Por Trás da Seriedade escrita por Lilly Belmount


Capítulo 24
Capítulo 23 - Parte I




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Toda aquela briga que fora causada anteriormente não foi capaz de fazer com Mellody ficasse quieta no seu canto, insitia em destruir o relacionamento de Cindy e Jared, principalmente depois que os pais de Cindy aceitaram a gravidez. Tinham de ser uma família muito louca para pensarem de uma forma e depois mudarem. Não havia o menor sentido. Não iria desistir tão fácil, nem que para isso ela tivesse que eliminar um por um. Quando ainda estavm num relacionamento, Jared e Mellody iam a uma boa boate para descontrair. Tocavam boas músicas, um clima agrádavel que influenciavam conversas amistosas. Mellody sempre tivera bons contatos e agora seria o momento de colocar em ação.

Com o tempo livre, Mellody se aprontou para curtir mais uma noite ao lado de seus amigos. Desta vez fora ela quem escolhia o local adequado. Dirigiu até a boate Guilty. As pessoas que ali frequentavam sabiam do quanto Mellody era uma porta aberta para novos desafios e conquistas. Para a ocasião não usava nada de especial, sua intenção ali era de falar com alguém que pudesse ajudá-la. Sorriu ao ser observada por um dos seguranças. Ele estava parado diante da porta de Maya.

Maya era a dançarina, cliente e sócia que mais atraia atenção de quem conhecia a boate. O lugar lotava quando se tratava da noite de sua apresentação. Mesmo com os seus trinta anos a mulher exibia um belo corpo de parar o trânsito. Todos dariam a vida para poder tocar o seu belo corpo uma única vez. Já fora motivo de disputas entre os homens mais populares do mundo. Infelizmente ela não havia nascido para ser domada. Enquanto o show não começava o jeito era se divertir com os amigos.

Mellody se entregava ao som da música envolve e dançante. Tocavam em seu corpo e ela não ligava. Naquela noite ela se sentia livre para ser de quem quisesse. Havia muito mais a ganhar do que imaginava. O efeito da bebida começava a tomar conta dela, mas ainda assim ela era capaz de distinguir todos os seu atos. As luzes neon que piscavam intensamente deixavam um clima de boas vibrações. O seu corpo falava por ela.

Na pista de dança uma dupla de gêmeos a desejavam com os olhos. Eles dançavam sedutoramente. Todos aqueles músculos a mostra deixavam Mellody sem noção, perdida diante de tamanha tentação. Eles foram se aproximando de acordo com o ritmo da música. A música que antes era mais agitada logo se transformou numa batida sedutora. Mellody estava no meio dos dois. Seu sorriso pervertido se estampava em seu rosto. O que era mais velho dançava segurando firme em sua cintura enquanto seu irmão distribuia beijos avassaladores em seu pescoço.

Uma mistura de desejo e luxuria que ela nunca havia experimentado. Ali Mellody estava entregue aos seus desejos mais impuros. As mãos grandes dos gêmeos se apoderavam intensamente daquele corpo feminino. O calor crescia a cada investida deles. Ela teria de se controlar ou acabaria tendo de ir para cama com eles. Seu corpo pedia por mais.

O dj ainda continuava a tocar músicas sensuais. Não deveria se importar com mais nada. Precisaria apenas de algum momento a sós com os gêmeos. Talvez num outro momento, pois Maya já estava posicionada no palco para se apresentar. Anotou o número de cada um deles em seu celular. Algum dia poderiam fazer uma festinha particular.

— E agora com vocês a picante, sensual e envolvente Maya! — Anunciou o dj.

Era uma pena ter de despedir dos gêmeos, eles foram tão receptivos e agradáveis. Não poderia perder o foco. Antes de tudo teria de assistir a performance que seria realizada por Maya, ela adorava ser elogiada. Elogios não seriam comparados ao que ela teria de fazer depois.

Todos os movimentos realizados por Maya eram condizente com a música. Em alguns momentos eram passos tranquilos e leves, mas em outros ousados e sensuais demais. Os homens iam a loucura com os seus rebolados, com o próprio toque que ela realizava em seu corpo. Uma multidão louca delirava por ela. Maya possuia o melhor público que poderia se imaginar. Seu nome ecoava por toda a boate.

Sempre pediam "bis", mas Maya não atendia sempre o pedido de seus fãs enlouquecidos. Se dependesse do seu público ela nunca sairia do palco, mas sempre precisava recompor as suas energias gastas. Assim que as duas músicas acabaram Maya foi conduzida para o seu camarim. Mellody apenas esperava o seu momento.

