Just a Dream escrita por ColorwoodGirl, WaalPomps


Capítulo 1
Prólogo




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E no fim, o comensal virou do bem...

– Você sabe como e porque ela morreu. Empenhe-se para que não tenha sido em vão. Ajude-me a proteger o filho de Lilian.

– Ele não precisa de proteção. O Lorde das Trevas se foi...

– ... o Lorde das Trevas retornará, e Harry correrá um perigo terrível quando isso ocorrer.

(...)

– Muito bem. Muito bem. Mas jamais, jamais revele isso, Dumbledore! Isto deve ficar entre nós! Jure! Não posso suportar... particularmente o filho do Potter... Quero sua palavra!

– Dou minha palavra, Severo, de que jamais revelarei o que você tem de melhor.

O lorde das trevas virou pó...

Avada Kedavra!

Expelliarmus!

O estampido foi o de um tiro de canhão e as chamas douradas que jorraram entre as duas, no centro absoluto do círculo que eles tinham descrito, marcaram o ponto em que os feitiços colidiram. Harry viu o jato verde da maldição de Voldemort ir de encontro ao seu próprio feitiço, viu a Varinha das Varinhas voar para o alto, escura contra o nascente, girar pelo céu encantado como a cabeça de Nagini (...)E Harry, com a habilidade infalível de um apanhador, agarrou a varinha com a mão livre ao mesmo tempo que Voldemort caia para trás de braços abertos, as pupilas ofídicas dos olhos vermelhos virando para dentro. Tom Riddle bateu no chão com uma finalidade terrena, seu corpo fraco e encolhido, as mãos brancas vazias, o rosto de cobra apático e inconsciente. Voldemort estava morto e atingido pelo ricochete de sua própria maldição, e Harry ficou parado com as duas varinhas na mão, contemplando o invólucro do seu inimigo.

O inimigo virou amigo...

– Então, Draco? – perguntou Lúcio Malfoy. Seu tom era pressuroso – É ele? É o Harry Potter?

– Não tenho... não tenho certeza. – respondeu Draco. Mantinha distância de Greyback, e parecia tão atemorizado de olhar para Harry quanto Harry para ele.

(...)

– Tem alguma coisa ali – sussurrou – poderia ser a cicatriz, distendida... Draco, venha aqui, olhe direito. Que acha?

Harry viu o rosto de Draco agora muito perto, junto ao do pai. Eram extraordinariamente parecidos, exceto que, enquanto Lúcio não cabia em si de excitação, a expressão de Draco espelhava relutância e até medo.

– Não sei – respondeu, e voltou para junto da lareira.

A mãe virou “super-mãe”...

(...) e a atenção de Harry foi desviada quando uma Maldição da Morte passou tão perto de Gina que por menos de três centímetros não a matou.

Ele mudou de rumo, avançando para Bellatrix em lugar de Voldemort, mas dera apenas alguns passos quando foi empurrado para o lado.

– A MINHA FILHA NÃO SUA VACA!

A sra. Weasley atirou sua capa longe enquanto corria, eixando os braços livres. Bellatrix girou nos calcanhares, às gargalhadas, ao ver quem era sua nova desafiante.

(...)

– Você... nunca... mais... tocará... em... nossos... filhos! – gritou a sra. Weasley.

(...)

O feitiço de Molly voou por baixo do braço esticado de Bellatrix e atingiu-a no peito, diretamente sobre o coração.

O amigo virou marido...

– Não – respondeu Rony, sério – devíamos dizer a eles para dar o fora. Não queremos outros Dobbys, não é? Não podemos mandá-los morrer por nós...

Houve um estrépito quando os dentes de basilisco caíram em cascata dos braços de Hermione. Correndo para Rony, ela se atirou ao seu pescoço e chapou-lhe um beijo na boca. Rony largou os dentes e a vassoura que estava carregando e retribuiu com tal entusiasmo que tirou Hermione do chão.

– Isso é hora? – perguntou Harry, timidamente, e, quando a cena não se alterou exceto por Rony e Hermione terem se abraçado com tanta força que chegaram a bambear, ele ergueu a voz – Oi! Tem uma guerra rolando aqui!

Rony e Hermione se separaram, ainda abraçados.

O idiota virou herói...

Com um único movimento rápido e fluido, Neville se libertou do Feitiço do Corpo Preso que o imobilizava; o chapéu em chamas caiu de sua cabeça e, do fundo dele, o garoto puxou um objeto prateado com um punho cravejado de rubis.

O ruído da espada de prata cortando o ar não pode ser ouvido acima do vozerio da multidão que se aproximava, ou o estrépito dos gigantes se enfrentando, ou a cavalgada dos centauros, contudo, pareceu atrair todos os olhares. Com um único golpe, Neville decepou a cabeça de Nagini, que girou alto, reluzindo à luz que vinha do saguão de entrada, e a boca de Voldemort se abriu em um berro de fúria, que ninguém pode ouvir, e o corpo da cobra bateu com um baque surdo aos seus pés...

