De Repente Pobre escrita por Tay Pereira
Notas iniciais do capítulo
Oi!
Novo capítulo para vocês.
Boa leitura!
Senti alguém incomodar o meu nariz; eu afastava, mas mesmo assim o bichinho insistia em me incomodar.
– Deixa ela em paz – ouvi a voz de Lily.
– Pare! – resmunguei.
– Olha que bonitinho o pijama dela de ursinhos! – ouvi Gabriel dizer.
– O quê? – acordei assustada e vejo Gabriel segurando o riso com uma pena em mãos.
– Bom dia, Bela Adormecida! – falou ele.
– Bom dia o caramba! Não tinha jeito melhor pra me acordar?
– Pensei em usar as panelas, mas Lily não deixou – contou Gabriel.
Os encarei.
– Desculpa Hannah, mas ele é assim mesmo. Chegou aqui não era nem oito horas da manhã e insistiu pra te acordar com as panelas, mas eu não deixei.
– Qual a graça de fazer isso com as pessoas? – pergunto, levantando do colchão.
– É engraçado, tipo a Lily sempre chama pela nossa mãe. E você fazia uma cara bem engraçada.
– Depois quando digo que ele é chato – reclamou Lily.
– Que horas são? – perguntei.
– Oito e meia.
– E a Amália?
– Foi visitar o Pastor Paulo – respondeu Lily.
– Pastor?
– Sim, ela foi ver os últimos detalhes do projeto social que ela é a responsável. – Gabriel disse.
– Não sabia que ela era... Religiosa.
– E você vai em qual igreja? – pergunta Lily.
– Ia na Católica quando criança, mas nunca fui muito de ir em igrejas. E vocês vão em alguma?
– Na mesma que a nossa avó – fala Lily.
– Bom, vou me arrumar tenho algumas coisas pra fazer hoje – falei, indo em direção ao meu quarto. – Até depois, Lily!
Resolvi passar o dia inteiro longe da casa de Amália. Sai de lá era dez horas da manhã, avisei Lily e Gabriel que ficaria o dia inteiro fora.
– Vai pra onde? – Gabriel questiona.
– Só sei que à tarde estarei no Shopping do Centro.
Graças ao destino, tinha algum dinheiro em minha carteira. Peguei um táxi e fui direto para a rua do Shopping, mas não entrei nele. Antes fui em uma praça que tem ali perto, sentei em um banco e comecei a falar sozinha.
– O que será que Sebastian quer comigo? O que ele tem para me explicar se já está tudo óbvio? – questionei.
Fechei meus olhos tentando colocar os pensamentos em ordem, mas ouço o meu celular tocar. Um número desconhecido me ligava.
– Pronto.
– Yohannah onde você está? – Gabriel pergunta.
– Como conseguiu meu número?
– Minha avó está preocupada com você, ela disse que você pode se perder, que não sabe andar sozinha.
– Diga pra ela que estou bem e que vim me encontrar com o Sebastian.
Desliguei o celular na cara dele. Não sou mais uma criancinha que não sabe se cuidar sozinha. Ela apenas tem que confiar em mim, será que é muito difícil?
Sai da praça e fui em direção ao shopping. Comprei algumas coisas para eu comer, estava distraída na praça de alimentação quando vi ele se sentar em minha frente.
– Chegou mais cedo do que o combinado – falou Sebastian.
– Vim mais cedo para pensar sobre minha vida, não por causa de você.
– Quer resolver nosso assunto agora?
– Na verdade, não temos nada pra resolver. Já sei que a chifruda, a trouxa da história fui eu.
– Não é bem assim, meu amor.
– Yohannah pra você.
– Pare de infantilidade!
– Infantilidade? Nós não somos mais nada, pra mim você é um desconhecido!
– Eu estava drogado, a Isa me drogou. Estava fora de mim naquela hora!
– De onde vocês estavam chegando? – perguntei e ele fica em silêncio. – Me responda! – gritei.
– De uma festa – sussurrou.
– E ainda quer que eu te dê uma segunda chance?
– A culpa é dela!