O segurança acompanhou Mellody até o camarim. Maya se olhava atenciosamente no espelho. Sua figura majestosa deixava a desejar muito mais. Pela sua visão periférica pode notar Mellody entrar.

— O que você deseja Mellody? — Perguntou Maya curiosa enquanto tomava o seu martini.

— Também senti muitas saudades. — Murmurou Mellody enquanto sentava-se no sofá vermelho de couro.

— Fala logo!

— Gostaria de contar com a sua ajuda para um trabalho especial. — Começou Mellody.

— Se for pra entrar num bolo falso numa festa de gente virgem estou fora. — Murmurou Maya.

— Não se antecipe, querida. Quero que você me ajude a separar um casal. Infelizmente uma vadia fez com que o Jared terminasse comigo, quero que faça com que a Cindy pense que ele a traiu.

Maya arqueou a sobrancelha animada.

— Cindy Harttman?

— Ela mesma!

— Vocês duas eram tão amigas no passado. — Lembrou Maya — Unidas, faziam promessas.

— Passado é passado, não é? Ela sempre fingiu que era minha amiga, assim poderia saber como era o meu relacionamento com Jared.

— Mas ela nunca havia falado com ele.

Mellody detestava quando lembravam do seu passado. Não havia nada de interessante a ser vasculhado.

— Aceita ou não? — Mellody queria adiantar o assunto.

— Sabe que eu cobro caro — Murmurou Maya.

Mellody tirou de sua bolsa um envelope bem volumoso e entregou a Maya.

— Isso é o suficiente para o começo, depois de realizar todo o serviço ganhará o dobro.

— Foi um prazer fazer negócio com você, Mellody.

Mellody passou os detalhes a serem acertados e o que ela deveria fazer para manter-se bem próxima de Jared. Tinha ideia de onde Jared poderia estar numa noite daquelas. Obviamente estaria com Cindy, porém seria impossivel afastá-lo. Aguardaria mais alguns dias e colocaria tudo em ação.

**********

Um novo dia começava e junto com ele as novas propostas de Mellody ganhavam vida e forças. Sorria triunfante diante de seus pensamentos maquiavélicos. Finalmente veria Cindy se afundar em sua própria desgraça. Como ainda era cedo demais, ela foi malhar. Cuidar da aparência era o mais importante para ela, assim teria mais chances de mostrar quem se dava melhor nas disputas.

Depois da academia, ela resolveu passar no spa e relaxar um pouco. Sua pele de pêssego merecia os devidos cuidados. Em breve Jared estaria tocando nele, fazendo-a chegar ao nível mais alto do prazer. Recebera informações de que Maya já estava circulando Jared, não o perdia de vista em momento algum. A ansiedade tomava conta de Mellody. Queria que o dia passasse rápido o suficiente para Maya colocar tudo em ação.

A cidade de Keaton estava tranquila demais. Para onde quer que olhasse as pessoas pareciam presas em suas rotinas medíocres. Evan pediu para que Jared os deixassem livres naquela tarde calorosa. O sol pedia um bom banho refrescante numa piscina e eles iriam se refrescar no clube onde eram sócios. Não vendo problema algum Jared concordou. Ele também precisava de um momento só seu. Cindy havia ido fazer trabalho com grupos de estudo e depois ia para um curso de preparo para futuras mamães.

Sua tarde se encontrava completamente livre. Teria de encontrar algo para fazer sozinho. Procurou em sua agenda, o contato de alguns amigos que moravam ainda por ali em Londres. Seria uma boa sair e relembrar o tempo de colégio, das bagunças que realizavam em bares.

Marcou o encontro no bar Street Man. Se ajeitou para ter uma tarde agradável com seus antigos amigos. Seria uma para jogar conversa fora , esquecer problemas e quem sabe assim uma nova inspiração para o seu novo album. Tinha de planejar seu próximo projeto e novas aventuras sempre o ajudaram na composição de grandes sucessos.

O bar era agradável e sedutor. Uma combinação perfeita de tudo que Jared apreciava. Ao chegar no bater, Jared logo encontrou Henry e Tommy, até então eles não haviam mudado desde a última vez que se viram. Entre abraços e apertos de mãos eles se cumprimentavam. Os rapazes já haviam feito os pedidos. Só reforçaram um pouco mais por causa de Jared.

Conversaram sobre tudo que fizeram no tempo em ficaram longe. Todos os aspectos da vida foram esclarecidos, mesmo com tantos anos a serem conversados Tommy teve logo de ir embora, pois sua mulher iria dar um grande almoço de inauguração de sua grife e ela contava com a presença dele. Enquanto Henry ficou um pouco mais com Jared.

