Do I Wanna Know? escrita por GothDoll


Capítulo 2
I - Lembranças


Notas iniciais do capítulo

OI PESSOAS LINDAS DO MEU CORAÇÃO, TUDO BEM COM VOCÊS? COMIGO TAMBÉM.
Eu gostaria de agradecer por estarem acompanhando, pelo comentário e pelo favorito. Sério, eu amo vocês

Enjoy.



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Onde você está? E eu sinto muito
E não consigo dormir, eu não consigo sonhar esta noite
I Miss You – Blink-182.

Sete Anos Atrás

Nathaniel ajeitava as papeladas que estavam em cima da mesa da sala do Grêmio. A janela estava aberta e entrava um vento fraco e refrescante por ali.

A porta atrás de Nathaniel bateu e ele virou-se rapidamente, presenciando a sua frente aqueles olhos castanhos que já tão bem conhecia e cabelos tingidos de vermelho, ah ele conhecia muito bem aquela pessoa na porta.

Um sorriso tímido surgiu nos lábios de Nathaniel e ele deixou os papeis de lado, aproximou-se de Castiel e o abraçou, encostando a cabeça no peito dele e riu baixo, imaginando mil coisas que poderiam ser feitas naquele doce momento.


– O que você está pensando, Nath? – Perguntou Castiel, mexendo nas costas do outro.


– Se alguém vai escutar se resolvermos nos divertir aqui dentro... – Sussurrou Nathaniel, puxando a camisa de Castiel para cima, fazendo o outro rir e coloca-lo contra a parede.

Castiel apertou a cintura de Nathaniel, ouvindo o outro soltar um gemido baixo e logo riu ao ver como Nathaniel era sensível. “Sensível até demais” pensou o avermelhado.

~x~


– Isso foi tão errado! – riu Nathaniel vestindo as roupas novamente, sendo acompanhado por Castiel.


– Quem teve a ideia foi você, lembre-se disso! – o avermelhado sorriu de canto e encostou-se a parede, logo olhou direto pra janela vendo uma cabeleira preta e curta. – Merda Nathaniel!


– O que aconteceu? – Castiel apontou pra janela e rosnou, foi até a porta e saiu do Grêmio, deixando um Nathaniel sem entender nada.

Logo depois que Castiel saiu, Peggy entrou saltitando e com uma câmera em mãos, sorrindo de um jeito até um tanto estranho e que dava medo nas pessoas que olhassem. Junto com a câmera ela também estava o tão famoso gravador que ela sempre levava junto a si.

Peggy aproximou-se de Nathaniel e então deu play no gravador, mostrando a ultima fita que havia gravado. Era entre ele e Castiel, em seu momento de intimidade ali no Grêmio agora. Ele começou a ficar pálido e tentou pegar o gravador da mão dela, porém a mesma afastou-se.


– Quanto será que eu ganho por colocar essa tão bela reportagem no jornal do colégio? – Nathaniel apenas abaixou a cabeça. – O que será que seus pais vão pensar? O que será que a diretora vai pensar? Acho que você vai deixar de ser representante, não estou correta? ... RESPONDA-ME NATHANIEL!


– O que você quer de mim, Peggy? O que você quer de mim?! – O loiro virou-se de costas e segurou as lágrimas. – Quer me ver na merda? É isso?

Peggy riu sarcástica e tocou no ombro de Nathaniel que virou e a encarou por um momento, logo virou o rosto. As mãos de Nathaniel tremiam, seus olhos se encheram de lágrimas. Ele somente pensava no desgosto que seu pai teria ao saber disto tudo, ao saber que seu filho havia feito isto na escola.

Em um momento de loucura, ele virou-se e arrancou o gravador das mãos de Peggy, jogou na parede e logo deu um tapa na cara da mesma vendo-a cair no chão assustada por isto que tinha acabado de acontecer.


– Você acha que... Foi só um gravador mesmo? – Ela riu e levantou-se do chão. – Não fui a única a gravar, sabe? Deveria falar com sua irmã e com sua ex-peguete...

Peggy foi até a porta, abriu-a e saiu do Grêmio, deixando Nathaniel pra trás aos prantos e sem saber o que fazer.

~x~


– Nath... Eu acho que deu! Não podemos ficar juntos! – Castiel suspirou e sentou-se embaixo da árvore.


– Foi por causa da gravação, né? – Sussurrou Nathaniel, abaixando a cabeça triste.


