Por Trás da Seriedade escrita por Lilly Belmount


Capítulo 4
Capitulo 4




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Um barulho perturbava o sono de Cindy. Lentamente abrira os seus olhos tentando identificar do que se tratava, suas palpebras imensamente pesadas não queriam permanecer abertas, mas ela tinha de lutar. O barulho vinha do lado de fora do quarto da garota. Arrastando-se sobre o espaço totalmente entorpecida foi verificar a porta de seu quarto. Poderia ser a sua tia batendo na porta ou até mesmo a sua mãe. Uma mania chata que atrapalhava seus sonhos.

Olhou por todo o corredor,mas não tinha ninguém ali. Felizmente ai voltar para a sua cama quando de repente algo invadiu a sacada de seu quarto. Rapidamente seus reflexo ficaram em alerta. Quem poderia ser naquele momento inesperado? Procurou algo que pudesse usar como sua defesa caso fosse um ladrão. Correu e pegou a sua torre Eiffel feita em metal e se pôs em modo de ataque. Seu coração saltou para fora ao ver quem era. Não poderia ser verdade.

— O.... o.... que você está fazendo aqui? — Perguntou Cindy com a voz tremula.

— É assim que recebe as pessoas? Queria muito te ver, mas não consegui o dia todo.

— Saia daqui antes que alguém acorde. — Sussurrava Cindy.

Ele não lhe dava a menor atenção. Apenas continuava ali parado olhando a doce figura daquela garota. Cuidadosamente Cindy recuava de onde estava, mas ele a acompanhava.

— Não se assuste, Cindy! Eu não vou te machucar.Você sabe que eu não teria coragem de te machucar.

Ela respirou fundo na tentativa de clarear seus próprios pensamentos. Não poderia cair na tentação, não naquele exato momento.

— Como é que eu vou confiar numa pessoas que invade a essas horas o quarto dos outros? Poderia ter morrido do coração.

Cindy falava declaradamente. Um pequeno sorriso estampava o rosto de Jared.

— Eu não conseguiria dormir essa noite sem te ver, Cindy! Precisava conversar com você.

Jared tentava abraçá-la, pois Cindy está nitidamente tremendo.Talvez fosse o efeito do susto que levara a pouco tempo. Com muito esforço,Cindy acabou por se render a aqueles braços fortes que a acalmavam. Os braços dele a fazia esquecer de seus problemas. Sentir o calor do corpo delea fazia sonhar, mexia com as suas sensações. Um pouco mais calma, Jared a conduziu até a cama a fim de se sentirem mais confortáveis para assim conversarem.

— Você só pde ter fugido do hospício! Minha mãe pode entrar no quarto a qualquer momento. — Alertava Cindy.

— Se ela entrar aqui, eu dou um beijo nela. — Brincava Jared para descontrair o ambiente entre eles.

— Para de tentar ser engraçado! Isso é sério beleza?

Jared ergueu a sobrancelha encarando-a.

— Mas claro que é sério.... só que precisa ser divertido. — Ele notara o obejto na mão da garota — Por que você está com essa torre na mão?

Cindy encarou a própria mão

— Por que eu achei que fosse um ladrão. Quase enfiei nos seus olhos! Apesar deles serem lindos como o céu. — Cindy corou imediatamente.

— Mas que que menina perigosa. Gostaria de saber até onde você seria perigosa.

— Não queira saber, Jared. Ainda posso enfiar a torre nos seus olhos.

— todo bem eu dsisto de brincar com vc! Sua vida deve ser maluca demais para agir dessa forma. Parece uma psicopata.

— Você quê é maluco! — Respondeu ela virando de costas para ele — O que você quer aqui hein?

Jared não se conteve e se ajoelhou na frente dela tirando totalmente a torre da mesma. Havia um pouco de magoa, mas bastou que ele sorrisse para ela para que tudo ficasse bem. Ela por sua vez o abraçou, mal conseguia acreditar que tudo aquilo era real. Ela, Jared juntos ali no quarto.

— Precisava ter certeza de que você estava bem, saiu do apartamento sem deixar recado.Poderia ter sido sequestrada, sabia?

— Ah! Agora vai me dizer que estava preocupado comigo? Por qual motivo?

Jared olhava para baixo.

— Você não entederia. É complexo demais para a sua compreensão.

