The Gray War escrita por Maxtrome


Capítulo 3
Capítulo 3 - Demônios e anjos... Amigos, talvez?


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos:
Naregi;
Dreamy Impossible;
e JCMkeka
por favoritar e comentar.

KarilusSherbet
por favoritar

Mogeko Brasil
por divulgar

E a todos os fantasmas que não comentam ou que não tem conta no Nyah!

Agora, continuaremos exatamente do final do último capítulo
E é claro, desculpem pela demora!



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"Oh! Kcalb? É esse seu nome, não é mesmo?" falou Etihw, com voz calma, mas por dentro estava assustada por estar sendo flagrada pelo diabo.

“Por que você estava olhando os meus arquivos? Você sabe que eles são confidenciais e proibidos!” falou Kcalb, bem bravo, e com voz firme.

“Eu... não sabia que eram confidenciais” respondeu Etihw, pois não sabia o que dizer.

“Como não? Tem uma placa na porta dizendo que essa sala é permitida somente para pessoas autorizadas!” disse Kcalb, com frieza.

“Pense, Etihw! Você precisa encontrar uma solução” pensou Etihw, mas não percebeu que hesitou por alguns segundos.

“Lucy, você está me ouvindo?” reclamou Kcalb por causa do silêncio.

Etihw encontrou uma resposta.

“Kcalb, por favor, me perdoe. Eu estava procurando algum jeito de sair desse mundo!” pediu Etihw, como se estivesse preocupada.

“Pare de mentir!” gritou Kcalb andando em direção a Etihw. Ela foi se afastando, até chegar à parede. Kcalb chegou bem perto. Etihw não imaginava o que ele iria fazer. Apenas ficou quieta olhando para sua cara.

Kcalb deu um grito de raiva, e afastou sua mão, apontando-a para Etihw. Uma energia escura apareceu. Era seu poder. É claro que Etihw não iria ser detida se fosse acertada, mas a transformação acabaria e Kcalb iria prendê-la e deixa-la sem comida. Como era uma divindade, ficaria pela eternidade com fome, sofrendo. Então percebeu que já estava passando da realidade, pois não tinha certeza se isso aconteceria.

Kcalb ficou parado por alguns segundos para concentrar o poder, e então... lançou-o à parede, destruindo-a.

“Guardas, mandem-na para o quarto. E tranquem a porta. Eu mesmo levarei o jantar daqui a uma hora.” Ordenou Kcalb, saindo da sala.

Etihw, enquanto era levada, ficou imaginando: “Por que Kcalb não me atacou?”

***

“Por sua culpa!” gritou Yosafire, com raiva, para Froze “Por culpa de vocês duas!” disse apontando também para Macarona

“Vocês merecem morrer!” gritou Rawberry, apontando a espada para elas.

“Nossa culpa? Vocês invadiram nosso castelo!” disse Macarona, contrariando-as.

Elas começaram a conversar enquanto lutavam:

“Mas vocês nos jogaram da janela!” replicou Yosafire, com raiva.

“A culpa foi dessa chuva! Ela nos trouxe para cá!” gritou Froze.

“Não, a culpa é toda da sua deusa, que nos trouxe para essa guerra!” gritou Yosafire.

“E o seu diabo? Ele que criou a guerra!” replicou Macarona.

A discussão não terminava, até que Yosafire, quase chorando, gritou:

“Parem, parem! Estamos só nos destruindo! Se quisermos viver em um mundo de paz, não é isso que devemos fazer! Nós poderíamos ser amigas e estar nos divertindo agora, mas estamos lutando?!”

“E como poderemos acreditar em você?” perguntou Froze.

Yosafire soltou a arma, dizendo:

“Acredite, por favor. Algo me diz para não lutar.”

“Não, Yosafire! Elas vão te atacar!” gritou Rawberry, enquanto lutava, até que percebeu que as duas inimigas estavam paradas.

Elas se olharam, e viram que Yosafire estava realmente chorando:

“Como eu não percebi antes? A guerra só nos trouxe destruição até agora!”

As outras três soltaram as armas.

“Yosafire, você está certa. Estamos todas erradas.” Consolou Froze indo abraçar a demônio.

Elas esperaram alguns segundos, então Macarona e Rawberry foram abraçar também.

“E-eu nunca tinha abraçado um anjo antes...” sussurrou Yosafire “é tão bom... Há quanto tempo eu não recebo um abraço?”

***

Cerca de uma hora depois, as quatro estavam andando e procurando o caminho de volta. Além de as árvores serem altas, as asas ainda estavam molhadas e elas não podiam voltar.

Yosafire estava passando pelo lado de um laguinho quando...

Tchibum! Algo acertara a cara dela, fazendo-a cair.

As três garotas começaram a rir, enquanto Yosafire tentava sair, não parecendo nada feliz.

“Yosafire, haha, está bem frio aí?” riu Froze. Mas depois se arrependeu, quando Yosafire lhe deu um abraço bem molhado! “Argh, por que você fez isso?”

