Eros escrita por Malina Endou, Kokoro Tsuki


Capítulo 14
Capítulo XIV


Notas iniciais do capítulo

Oie ♥ demorei, né? Haha haha já peço desculpas pq eu tava completamente sem inspiração, e tbm resolvi mudar todo o plot desse cap, então... Ah, eu tô morrendo de fome então não vou me estender aqui, ok? Beijos e boa leitura (e desculpa qualquer erro) ♥



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Capítulo XIV

Serena

Se despedir de um amigo nunca é uma boa experiência, e eu posso dizer isso como toda a certeza do mundo. Goenji e eu nunca fomos exatamente próximos, mas, ainda assim, era como se parte de mim estivesse indo embora quando finalmente pus meus pés naquele aeroporto.

Suspirei, e Mamoru parou logo atrás de mim. Havíamos nos encontrado no ônibus a caminho daqui — logo eu, que sempre tive alguém a minha disposição para me levar e me trazer, andando de ônibus por aí —, e acabamos por vir juntos, já que ambos íamos para o mesmo lugar. Ele pareceu me copiar, também suspirando, mas não creio que seja o caso.

 O dia estava um pouco frio, os ventos soprando de forma quase impiedosa, o que me fazia questionar o porquê de ter saído de casa com uma blusa tão fina, me fazendo de forma inconsciente fechar os dedos ao redor dos braços, e, logo em seguida, sentir o tecido confortável da jaqueta de Mamoru sobre meus ombros.

Olhei para ele, que me sorria de forma um pouco tristonha, e eu sabia bem o motivo disso.

 — Essa é uma cantada muito ultrapassada, não acha? — o perguntei, tentando descontrair o momento. Ele riu, colocando a mão sobre minha cabeça. É incrível que ele tenha ficado mais alto que eu, ainda que bem pouco, já que durante a escola eu sempre o achei baixinho.

— Eu só estava tentando ser gentil. — o moreno fez bico, e sinceramente não pude evitar rir baixo, e de maneira inconsciente apertar o tecido da jaqueta contra meus dedos. Ela era quente, e por um momento me perguntei se o corpo dele também seria. — Eu estou me despedindo de um dos meus melhores amigos hoje, me dê um desconto, Serena.

Abri a boca para dizer-lhe algo, mas acabou ficando preso na garganta. As palavras simplesmente se recusavam a sair e por um momento eu pensei que fosse melhor assim. Fechei e abri o punho algumas vezes, ainda em silêncio e o observei suspirar e adentrar o aeroporto.

Fiz o mesmo — desde suspirar à adentrar o local — enquanto não deixava de encarar suas costas. Endou fitava religiosamente o papel que indicava onde seria o embarque de Goenji, e parecia muito focado em encontrá-lo, coisa que não foi lá muito difícil. Afinal, como achar o pessoal da antiga Raimon? Muito simples, se tiver um grupo grande de pessoas fazendo barulho, são eles.  

Vi o rapaz que me acompanhava correr na direção deles, e também me vi tentava a segui-lo, mas senti que deveria lhe dar um pouco de tempo com seu amigo dessa vez. Ainda olhei a cena por um momento, vendo ele se aproximar de Goenji e dizer alguma coisa ao louro. Meus olhos azuis procuravam também a Malina, mas não havia o mínimo sinal dela por lugar nenhum.

Qualquer que seja a sua decisão, eu só espero que ela não se arrependa.

Resolvi, então, me afastar. Passar na praça de alimentação talvez fosse uma, ru não havia comido nada pela manhã. Ainda assim duvidava que algo que descesse, estava ansiosa. E quando isso acontece é dificílimo me fazer comer, Malina e papai são a maior prova disso.

Mesmo assim fui, e passei uns bons minutos lá, apenas olhando aquela guloseimas que em um dia normal me fariam babar. Estava acima do portão de embarque de Goenji, e por consequência, dos meninas. Eu podia ver com clareza que havia uma emoção comovente ali. Acabei desviando o olhar.

