POV Klaus

Entrei rapidamente na mansão Salvatore, procurando a bruxa.

–Onde está a Bonnie? -perguntei para Elena, que estava deitada no sofá assistindo um filme qualquer. Nesse momento Hope já estava com uma babá de confiança em minha casa, onde ninguém as pegaria.

–Acho que no Mystic Grill. Por quê? -ela me olhou preocupada.

–Preciso que ela faça um feitiço de localização o mais rápido possível. Eu e Stefan iremos salvar Caroline. -falei, virando-me e saindo em direção ao Mystic Grill. Elena me seguiu.

–Salvar a Caroline?! -ela tentava me acompanhar -Não acredito que o plano não deu certo. -havia certa tristeza em seu tom de voz.

Me apressei mais ainda, tentando parecer o mais normal possível. Muitas pessoas estavam na rua, e se eu usasse minha velocidade sobrenatural, muitos desconfiariam.Não me importo sobre nada disso, mas, agora eu era namorado da Miss Mystic Falls, filha da falecida xerife, e não podia deixar que pensassem que Caroline andava por aí com híbridos, vampiros e bruxas, e muito menos que ela também era um ser sobrenatural.

Abri a porta do Grill, olhando para os lados, em busca da bruxa. A encontrei conversando animadamente com Jeremy. Fui até eles.

–Desculpe atrapalhar o encontro de reconciliação dos pombinhos, mas, preciso dela -apontei para Bonnie -para fazer um feitiço de localização.

Ela suspirou, me encarando, claramente aborrecida.

–O que te faz pensar que eu faria isso? -ela perguntou, dando um sorrisinho irônico.

–O simples fato de que, nesse momento, Caroline está sofrendo de jeitos inimagináveis na mão de três mulheres maléficas. -a encarei, assistindo-a mudar de pose e se levantar, despedindo-se do Gilbert.

Caminhamos até a minha casa. Ninguém disse nada durante o caminho. Elena e Bonnie pareciam tristes e preparadas para fazer qualquer coisa para resgatar Caroline. Era bom ter aliados contra Davina, Camille e Hayley.

Se elas faziam com que Caroline sofresse, certamente deviam receber tudo mil vezes pior, o que não seria difícil, afinal, eu sou Klaus Mikaelson.

Fui até o escritório, peguei um mapa e o abri na mesa. Dei para Bonnie o que era necessário para que o feitiço ocorresse e esperei.

Depois de alguns minutos -que certamente pareceram horas - ela avisou que já havia localizado Caroline.

Levantei-me da cadeira o mais rápido possível e olhei.

–Estão em Atlanta. -sussurrei, esperando que ninguém escutasse. Infelizmente não foi possível.

–Vamos pra lá agora. -Elena disse. -Vou mandar uma mensagem para Stefan e Damon pedindo que arrumem suas malas e para a Jo e o Alaric, para avisar que estamos indo viajar.

A encarei, ainda pensando no motivo de ela continuar ali. Ela até podia ser amiga de Caroline, mas se não parasse, teria um pescoço quebrado ou, se eu estivesse de mal humor, uma estaca no coração.

Ela passou a mão pelo cabelo, totalmente sem graça. Dei um sorriso irônico e abri a porta para que elas saíssem.

–Arrumem as coisas, partiremos em 1 hora. -avisei antes que fossem embora, tendo um "ok" de Bonnie como resposta.

Fui em direção ao quarto de Hope para vê-la dormir. Aquilo me acalmava, me fazia lembrar da época em que eu, Rebekah e Elijah éramos crianças e corríamos por aí, sempre com um sorriso no rosto, sem preocupações ou inimigos.

Arrumei suas coisas e depois as minhas. Já estava quase na hora quando mandei uma mensagem para Bonnie, informando o local onde iríamos nos encontrar.

Iremos nos encontrar aqui em casa.

Bufei e peguei Hope, levando-a para a sala. Não podíamos demorar. Caroline está sofrendo.

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POV Caroline

–Você vai matá-lo? -gritei após Davina nos dizer seu plano.

–Sim, mas como eu disse, deixarei que Hayley e Camille tenham um momento com ele antes. -ela me olhou. -Uma pena que você não vai poder reencontrá-lo. -e assim saiu do quartinho, deixando eu, Camille e Hayley de boca aberta.

–Ela está louca! -Hayley disse, fazendo com que eu pensasse um "olha quem fala".

Revirei os olhos e olhei para Camille. Ela permanecia quieta, me observando. Lancei-lhe um olhar maldoso.

–Será difícil atrair Klaus até aqui, mesmo com a Caroline presa. -ela disse de repente. -Eles tem uma bruxa, então, suponho que já tenham feito um feitiço de localização... -houve uma breve pausa. -Tenho uma ideia, mas preciso que Davina aprove. -ela olhou para Hayley, que assistia tudo de boca aberta com a esperteza -e com certeza maldade também -de Camille. -Vá chamá-la. -ela disse e a mãe de Hope levantou-se num segundo para procurar a bruxa.

