Por Trás da Seriedade escrita por Lilly Belmount


Capítulo 13
Capítulo 12




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No domingo de manhã as garotas prefeririam ficar assistindo aos seus seriados, riam e comiam porcarias. De vez em quando Cindy pensava nos fatos da noite anterior, em Jared, no quanto gostava da tranquilidade. Não poderia ter desejado algo melhor para aquele dia. Seu oração se recusava a bater lentamente. Só em lembrar do doce sorriso dele o encanto tomava conta da garota. Não fazia sentido não ter aquele sorriso para melhorar os seus dias. O sorriso encantador que lhe tirava o sono, alimentava os seus sonhos.

Lucy e Charlie ficaram surpresos ao saber que Cindy alimentava uma paixão opr Jared. Era mágico para eles saberem. No entanto cuidavam de tudo para que as garotas se sentissem confortáveis em casa. Passar od aia na casa de Roberta era mais do que divertido. Entendia-se que a familia se completavam e fazima de tudo para que a tristeza, os problemas não afetassem aos outros. A paz e a positividade eram primordiais.

No noticiário da tarde, havia uma matéria falando sobre mães adolescentes. Falava sobre tudo, quais os cuidados deveriam ter, o que acontecia com aquela geração que não se cuidava, dos numéros de abortos que cresciam de forma significativa. Vidas eram perdidas a cada dia que se passava.

Desde pequena Cindy detestou o fato das pessoas morrerem e principalmente pelo fato de serem capazes de tirarem uma vida que se gerava no ventre de cada uma dessas jovens, mesmo que fossem motivos fortes para realizarem o aborto, era uma vida inocente. Um ser tão pequeno que não tinha culpa alguma, só desejava uma oportunidade para evoluir e nada mais. Para ela o aborto se tratava de um assunto delicado.

Cindy e Roberta se entreolharam, não haviam parado para pensar no que deveriam fazer. O assunto foi o suficiente para que elas corressem para o quarto de Roberta e discutissem à respeito.

— Cindy, você já fez o teste? — Questionou Roberta preocupada.

— Não.

— Tem que fazer, por favor!

— Vamos esperar mais uns dias e eu faço. Prometo. Quem sabe algo pode acontecer.

Ver Roberta preocupada deixava-a mal. Não gostava de saber que sua amiga sofria. Cindy tinha esperança de que dentro de alguns dias pudesse menstruar como todos outros meses. Não iria se alarmar antes do tempo.

À noite os pais de Cindy foram buscá-la. Quando os adultos estavam reunidos era apenas muita conversa sobre o futuro dos filhos, as faculdades que desejavam que cada um deles frequentassem, a vida que levariam. As garotas não gotavam de ouvir tais conversas, mas elas tinham de escolher o que fazer da própria vida. Todos se encontravam reunidos na sala prestando atenção na programação das jovens. Brenda fez um comentário um tanto que chamativo.

— Cindy, sabe aquele rapaz, o nosso vizinho?

— Quem? O Evan?

— Não, aquele que você gosta mais.

— O Jared? — Disse ela corando.

— Ele mesmo...ontem mesmo depois que fomos embora, não demorou muito e ele também foi. Na noite fria ele ficou do lado de fora, agarrando uma prostituta, impossível de acreditar. Mas ele é um rapaz sem modos. Não sei como pode gostar dele.

Cindy e Roberta se olharam e começaram a rir, tentaram se controlar, mas era impossível.

— Mãe, relaxa. Ele estava na frente da casa dele e pelo menos era uma outra garota e não eu. Sabe que eu não sou assim. Ainda preservo algo muito importante na minha vida.

— Concordo. Agora está na hora de irmos pra casa.

— Não podemos ficar mais alguns minutos? — Questionava a garota.

— Não. Tem que descansar e deixar o Charlie e a Lucy descansarem também. Todos temos que trabalhar enquanto as mocinhas vão para o colégio.

— Tudo bem... nos vemos no colégio Roberta. — Despedia-se Cindy.

O dia passava rápido quando se está na companhia de pessoas tão agradáveis. Mais um dia terminava,cheio de coisas e acontecimentos animadores e outros nem tanto.

**********

Na semana que começara, George fazia questão de levar e buscar Cindy para todos os lugares. Gostava de dedicar um pouco do seu tempo ao lado de sua filha e quando o dia chegava ao fim, Cindy estava morta de cansaço com tantas tarefas realizadas ao longo do dia. Momentos que eram aproveitados com muito amor. George compreendia melhor sua filha do que Brenda. Havia um laço que os unia com muita intensidade.

