POV Caroline

–Klaus! -gritei inutilmente. Em poucos segundos, ele já estava do outro lado do cômodo, livre de Camille. Suspirei ao perceber isso, tentando me livrar do pensamento que tivera há segundos atrás. Ele não gostava dela -era isso o que eu estava constantemente repetindo na minha cabeça. Esse pensamento me atormetara durante esse pouco tempo, e se não me livrasse rapidamente dele, poderia até arranjar uma briga com o amor da minha vida.

–Eu te deixei viva! -Klaus gritou com Camille após pegar a estaca. -E você retribuiu tentando me matar? -ele a olhou, totalmente tomado pela raiva. -Acho que não é assim que as coisas funcionam.

Ela o fitou, parecendo calma, o que era um absurdo, levando em conta que acabara de ser ameaçada de morte.

Um leve sorriso brincou nos meus lábios. Era bom saber que Klaus voltara a ser Klaus e a mataria agora, deixando de lado qualquer sentimento que já sentira por ela.

–Você não seria capaz. -ela sorriu ironicamente. -Me ama demais para fazer qualquer coisa que me prejudique. -pelo seu tom de voz, pude perceber que estava quase ficando louca.

–Tem certeza?! -ele deu um sorriso malicioso, aproximando-se dela e arrancando-lhe a cabeça.

Fiquei horrorizada, mas também um pouco aliviada. E se ele gostasse dela? E se isso fizesse com que ele me deixasse e fosse ter uma vida feliz com ela? Ah, Deus, tantos "e se" que estava imaginando que nem me concentrei no que estava acontecendo no momento.

Davina chegara de repente, fazendo com que Klaus caísse de dor.

–Acho justo me vingar da morte de Camille. -ela olhou para o meu britânico que se debatia de dor. -Tenha em mente que será mil vezes pior, e que ela não sairá ilesa. -ela aumentou o tom quando chegou na última palavra, fazendo com que a mesma coisa que estava acontecendo com Niklaus, acontecesse comigo, fazendo-me gritar e pensar no motivo de Klaus não ter me tirado daquelas correntes.

–Davina, pare, por favor. -pedi, gemendo de dor.

–Deveria ter pensado nisso antes de ter deixado que seu amor épico matasse minha amiga. -ela disse.

–Não sei se percebeu, mas, estou presa. -levantei bem os braços, mostrando as correntes e depois sorrindo ironicamente.

–Não sou cega, queridinha. -ela revidou. -Mas não posso conversar sobre isso agora, já que tenho que matar seu namorado. -a estaca que estivera minutos antes na mão de Klaus e que agora se encontrava no chão, partiu para a mão dela e ela caminhou em direção à ele.

–Não, Davina, por favor. -falei. -Podemos dar um jeito de ressuscitar o irmão dele, e assim todos ficaremos felizes. -tentei falar devagar para que ela entedesse. -Eu também posso te ajudar com o luto. -disse, referindo-me à Camille.

Ela me encarou. Seu olhar era carregado de ódio, raiva e vingança, e fez com que eu estremecesse.

–Nada pode me parar agora, Caro... -algo a impediu de terminar a frase. Olhando para trás, vi uma linda garota que eu não eu conhecia. Depois avistei Rebekah, minha cunhada.

–Achou que íamos deixá-lo morrer antes de vermos seu casamento com a Caroline? -Rebekah perguntou rindo, matando Davina depois.

–Como conseguiram matá-la? -Klaus perguntou, recuperando-se.

–Temos a Freya. -ela respondeu, apontando para a menina desconhecida, que aproximou-se e me soltou, apresentando-se.

–Sou Freya. -ela sorriu. -Também sou sua cunhada.

Retribui com um sorriso cansado, afinal, estava com muita sede e ainda não havíamos feito nada em relação à Hayley.

Perguntei isso à Klaus, que sorrira maliciosamente e me tranquilizara, dizendo que o grito de Hayley não foi por acaso: ele a matara.

–Ótimo! -disse. -Será que agora posso pegar uma bolsa de sangue no hospital mais próximo? -perguntei, ansiosa.

–O mesmo velho bom humor de sempre! -Rebekah riu. -Venha, te levo até lá.

Me despedi de Klaus com um selinho, e fui com minha cunhada enquanto Freya permanecia lá com ele.

–Estou pensando em voltar para Mystic Falls. -Rebekah confessou enquanto andávamos em direção ao hospital.

–Será ótimo. -falei e percebi que ela sentiou sinceridade naquelas palavras. -Poderíamos fazer várias festas, levar a Hope em vários lugares... -suspirei. -Tantas coisas que se pode fazer com uma cunhada. -sorri.