Quando estava sozinha com Camille, um silêncio constrangedor tomou conta do ambiente. Não sei se foi por causa do fato de que eu estava acorrentada e fraca, desejando um gole de sangue ou porque ela estava pensando num plano maligno o suficiente para acabar com a minha vida e a de Klaus.

Depois do que pareceram horas, mas eram aproximadamente 10 minutos, Hayley e Davina chegaram, perguntando sobre o plano de Camille.

–Eu quero atrair o Klaus até aqui, fazer com que ele tente pegar a Caroline e quando ele estiver ajudando-a, o matamos. -a loira disse, fazendo com que eu quisesse gritar de pavor. Reprimi esse desejo rapidamente.

–Mas você deixou de amá-lo? -Davina perguntou, desconfiada.

–Não, não. Eu o amo mais do que tudo. -Camille respondeu. -Mas se tentarmos fazer de outro jeito, ele escapará e terá uma longa vida com essa vadia. -ela apontou para mim, que estava tentando fugir -coisa que, obviamente, tenho feito desde que chegara aqui.

–Como tem tanta certeza de que ele irá salvá-la? -havia certa maldade no seu tom de voz. Tanta que até me fez arrepiar.

–Ora, Davina... Ela é o amor da vida dele. -Camille murmurou.

Olhei para os lados, encontrando apenas as paredes, mas tentando imaginar algo melhor do que aquelas três discutindo planos para a minha morte. Imaginei eu, Klaus e Hope em Mystic Falls, na festa de casamento de Elena e Damon, o que não demoraria para acontecer. Todos estávamos felizes e minha mãe sorria para mim do outro lado, onde estava escondidinha, tentando não ser vista, já que todos pensavam que ela estava morta. Eu usava um lindo vestido lilás, para combinar com o de Bonnie. Éramos as madrinhas de Elena e estávamos animadas. Meu acompanhante era Klaus -obviamente- e o de Bonnie era Jeremy. Eles tinham terminado, mas ainda eram amigos.

Isso até podia acontecer, mas, certamente, Liz não estaria ali.

Tentei dormir para sonhar e esquecer que iriam matar o amor da minha vida, mas, por isso, não consegui. Estava pensando em maneiras de fugir e avisar Klaus sobre o que estavam tramando contra ele, ou simplesmente dar um jeito de matá-las, mesmo estando acorrentada. Bufei e voltei a prestar atenção na conversa.

–E o que fazemos com ela? -Hayley sussurrou.

–É claro que iremos matá-la. -Camille disse. -E pare de sussurrar. Ela está presa, não fará nada.

Hayley lançou-lhe um olhar cheio de raiva.

–Por que estão fazendo isso? -perguntei com a voz fraca.

–Finalmente, hein, Caroline! -Davina disse ironicamente. -Estava esperando o momento em que você iria nos perguntar isso.

Revirei os olhos e pedi que ela contasse logo.

–A história não é grande. -ela suspirou, me olhando logo depois. -Eu queria ressuscitar o irmão de Klaus e eu só podia fazer isso uma vez. Rebekah me distraiu enquanto Elijah trocou as cinzas, colocando a de Esther no lugar da dele. -ela se sentou. -E foi assim que eu tomei ódio desses Mikaelson, principalmente de Klaus. Ele dera a ideia e tudo aquilo era para salvar Hope. Eu gosto da bebê, mas sinto nojo do pai dela. Ah, também tem outro motivo: ele já viveu bastante e tenho certeza de que foi feliz, mas agora ele destrói nossas vidas, matando as pessoas que amamos. Ele não nos deixa ser feliz e está na hora de isso acabar.

–E se o irmão dele voltar de alguma forma e jamais perdoar você?

–Ele não voltará, isso eu lhe garanto. -ela secou as lágrimas que insistiam em cair e saiu. Hayley e Camille foram também.

Olhei para os lados e vi um celular. Era de Camille, eu já a vi com ele.

Me esforcei pra ir para a frente um pouco mais, para poder pegar o celular e ligar para Klaus.

Depois de muito esforço, finalmente consegui, já que não estava tão longe.

Digitei o número de Klaus e liguei. Ele não atendeu. Tentei o de Elena, também não tive resposta. Ia tentar o de Bonnie e depois o de Stefan, mas elas chegaram, querendo falar comigo.

Escondi o celular rapidamente, esperando que ele já estivesse no modo silencioso, caso alguém ligasse ou mandasse mensagem.

–Caroline, seja sincera, quem você acha que o Klaus iria escolher entre mim e Hayley? -Camille perguntou, fazendo com que eu revirasse os olhos. Tudo aquilo estava me deixando sem paciência.

–Nenhuma?! -respondi, fazendo com que elas me chamassem de vadia e voltassem a me torturar.

Suspirei, me preparando para continuar a sofrer.