– Não! É que... Eu não te amo mais, Nath... Desculpa... É isso. – o avermelhado encostou a cabeça na árvore.


– EU TE AMO! – Ele caiu no chão e começou a chorar e Castiel somente observava, como se aquilo fosse à coisa mais normal do mundo, como se acontecesse todo dia, como sele ele soubesse que teria uma segunda chance.

O ruivo puxou Nathaniel para si e o abraçou com força. Ele no fundo não queria acabar com o namoro, porém era preciso ou o futuro de Nathaniel não seria bom; ele mexeu na camisa do loiro e riu abafado, notando como ela estava à hora atrás perfeitamente alinhada e não estava amassada e agora amassada ainda não definia a mesma.

As mãos do mais novo percorreram as costas do mais velho até chegar à barra da camisa, colocou a mão por dentro e ficou arranhando as costas dele, ouvindo pequenas arfadas de Nathaniel.

O loiro sentou-se no colo dele e direcionou as mãos até o cós da calça do mais velho, porém sem abaixa-la, somente segurando ali e sentindo este ultimo abraço com o avermelhado, mesmo esperando que não fosse o ultimo e sim... Somente... Alguma coisa que definisse aquele momento.


– Sabe aquela musica do The Calling? – Perguntou Castiel, ainda arranhando as costas dele.


– Wherever You Will Go? Aquela que você tocou para mim quando formamos dois meses de namoro? – Nathaniel riu e afirmou com a cabeça. – Até hoje eu fico me perguntando o porquê de ser aquela musica... Uma musica que fala sobre separação.


– Naquele tempo eu fiquei pensando em quem ocuparia meu lugar se não fosse eu. Será que Lysandre? Melody? Bia? Ou até mesmo Nyares? Eu não sabia o que fazer! – Ele suspirou, deitando a cabeça no ombro de Nathaniel. – Pode não parecer, mas eu era inseguro com você, com o mundo...


– Era?


– É que então eu vi que não precisava da Debrah pra me fazer feliz, eu tinha você ali o tempo todo e que eu não vi... Que eu fui um cego, um idiota, um... Um babaca! Posso dizer que não sou mais inseguro por causa de você. – Sussurrou, esperando que Nathaniel nunca tivesse escutando nenhuma parte disto.

Nathaniel levantou-se e sorriu fraco, ajeitou a camisa e pegou a mochila que tinha deixado ali ao lado e foi em direção ao portão da escola; quando saiu da escola, ele aproximou-se da parada de ônibus e sentou-se no banquinho que tinha ali, ficou olhando por pouco tempo o portão e logo balançou a cabeça, focando seus pensamentos em quantos minutos levaria pro ônibus chegar, quando minutos ele levaria pra ir a pé para casa ou até mesmo quantos minutos levaria pro Castiel levantar-se, ir até ele e falar que estava completamente errado.

Atualmente

Castiel estava sentado na cadeira do escritório e escutava sua musica favorita tocar na radio, na verdade... Não era sua musica favorita e sim de Cassy, porém ele aprendeu a amar aquela musica novamente, como amou há tantos anos atrás.

Seus olhos se focaram em uma foto que tinha na prateleira. Era uma foto dele e de Nathaniel quando crianças brincando de pega-pega e rindo. Sua visão tornou-se escura e então ele caiu ao chão pensando em Nathaniel e em como o seu loiro estava agora, se ele continuava sorridente como na foto.

Já Nathaniel, estava sentado em seu sofá e com um romance policial qualquer em suas mãos, ele já não entendia mais nada no livro, somente começou a pensar no passado e como o mesmo foi rude consigo. Seu passado era ótimo, até a gravação de Peggy, a gravação de por sorte ele conseguiu convencer as três a não divulgar a mesma por uma grande quantia em dinheiro vivo, nada de cartão de crédito.

Ele fechou o livro sem marcar e deixou em cima da mesa de centro, deitou-se no sofá e ali ficou olhando para o teto como um bobo, como se estivesse esperando o seu ruivo entrar por aquela porta falando que sentia sua falta, mas já fazia sete anos que não o via.

Depois daquele ultimo ano na escola eles se afastaram, cada um foi pro seu lado. Uma verdadeira perda de tempo.


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Notas finais do capítulo

GOSTARAM? ESPERO QUE SIM.
ATÉ O PRÓXIMO.



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