Higure Kaminari escrita por Lailla


Capítulo 24
A guerra


Notas iniciais do capítulo

Mais um *----*



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Nas últimas semanas ainda treinávamos. Quando não éramos instrutores de todos, Kyrira e eu treinávamos arduamente. Aprimorei algumas técnicas, assim como ele. Isso com o auxílio do meu pai. Ficávamos treinando até tarde, com ele nos auxiliando para que não destruíssemos nada. Chegava tarde em casa e Gaara ficava me esperando sempre. Eu começava a ficar extremamente tensa e ele me ajudava, mas também estava tenso e preocupado. Afinal, era uma guerra. E se não vencêssemos daríamos uma chance para Izukare querer fazer outras futuras.

Kyrira e eu tínhamos uma técnica nossa. Não conseguimos completá-la por causa do ataque a nossa aldeia, mas esses meses juntos nos deu tempo para completa-la e ainda aprimorá-la! Tínhamos acabado de fazê-lo quando Kankuro veio correndo até nós, no campo de treinamento.

– Yuki! – Ele chegou ofegante.

Olhamos para ele.

– Venham comigo, rápido!

Arregalamos os olhos e corremos com ele. Fomos para a sala de Gaara. Entramos e meu pai estava presente, assim como o capitão dele, Shikatore.

– O que houve? – Olhava para eles.

– Izukare está se aproximando rápido. – Meu pai disse.

Franzi a testa, precisávamos pensar rápido então.

– Shikatore estava vigiando os passos dele. Voltou há alguns dias. Eles estão a caminho.

– Quantos? – Kyrira perguntou.

Meu pai suspirou.

– Muitos.

Pus uma mecha atrás da orelha, nervosa. Se 25 já deu muito trabalho, que dirá “muitos”!

– Seria melhor irmos o mais rápido possível para pará-los antes que se aproximem mais. – Gaara disse com as mãos juntas, encostadas no lábio e apoiando o cotovelo na mesa – O que acha, Kori-sama?

– Hum... – Meu pai pensava – Quanto tempo, Shikatore-taichow?

– Talvez em dois dias eles entrem no deserto, Kori-sama. – Shikatore disse, sério.

– Descansaremos hoje e partiremos amanhã? – Meu pai perguntou a Gaara.

– Hum, hai. – Ele concordou.

Respirei fundo, mais nervosa ainda.

...

Arrumamos as coisas. À noite Kyrira e meu pai foram nos visitar e ficaram para o jantar. Conseguimos nos distrair por algumas horas. Depois, enquanto eu lavava a louça, Kyrira me ajudava guardando-a.

– Quando vai acontecer? – Ele perguntou.

– Nani? – Perguntei suavemente. Era tão bom tê-lo por perto.

– O casamento.

Arregalei os olhos e o olhei com o prato na mão, ainda ensaboado. Ele deu um sorriso maroto.

– Gaara estava conversando com Otousan. Deixei a audição sensível. – Ele disse deixando escapar uma risada, cobrindo a boca com o punho.

Apertei os olhos em sua direção.

– Trapaceiro. – Disse e voltei a lavar a louça – Depois da guerra.

– Legal. – Ele disse e suspirou.

O olhei.

– Nani?

– Nada. – Ele olhou para o teto.

– Mentira. – Cantarolei.

Ele me olhou e sorriu. Se virou e apoiou os braços na bancada, ao lado da pia.

– Queria que nada disso tivesse acontecido, mas ao mesmo tempo eu gostei de ter conhecido Turi. Se isso tudo não tivesse acontecido, a gente não teria se conhecido.

Sorri pra ele. Pensando agora, o mesmo teria acontecido comigo e Gaara.

– Só queria que essas drogas de guerra acabassem logo. – Ele disse com a testa franzida.

– Também. – Disse secando as mãos e pondo uma delas em seu ombro.

Ele sorriu pra mim. Se endireitou e me abraçou. Meu pai e Kyrira foram embora em seguida e nós fomos dormir. Gaara estava no meu quarto, abraçado na cama comigo.

– Tome cuidado amanhã. – Eu disse enquanto sentia seu cheiro. Sempre me acalmava.

– Você também. – Ele disse mexendo no meu cabelo – Principalmente.

Sorri.

Ficamos na cama nos abraçando até adormecemos. Esperava que essa guerra acabasse logo e ficássemos em paz. Mas por algum motivo, eu não tinha a confiança para pensar nisso.

...

Centenas de ninjas da areia, grande parte do meu clã e mais ninjas que Konoha mandara, estavam marchando pela areia. Chegamos no ponto mais deserto e esperamos Izukare e os outros. Eu estava ao lado de Gaara e via os outros. Kyrira deu a mão rapidamente para Turi, que sorriu como se ele a acalmasse. Gamira cochichou algo para Tsuki, que sorriu mesmo tensa. Olhei para meu pai, ele confirmou com a cabeça. Estavam chegando. Virei a cabeça rápido para Gaara, ele segurou minha mão, eu estava nervosa.

– Ne. – Naruto disse, próximo de Gaara – Vamos acabar com eles.

Olhamos para frente e os vimos chegando. Arregalei os olhos ao ver a quantidade. Onde ele conseguira tantos?! Otousan franziu a testa, pensou o mesmo que eu. Izukare fizera aliança com vários ninjas para lutar ao seu lado.