— O que você está querendo dizer com isso? Está brincando com a minha cara é, Jared? Está achando que eu sou burra, só porque eu sou loira?

— Gostei de te ver assim,nervosa e brincalhona. — Jared lembrava-se de algo — A Mellody não era assim.

— Mellody ... Nem me fale nesse nome.

Cindy se irritava ao ouvir aquele nome. Nada que fosse de bom vinha dele. A sua história com Mellody ia além do que as pessoas poderiam conhecer. Mexer nas feridas antigas só a faria se machucar ainda mais.Relembrar de coisas que antes eram boas, mas que agora traziam o lado amargo da vida.

— Está com ciúmes? — Ironizava Jared.

Cindy ficou surpresa ao ouvir a pergunta.

— Clã... cla.. — Guaguejava a garota — Claro que não. Ciúmes de que?

— Cindy?Você não me engana. Está com ciúmes sim.

Cindy o encarou com os olhos semicerrados. Afinal o clima entre eles estava divertido. Algo que ela não conseguia imaginar, pois eles eram commpletamente diferentes.

— OK ... Onde você quer chegar com isso?

— A lugar nenhum foi você quem começou. — Rebateu Jared.

— Foi você quem invadiu meu quarto.

—Sim e gostei do que vi. Mas nada é tão forte e intenso sobre o que quero fazer! — Declarou Jared numa voz sedutora.

— O que você quer fazer? — Perguntou Cindy sem entender qual seria o próximo passo.

Jared se aproxima ainda mais colando o seu corpo ao dela,dando lhe um beijo totalmente desprerarada. Sem ação, Cindy pensa em sair daquele abraço mas algo mais forte faz com que ela apenas retribua. O toque das mãos de Jared sobre o seu corpo lhe causavam arrepios, pois havia intensidade e desejo. O que existia entre eles era muito mais do que uma simples cumplicidade. Ambos queriam que aquele momento fosse eternizado. Jared a conduzia para o mundo onde tudo parecia ser perfeito demais, onde não haviam problemas. Jared com muito cuidado a deitou completamente, distribuia beijos pelo pescoço de Cindy. Seus beijos e sugadas eram quentes, urgentes e precisas a cada segundo que se passava.

Ao partirem o beijo,ficaram deitados olhando para o nada. Havia apenas o silêncio que os embalava cada vez mais.

— Você só pode ser louco, Jared! — Exclamou Cindy docemente — Meus pais vão te matar se descobrirem que esteve aqui.

— Correr riscos é bom as vezes. — Murmurou Jared entrelaçando seus dedos entre os de Cindy — Não viria aqui se não fosse importante.

— Mas até agora você não me disse o que queria. De verdade,Jared. O que você queria?

— Só queria estar aqui com você!

— Como você pode ser... tão fofo? Por que apenas eu consigo te ver dessa forma? Sinceramente,eu não entendo.

Jared suspirou profundamente.

— Um dia nós descobriremos.

Jared puxou Cindy para mais perto de si, fazendo com que ela ficasse sobre o seu peito. Fazia cafuné enquanto ele cantarola. Ela havia gostado desse comportamento dele. Ficavam mais próximos, falavam de coisas que jamais imaginavam. Por um único momento, o mundo pareceu se expandir para o que sentiam. Ali,eles não tinham medo de se entregar, de dizerem o que pensavam a respeito da vida, de quem eles eram.

Estar ali novamente junto de Jared se tornava gratificante.Era mágico, puro. Cindy pensou em dizer algo, mas preferiu deixar como estava. Não poderia estragar aquele momento de repente. O clima entre eles estava maravilhoso, tudo o que um dia sonhara. Jared lhe proporcionava tudo o que desejava. Ainda não conseguia acreditar que Jared estava ali com ela em seu quarto. Estava vivendo novamente um dos seus sonhos de infância.

Tomada pelo desejo devastador,Cindy se virou ficando frente para Jared. Observava atentamente cada gesto que ele fazia. Suavemente, ela se aproximou ainda mais ficando a poucos centimetros distante dele. Sua boca a convidava a se aventurar numa experiência prazerosa. O minimo de espaço havia entre eles. Cindy colocou os seus braços atrás do pescoço de Jared, brincava com os cabelos dele. Dava-lhe beijos intensos de tirar o folêgo. Jareda entrelaçava cada vez mais. Puxava o cabelo de Cindy numa maneira sexy.