 A apenas isso foi necessário para que eu o visse, andando de maneira despreocupada pelo portão se embarque contrário. Congelei, sem imaginar o que Fideo Aldena podia querer no Japão.

 Tomando uma atitude um tanto quanto radical para mim mesma, me pus a descer as escadas com pressa, ignorando o risco de cair por conta dos saltos — estava acostumado, de qualquer maneira — pisando no térreo quase que num pulo, pronta para correr atrás dele, mas os dedos que roçaram contra meus braços de forma gentil me impediram.

 — Serena, onde você estava? — Mamoru me perguntou, um pouco preocupado. — Digo, estava atrás de mim cinco minutos atrás.

 — Faz uns quinze minutos que eu saí detrás de você. — respondi, e ele arqueou ambas as sobrancelhas. — Eu só fui na praça de alimentação, nada demais. — naquele momento, não achei que falar sobre ter visto o Fideo fosse conveniente. — Mas vamos, eu quero me despedir do Goenji também.

O moreno piscou duas vezes, antes de apenas me segurar delicadamente pelo pulso para nos aproximarmos dos demais. Eu não sei dizer se ele percebeu isso, mas ainda assim não me senti incomodada, o que era um pouco estranho, mas escolhi ignorar meus próprios pensamentos.

 Ao chegarmos mais perto senti os olhares sobre nós. Alguns de curiosidade, um sorrisinho aqui e ali, e outros bem menos agradáveis. Ignorando, fomos em direção ao rapaz que partiria dali a pouco tempo.

 Por um momento, encarei Goenji ainda sem saber ao certo o que fazer, antes de sentir o outro me abraçar, um pouco sem jeito. O retribui de forma quase imediata, e estando de salto, não pude deixar de notar que ficavamos quase do mesmo tamanho — ele um pouco mais alto, ainda que o sapato não tenha lá muitos centímetros. E como futura médica, os batimentos cardíacos dele não me passaram despercebidos.

 — Goenji…

 — Diz pra Malina que eu ainda amo ela. — ouvi-o sussurrar em meio ouvido, e me abraçar com mais força. — Eu não sei porque ela está fugindo de mim, mas eu continuo amando ela. E meu número não vai mudar na Alemanha.

 Senti minhas pernas tremerem, tentada a fazer uma “besteira” e contar tudo para ele ali mesmo, mas eu já o havia feito para Mamoru, e não me sentia no direito de continuar me metendo, mesmo que uma voz lá no fundo me dissesse o contrário.

 — Ela também ama você. — sussurei de volta. — Eu acho que ela está fazendo uma grande besteira, então por favor, não desiste dela. — disse, sem remorso algum e ele me soltou logo em seguida, olhando para mim com uma sobrancelhas arqueada. Eu não diria mais do que isso.

 — Não vou desistir. — Goenji respondeu, e não pude evitar sorrir. — É uma promessa. Segundo Malina, Goenji nunca quebrava suas promessas.

 O restante da despedida foi regada à lágrimas do pessoal da antiga Raimon, e não pude deixar de me emocionar também. Principalmente quando o vi embarcar, me sentindo de mãos atadas em relação a tudo aquilo. Procurava por Malina de forma quase desesperada.

 E foi quando a vi chegar correndo, tarde demais. Vê-la naquela situação, grudada ao vidro e com certeza se segurando para não gritar foi de cortar o coração. Queria me aproximar e abraçá-lá, mas senti que não deveria. Me segurei, vendo a ruiva atender o celular pouco depois. Algo lá dentro me dizia o era.

 Eu não iria me intrometer, por mais que devesse. O pessoal já se dissipava aos poucos, e Mamoru fez menção de ir até ela, mas se deteve quando toquei em seu braço.

 — Vamos. Acho que… Ela precisa ficar um pouco sozinha. — disse, o moreno ainda relutou, mas pareceu concordar comigo. Logo, estávamos saindo os dois juntos daquele aeroporto.

