Olhou-se no espelho e suspirou fundo, estava de completo mal humor e a única coisa que o alegrava naquele dia, mesmo que bem pouco, era o fato de que era sexta-feira, ou seja, teria dois dias para ficar em casa ou aproveitar como todo adolescente fazia. Mesmo assim ainda teria que ir para a escola naquele dia. Eduardo saiu de seu banheiro e foi em direção a cozinha, estava com fome e precisava de um belo café da manhã.

Enquanto ia em direção a cozinha o garoto pensava em como estava a sua situação, primeiro a garota que gostava não sabia de seus sentimentos e eles nem eram amigos, apenas tinham se visto no dia anterior, segundo uma amiga estava magoado por sua causa e agora o clima não seria nada fácil.

Assim que Duda chegou na cozinha deu bom dia aos familiares presentes, sua tia Carmen, Seu tio José Ricardo, Gabriela e Mili, e logo se sentou em seu lugar, ao lado de Gabi.

–Que cara horrível é essa Duda? –sua tia Carmen perguntou o olhando

–Não dormi bem, só isso –falou ele desinteressado

–Duda a sua mãe, te ligou... –avisou Valentina

–O que ela queria?

–Disse que estava morrendo de saudades de você e que era pra você ligar lá –falou Valentina

–Ela já está com saudades? Não faz nem um mês que estou aqui –disse Duda

–Amor de mãe é assim Duda. Eu não aguentaria nem ficar uma semana longe da minha filha –disse Gabi sorrindo

–Não sei por que, adolescentes são muito ruim de se lhe dar –falou Carmen

–Sabe Carmen, acho que você precisa conhecer alguém... Um namorado talvez e ter filhos, é exatamente o que você precisa! –comentou José Ricardo causando risos em todos os presentes, menos em Carmen.

–Muito engraçado você José Ricardo! Eu preciso apenas de mim, agora se me deem licença eu preciso ir! –falou a mulher extremamente irritada e, talvez, envergonhada.

–Foi um golpe baixo Vô! –disse Mili ainda rindo

–Ela mereceu –disse José Ricardo rindo e piscando para eles.

–Realmente... Agora Mili e Duda, vocês precisam ir para a escola, ou vão se atrasar! –disse Gabriela

–Tudo bem mãe, vamos Duda? –perguntou Mili dando um beijo no rosto de sua mãe e de seu avô

–Vamos!

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–Duda, eu posso falar com você? –perguntou Mili olhando a paisagem de fora do carro

–Claro...

–O que você fez para a Pata? –a garota foi direta e Duda a olhou

–O que ela te disse?

–Nada, mais ela estava agindo de uma forma muito estranha e ela nunca fez isso. –disse Mili, a garota estava preocupada com a amiga e não queria vê-la triste

–Então como sabe que eu fiz algo pra Pata?

–A Pata só age de maneira diferente quando você está por perto

–Tudo bem, eu sei que não vou conseguir esconder de você mesmo... E já que estamos falando disse eu preciso de sua ajuda! –disse Duda

–Minha ajuda pra quê? –perguntou ela sem entender

–Você já vai ficar sabendo. Bom eu acho que você já sabe que a Pata gosta de mim e coisa e tal... –Mili afirmou positivamente com a cabeça e Duda logo continuou -E acho que você não sabe mas eu gosto de outra garota, na verdade eu a amo.

–Não sabia mesmo, quem é ela? –perguntou Mili surpresa

–Não posso te dizer agora. A Pata se confessou para mim, muito de repente, mais eu tenho consciência sobre meus sentimento e esclareci tudo com ela...

–Ela deve estar arrasada! –disse Mili

–Sim, eu não queria que isso acontecesse até porque eu gosto dela como uma amiga e acho ela bastante importante pra mim mas eu não posso fingir que gosto dela como algo a mais, como já te disse eu amo outra pessoa então tive que falar para ela! –falou Duda

–Eu faria o mesmo, mas eu ainda não entendi o por que você precisa de minha ajuda...

–Ah, sobre isso, é que eu não quero que ela fique magoada comigo e não quero que eu e ela fiquemos com um clima estranho, quero que ela seja feliz e preciso de sua ajuda... Você entende?

–Você quer que eu ajude você a ficar amigo da Pata numa boa? Isso não será nada fácil

–Eu sei, por favor Mili! –pediu ele

–Certo Duda, vou pensar em algo mas em troca, você terá que me dizer quem é a garota por quem está apaixonado!

–Eu conto... Mas não agora! Chegamos –disse ele olhando para a escola