De Repente Pobre escrita por Tay Pereira


Capítulo 6
Capítulo 06 - Explicações


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Novo capítulo para vocês.
Boa leitura!



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Senti alguém incomodar o meu nariz; eu afastava, mas mesmo assim o bichinho insistia em me incomodar.

– Deixa ela em paz – ouvi a voz de Lily.

– Pare! – resmunguei.

– Olha que bonitinho o pijama dela de ursinhos! – ouvi Gabriel dizer.

– O quê? – acordei assustada e vejo Gabriel segurando o riso com uma pena em mãos.

– Bom dia, Bela Adormecida! – falou ele.

– Bom dia o caramba! Não tinha jeito melhor pra me acordar?

– Pensei em usar as panelas, mas Lily não deixou – contou Gabriel.

Os encarei.

– Desculpa Hannah, mas ele é assim mesmo. Chegou aqui não era nem oito horas da manhã e insistiu pra te acordar com as panelas, mas eu não deixei.

– Qual a graça de fazer isso com as pessoas? – pergunto, levantando do colchão.

– É engraçado, tipo a Lily sempre chama pela nossa mãe. E você fazia uma cara bem engraçada.

– Depois quando digo que ele é chato – reclamou Lily.

– Que horas são? – perguntei.

– Oito e meia.

– E a Amália?

– Foi visitar o Pastor Paulo – respondeu Lily.

– Pastor?

– Sim, ela foi ver os últimos detalhes do projeto social que ela é a responsável. – Gabriel disse.

– Não sabia que ela era... Religiosa.

– E você vai em qual igreja? – pergunta Lily.

– Ia na Católica quando criança, mas nunca fui muito de ir em igrejas. E vocês vão em alguma?

– Na mesma que a nossa avó – fala Lily.

– Bom, vou me arrumar tenho algumas coisas pra fazer hoje – falei, indo em direção ao meu quarto. – Até depois, Lily!

Resolvi passar o dia inteiro longe da casa de Amália. Sai de lá era dez horas da manhã, avisei Lily e Gabriel que ficaria o dia inteiro fora.

– Vai pra onde? – Gabriel questiona.

– Só sei que à tarde estarei no Shopping do Centro.

Graças ao destino, tinha algum dinheiro em minha carteira. Peguei um táxi e fui direto para a rua do Shopping, mas não entrei nele. Antes fui em uma praça que tem ali perto, sentei em um banco e comecei a falar sozinha.

– O que será que Sebastian quer comigo? O que ele tem para me explicar se já está tudo óbvio? – questionei.

Fechei meus olhos tentando colocar os pensamentos em ordem, mas ouço o meu celular tocar. Um número desconhecido me ligava.

– Pronto.

– Yohannah onde você está? – Gabriel pergunta.

– Como conseguiu meu número?

– Minha avó está preocupada com você, ela disse que você pode se perder, que não sabe andar sozinha.

– Diga pra ela que estou bem e que vim me encontrar com o Sebastian.

Desliguei o celular na cara dele. Não sou mais uma criancinha que não sabe se cuidar sozinha. Ela apenas tem que confiar em mim, será que é muito difícil?

Sai da praça e fui em direção ao shopping. Comprei algumas coisas para eu comer, estava distraída na praça de alimentação quando vi ele se sentar em minha frente.

– Chegou mais cedo do que o combinado – falou Sebastian.

– Vim mais cedo para pensar sobre minha vida, não por causa de você.

– Quer resolver nosso assunto agora?

– Na verdade, não temos nada pra resolver. Já sei que a chifruda, a trouxa da história fui eu.

– Não é bem assim, meu amor.

– Yohannah pra você.

– Pare de infantilidade!

– Infantilidade? Nós não somos mais nada, pra mim você é um desconhecido!

– Eu estava drogado, a Isa me drogou. Estava fora de mim naquela hora!

– De onde vocês estavam chegando? – perguntei e ele fica em silêncio. – Me responda! – gritei.

– De uma festa – sussurrou.

– E ainda quer que eu te dê uma segunda chance?