— Cindy! — Sussurrava Jared.

— Jared.

— O que você está fazendo?

— O que eu deveria ter feito a muito tempo. Aproveitando a minha vida.

Sorriram um para o outro de forma encantadora. Cindy estaria arriscando a sua vida mais do que nunca. Libertaria todas as suas vontade. Se estrega mais uma vez aos braços, aos carinhos e caprichos daquele que enche sua vida de cor.Ninguém poderia se colocar entre eles.Esperaria o tempo que fosse para dizer a ele tudo o que sentia. Com a luz da lua invadindo o quarto, ali se tornara o cenário perfeito para as demosntrações de amor.

Os toques e beijos que Jared lhe dava possuiam algum tipo de choque,pois a mantinha viva desejando-o ainda mais. Se controlar estava fora de cogitação. Permitia que o seu corpo experimentasse as mais variadas sensações que aquele rapaz poderia lhe proporcionar.Aquela noite seria a mais longa de todas.

**********

O dia começava a nascer e Jared assistia Cindy dormindo. Uma manhã gelada que dava boas-vindas. Com todo aquele frio da manhã, Jared se encolheu dentre os edredons, ficando na posição de conchinha, respirando profundamente na parte de trás do cabelo da garota. Seu braço estava pesado em cima da garota, prendendo os braços dela em seu peito. Segurava a mão de Cindy com força, seus dedos entrelaçados e sua perna casualmente sobre a dela.

— Querida abra a aporta para a mamãe! — Pedia Brenda do outro lado da porta.

— Mais dez minutos. — Pediu Cindy sonolenta fechando os olhos.

— Como você é preguiçosa, Cindy. — Sussurrava Jared com a voz embargada em sensualidade.

— Fica quieto... já era para você ter ido para casa. Daqui a pouco a minha mãe vai para a igreja e eu tenho de ir junto.

— Você não vai. — Implorava ele.

— Tenho que ir,sim ou ela vai desconfiar.

Cindy virou-se para Jared. Seus belos olhos azuis brilhavam ainda mais de manhã.

— Me dê um bom motivo para não ir.

— Se você for, não poderei me despedir de você. Ficará parecendo que eu sou um ladrão que veio na sua casa e se aproveitou de sua nobreza.

— Tudo bem. Eu dou um jeito. Só preciso ir lá embaixo falar com os meus pais.

— Fica mais alguns minutos.

Cindy sorriu divertida. Colocou o seu roupão e logo foi para a cozinha falar com seus pais. Com uma expressão mais caida e sofrida,Cindy entrou nas ala de estar, seus pais e sua tia conversavam animadamente. Assustaram ao ver como aquela garota apareceu.

— O que você tem,meu amor? — Perguntou Brenda se levantando da mesa — Não está com uma cara legal.

— Não dormi direito a noite. Tive insônia.

— Precisa descansar. — Murmurou George

— Não posso! Tenho de ir a missa com vocês.

— Faltar uma vez não vai fazer mal algum. — Decidiu Brenda — Agora sobe para o seu quarto e fique lá até se sentir melhor.

Amelie notara um brilho diferente no olhar de sua sobrinha. Cindy estava aprontando algo, mas descobriria depois o que era, quem seria o motivo de toda aquele brilho.

— Amelie se puder, fique com ela até voltarmos.

— Como quiser Brenda.

Não demorou para que Cindy corresse para o seu quarto. Jared por sinal estava completamente encolhido dentre as cobertas. Só poderia ser loucura tudo o que estava vivendo, nunca que ela teria pensado em cometer tantas loucuras. Afinal, Jared despertava esse lado dela. Quanto mais pensava em mantê-lo afastado,mais apaixonada ficava.O que teria a perder? Precisa desse momento mágico na sua vida, de saber o que é amar com intensidade.Olhar para Jared dormindo era como viajar para um outro mundo. Ele respirava calmamente como se fosse um deus grego. O seu deus grego. Aquele a quem lhe entregaria a vida de olhos fechados. Sem hesitar, sem explicar.

Sentou-se na cama e se pôs a observá-lo melhor. Mesmo de forma misteriosa, ele estava sorrindo. Não um sorriso qualquer. Um com vontade, vindo de dentro de si.Sem que alguém lhe dissesse o deveria fazer no momento. Um fascinio que não poderia ser descrito. O romance que desejavam ter era proibido,ele era proibido para ela, mas um coração jovem não saberia de tudo tão facilmente.