 

***

 

De lá, nós percorremos um longo caminho até o centro da cidade, bastante vazio para estranhamento de ambos, mas deixamos isso de lado. A despedida ainda estava fresca na minha cabeça, assim como a imagem de Fideo. Tenho quase certeza que foi ele quem ligou para a Malina, mas sigo sem comentar minhas suspeitas. Mamoru ao meu lado parece bastante avoado, como se não conseguisse se focar em nada. Tive que puxá-lo pela mão duas ou três vezes para que não atravessasse a rua em meio ao movimento.

 Podia não admitir, mas estava um tanto quanto preocupada com ele, e desconfortável com aquele silêncio incomum vindo do goleiro.

 — Quer almoçar? — perguntei, Endou finalmente resolveu olhar para mim. Acho que o amigo já está lhe fazendo imensa falta. — Dessa vez eu pago, hein?

 Minha resposta, ao contrário do que eu pensava, não foi um sorriso. Ele apenas assentiu e nos colocamos a seguir em direção a um restaurante próximo, bastante simples, mas o que importava era a comida, afinal de contas.

 Escolhemos uma mesa e pedimos algo para comer. Foi um almoço bastante quieto, com uma troca de olhares aqui e ali, mas nada além disso. Eu não sabia como começar um assunto e, aparentemente, ele também naom

 — Pretende visitar o Goenji uma hora dessas? — perguntei e ele finalmente levantou os olhos avelãs para me fitar.

 — Daqui para a Alemanha é um pouco caro. Estou tentando economizar. — Mamoru respondeu, e arqueei uma sobrancelha.

 — Economizar?

 — Para quando eu tiver filhos. — murmurei um baixa “ah” com sua resposta. — Para dar uma vida confortável a eles. Faço isso desde que entrei na faculdade.

 Fazia só um mês.

 — Nossa, você está bem adiantado, não acha? — era estranho alguém da idade dele já estar planejando ter filhos. Isso era de família, por acaso? — Pretende ter filhos cedo? Aliás, você disse no plural.

 — Não exatamente cedo. — Mamoru deu de ombros. — Mas também não gostaria que isso acontecesse muito tarde. E bem… Sobre ter dito no plural, eu fui filho único. Acho isso bem solitário.

 — Ah. — disse. Eu podia não ser filha única, mas eu entendia o que era estar solitária. Antes de ir morar com o papai eu tinha pouco contato com meu irmãozinho. — Deve ser bem ruim mesmo. Não consigo imaginar minha vida sem o Achiel.

 — Ac- quem? — a pergunta dele soou alta, e ele arqueou ambas as sobrancelhas.

 — Achiel. — corrigi. Tudo bem, a pronúncia do nome dele por vezes era difícil até pra mim. — É o meu irmão.

 — Você tem irmãos? Achei que era filha única também.  — Mamoru comentou, ainda parecendo bastante surpreso.

 — Não sou… — de certa forma não. — Bem, eu sou por parte de mãe, Achiel é meu meio-irmão. — o outro pareceu entender, abrindo a boca levemente.

 — Entendo. Seus pais são separados?

 — Eles nunca foram casados, na verdade. É uma longa história.

 — Se importaria em me contar? Se não foi muito invasivo, claro.

 O encarei. Era óbvio que era invasivo, mas senti que podia confiar nele, então assenti.

 — Não me importaria, desde que fosse em um lugar mais reservado. — falei e logo chamei o garçom. Por sorte havia me lembrado de levar o cartão.

 — Na torre está bom pra você?

 Ah, a torre. O lugar em que ele se declarou para mim e eu saí correndo. Não soube o que lhe responder de imediato, desviando os olhos para a tela do celular. Notei uma ligação perdida do papai, mas resolvi deixar pra lá, depois ele retornaria se fosse importante, afinal de contas.

 Suspirei, por fim.

 — Claro, vamos. — o funcionário veio trazer a conta juntamente a máquina para passar o cartão, já que tinha avisado desde o momento em que entrei lá que essa seria a minha forma de pagamento. — Prometo que não vou fugir dessa vez.

 Endou riu da brincadeira, se levantando assim que eu o diz, e assim, saindo do restaurante, nos colocamos a andar em direção à torre.