Não houve conversa e Izukare não ofereceu uma oferta de desistência a nós debochadamente. Ele queria nos aniquilar com certeza! O fuzilei com raiva e meu corpo se cobriu de pêlos com minhas mãos virando patas e eu pondo as garras para fora. Meus dentes de lobo surgiram e eu rosnei para ele. Kyrira também se transformou da mesma forma, assim como todos do nosso clã. Homens e mulheres. Os que não eram do clã os olhavam, nunca nos viram transformados. Ou no caso, meio transformados.

Meu pai deu alguns passos a frente. Ele franzia a testa, suas pupilas estavam contraídas ao máximo. Seus olhos amarelos eram mais assustadores com aquela expressão do que os meus e de Kyrira, que estavam da mesma fora. Encarou Oji-san, apontando para ele. O sorriso malicioso de Izukare desapareceu.

– Você... Está morto. – Ele disse quase rosnando.

Abaixou a mão. Izukare sorriu malicioso de novo.

– Veremos. – Ele disse levantando a mão e fazendo um aceno com o dedo.

De repente os seus ninjas correram em nossa direção e Izukare desapareceu no meio deles, parado no mesmo lugar. Meu pai rosnou e correu matando quatro de uma vez com o raio. Da mesma forma que Mandoraku-sama cuspia a energia que virava estacas ao atingirem o chão, meu pai fazia uma bola de raios na mão e a jogava no oponente. Ao atingi-lo, ela o matava eletrocutado e formava grandes estacas que matavam quem estivesse no alcance de dois metros. Ele correu em direção a Izukare, mas teve que lutar contra mais alguns ao mesmo tempo.

Eu corri e pulei, girando o corpo enquanto rosnava. Peguei a cabeça de um e o joguei no chão, esmagando-a. Nem todos eram Ookami ningen, alguém tentou me atingir com um jutsu, mas Gaara me protegeu com a areia. Kyrira passou por mim e girou fazendo seu corpo inteiro se cobrir de raios e ao mesmo tempo se expandirem, matando meia dúzia. Ele me olhou, estava na hora. Corri até ele e demos as mãos de costas uma para o outro. Olhamos a nossa volta e giramos rápido ao mesmo tempo. Nos cobrimos de raios como um ciclone ao nosso redor e eles se expandiram rápido e violentamente num alcance de quase três metros. Rosnamos e vimos, vinte mortos. Os outros lutavam. Tsuki estava indo bem ao lado de Gamira, eles faziam uma dupla. Mitsuri também ia bem. Sakura com apenas um soco, derrubava dezenas. Naruto usava Rasengan e depois invocou um saco gigante. Ouvi seu nome, era Gamabunta. Fiquei impressionada, e mais ainda ao ver meu pai invocar Mandoraku-sama. Ele deu aquela risada amedrontadora ao ver meu pai e começou a lutar por nós.

Turi lutava ao lado de Temari, mas nee-chan se distanciou para ajudar os outros. Turi continuava sozinha, mas um lobo veio em sua direção resistindo ao vento de seu leque gigante. Yomi-sensei a ajudou com seus leques, mas foi atacada por um lobo, que mordeu gravemente sua perna. Ela deixou os leques cair e o matou com uma kunai. Se arrastou tentando ir para longe. Outro veio na direção de Turi e a atacou, destruindo seu leque. Ela caiu para trás e ele ia ataca-la, mas Kyrira surgiu do nada agarrando o lobo e o eletrocutando, quebrando seu pescoço ao mesmo tempo. Ele a olhou.

– Daijoubu? – Ele perguntou preocupado com a testa franzida. A ajudou a se levantar.

– Hai. – Ela disse aliviada – Arigatou.

Outro lobo ia atacar, mas Turi tirou duas espadas curtas que estavam presas a sua perna e ficou a frente de Kyrira, movimentando os braços e fazendo o jutsu das lâminas de vento. Fatiou o lobo por completo. Kyrira olhou surpreso para ela.

– Vai ficar bem, ne? – Ele sorriu.

– Hai! – Ela sorriu, confiante.

Um ninja médico ajudou Yomi-sensei, mas ela não poderia mais lutar. Mesmo assim arriscou. Gamira pegou dezenas em seu genjutsu e Tsuki os esmagou com o Doton. Shikamaru prendeu vários em seu jutsu e Temari completou o resto.

Eu tinha acabado de matar alguns, mas um me pegou de surpreso e mordeu minha perna, cravando os dentes nela e me fazendo exclamar quase perdendo o ar. Me jogou longe e pulou em minha direção para me matar, mas Gaara fez estacas de areias, deixando-o completamente perfurado. Correu até mim.

– Daijoubu?

– Hai. – Eu disse com a expressão de dor tentando me levantar.

Sakura me fitou e correu.

– Yuki-chan! – Ela se ajoelhou e pôs a mão na minha perna fazendo um jutsu médico.

Em meio aquela monstruosidade que acontecia entre todos nós. Matança sem piedade dos próprios semelhantes, meu pai conseguiu finalmente chegar até Izukare, que logo ficou em posição. Olhamos para eles ao percebermos. Todos olhavam, parando até de lutar uns contra os outros.

Era a hora dos irmãos se enfrentarem. Izukare se transformou por completo, o lobo negro. Meu pai rosnou e também se transformou, rasgando um pouco suas roupas. O grande lobo branco! Arregalei os olhos ao vê-lo, ele parecia maior! Otousan rosnava e seus pêlos à mostra estavam extremamente eriçados. Na verdade eu nunca o vira daquele jeito. Ele estava pronto para lutar até a morte!

– Otousan... – Disse preocupada enquanto Gaara estava ajoelhado ao meu lado e Sakura me curando.


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Notas finais do capítulo

Curtiram? *-*



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