– Não se faça de santo porque você não é! Você também tem culpa.
– Eu nunca gostei dela, mas ela se aproveitou do meu estado e fez aquilo.
– Você se lembra de tudo que aconteceu?
– Um pouco – respondeu. – Lembro-me de ter falado com você ao telefone e você ficou brava.
– Não lembra mesmo o que disse pra mim?
– Não. Eu não lembro quase de nada.
– Você e a Isa transaram?
Sebastian olha para o lado.
– Quando acordei hoje, vi ela ao meu lado. Mas não tenho certeza de nada!
– Então, quando tiver certeza de algo venha me procurar para tentar fazer minha cabeça com essas desculpas esfarrapadas – falei, levantando-me.
– Sim, eu errei por me deixar ser usado dessa maneira. Mas continuamos a ser como antes, não é?
– Não! – gritei. – Nada é como antes! Até parece que você não vai se importar por eu não ser a rica de antes, além disso, você me traiu!
– Foi sem querer!
Ri debochando dele, o irritando.
– Sem querer querendo? – questiono. – Se você não quisesse não teria falado aquilo pra mim.
– Falado o que? Eu estava drogado, não lembro de quase nada que fiz!
– Não importa. Nada mais será como antes, Sebastian. Faça o favor de me esquecer e seja feliz com a traíra da Isa.
Tento sair dali, mas Sebastian me segura pelo braço e me leva pra uma área mais afastada das pessoas.
– Você está me machucando! – falei, o encarando.
– Você não vai terminar com o nosso namoro assim.
– Você terminou com ele, no primeiro beijo que deu naquela vagabunda da Isa!
– Acredite em mim, se eu pudesse voltar no tempo jamais faria isso contigo. Eu te amo, Hannah! – gritou ele.
– Então vá você e o seu amor pro inferno! – gritei.
Sebastian aperta meus braços e me beija com certa violência. Tento me afastar dele, mas é impossível sendo ele mais forte que eu.
– Você é minha! – disse, mordendo meu lábio.
Soltei-me dele e lhe dei um tapa na cara.
– Não sou mais nada de você! Somos diferentes agora. Vá com a Isa e me deixa em paz! – gritei.
– Você só vai deixar de ser minha, no momento que eu falar! – exclamou Sebastian.
– Não sou seu objeto pra você fazer o que quiser comigo!
Ele riu e envolve suas duas mãos em meu pescoço, me deixando sem ar.
– Cuidado sua vadia, posso ser mais perigoso do que você pensa! – murmurou ele.
Ele tira suas mãos de meu pescoço, com os olhos cheios de lágrimas gritei:
– Quer me matar? Vai em frente!
– Não quero te matar, meu amor. Só quero que você acredite no que estou falando, caso contrário...
Dei outro tapa nele.
– Seu desgraçado! Vagabundo! Vai com a Isa e me esqueça. Será que é tão difícil isso?
Ele me devolve o tapa.
– Quem eu amo é você, não ela.
– Belo amor – debochei e sai daquele canto, voltando a estar com várias pessoas.
– Então, vai ser assim? Você não vai acreditar em nada que eu disse?
– Por que você insiste com isso? Sou apenas uma fracassada, como você mesmo falou.
Ele revira os olhos e se aproxima de mim, novamente.
– O que posso fazer pra você acreditar em mim e voltar pra mim?
Ele acaricia meu rosto e beija meu rosto. Envolve suas mãos em minha cintura, tento me afastar dele, mas não consigo.
– Me solta! – exclamei. – Seu nojento!
– Tente algo melhor – provocou.
– Eu vou gritar! – ameacei. – Os seguranças vão vir e você está ferrado!
– Duvido – Sebastian riu e voltou a beijar meu rosto.
– Socorro! Me tirem daqui! – gritei, entrando em desespero. – Me solta, Sebastian!
– Larga ela, seu imbecil! – alguém exclamou, tirando Sebastian de cima de mim e acertando um soco na cara dele.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Por hoje é só =)
Agora vou responder os lindos comentários do capítulo anterior.
Até mais!