— O que houve,Cindy? — Perguntou ele se sentando bem próximo a ela, dando leves beijos em seu pescoço.

— Nada! Minha mãe disse que era pra ficar em casa e a minha tia vai cuidar de mim. — Explicou ela cabisbaixa.

Jared sentiu seu coração se apertar. Tocou levemente o queixo da mesma levantando-o para que Cindy pudesse olhar em seus olhos.

— Não precisa ficar triste. Eu estou aqui com você. Quero te ver sorrir, Cindy. Eu... — Jared achou melhor não completar a frase — Preciso dos seus sorrisos. Eles são um dos únicos motivos pelo qual ainda estou vivo.

A garota tremeu diante de tal revelação.

— Como assim? — Perguntou Cindy preocupada — O que você fez Jared?

— Não é nada com que você deva se preocupar. Quando for conveniente, te contarei.

— Sem mistérios,por favor — Implorava Cindy — Se você não me contar, pergunto pro seu irmão.

— De nada vai adiantar, elenão sabe do que acontecido.

— Confie em mim. As vezes é bom contar para as outras pessoas.

Jared segurava a mão da jovem. Roçava o polegar nas costas de suas delicadas mãos.

— É serio! — Exclamou ele sorrindo — Num outro momento eu conto.

Cindy ficou emburrada. A culpa não era dela, mas tinha de começar a haver um laço de confiante entre eles,mesmo que fosse minimo. Não havia nada que ele pudesse fazer para alegrá-la novamente.

— Não vai falar comigo?

Não obtivera resposta.

— Tudo bem, já que você não quer falar mais comigo irei chamar a sua tia. Quem sabe ela me ajuda.

— Você não faria isso?

— Claro que sim — Jared levantou da cama e começou a caminhar em direção a porta.

Da cama, Cindy ria sem parar.

— Você está só de cueca, seu bobo. Quer matar a minha tia do coração?

— Voltou a falar? — Implicava ele. — Agora eu vou te dar uma lição,por ser uma menina má.

Cindy arregalou os olhos com medo. Jared nunca falara dessa forma. Não havia como ele ser um maníaco sexual. Ou será que poderia e justificasse toda a sua seriedade? Jamais pensaria assim.

— O que você vai fazer? — Perguntou Cindy cautelosa se afastando.

— Está com medo? — Seus olhos sobressaltavam — Não precisa ter medo,eu não vou te machucar. — Ele tentava se aproximar, mas Cindy conseguia ser mais ligeira do que previra. — Você não vai conseguir fugir de mim tão fácil, garota!

Jared conseguira segurar Cindy, enlaçara a sua cintura com sensualidade. Ele que por sua vez ofegava sem ter corrido já denunciava o seu desejo.

— Você está me causasndo muitos problemas. — Sussurou Jared brincando com o lobulo da orelha de Cindy.

— Por que? — Ousou ela perguntar pousando suas mãos sobre o toráx do rapaz.

— Porque você me enfeitiçou. Usou os seus dons para me manter aqui ao seu lado.

— Que lindo!Mas agora eu preciso me vestir.Porque ficar de roupão não combina comigo.

— Tudo bem. O que iremos fazer?

— Acho que os meus pais já sairam,vou preparar algo para você comer. Não saia desse quarto. Por tudo o que é mais sagrado na sua vida.

Ele assentiu.

Ainda de roupão,Cindy desceu para a cozinha.Amelie lia um livro distraidamente, demorou para que ela notasse a presença de sua sobrinha. Mesmo após ao ver que Cindy preparava quantidades absurdas de sanduiches. Uma garota com um belo corpo não aguentaria comer tudo aquilo. Algo de diferente tinha de estar acontecendo naquela casa. Amelie continha a sua vontade de perguntar o que estava acontecendo.Cindy andava de um lado para on outro na cozinha enquanto colocava tudo numa bandeja.

— Ele deve estar com muita fome,não é? — Perguntou Amelie quebrando o silêncio.

— Ele quem tia? — Indagou Vindy desentendida.

— O amor da sua vida.

— Sem eu querer,de madrugada entrei no seu quarto e vi os dois dormindo.

Cindy sorriu amarelo.

— Por que não contou para a minha mãe?