Ela retribuiu o sorriso e me fitou.

–Você mudou, Caroline. Jamais poderíamos conversar assim tempos atrás.

Parei e a olhei.

–Eu apenas comecei a aceitar as pessoas, afinal, o que me faz melhor do que aqueles que matam sem pena? -perguntei. -Nada. -respondi minha própria pergunta. -Eu já matei antes, a Elena matou, todos nós, vampiros, matamos. -dei uma breve pausa. -Não posso me sentir melhor do que qualquer um de vocês. -sorri.

–Uau! -ela riu. -Iremos nos dar bem, Caroline. Mas, antes disso, você precisa se alimentar. -ela apontou pro hospital. Suspirei aliviada ao saber que estávamos chegando.

Com a minha velocidade sobrenatural, cheguei com Rebekah até a porta. Entramos e procuramos rapidamente uma bolsa de sangue. Em poucos minutos eu já era a velha Caroline.

–Que delícia! -falei, fazendo Rebekah rir. Joguei a bolsa no lixo e comecei a pensar em matar aquela saudade que eu estava sentindo de Klaus. -Acho que devemos ir atrás do seu irmão.

–Ok. -ela concordou e caminhamos em direção ao lugar onde eu estava horas atrás. Encontramos Klaus e Freya rindo. -Posso saber qual é a piada? -Rebekah se intrometeu.

–O simples fato de que essa loira do seu lado -Freya apontou para mim -fez com que nosso irmão tivesse *pena* da Camille e a deixasse viva. -ela sorriu. -Obrigada por isso.

–Acho que é o suficiente. -Klaus murmurou. -Vão fazer minha namorada sair correndo.

Eu ri e ele me deu um beijo.

–Melhor deixá-los sozinhos. -ouvi Freya sussurrar e depois o bate da porta. Estávamos sozinhos.

–Pensei que você iria morrer. -confessei. -Fiquei tão assustada, Klaus...

–Não vamos falar sobre isso agora. A única coisa que eu quero nesse momento é seu beijo. -ele disse, beijando-me novamente.

Naquele momento parei de pensar em Camille, Davina e em qualquer outra pessoa que poderia atrapalhar o beijo, preocupando minha mente.

Sempre que eu o beijava, eu me sentia leve, como se a minha vida fosse perfeita e eu não precisasse me preocupar com nada. Mas a vida é complicada. Nos dá problemas para testar se somos capazes de enfrentar os obstáculos da vida. Acho que nesse teste eu tirei nota máxima, apesar de ter passado por momentos de tristeza. Enfim, minha vida não é fácil, nem a dos meus amigos. Mas, com certeza, enfrentaremos os tais obstáculos juntos.

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No próximo dia

POV Caroline

Chegara em Mystic Falls há apenas um dia e já tivera várias notícias, e duas delas mudaram as vidas das pessoas ao meu redor: Elena tomara a cura e Jo e Alaric iriam se casar.

Felizmente, ainda faltava uma semana para o casório. Eu me ofereci para organizar tudo enquanto ela apenas escolhia as coisas que uma noiva deve escolher. Quanto a Elena, ela estava bem, mais feliz do que nunca e aliviada por, novamente, poder ter filhos. Bonnie havia prendido Kai onde a mãe de Stefan e Damon estava, e agora não precisaríamos nos preocupar com ele, já que ela garantiu que não havia uma forma de sair de lá. Lily Salvatore também estava presa, mas, estamos preocupados com a possibilidade de Enzo soltá-la. Porém, creio que não precisamos nos preocupar com isso por enquanto. Hope ficava mais linda a cada dia, sempre me deixando ansiosa com sua primeira palavra. Um dia ela iria falar e eu queria estar bem pertinho. Rebekah estava em Mystic Falls e agora era amiga de todos. Talvez até um pouco mais do que isso em relação a Stefan. Freya estava bem, curtindo a liberdade viajando pelo mundo, sempre mandando fotos incríveis para a gente. Elijah nós nunca mais vimos, ele ainda está passando pelo luto. Descobrimos que ele era apaixonado por Hayley. Klaus e eu estávamos cada dia mais apaixonados um pelo outro. Ele me faz tão feliz, do jeito que eu jamais imaginei que um homem pudesse, isso pensando nas minhas antigas relações. Porém, esse híbrido apenas me surpreendia de modos maravilhosos. Quando estávamos voltando para Mystic Falls, ele me contara que voltara a ser amigo de Stefan, o que confesso que me deixou alegre. Esse Salvatore era um dos meus melhores amigos. E tinha o outro, Damon, que era namorava Elena. Esse estava na dúvida entre tomar ou não a cura. Seu irmão e sua namorada pensam que ele não quer, que ama sua vida de vampiro. Pode ser até verdade, mas quando se trata do amor, fazemos coisas que podem parecer até impossíveis para alguns. No fim, todos estavam bem, talvez um pouco confusos e preocupados, mas ansiosos com o casamento de Alaric e Jo. Eles são nossos amigos e desejamos simplesmente o melhor. Quanto aos inimigos, imagino que o destino será legal conosco, pelo menos durante esse período.

