e o focinho na altura certa, sem levantar ou abaixar demais.

A morena acostumada a andar descalçada e caminhar com apenas o auxilio de seus companheiros dês de cedo, foi mais difícil, entre tanto ela fazia questão de seguir a base de sua nova família, o que a fez ver a beleza também em si mesma, cuidou mais de seu curto cabelo castanho com a franja do mesmo comprimento um pouco mais curto sobre a testa tampando suas sobrancelhas finas e de sua pele branca e rosada, adorava o cheiro de pêssego de sua pele macia. Lembrava de como sua genitora era quando a abraçava.

Johto não a conhece-se como sobrevivente o que facilitou muito, todavia bastava olhar para seus pais e ela que viam a diferença clara.

Eles eram mais finos com rostos delicados e cabelos louros ondulados, o marido tinha os fios de cabelo mais escuros com expressões mais fortes e a mulher com expressões mais delicadas, havia certo charme por natureza. Eles faziam o "par perfeito" e ela, uma criança de cabelos escuros e olhos verdes profundos e um corpo pequeno, com uma feição mediana a deles, nem refinada nem rústica, lábio inferior era um pouco mais volumoso que o superior, o nariz do tipo "celestial" suas sobrancelhas tinham o desenho que combinava com seu olhar e obtinha os fios de cabelo escuros nos ombros. Mesmo ainda jovem, preferia andar de short que de saia, nada de babados ou joias. Seu corpo magricelo, porém bem formado tinha braços finos, entretanto mais resistente que de um garoto de sua idade. Ela já foi acostumada a levar toras mesmo que pequenas para sua casa na árvore;em Fortree; para fazer novos reparos. E tinha jeito com isso já que insistia em ajudar seu pai carregando galhos finos, e tinha certa teimosia em ajudá-los sempre acreditando que “se ele pode, também posso”.

Akany sempre foi cabeça dura, e agora não seria diferente. Mesmo que não se recordasse de nada disto.

Na escola quando a desafiava para uma batalha, ela se recusava a usar seus próprios Pokémons -ou os do próprio estabelecimento-, Akany com seu próprio corpo e força de vontade enfrentar seu oponente. Seus Pokémons nem sempre estavam lado a lado com suas rivalidades. A morena as protegia assim como elas a protegiam.

Growlithe se recusava a deixar que ela batalhasse por ela. E assim, colocou muitos garotos e garotas para correr o que consequentemente, resultava em muitas broncas sobre o comportamento da pequena treinadora, sua primeira rivalidade não foi culpa dela ela, não iniciou nada disto; muitos a incomodavam por ter dois Pokémons desde cedo, e por precisarem utilizar os da escola.

E mesmo com todas as broncas, esta nunca iniciou ou retrucou uma batalha, brigava apenas ao ser provocada por seu porte pequeno e ser mais pratica que muitos outros, como também por não ter medo de sujar as mãos na terra. Ela era boa com tipo plantas e com a terra. Mesmo essa não sendo sua preferência, sua curta parte da infância a deu um forte elo com a natureza.

Foi em uma família amável, mesmo que reagisse coisas não compreendidas completamente pela menor, ao completar nove anos de Akany, a senhora descobriu estar grávida.

E assim a pequena Akany, pediu permissão para ir. Eles pouco combinavam, e ela nunca foi de acordo com as preferências do casal, mesmo que eles obtivera um amor incondicional pela menor, depois do fatidico dia a morena evitava laços afetivos. Estes pouco pensaram sobre isso, sabiam que ela precisava partir, ainda havia muito de aprender.

Assinaram sua autorização e agora, em uma primavera de Johto, ela iniciou a sua jornada.


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Notas finais do capítulo

Capítulo Revisado, se ainda encontrarem erros, não hesitem em avisar-nos.