Uma figura feminina sentou- se ao lado de Jared. Henry olhava abismado e interessado, mas percebera que a mulher ao seu lado não havia lhe mostrado algum tipo de interesse.

— Aproveite bem — Disse Henry indo embora.

Jared deu de ombros. Não iria querer saber de outras sendo que já tinha Cindy. Olhou discretamente para a mulher, mas logo a ignorou.

— Não vai falar comigo, Jay?

Jared a olhou surpreso.

— Maya? É você mesma?

Ela sorriu triunfante.

— Nossa! Jared Colleman você está um arraso.

Jared a abraçou.

— Pensei que estivesse morando bem longe daqui. — Murmurou ele.

— E estou... Vim visitar uma amiga. E você continua se dedicando ao The Fallen?

— Não posso parar de me dedicar ao que amo.

— Concordo! Aceita uma bebida?

— Aceito! Só preciso ir ao banheiro, com licença.

Maya esperou que Jared se afastasse para que pudesse fazer os pedidos. Enquanto ele não retornava deu um jeito de batizar a bebida, algo moderado apenas para deixá-lo um pouco mais relaxado. Não demorou para que ele voltasse, o sorriso de Maya conseguia convencer qualquer pessoa.

— A sua saúde! — Disse ela ao beber o seu whisky.

— Saúde!

Jared bebia tranquilamente. O sorriso de Maya não desaparecia. O primeiro passo já havia sido dado. O grande final estava por vir. Jared não sabia que reencontrar com o seu passado poderia lhe trazer futuros problemas. O efeito do batismo não demorava tanto. Em questão de minutos Jared estaria pedindo por ajuda.

Insistiam numa conversa sem fim, Jared olhou para a decoração do bar e viu tudo ao seu redor ficar menor, girando. Seu corpo ora esquentava demais ora esfriava.

— Tudo bem, Jay?

— Só uma leve tontura!Preciso ir.

— Não pode dirigir nesse estado. Eu te levo.

— Pega a chave no meu bolso e me leva para o prédio Saint Germaine.

Dito isso, Maya pegou a chave e o conduziu até o carro. Ele suava intensamente, não tinha condições de dirigir. Maya sabia que o seu plano iria dar certo, tinha se preparado avidamente para realiza-lo com maestria. Nada seria deixado para trás. Durante miutos ficaram na estrada enquanto Jared ficava cada vez pior.

Chegando no apartamento, ela fez questão de dar-lhe um copo dágua, não iria interferir no resultado anterior, mas sem que ele percebesse havai colocado um pouco mais do seu batismo para garantir um efeito ainda mais duradouro. Jared se desesperava por dentro, pois sabia que não era de ficar tão ruim com duas doses de whisky. Desconfiava de Maya ter drogado a sua bebida.

Jared sentia o seu corpo todo ficar leve demais. Avistou um sorriso desafiador de Maya. Não poderia ser coisa da sua cabeça. O chão sobre qual pisava flutuava.

— O que você me deu, Maya? — Perguntou ele fraco.

— Nada meu amor... só quero ter controle da situação. Hoje você é apenas meu.

Dito isso Maya aproximou-se de Jared tirando sua roupa. Ele bem que lutava para que ela assim não o fizesse, mas não havia muito com o que lutar. Maya conseguia os pontos fraco de Jared e abusava deles para que as suas intenções fossem alcançadas com exito.

**********

Cindy estava sozinha em casa assistindo os seus programas favoritos. Tudo estava muito quieto na casa, exceto a televisão que rompia as camadas do silêncio. Era seis da tarde quando o começou a receber várias mensagens. Não ligou à principio pois poderia ser os seus colegas de escola fazendo gracinhas. A insistência foi tanta que não houve como não olhar. Demorou um pouco para que todas elas carregassem. Depois de concluir o carregamento, Cindy ficou em choque.

Todas aquelas fotos que chegavam em seu celular não fazia sentido algum. Ela não queria acreditar no que seus olhos viam. O pior é que não havia forma alguma de descobrir de quem era aquele número. Tantos pensamentos negativos se apoderaram de Cindy. Sem pensar duas vezes pegou o carro de seus pais e se pôs a dirigir até o apartamento. Teria que comprovar com os seus próprios olhos. As estradas se encontravam caóticas demais, o pior dia. Detestava ter de enfrentar longas filas, sem contar que naquele dia não havia como esperar tanto.