— Porque eu quero que viva a vida intensamente. Uma vida sem riscos é uma vida não vivida.

Amelie tinha de ser de outro mundo. Se ela fosse a mãe de Cindy, tudo se tornaria tão mais fácil. Não precisaria esconder o que sentia de fato. Sempre que tivera contato com as pessoas do sexo oposto sua mãe achava que a colocaria a perder tudo. Mesmo sendo tão nova, Cindy tinha responsabilidades de gente adulta, pensava melhor do que um. Sempre pensava em tudo o que faria, pois toda e qualquer atitude acarreta numa consequência, mesmo que esta possa ser grande ou pequena, de prazos indetermináveis.

— Precisa de ajuda? — Ofereceu-se Amelie.

— Tem certeza? — Verificou a garota.

— Sim, quero conhecer esse rapaz.

Cindy sentiu seu rosto queimar. Só não imaginava que a sua tia poderia querer falar com ele naquele exato momento.O combinado era buscar o que comer e não levar a sua tia, mas Cindy não exaltou. Cumpriu com a vontade de sua tia. Ambas caminharam lado a lado em silêncio pelo corredor que dava acesso ao quarto de Cindy.

Cindy entrou antes de sua tia, Jared notara que algo saíra do controle ao ver aquela mulher entrar. Pensou em sair dali correndo, mas não queria deixar que Cindy sofresse algum tipo de pressão sozinha.

— Bom dia, meu jovem.

— Bom dia dona Amelie.

Cindy tapava os olhos com medo de como a conversa seguiria dali para frente.

— O que faz nessa casa tão cedo. Os pais dela não estão.

— Claro, já estou me retirando.

Cindy olhava para sua tia incrédula. Viram Jared reunir seus pertences e caminhar novamente para a janela.

— Ei, rapaz! — Chamou Amelie — Só estou brincando com você. Pode voltar. Preciso te conhecer um pouco melhor. Saber com quem a minha sobrinha está lidando.

— Isso virou investigação do F.B.I?

— Bem que eu queria que fosse. — Brincou Amelie — Desculpa, só queria mesmo ver quem era. Minha sobrinha sempre me falou de você nas correspondências, mas nunca mandou fotos ou coisas do tipo.

Cindy sentia seu rosto queimar diante da olhada que Jared lhe dera.

— Estou vendo que estou atrapalhando algo. Foi bom te conhecer, Jared.

Logo Amelie saiu do quart deixando-os a sós. Jared desabou na cama desacreditado. Aquela mulher só odeia ser louca a ponto de fazer tal brincadeira. Seu coração no momento em que viu Amelie, saiu correndo de tanto medo. Mas por que estava com medo? Não fizeram nada demais.

— Tudo bem? — Perguntou Cindy sentando-se ao seu lado.

— Pensei que a sua tia ia me matar. — Declarou ele confuso — Nunca pensei que alguém pudesse agir de uma forma num momento e depois mudar.

— Minha tia é assim. Por isso que eu gosto muito dela. Ela sabe o que fala e faz.

E uma boa parte do dia deles foram assim repletos de conversas, beijos e carinhos. A alegria reinava naquela casa e em seus corações. Uma sintonia tão forte que possuiam parecia que vinha de outras vidas. Estas que agora se tornam fortes e intensas. Tudo o que Cindy desejava era que aquele moento não acabasse de uma forma para outra. Nunca em sua vida se sentira tão feliz e completa.Todas as suas ideologias pareciam estar sendo fundamentadas e criando raizes.Realizadas com muito amor.

Amelie não se importava em ter o rapaz em casa,apenas o alertou de que não seria bom ele ser visto com Cindy no momento. Brenda não iria permitir uma Aaproximação repentina. Não queria que a sua menina se machucasse com o amor.Para Brenda, Cindy não estava preparada o suficiente para lidar com certas situações. Apenas queria que a garotinha vivesse para ela, sem que tivesse contato com outras pessoas. Principalmente com rapazes. Eles apresentavam algum tipo de ameaça.

Depois de passar uma boa parte do dia na casa dos Harttman's, Jared foi para casa deixando Cindy em seu quarto. Dal nela não saiu até que seus pais retornassem de seus compromissos naquela manhã de domingo.

O que aconteceria se um dia toda essa aventura fosse descoberta? Como lidar com os futuros problemas que estavam por vir?

