Desventuras de "Mais Um" escrita por Phil Potter


Capítulo 1
Mensagens


Notas iniciais do capítulo

Meu nome é Frank.
não tenho muito o que falar de mim, já que minha vida é tipo, parada. Tirando claro as merdas normais que eu faço. Me sinto idiota a maioria das vezes, pelo simples fato de eu ser um estúpido infeliz feliz. Não entendeu? vou explicar em modo de história então. É mais ou menos assim:



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“Ninguém realmente me conhece.

Nem eu mesmo

Então pra que ainda estou vivo?”

Foi a última mensagem que enviei antes de entrar no meu casulo espiritual.

Talvez porque eu precisasse de verdade isso, ou porque talvez eu fosse muito carente. De verdade, não sei. Na real, eu não sei absolutamente quase nada da minha própria vida.

Aos 18 anos não saber da própria vida, em pleno século XXI, pra mim, é normal. Sempre esbarro com algum iludido desses de esquina que saem de casa pra espairecer a cabeça lotada de problemas. Como sempre, sou só mais um. Mais um de muitos, milhares, bilhões.

O problema eu acho que está em mim.

Sempre fui tachado de burro, feio ou/e esquisito. Ter a cabeça meio pra baixo, então, vem desde pequeno. Mas eu mudei. Muito. Algumas brincadeiras não funcionam mais comigo. Outros, eu acho, tem é medo de mim.

Repousado em minha cama, olhando pro nada, penso em como seria a vida de todos a minha volta sem mim. Não que me importe muito, mas caso aconteça algo, sei lá. Minha mente pensa muitas coisas ao mesmo tempo. Acho que isso pode causar um problema futuro. Fechos os olhos, mas não consigo dormir. Meus braços começam dar um pequeno sinal de formigamento e logo para. Bato os pés ao ritmo de um rock qualquer. Eu não sei o motivo o qual a escuridão me acolhe desse jeito. Eu preciso de mais luz.

Sento. Olho para um lado, olho para o outro. Uma confusão de sentimentos de repente me rodeia. Encostado na parede, percebo que quero chorar.

“Homem não chora!”. Com certeza essa frase não se aplica aos que tem coração. A parede fria é acolhedora, mas as vezes nos deixa muito nervoso. O modo como qualquer sensação estranha nos “abraça” nos deixa totalmente desconfortáveis. Exemplo seria você tomar uma bebida típica de algum lugar que você nunca tinha colocado os pés e a estranheza que ela de causa é nítida.

Mais uma noite sem dormi.

O noite lá fora vai se esvaindo. E cada segundo é uma pequena tortura. Isso porque minha respiração não tá lá essas coisas que se possa afirmar está mil maravilhas. Motivo? Asma. A doença mais legal que alguém poderia ter.

Eu só queria que a noite ficasse por mais uns...anos? pelo simples fato de ser o único momento que tenho a oportunidade de por minha cabeça no lugar. Eu estava como sempre, querendo demais.

Eu mal estava preparado para o que me aguardava dez minutos mais à frente.

Dentro dos nove minutos eu: levantei. Tomei um banho quente. Pensei na vida. Olhei pro céu. No minuto seguinte, algo que a lei da física, ateus, pessoas desacreditadas não acreditariam, mas aconteceu. Uma certa luz ofuscou minha vista, o que me fez tombar feio. Como se cair da escada fosse legal. Após eu me recuperar do tombo, uma figura brilhante estava parada a minha frente. Rindo da minha cara.

- olha, não sei o motivo, mas se essa foi a vontade do Cara... - uma voz feminina disse palavras tão normais. Aos poucos a luz foi sumindo e foi dando lugar a uma garota, de uns 15 anos, morena, como índia. Ria da minha cara como se eu fosse um palhaço. Após as roupas (uma camisa florida, e uma calça apertada verde) deixarem o brilho, ela continuou:- moço! Antes de mais nada, preciso fazer a pergunta padrão: Você acredita em Deus?

Cresci na igreja, sempre acreditei numa força superior a nossa compreensão. Um ser além do imaginado. Não sabia que ele tinha uma serva indígena que fazia pesquisa de porta em porta pra saber quem acreditava nele ou não. Depois desse momento pensativo, percebi que ela estava me olhando impaciente. Depois dessa olhada, respondi:- sim! Claro!

- nenhum tom de dúvida em sua voz, primeiro passo dado com sucesso, moço.

-obrigado, jovem – respondi meio em dúvida aonde aquela conversa toda ia dar.

- Bem – continuou- as vezes, algumas pessoas são tão perdidas, que negam sua própria existência – nesse momento, ela sentou na escada, e continuou a palestra: - negando sua existência, elas negam a Deus. E como o Cara é legal, ele dá a essas pessoas uma, como vou dizer... oportunidade -.

Estranho definiria o momento. – O que seria essa oportunidade? – não entendi nada, só que eu teria que abrir mão de algo.

- você vai voltar em algumas situações da sua vida. E muda-las. Como você bem queira. Após, você vê o resultado e escolhe se quer ou não se aquela situação realmente exista.

Nunca pensei que teria essa oportunidade. Nunca pensei que seria me apresentada essa escolha. De momento, por alguns instantes. Fiquei feliz. Mas fui percebendo que a cada coisa que eu mudasse, resultaria numa caos final.

- tenho escolha? – perguntei assustado

- na verdade, não -. E num piscar, o mundo virou sombras.


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