A criança virou adulto, o livro virou lenda...

– Ele ficará bem. – murmurou Gina.

Ao olhá-la, Harry baixou a mão distraidamente e tocou a cicatriz em forma de raio em sua testa.

– Sei que sim.

A cicatriz não incomodara Harry nos últimos dezenove anos. Tudo estava...

“Acorde! Levante-se! Agora!”

Os gritos eram de sua tia Petúnia, que insistia em acordá-lo bem cedo todas as manhãs. Tentava forçar sua cabeça a se lembrar do sonho de momentos antes, mas era tudo tão vago e estranho. Uma escola de magia? Criaturas mágicas? Amigos? E aquela ruiva, aquelas ruivas...

“Levante-se.” Gritou sua tia novamente. “Vá ver o bacon e não ouse o deixar queimar. Quero tudo perfeito pro aniversário do meu Duda.”

Suspirou apanhando suas roupas gastas e as vestindo, saindo de dentro do pequeno armário em direção a cozinha. Observou a mesa cheia de presentes; muitos deles, Harry tinha certeza, jamais seriam usados pelo gordo que era seu primo.

A primeira coisa que seu tio Valter gritou ao entrar na cozinha, foi que ele deveria cortar ou arrumar seus cabelos. Ele sequer retrucou, já acostumado a esse mantra semanal. Bem que ele gostaria que seu cabelo fosse ajeitado e curto como o de seus colegas de escola, mas sempre haviam sido rebeldes e desproporcionais.

Observou seu reflexo na geladeira, enquanto tentava arrumar os cabelos, revelando a pequena e fina cicatriz em sua testa, numa forma peculiar de raio. Sempre perguntara a tia como a havia conseguido, mas nunca havia conseguido uma resposta concreta. Uma de suas teorias havia sido se, durante o acidente de carro que tirou a vida de seus pais, ela poderia ter sido feita. Mas o acidente era assunto proibido, assim como seus pais.

Quando estava fritando os ovos, o porco de peruca, também conhecido como seu primo Duda, entrou acompanhado da mãe. Assim como o pai, era gordo, de cara rosada e cabelos louros assentados. Em outras palavras, o dito porco de peruca.

Quando sentou-se para comer, Duda se preparava para dar um ataque de fúria. Aparentemente, recebera apenas trinta e sete presentes, quando no ano anterior recebera trinta e oito. Tia Petúnia e tio Valter prometiam mais dois presentes para ele e Harry apenas revirava os olhos discretamente.

Após comer rapidamente, foi correndo se arrumar para ir à casa da sra. Figg, a vizinha que sempre ficava com ele enquanto os Dursley levavam Duda e um amiguinho para um passeio de aniversário. Porém, a velha senhora ligou, avisando que havia quebrado a perna. E o pandemônio se formou.

Duda gritava e chorava, enquanto os pais pensavam no que fazer. Harry, particularmente, torcia para ser deixado em casa. E para sua surpresa, foi o que aconteceu. Peter, melhor amigo de Duda, chegou logo, e os quatro partiram em direção ao zoológico, não antes de tio Valter ameaçar Harry das mais variadas maneiras.

O garoto então passou algumas boas horas na TV, vendo algo que lhe interessava realmente, e depois correra para o computador de Duda, onde havia jogado um pouco. Perto da hora dos Dursley chegarem, voltou à sala e a TV, enquanto ouvia os três parentes em meio a uma conversa animada.

Tio Valter apenas o encarou, mandando tia Petúnia revirar a casa. Duda se gabava de seus presentes extras, enquanto a mãe voltava a dizia não haver nada de errado. O marido apenas assentiu, sentando-se na poltrona e trocando o canal, sem ao menos ligar que Harry estivesse assistindo. Harry apenas se levantou e foi para o banheiro, onde tomou seu banho. Desceu e jantou uma sopa horrível que tia Petúnia fizera para ele, já que Duda já havia jantado em alguma rede de fast food. E encerrando seu dia, Harry foi dormir, sem um pingo de cansaço, mas também sem nenhuma paciência para aguentar aquela família maldita.

Essa havia sido sua rotina nos últimos dez anos e seria a mesma ao longo dos próximos sete.


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Notas finais do capítulo

Heeeeello my dear peanuts, como vão?
Bom, eu escrevi essa fic em meados de 2012/2013, então percebe-se que faz MUITO tempo. Eu terminei de escrever, mas não de postar. Então resolvi repaginar, revisar, criar uma capa nova, e repostar. Faz bem ao coração, sabem?
Enfim, espero que gostem. Eu particularmente AMO essa fanfic, de coração.
Comentem e see you soon ;*