– A culpa é dela!

– Não se faça de santo porque você não é! Você também tem culpa.

– Eu nunca gostei dela, mas ela se aproveitou do meu estado e fez aquilo.

– Você se lembra de tudo que aconteceu?

– Um pouco – respondeu. – Lembro-me de ter falado com você ao telefone e você ficou brava.

– Não lembra mesmo o que disse pra mim?

– Não. Eu não lembro quase de nada.

– Você e a Isa transaram?

Sebastian olha para o lado.

– Quando acordei hoje, vi ela ao meu lado. Mas não tenho certeza de nada!

– Então, quando tiver certeza de algo venha me procurar para tentar fazer minha cabeça com essas desculpas esfarrapadas – falei, levantando-me.

– Sim, eu errei por me deixar ser usado dessa maneira. Mas continuamos a ser como antes, não é?

– Não! – gritei. – Nada é como antes! Até parece que você não vai se importar por eu não ser a rica de antes, além disso, você me traiu!

– Foi sem querer!

Ri debochando dele, o irritando.

– Sem querer querendo? – questiono. – Se você não quisesse não teria falado aquilo pra mim.

– Falado o que? Eu estava drogado, não lembro de quase nada que fiz!

– Não importa. Nada mais será como antes, Sebastian. Faça o favor de me esquecer e seja feliz com a traíra da Isa.

Tento sair dali, mas Sebastian me segura pelo braço e me leva pra uma área mais afastada das pessoas.

– Você está me machucando! – falei, o encarando.

– Você não vai terminar com o nosso namoro assim.

– Você terminou com ele, no primeiro beijo que deu naquela vagabunda da Isa!

– Acredite em mim, se eu pudesse voltar no tempo jamais faria isso contigo. Eu te amo, Hannah! – gritou ele.

– Então vá você e o seu amor pro inferno! – gritei.

Sebastian aperta meus braços e me beija com certa violência. Tento me afastar dele, mas é impossível sendo ele mais forte que eu.

– Você é minha! – disse, mordendo meu lábio.

Soltei-me dele e lhe dei um tapa na cara.

– Não sou mais nada de você! Somos diferentes agora. Vá com a Isa e me deixa em paz! – gritei.

– Você só vai deixar de ser minha, no momento que eu falar! – exclamou Sebastian.

– Não sou seu objeto pra você fazer o que quiser comigo!

Ele riu e envolve suas duas mãos em meu pescoço, me deixando sem ar.

– Cuidado sua vadia, posso ser mais perigoso do que você pensa! – murmurou ele.

Ele tira suas mãos de meu pescoço, com os olhos cheios de lágrimas gritei:

– Quer me matar? Vai em frente!

– Não quero te matar, meu amor. Só quero que você acredite no que estou falando, caso contrário...

Dei outro tapa nele.

– Seu desgraçado! Vagabundo! Vai com a Isa e me esqueça. Será que é tão difícil isso?

Ele me devolve o tapa.

– Quem eu amo é você, não ela.

– Belo amor – debochei e sai daquele canto, voltando a estar com várias pessoas.

– Então, vai ser assim? Você não vai acreditar em nada que eu disse?

– Por que você insiste com isso? Sou apenas uma fracassada, como você mesmo falou.

Ele revira os olhos e se aproxima de mim, novamente.

– O que posso fazer pra você acreditar em mim e voltar pra mim?

Ele acaricia meu rosto e beija meu rosto. Envolve suas mãos em minha cintura, tento me afastar dele, mas não consigo.

– Me solta! – exclamei. – Seu nojento!

– Tente algo melhor – provocou.

– Eu vou gritar! – ameacei. – Os seguranças vão vir e você está ferrado!

– Duvido – Sebastian riu e voltou a beijar meu rosto.

– Socorro! Me tirem daqui! – gritei, entrando em desespero. – Me solta, Sebastian!

– Larga ela, seu imbecil! – alguém exclamou, tirando Sebastian de cima de mim e acertando um soco na cara dele.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só =)
Agora vou responder os lindos comentários do capítulo anterior.
Até mais!