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POV Klaus

–Damon, não é uma boa hora para ser humano! -Stefan gritava com o irmão, após descobrir que ele tinha a cura e queria tomá-la com Elena. -Precisamos de vocês para salvar Caroline.

–Não, não precisam. -o irmão de Stefan revidou -Vocês tem um híbrido e se ele realmente quisesse resgatar Caroline, teria chamado seus irmãos medonhos.

Já estava cansado de ouvir aquela briga entre irmãos e Damon praticamente dissera que eu queria deixar Caroline sofrendo lá, o que eu não aceitaria. Fazia questão de jogar na cara dele o quanto eu me preocupava com ela.

–E é por isso que eles estão aqui. -falei, olhando em direção à porta da minha casa, onde Rebekah, Elijah e Freya estavam. -Entrem. -os convidei.

–Que decoração feia, Nik. -Rebekah resmungou. -Se eu for ficar aqui, vou mudar tudo. -ela me olhou sorrindo e logo depois vendo com Freya o que ficaria bonito na sala.

–É verdade que você e Caroline voltaram, Niklaus? -Elijah me perguntou.

Assenti.

–Quer ver sua sobrinha? -perguntei.

–Sim. Mas depois precisamos conversar. -ele parecia preocupado. -Preciso do seu apoio para algo.

–É claro que precisa. -dei um sorriso, pedindo para a empregada pegar Hope.

Damon e Stefan estavam discutindo num canto, até que realmente prestaram atenção no que estava acontecendo e quem estava ali.

–Fizeram as pazes, Klaus? -Stefan perguntou.

–Somos irmãos. Não ficamos tanto tempo sem nos falar. -respondi e voltei para perto de Elijah, que estava com Hope, Rebekah e Freya.

–Ela cresceu bastante, Nik. -Rebekah disse.

–Pois é. -Freya falou. -E também ficou mais linda! -ela sorriu.

–Acho que está puxando o pai... e a mãe, é claro. -suspirei, feliz ao me lembrar de Caroline.

–Hayley? -Elijah perguntou. -Pensei que estivesse namorando a Caroline. -ele me olhou desconfiado.

–Não me diga que está traindo a Care! -Rebekah praticamente gritou, aproximando-se de mim, dando-me uns tapas. Eu sabia que aquela coisa toda era coisa de irmão, então não a impedi.

–Claro que não, Rebekah. -disse, rindo. -Caroline é o amor da minha vida, vem cuidando de Hope há bastante tempo e por isso digo que ela é mãe da Hope. E ela é. Caroline cuidou mais da nossa filha do que Hayley um dia cuidou.

Rebekah parou o que estava fazendo, entrando em estado de choque, assim como meus outros irmãos. Dois minutos depois, todos voltaram ao normal.

–Está trocando a Hayley, Nik? -Rebekah disse com um tom triste.

–Não é questão de trocar, ela nunca foi nada pra mim e acho que sempre deixei isso claro. -falei.

–É por isso que eu te amo! -Rebekah sorriu, me abraçando.

Sussurrei um "também te amo" para ela, que nos separou depois de um tempo.

–Ah, só para você saber, eu e ela somos grandes amigas. Começamos a conversar há pouco tempo por mensagens, mas ela é realmente muito legal. Não conhecia esse lado dela antigamente. -ela deu uma piscadela.

–Tudo isso está muito fofo, mas temos que salvar a Caroline. -Stefan disse, olhando para a porta. -Finalmente chegaram! -olhei e pude perceber que ele estava falando com Elena e Bonnie. -Podemos ir?

Assenti, olhando para Rebekah, Elijah e Freya. Estávamos prontos e soltaríamos Caroline. Finalmente iria vê-la novamente.

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No próximo dia

POV Caroline

Estava sendo torturada novamente. Como sempre, Davina não estava presente enquanto isso acontecia.

Eu já estava pensando que aquele seria meu fim. Desde quando chegaram, não deu para ligar para ninguém.

–Ei, alguém viu meu celular? -Camille perguntou. Eu sabia que em algum momento ela sentiria falta dele.

–Não. -Hayley disse enquanto me torturava.

–Devo ter esquecido em outro lugar, vou lá buscar. Continue fazendo seu trabalho. -ela deu uma piscadela.

Dois minutos se passaram e ouvimos o grito de Camille.

Hayley ficou desesperada, sem saber o que fazer, enquanto eu apenas a observava.

Ela me olhava assustada, enquanto ligava para Davina.

* -Onde está a estaca? -ela disse, logo depois sendo jogada para um outro canto. *

–Senti sua falta, love. -Klaus disse após se revelar.

–Klaus, sai daqui, eles tem a estaca, vão te matar. -gritei, mas já era tarde demais.

Camille estava muito próxima dele e com a estaca na mão. Ele não a matara, nem sequer a machucara, o que significava que ele, pelo menos um pouquinho, gostava dela.