A demora se tornava infernal demais. Logo as estradas começaram ase movimentar e sem hesitar acelerou o carro no limite mais alto. Queria matar Jared e aquela vagabunda que estava com ele. Ao chegar na porta do hotel, Cindy respirou profundamente algumas vezes antes de sair do carro, tinha de encontrar a calma dentro de si. Sua gravidez não permitia tantas emoções. Pegou o elevador e esperou até que chegasse no andar. Tudo demorava naquele dia. Um saco.

Andou a passos largos e ligeiros pelo corredor. Pensou em bater na porta, mas assim os assustariam. Decidiu entrar como quem já pertencesse a aquele lugar. Ir até o quarto fraquejavamas suas pernas, ela não se sentia segura em ter de presenciar tal cena, mas se não seguisse adiante acabaria acreditando que aquelas fotos fossem montagens bem feitas. Seu coração se comprimia ao saber que sua mente pderia engana-la.

Quando entrou no quarto Cindy desejou que estivesse realizando de algum programa de pegadinha. Ver Jared Colleman com outra na sua frente era motivo de decepção, de acabar com tudo o que era mais belo. Passou a lingua pelos lábios tentando encontrar forças para dizer algo.

— Ja... Jared? — Chamou ela com os olhos marejando.

— Cindy! — Ele ainda estava mole, mas conseguia conversar com uma certa facilidade — Não é o que você está pensando... — Cindy o interrompeu.

— Não... estou vendo e isso é o pior. Não me procure mais. — Disse ela saindo do quarto.

— Cindy, me escuta por favor! — Implorava Jared segurando o braço de Cindy com força.

— Me solta, eu não quero ouvir nada de você. Vai ficar com aquela... aquela — Cindy não conseguira conter as suas lágrimas — Como é que eu pude confiar em você?

— Porra, Cindy! Me escuta ao menos uma vez... isso é tudo culpa da Mellody. Eu sei que ela tem culpa...

— Não Jared! Estou cansada das mesmas desculpas sempre que algo nos atrapalha. Eu só me machuco com você!

— Caralho! — Gritou ele — Tudo bem, faça o que quiser, mas vou te provar que tudo isso foi uma armação e das bem feita.

— Chega! Não quero saber de mais nada. Eu vou embora daqui e você nunca mais vai ter noticias de mim. Vai ser feliz com as outras que sempre te tinham na cama. Não sou digna de te ter na minha vida, na minha família...

Ela o encarava tentando conter as lágrimas.

— Porra! Se eu não posso te ver na minha vida é melhor que eu morra! Não me importo com as outras... eu quero você...só você Cindy.

Cindy não falou mais nada e saiu do apartamento correndo. Se odiava por ter caído na conversa dele. Naquele momento tudo o que ela poderia fazer era chorar na tentativa de extravasar toda a sua raiva.

Jared virou a sua atenção para Maya, que até então não se sentira incomodada com a discussão.

— O que você ainda faz aqui, Maya? Por que esse interesse em me visitar?

— Senti saudades do que um dia foi meu. — Provocava ela sedutora.

— Faz muito tempo, Maya. Eu amo aquela garota que acabou de sair daqui e por sua culpa ela não vai querer mais olhar na minha cara.

Maya se aproximou puxando-o pelo colarinho de sua camisa.

— Não tem problema. Eu não me importo em te olhar sempre.

— Vaza daqui! — Ele a expulsava brutalmente — Não quero saber de mais ninguém na minha vida. Só me fodo.

Maya pegou os seus pertences e saiu do apartamento. Sentia-se orgulhosa do trabalho que havia feito. Não havia como descobrirem que lhe pagaram. Sempre fora precavida. Todos os detalhes eram muito bem estudados e analisados. Mandou uma mensagem para Mellody contando as novidades.

Não demorou para que Mellody ligasse para Maya.

— Conta tudo.

— Calma minha flor! Confie no meu trabalho. Cindy Harttman não será um impecilio na sua vida, agora trate de aproveitar o tempo que lhe resta com o Jared.

— Ela terminou com o Jared? — Questionava Mellody esperançosa.

— Sim e faça bom aproveito.

Jared se via sozinho. Não conseguia acreditar que fora capaz de perder a garota que amava e tudo por culpa de uma sombra do passado. Mellody tinha de estar envolvida. Sua intuição não o enganava, iria resolver toda asituação com Cindy logo mais. Só precisava esfriar a cabeça. Vestiu-se e foi para uma boate. Uma que não fosse conhecida, assim não correrria riscos novamente.

Se pudesse dar um fim na sua vida, aquele era o momento para Jared. Sempre fazia Cindy sofrer, mesmo que esta não fosse a sua intenção. Mellody atrapalhava tudo o que faziam. Quando tudo parecia ir bem logo algo fazia com que a alegria deles fosse destruída em questão de segundos. Não poderia seguir em frente dessa forma. Queria que Cindy fosse apenas feliz e nada mais.