**********

Mellody estava no shopping fazendo compras com algumas amigas. Feliz, tomava um bom chá verde. Não gostava de deixar de se cuidar, por mínimo detalhe que fosse. Ter uma aparência bonita e saudável era o seu ideal, não podia deixar de se cuidar. Ela ainda não ser dera conta do termino do namoro com Jared. Ainda iria lutar por ele, não passava de uma decisão precipitada. Foi uma decisão intuitiva, não havia pensado nas consequências que poderiam se gerar. No fundo Mellody ainda acreditava que Jared a amava e que em qualquer momento eles iam reatar o namoro.

— Mell, no que você está pensando? — Perguntou Luiza.

— No meu amor... Eu sei que nós vamos voltar O que ele quis foi ter uma aventura e já teve.

— O Jared vai voltar com você! — Afirmou Luiza.

— Assim espero,para o bem dele.Sem contar que aquela Cindy é uma asqueroza.Detesto ela,sempre detestei

— Por que amiga? O que ela te fez?

Mellody olhou incrédula.

— Você ainda pergunta? Foi por culpa dessa idiota que o Jay terminou comigo.Estou infeliz por culpa dela.Se o Jay não for meu, não será de mais ninguém.Isso eu prometo.

Luiza nunca vira Mellody falar de tal forma. Ficara assustada, afinal Mellody parecia ser uma garota muito tranquila e amavel. Será que ela se enganara a todo esse tempo a respeito de sua amiga? Não se encaixava em sua mente toda aquela conversa.

— Amiga,podemos comer algo? Estou com fome!

— Tudo bem,mas desde que seja algo light. Não posso engordar,você sabe disso.

— Esquece esse regime por algum tempo, vocÊ tem um corpo bonito.

— Bonito não é o suficiente. Tem que ser perfeito.

Luiza revirou os olhos e logo começou a andar em direção a praça de alimentação.Sentaram-se na mesa habitual,alguns dos restaurantes ali já as conheciam. Algo se passava pela mente de Luiza, pois a forma como passara a olhar para Mellody mudara completamente. Uma distância entre elas começava a nascer, mesmo que esta não fosse a intenção. Mellody a ignorava por completo enquanto a sua atenção voltava para o seu celular.Digitava rapidamente furiosa.

— O que aconteceu amiga? Ficou nervosa de repente!

Mellody sorria nervosa.

— Informações quentissimas. Viram o Jared saindo da casa da lambisgóia loira e ainda pela janela. Ele só pode estar maluco.Nunca foi de fazer coisas estranhas,seu comportamento sempre foi muito bem aceito por todos.

— Isso não é nada bom — Murmurou Luiza

— É pessimo. Acabaremosde comer e logo voltaremos para casa.Farei uma visitinha para o Jayzinho.

Um arrepio tomou conta do corpo de Luiza. Algo de bom não poderia ser. Quanto mais pensava nas atrocidades que Mellody porderia fazer, mais medo sentia.Não queria ser o seu alibi num momento que poderia colocar a sua vida em risco.

— Você vem comigo? — Perguntou Mellody enquanto se levantava.

— Ah não. Vou ter de passar na livraria.Nos vemos depois. — Mentiu Luiza.

Mellody bufou impaciente seguido de um sorriso falso.

Pegou as suas sacolas de compras e logo se foi. Não poderia demorar mais nenhum minuto sequer ou ele poderia arrajar uma desculpa dizendo que não estava em casa,mas para elaconseguiria dar um jeito.Iria fazer Jared voltar atrás. Caminhou apressadamente até chegar ao estacionamento. Retirou de sua bolsa suas chaves.Olhou ao redor para ver se não havia algum rosto estranho que lhe oferecesse algum risco. Abriu a porta do carro e assim colocou suas compras no banco traseiro. Se arrumou assim que entrou em seu carro, travando as portas.

Dali ela se pôs a dirigir em direção a casa de Jared,praticamente hipnotizada pela ideia maluca de que ele estivera no quarto de Cindy. Não poderia sequer pensar no que poderia ter acontecido, isso se ele tivesse passado a noite com ela.

"Ela que não pense em ficar entre nós! Eu não vou deixar,nem que para isso eu tenha de aniquilá-la por completo." Pensava Mellody consigo mesmo.