–Olá, sweet. -Klaus disse, aparecendo do nada e fazendo com que eu tomasse um susto.

–Oi. -falei, virando-me e dando-lhe um beijo. -Infelizmente, não posso ficar com você agora. Falta apenas uma semana para que Jo e Alaric se casem e eu tenho que organizar isso tudo. -fiz um gesto largo com as mãos. -Ah, e tem que ficar perfeito, afinal, é um casamento.

Ele riu e pegou minha mão, fazendo com que eu me arrepiasse toda. Cada toque daquele homem era carinhoso, simplesmente perfeito.

–A noiva te liberou hoje. -ele disse, sorrindo.

–Como conseguiu isso? -olhei sorrindo para Klaus.

–Tenho meus métodos. Agora temos que ir. -ele disse.

Assenti e peguei sua mão. Ele me guiou até o carro e depois fomos até nossa casa. Lá, pegamos Hope e ele dirigiu numa direção totalmente desconhecida pra mim.

–Onde estamos indo? -perguntei.

–Olha pra trás. -ele disse e eu o fiz. Encontrei apenas Hope na cadeirinha de bebê e uma cesta.

–Não entendi. -murmurei.

–Iremos fazer um picnic -ele disse, sorrindo. Nossa filha pareceu ter gostado da ideia também, pois dera uma gargalhada. Dei uma olhadinha pra trás e sorri pra ela, que fez o mesmo.

Estava um dia quente e eu preferi vesti-la com um vestido amarelo, que ficara maravilhoso nela. Seu cabelo estava totalmente arrumado, e ela calçava uma sapatilha branca que eu comprara quando fomos ao shopping. Ah, como ela estava linda! Klaus gostava de falar que ela puxara duas loiras maravilhosas: a mãe -que no caso sou eu -e a tia, Rebekah. Talvez ele estivesse certo. Hope realmente se parecia comigo e com minha cunhada.

–Chegamos! -Klaus avisou e eu desci do carro, pegando nossa filha logo depois. Com ela nos braços, caminhei para mais perto da calçada, esperando que seu pai pegasse as coisas. -Vamos. -ele nos direcionou até um lindo lugar, com uma grama verde e várias flores. Também podíamos ouvir o barulho de algum rio, que ficava não muito longe.

Sentei e coloquei Hope em cima do pano que Klaus trouxera. Ela pegou seu ursinho de pelúcia favorita e ficou brincando.

–Obrigada por ser quem você é. -falei para Klaus, dando-lhe um beijo de cinema.

–Eu te amo. -ele sussurrou. Fiz a mesma coisa.

Estávamos abraçados brincando com Hope quando percebemos algo. Ela falara!

–Mamãe e papai. -ela falou, errando algumas coisinhas, mas deixando claro o que queria dizer.

–Oh, meu Deus! -falei, sorrindo e pegando ela no colo. -Ela falou pela primeira vez, Klaus! -disse, pegando meu celular e registrando o momento, tirando uma foto.

–Você é maravilhosa! -Niklaus falou, mostrando seu sorriso de pai orgulhoso para Hope.

Rimos e começamos a comer. Horas depois já estávamos no carro, voltando pra casa.

Chequei minhas mensagens enquanto Hope dormia e Klaus dirigia. Havia três.

De: Elena Gilbert

Para: Caroline Forbes

Amanhã ajudaremos Jo a escolher o vestido dela e o meu. Nos encontre na mansão Salvatore 14 horas

Passei para a próxima mensagem.

De: Stefan Salvatore

Para: Caroline Forbes

Preciso de ajuda para escolher um presente para Rebekah. Podemos nos encontrar amanhã 17 horas para escolhermos?

Sorri ao ler. Ele estava se apaixonando por ela, o que era maravilhoso.

De: Bonnie Bennett

Para: Caroline Forbes

Kai saiu do mundo prisão. Não sei como, mas tenha cuidado. Lily também escapou.

Li a última e quase gritei. Haveria uma guerra e não iria demorar muito.