— Posso ajudá-lo em algo? — Perguntou uma senhora elegante.

— Pode sim.... me sirva um bom copo de veneno. Talvez isso me ajude.

— Infelizmente eu tenho para servi-lo. Recomendo uma boa cerveja. — Disse ela lhe entregando uma garrafa — Por que um rapaz tão belo quer dar fim a sua vida?

— Porque eu faço a garota que eu amo sofrer e ainda por cima grávida.

Ela se espantou com a confissão.

— O caso é serio.

— Mais do que a senhora imagina. Eu sou um idiota, vivo machucando o coração de quem eu amo.

— Nesse caso já tentou se desculpar com ela?

— Não consigo! Infelizmente a minha ex fez com que ela pensasse que eu a trai. Já tentei conversar com ela, mas ela me ignora.

— Meu jovem, dê um tempo a sua amada ela vai precisar colocar os pensamentos em ordem. Se ela te ama, vai voltar.

— Espero que esteja certa ou morro. Pela Cindy eu daria a minha vida.

**********

Cindy chegou em sua casa completamente nervosa. Bufava enquanto subia as escadas para o seu quarto. Não queria continuar ali nem por mais um segundo que fosse. Fugir dali era a sua esperança. Memso que a sua mãe acabase por proibi-la passaria por cima das suas ordens, ela teria de entender o que estava acontecendo.

Brenda ao ver sua filha toda agitada a acompanhou.

— O que está acontecendo Cindy?

— Nada demais, mãe.

— Não é o que está parecendo. Andou chorando. — Murmurou a mãe ao analisar o rosto da filha.

— Só preciso fazer uma viagem para a casa da tia Amelie, mãe. Preciso esquecer as pessoas daqui e além de tudo tenho um trabalho sobre a França.

— Brigou com Jared? — Quis saber Brenda.

— Não tem nada a ver com ele. Estou cansada das pessoas do colégio. Por favor não me empate, mãe.

Brenda abraçou a filha calorosamente.

— Claro que eu não irei te empatar! Vá, esfrie a sua cabeça por um tempo.

Cindy deu um beijo em sua mãe e logo continuou a arrumar algumas malas. Não iria levar muitas coisas,apenas o básico para sobreviver por algum tempo. Não contaria para ninguém a sua decisão de última hora. Assim que tudo estava organizado, mandou uma mensagem para a sua tia Amelie, ela poderia achar inconveniente a sua presença. Só poderia contar com a ajuda de Amelie e ninguém mais.

A jovem deu uma última olhada em todo o seu quarto. Na decoração em roxo e branco que tanto amava, da sua estante com seus livros preferidos, do seu canto que tantas noites lhe serviam de consolo. Não havia planos em voltar, deixaria que a vida tomasse os eixos necessários. Seguiria adiante sem olhar para trás, deixaria algumas pessoas se fosse necessário.

Pediu para que sua mãe a levasse até o aeroporto o mais rápido que pudesse. Não queria correr o risco de Jared ir procurá-la. Brenda aceitou rapidamente o pedido da filha. Seria melhor assim, sem confusões, sem discussões necessárias. Enquanto dirigia até o aeroporto Brenda viu o quanto a sua filha havia crescido e se tornado uma pessoa mais responsável, mais madura e que mesmo assim não mudava o seu jeito de ser. Uma nova Cindy começava a crescer cada vez mais. Com o olhar distante e com os fones de ouvido, Brenda se encantava com o pequeno gesto de Cindy para com a criança que estava sendo gerada.

Mesmo sem perceber a jovem alisava a sua pequena barriga. Talvez esse fosse o seu destino: ter o seu coração machucado várias vezes pela pessoa que tanto ama. Já poderia morrer se não fosse pela criança que estavapor vir. Não fazia senttido algum continuar morando em Londres. Em pouco tempo teria a criança e assim poderia se esforçar para cursar uma boa faculdade para ser um exemplo para a criança.

— Pretende passar quanto tempo com a sua tia? — Perguntou Brenda quebrando o silêncio interminável.

— Não sei! Só preciso de um tempo sozinha mãe. Sempre que possível entrarei em contato, a manterei informada. Conte apenas para a Roberta onde estou, mas a faça jurar que não contará nada a ninguém.

Brenda concordou de imediato. Estacionou o carro para despedir-se de sua filha. Estavapreparada para deixa-la assumir suas prórpias responsabilidades.


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