O trânsito estava tranquilo demais.Como ela odiava todo aquele silêncio.O único silêncio que a agradava era quando estava entre quatro paredes com Jared e nada mais parecia importar,onde ela poderia ser quem de fato é. Olhava para um lado e para o outro lembrando das vezes que andaram juntos por algumas ruas. Uma lembrança da qual ela gostava. Mesmo com a distância ela sentia a saudade de seus toques.

Em pouco tempo Mellody já estava estacionando o carro na frente da casa. Ela andava sedutoramente até a casa, tocou a campainha e esperou alguns minutos até ser atendida.

— Mell? — Perguntou Jared assustado ao abrir a porta.

— Oi meu amor! — Cumprimentou ela o agarrando.

Mellody o empurrava para dentro de casa o jogando para perto de uma parede.Estava voraz e necessitada,por sua vez Jared tentava se desvencilhar,mas para a sua surpresa a mão dela invadiu a sua calça. Mellody estava deixando-o excitado.Jared não queria se render a aquela tentação. Não poderia. Começou a puxar a mão de Mellody com força, mas ela não parecia ligar para aquela situação. Infelizmente a força que ele fizera deixara uma marca no braço da garota.

— Para com isso, Mell! — Exclamou Jared furioso empurrando-a para o sofá — Será que você não se toca! Eu não quero mais nada com você.

— Jay, para com isso. Eu sei que você me ama e que só quis uma aventura com aquela outra imbecil.

Jared segurava o maxilar dela fortemente.

— Não quero nada com você.

Furiosa Mellody se levantou.

— Realmente não acredito que aquela vadia está te mudando.Cadê o Jared, bad boy do colégio,o pegador?

— Não enche o meu saco tá? Não sou mais um estudante e você sabe muito bem disso. — Resmungava Jared nervoso.

Mellody tinha algo em sua mente. Sabia como provocá-lo, sabia de segredos que niguém sabia a respeito da vida de Jared.

— Ah Jay! Se eu fosse você pensaria melhor. — Começou Mellody persuasiva — Seria uma pena se o mundo todo soubesse do seu segredo, poderia até acabar com a banda de uma hora para outra, talvez a sua "namoradinha" comece a te odiar,porque é triste sermos enganados por tanto tempo.

Jared ouvia a tudo aquilo em silêncio. Ela não poderia estar mexendo no seu passado, não naquele que o fizera mudar por completo. O único motivo que o fizera se tornar tão sério durante tanto tempo. Agoara que havia encontrado um dos motivos para mudar, Mellody quer mexer no passado.

— O que você quer? — Perguntou ele por fim.

— Que fique longe da Cindy, que a faça desistir de você.E eu saberei se estiver tentando me enganar. Marque um encontro e diga barbaridades para ela,deixe-a no chão.Mostre uma outra realidade. Acima de tudo a faça sofrer.

— Isso é demais,Mellody. No minimo posso deixar de falar com ela e tudo mais.Nenhuma garota deve sofrer por minha causa.

Mellody riu alto e irônica.

— Faça o que eu mandei ou o seu mundo já era.

Furiosa Mellody se levantou.

— Realmente não acredito que aquela vadia está te mudando.Cadê o Jared, bad boy do colégio,o pegador?

— Não enche o meu saco tá? Não sou mais um estudante e você sabe muito bem disso. — Resmungava Jared nervoso.

Mellody tinha algo em sua mente. Sabia como provocá-lo, sabia de segredos que niguém sabia a respeito da vida de Jared.

— Ah Jay! Se eu fosse você pensaria melhor. — Começou Mellody persuasiva — Seria uma pena se o mundo todo soubesse do seu segredo, poderia até acabar com a banda de uma hora para outra, talvez a sua "namoradinha" comece a te odiar,porque é triste sermos enganados por tanto tempo.

Jared ouvia a tudo aquilo em silêncio. Ela não poderia estar mexendo no seu passado, não naquele que o fizera mudar por completo. O único motivo que o fizera se tornar tão sério durante tanto tempo. Agoara que havia encontrado um dos motivos para mudar, Mellody quer mexer no passado.

— O que você quer? — Perguntou ele por fim.

— Que fique longe da Cindy, que a faça desistir de você.E eu saberei se estiver tentando me enganar. Marque um encontro e diga barbaridades para ela,deixe-a no chão.Mostre uma outra realidade. Acima de tudo a faça sofrer.

— Isso é demais,Mellody. No minimo posso deixar de falar com ela e tudo mais.Nenhuma garota deve sofrer por minha causa.

