Coffee escrita por Jowlly


Capítulo 51
Epílogo.




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Ela tinha o riso frouxo,

Que contrastava com o coque bem preso.

Ela não era um clichê.

Mas às vezes, só às vezes,

Se esforçava para ser.

~~

Não, não fazia ideia do que estava fazendo.

Mesmo que tivesse cara que sim.

Não queria, mas quando queria, sabia enganar.

Não gostava de se sentir confusa,

Mas algumas confusões gostava de causar.

~~

Tem gente que a acha profusa.

Ela pensa que não

Precisa de ajuda

Doce ilusão, pobre coração

Da garota que não sabe brincar.

E ao mesmo tempo é pura brincadeira.

~~

Ela diz que sim, e nega com a cabeça.

Não se sabe o que quer.

Ela diz que não, e sorri travessa.

Pois é, talvez meio traiçoeira,

Mas se tiver sua amizade,

Vale a pena, independe do que aconteça.

~~

Ela sofreu bastante

Naquela sua paixão derradeira.

Recuperou seus caquinhos

E jurou Nunca. Mais. Se. Apaixonar.

~~

Mas não foi bem uma novidade

Quando em um passeio pela cidade

Redescobriu o amor:

Um. Em. Cada. Esquina.

~~

Ela se sentia livre.

Livre como os versos que escrevia.

Quase tão livre quanto sua poesia.

Pois ela não sabia de absolutamente nada,

E pela primeira vez soube:

Que isso realmente não importava.

~~

Se as pessoas fossem música,

Entre complexos acordes, minuetos,

Anacrusas ou boleros,

Ela era uma só figura.

Mais simples do que parece.

Ora fraca, ora poderosa.

Não passava de uma fusa.

~~

Levada que só ela

Aprendeu alguns segredos,

Que nunca colocou em prática.

Ainda bem que ninguém cobra.

Ainda bem que cobra é só bicho.

~~

Mas quando alguém ousava perguntar:

— Menina, você não tem dó, não?!

Ela não tardava em responder:

— Não, eu só tenho o Sol.


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Notas finais do capítulo

Meu coração está batendo forte e eu não sei bem o por quê.

Eu simplesmente não acreditei que cheguei ao definitivo ponto final.

Quando eu comecei isso, em 2015, eu não sabia o quanto iria durar. Mas, para ser sincera, sabia que continuaria com meu amor. E por mais que meu amor não tenha acabado (nunca acabará), senti que fosse a hora de finalizar a coletânea. Sempre em mente que fim é sinônimo de recomeço.

Escrevi esse epílogo com todo o meu coração, e o resultado me surpreendeu. Me senti bela. Me senti poetiza.

Agradeço isso a todos. A cada leitor que passou por aqui, a cada pessoa que me inspirou e sabe que tem um verso dedicado a ti.

Eu simplesmente me deliciei com tudo isso. Eu mudei também. E muito. E nunca vou parar de mudar, assim espero.

Gostaria de finalizar com uma mensagem de José Saramago:
Todos somos escritores, só que alguns escrevem e outros não.

Novamente, agradeço. Que suas vidas sejam repletas de amor: para dar, doar e transbordar.



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