 

***

 

Sequer o relógio havia batido uma e meia da tarde e lá estávamos nós, alcançando o lugar em que Mamoru treinou durante boa parte de sua vida. Digo, ele inventou de apostar corrida de novo e chegou uns cinco minutos antes de mim.

 Quando finalmente cheguei, ralhei sobre como aquilo era injusto. Afinal, ele é um atleta! E eu ainda por cima estou de salto, que fui obrigada a tirar, caso contrário não chegaria nunca.

 — Você é muito lenta, Serena! — ele riu, e senti vontade de tacar as sandálias na cara dele.

— Desculpa se eu não estou acostumada a correr senhor goleiro! — respondi, e me sentei no primeiro banco que encontrei, tentando recuperar o ar.

 O moreno me olhou por um tempo, antes de resolver fazer o mesmo e se sentar junto a mim. Ficamos ali, daquela maneira por algum tempo, completamente em silêncio, ainda que dessa vez não fosse desconfortável. Era mais como um silêncio de compreensão.

 Mamoru tornou a me olhar enquanto eu ajeitava melhor a postura, e logo senti as pontas de seus dedos tocarem minha testa, afastando os fios da franja repicada que cobria parcialmente um de meus olhos. E por falar em olhos, ele pareceu olhar dentro dos meus. Senti meu corpo esquentar. Gostava quando faziam isso — mas não era um bom sinal.

  — Eu amo cores quentes. Tipo laranja e amarelo, mas azul tem se tornado a minha cor favorita. — ele disse, para logo em seguida afastar a mão. Sinto que fiquei mais vermelha que uma pimenta. — Então… Você não ia me contar?

 — Você tem que parar de me deixar com vergonha, credo. — resmunguei, jogando uma mecha do cabelo para trás. — Bem… Deixa eu ver por onde começar… Ah! Digamos que meus pais se conheceram cedo, ela tinha dezoito, ele dezenove e foi amor à primeira vista por parte dele. Quatro anos depois eu nasci, mas meio que tinham umas coisas que impediam eles de casar e tal.

 — Que tipo de coisas? — aparentemente, ele era bem curioso.

 — Meu avô, que era bem tradicionalista — e que o diabo o tenha —, o fato da minha mãe ser francesa. E diferença de classes. Mamãe não vinha de família pobre, mas também não chegava a ser rica. E a família do papai… Bem, é um império. Eu nasci na Inglaterra, mas morei até os dez anos na França com a minha família materna. Papai sempre vinha me visitar e eu ia vê-lo com freqüência. Aprendi a gostar de aviões desde cedo. Isso antes de ir morar definitivamente na Inglaterra.

 — Sua mãe se mudou pra lá?

 — Minha mãe morreu quando eu tinha dez anos. Foi perto do aniversário do meu irmão.

 Ele ficou em silêncio, e me fitou de forma apiedada. Aquele assunto ainda doía, mas posso dizer que já superei. Até porque, já se passaram quase oito anos.

 — Desculpa, eu… — era engraçado ver Mamoru daquela maneira, desconcertado. Acabei rindo com aquilo.

 — Não se preocupe, estou bem com isso. — dei de ombros. — Posso continuar? — o vi assentir, então respirei fundo antes de seguir. — E como eu disse, eu tenho um meio irmão, o Achiel. Ele vai fazer quinze anos em setembro, nasceu na Grécia um pouco antes da hora e estuda num colégio interno. — fiz uma careta. Odiava esse tipo de colégio e odiava imaginar o meu irmãozinho num lugar daqueles. — Ele é filho da Charlotte, minha madrasta. Papai e ela se casaram antes do Achiel nascer. Odeio aquela mulher.

 Mamoru arqueou ambas as sobrancelhas, a confusão clara em seu semblante engraçado. Quase ri dele novamente.

 — Possui perguntar o porquê? — perguntar se podia fazer uma pergunta… Bem a cara dele. — E seu pai gosta dela?

 Novamente lá estava minha careta. Não consigo imaginar alguém gostando de uma mulher que coloca o próprio filho num colégio interno porque tem ciúmes do marido.