Mellody riu alto e irônica.

— Faça o que eu mandei ou o seu mundo já era.

— Para que tudo isso?

— Só quero ter a garantia que você será meu e de mais ninguém.

Jared riu sem graça.

— Nunca mais serrei seu. Vou ficar com quem eu quiser.

— Claro! Faça o quiser, fique com quem achar conveniente, desde que não seja a Cindy. — Insistia Mellody.

— E sobre esse encontro?

— Leve-a para onde quiser, mas a conversa final tem de ser no seu apartamento. Estarei escondida ouvindo tudo e sei quando você mente, meu amor. — Para que tudo isso?

— Só quero ter a garantia que você será meu e de mais ninguém.

Jared riu sem graça.

— Nunca mais serrei seu. Vou ficar com quem eu quiser.

— Claro! Faça o quiser, fique com quem achar conveniente, desde que não seja a Cindy. — Insistia Mellody.

— E sobre esse encontro?

— Leve-a para onde quiser, mas a conversa final tem de ser no seu apartamento. Estarei escondida ouvindo tudo e sei quando você mente, meu amor. — Aproximou-se para despedir-se — Até breve Jay.

Mellody saiu vitoriosa. Tudo que Jared mais desejava era socar a parede ou melhor a cara daquela garota insuportável. Como é que ela poderia ser tão baixa a ponto de querer ver o sofrimento de outra pessoa? Isso não fazia o menor sentido. Não conseguia ver Cindy sofrendo por sua causa, aliás nenhuma garota. Seria horrível. Não queria que o seu segredo fosse exposto de uma hora para outra. A sua banda tinha contrato, agenda a ser cumprida e isso só iria deixá-lo ainda mais irritado. Os fãs que conquistaram ao longo dos anos poderiam começar uma revolução contra ele.

**********

Os pais de Cindy ao chegarem fizeram questão de almoçarem fora, levaram Amelie para conhecer um pouco mais de Londres. Por onde andavam tiravam fotos, principalmente Cindy e Amelie. Afinal em questão de poucos horas, ela partiria de volta para França. Deixaria saudades no coração de Cindy. Novamente um buraco se abriria e quem ela poderia contar todas as suas dores a deixaria sozinha num mundo devastado.

— Como você está meu amor? — Perguntou Amelie cuidadosa.

— Estou melhor tia. Por que?

Amelie pensou antes de dizer.

— Porque eu não quero que crie tantas expectativas em seu coraçãozinho. Amar alguém requer muita confiança e segurança dos dois lados. Sei quanto é bom amar e ser amado, mas com cuidado.

— Pode falar, isso envolve o Jared?

— Sim, minha amora! Não quero que pense que sou contra a sua felicidade, ao contrário quero que seja muito feliz com quem você ama de verdade. Infelizmente o que eu tenho para te contar pode deixar para baixo. — Amelie respirou fundo — Eu vi uma garota saindo da casa do Jared no momento em que você estava dormindo, se eu me enganar devia ser a Mellody.

— Me... — Gaguejava a garota — Me... Mellody? Não pode ser.

— Fica calma, amora. Confie no seu coração.

— Eu confio tia, mas tenho medo dele me guiar para o lado errado a ponto de me fazer sofrer, não gosto de ser iludida. Preciso de coisas concretas, de certezas e garantias. Não dá para sofrer ainda mais.

— Eu sei meu bem, vai dar tudo certo. Acredite em mim.

Amelie sorriu e Cindy a abraçou calorosamente.

— Depois um tempestade devastadora o sol nasce para alegrar o coração das pessoas. — Sussurrou Amelie.

Toda essa sabdoria de Amelie era comovente, mesmo sem esperar ela sempre falava uma frase que poderia mudar o dia ou a vida das pessoas.Principalmente daquelas que ela se importava demais.

— Quem quer tomar um bom sorvete com direito a muita cobertura de chocolate? — Anunciou George animado

Todos logo começaram a se animar com a ideia de tomarem um bom sorvete. A tarde de domingo pedia essa comemoração entre família. Momento que valeria mais do que qualquer outra coisa no mundo. Família o centro de tudo, da existência, do amor que nasce sem se esperar.

O domingo se encerrava da melhor forma possível. Um dia muito bem aproveitado por essa família unida e amorosa.


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