Mas Yosafire agora também estava rindo.

“Froze! Você riu! Você nunca tinha rido antes!” falou Macarona, bem feliz.

“Oh, não. Isso é constrangedor.” falou Froze, séria novamente.

As risadas acabaram quando algo passou pelas folhas, com uma grande velocidade.

As quatro começaram a correr, gritando, sem querer deixando para trás o mapa que Etihw tinha mandado, e que tinha derrubado Yosafire na água.

***

Era noite no castelo Black. Os demônios já tinham voltado da guerra. Eram pelo menos sete e meia da noite. Kcalb tinha ido levar comida para Etihw.

“Lucy, aqui seu jantar.” falou ele, seriamente. Ele exprimia tristeza, e Etihw não sabia o motivo.

“Ah, obrigada, Kcalb. Como foi na guerra hoje?” perguntou Etihw, com delicadeza, pegando o prato de sopa.

“Perdemos quatro demônios. Duas, Rawberry e Yosafire, foram levadas pelo vento para uma floresta. Outra, Dialo, simplesmente sumiu no castelo. E Ater foi aprisionada no castelo, por aqueles malditos anjos. Arbus desmaiou depois de cair do alto da torre, mas não morreu, felizmente.” Contou Kcalb, com uma expressão triste. Etihw não conseguia acreditar, mas estava vendo que o diabo se preocupava. “Aliás, porque está perguntado isso?”

Etihw hesitou.

“Curiosidade” foi apenas isso que ela disse.

Eles ficaram pelo menos dois minutos quietos, quando Kcalb tocou no assunto.

“Minha decisão é deixar você aqui por mais três dias, para ver se você consegue encontrar um jeito de voltar para seu mundo. Se não encontrar, vou te dar duas escolhas.” Disse Kcalb, com determinação “A primeira é ser mandada para fora do castelo.”

Etihw hesitou. Ela não podia perder a chance de destruir a pedra de Kcalb, e precisaria de tempo para descobrir onde ficava a torre principal.

“E a segunda é virar minha prisioneira. Para sempre.” Kcalb disse sem pensar duas vezes.

Etihw ficou quieta. Ela olhava para Kcalb. Ela sentia que existia algo dentro dele de bondade, e que ele tentava procurar uma solução para a guerra.

Ele também tinha algo que fazia Etihw observá-lo com entusiasmo, como se quisesse conhece-lo melhor, fazer dele um amigo. Ela achava isso muito estranho.

Kcalb olhava para Etihw. Ele não se importava com a aparência é claro. Mas com o jeito que ela era firme e teimosa. Ele sentia algum tipo de afeto por ela, mesmo sem conhecer direito.

Eles se olharam por algum tempo. Kcalb observou o cabelo branco, e ele percebeu que conhecia aquilo de algum lugar, mas não fazia ideia de onde.

“Kcalb... Desde quando existe essa guerra?” perguntou Etihw, para saber o que ele pensava.

“Desde... sempre. Nós construímos nossos castelos e criamos os anjos e demônios para lutar como se eternamente. Não existe um motivo específico.” Kcalb contou. “Eu não sei porque, mas acho que para você eu posso contar de tudo!”

Etihw também não entendia porque ele era tão sincero quando estava perto dela.

“Talvez é o destino nos levando um para o outro?” Etihw brincou, ficando meio feliz.

“É meio difícil, pois você é de outro mundo. Mas, mesmo assim, você é bem... legal. Faz tempo que não converso com alguém, depois de tantas preocupações.” Falou Kcalb, começando a corar. Etihw também corou.

Eles se olharam. Mesmo com a aparência diferente, o olhar era o mesmo. Kcalb gravou aquele olhar, assim iria lembrar-se sempre de Lucy, quando visse ele em qualquer lugar do mundo. Não era pela conversa que Kcalb tinha começado a gostar um pouco de Lucy, mas porque ele sentia que precisaria dela.

Etihw ficou parada por alguns minutos, até que perguntou:

“Kcalb, por que você não lançou seu feitiço em mim quando eu estava na sua sala?”

Kcalb se assustou com aquela pergunta. Ele não queria contar que sentia algo por ela, então apenas saiu do quarto, dizendo:

“Não quero falar nesse assunto. Boa noite.”

Etihw queria dizer para ele esperar, mas desistiu.

Antes de dormir, ela estava pensando: “Kcalb, como eu poderia imaginar, você tão calmo? Mas, por que nos sentimos tão bem um perto do outro? Por que ficamos tão felizes? Isso deve estar errado...”

Etihw não podia imaginar que estava consertando o coração negro de ódio de Kcalb apenas com sua presença. E Kcalb também não podia imaginar que também estava consertando o coração branco de Etihw.


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Notas finais do capítulo

Uma grande surpresa aguarda vocês no próximo capítulo, com a introdução de novos personagens (que já existem no jogo)



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