 — Não. Foi um lance de uma semana, sabe? Um mês depois ela disse que estava grávida, e mesmo o papai garantindo que assumiria o bebê e daria tudo o que precisasse — e sou a prova viva disso —, ela disse que tiraria se os dois não se casassem. A família dela é bem rica e influente na Grécia também, e meu avô gostou disso, então… Bem, isso acabou no altar em duas semanas, eu fui daminha de honra e derrubei pudim no vestido dela. Foi de propósito e não me arrependo. — dei uma pequena pausa para respirar e o encarei. Definitivamente não sei descrever a expressão de Mamoru, mas acho que é algo entre a descrença e a surpresa. — Ela não vai com a minha cara porque diz que eu sou uma presença constante da mamãe na vida dela. E não gosta do Achiel porque sabe que o papai casou só por causa do bebê. Ele gosta do meu irmãozinho, não dela.

 — E por que eles continuam juntos? — dentre tantas perguntas que alguém poderia fazer, aquela era definitivamente a mais importante. — Tipo, o bebê já nasceu.

 — Porque ela é louca. — essa com certeza era a melhor maneira de definir a Charlotte. — Não duvido nada que se caso o papai pedisse o divórcio, ela pegaria o meu irmão e sumiria no mundo. Qualquer um deixaria ela passar, ela é a mãe.

 Bem, tinham outros detalhes também, mas são apenas isso: detalhes. O principal eu havia lhe contado, e agora os primos sabiam de toda história, pois também contei há Malina tempos atrás. Enquanto isso, Endou parecia tentar digerir toda a informação.  

 — Wow. — foi a única coisa que ele respondeu quando abriu a boca. Fui obrigada a rir daquilo. — Que história!

 Nós dois ainda conversamos mais antes de ambos decidimos que era hora de ir. Já iam dar cinco da tarde quando me levantei e peguei meus sapatos na mão. Ainda estava com a blusa dele sobre meus ombros, e sinceramente não estava muito afim de devolver. Ela era quente, acolhedora e tinha o cheiro dele.

 Não que isso fosse lá uma coisa muito boa, mas eu tinha medo de me sentir ainda mais atraída.

 No fim, era isso que eu estava sentindo por Mamoru Endou: atração física. Eu sentia vontade de beijá-lo, talvez de ir para cama com ele e aproveitar a noite toda. Na realidade, eu não costumava ter problemas em ficar com as pessoas sem compromisso, mas às vezes apareciam pessoas como ele que queriam mais que alguns beijos ou uma noite de sexo. E eu não conseguiria ficar com alguém que sei que vai criar expectativas e pode acabar se magoando.

 — Serena. — ouvi ele me chamar, e logo o vi estendendo a mão para mim, o largo e bobo sorriso característico em seu rosto. — Vamos, dessa vez eu juro que que não saio correndo.

 Retribui o sorriso, aceitando a mão dele e em seguida me sentir sendo puxada na direção dele, minha cabeça se encostando na dele. Nossas respirações estavam bastante próximas. Senti suas mãos sobre meu rosto, e sinceramente não quis afastar. Meu corpo estava quente, quase pegando fogo.

 — Eu realmente gosto de você. — ouvi-o dizer e estremeci. Eu prometi da última vez que não iria fugir e definitivamente iria cumprir. Nem queria me afastar, de qualquer forma. — Mesmo que você não goste de mim da maneira que eu gosto de você, não consigo controlar esse sentimento.

 Ah, eu estava com vontade de beijar ele, mesmo sabendo que era errado. Mas quer saber, foda-se esse errado.

 — Tudo bem. — respondi, meus dedos correram pelos lábios dele. — Eu não quero que controle, de qualquer maneira. — dizendo isso, eu mesma o beijei, mesmo sabendo que ambos poderíamos nos arrepender depois.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥
E pra quem conhece a Serena atual e a história atual dela: quando Eros começou a ser escrita, ainda era a Serena Mary Sue (já passando por mudanças) e era a história antiga. Por isso esse lance de madrasta, meio irmão, Violet morta e Bryan esquecido do churrasco. Eh isto beijos ♥



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