No sábado de manhã, quando surgira uma brecha, Cindy telefonou para Roberta e explicou tudo o que estava acontecendo com ela e na sua vida. Uma completa e maluca onda se apoderara de Cindy. Sempre que se imaginava passando o dia com Jared, algo de surpreendente acontecia. Num dado momento ela aproveitou e falou com Jared pessoalmente.

— Quem é viva sempre aparece.

Ela não riu da piada.

— Me desculpa. Eu sei que queria conversar comigo, mas eu não estou tendo tempo. Meu pai quase não passa muito tempo comigo e esses dias ele encontrou oportunidade e está sendo difícil sair de perto dele.

— Eu não estou bravo... mas e a semana que vem, ele vai querer mais tempo com você?

— Não sei.

— Acho que posso te levar e buscar do colégio! — Sugeriu ele animado.

— Não é uma boa idéia.

— Por quê?

— Por que eu estou com uns problemas ai e não é bom sermos vistos... pelo menos não por enquanto.

— O problema é assim tão sério, que não podemos passar um tempo junto? — Perguntou ele cauteloso.

— Sim... Há tantas coisas a serem resolvidas, não preciso te envolver nas minhas loucuras e nos meus problemas, Jared.

Ela encarava o vazio. Jared estendeu a mão para que ela o tocasse. Levou-a para dentro de sua casa. Deu-lhe um beijo após fechar a porta. Queria tê-la por um tempo envolvida em seus braços. Estavam à sós, o que era bom. Cindy se afastou para continuar a conversa que estavam tendo pouco antes.

— Minha mãe nos viu depois do jantar na semana passada – Sussurrou ela,sorrindo

— Não brinca! — Ele estava incrédulo — Ela falou alguma coisa que te levasse à morte? Por que vai que ela surte de repente?

— Ela não sabe que era eu... — Ela fez uma pausa — Apenas falou sobre seus atos. Ela não concorda com o seu tipo conquistador.

— Ainda bem... — Sussurrou ele. — Não preciso conquistar mais ninguém a não ser você. Uma conquista que eu teria o prazer de realizar até os meus últimos dias de vida.

— Não me faça chorar... Tenho que ir, última noite com meu pai antes de viajar. — Ela se lembrou — Ah e eu trouxe sua jaqueta.

— Já? — Perguntou ele enquanto pegava da mão dela.

Ela assentiu.

— Sim... até.

Cindy ia passando por ele,mas ele esticou o rosto para que ela desse um beijo em seu rosto. Seu olhar estava abobalhado, com um sorriso que cobria todo o seu rosto. Evan apareceu no hall de entrada olhando-o estranhamente.

— Quanto tempo eu não o vejo assim? — Perguntou Evan sorrateiramente.

— Assim como? — Grunhiu ele

— Bobo, com um olhar de"florzinha". É lindo te ver desse jeito.

— Sabe, você precisa de uma namorada. Quem sabe larga do meu pé.

— Só se for a amiga dela. — Sugeriu Evan.

— Ela é um pouco esquentada — Ele fez uma careta.

— É por isso que eu preciso...da Roberta

— Boa sorte.

— Agora vou terminar de limpar o estofamento do carro ao invés de ficar olhando pra sua cara assustadora.

Evan revirou os olhos e foi para seu quarto solitário de companhias femininas. Roberta no jantar tinha agradado seus olhos, aos seus pensamentos e principalmente ao seu coração. Se seu irmão poderia ter Cindy como namorada ou qualquer coisa do gênero, ele poderia ter a amiga. Seu gênio é forte o que combinava muito com ele. Primeiramente teria de se aproximar ainda mais de Roberta e estudar o campo alheio.

Não era do seu feitio se encantar pelas amigas das garotas com quem Jared se relacionava, mas não foi por querer. Roberta conseguia surpreendê-lo. Pensavam da mesma forma e sempre que fazia algo de errado tentava reparar cada um deles. Lutava pela felicidade da familia. A única preocupação de Evan era de que Jared um dia pudesse esquecer da família, mas entenderia pois foi pelo seu irmão que conseguiram chegar até onde estavam. Enquanto Evan crescia, Jared já tinha de lidar com a dura realidade da vida de adulto. Trabalhava para ajudar a sua mãe e o irmão. Evan sempre seria grato por ter Jared como irmão.


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