O Preço do Amor escrita por Milla


Capítulo 25
Mistic Falls


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM A DEMORA, TENHO JUSTIFICATIVA, RS.SOFRI UM ACIDENTE E DESLOQUEI O OMBRO E FIQUEI IMPOSSIBILITADA,AINDA TA BEM RUIM MAIS VIM RAPIDINHO POSTAR QUI PORQUE ESTAVA COM SAUDADES, RS. Prometo compensar no proximo!!!
Ah, queria pedir desculpas as meninas que estavam lendo Perigosa Atração, eu exclui, sim, eu sei! Só que foi por uma boa causa, acabei percebendo que a historia realmente tem potencial e preferi amadurecer um pouco mais a historia! Assim que estiver adiantado algumas coisas aviso vocês ok? Falando em outras fanfics tenho tido varias ideias de Klaroline e uma delas tem me perseguido, rs.



Vocês gostariam de uma fic de Klaroline em Universo Alternativo, onde ela é uma adolescente que estuda e Klaus um professor bonitão, recém chegado em Mistic Falls?



Digam-me nos comentários, porque estou tentada a escrever essa fic, hahaha.



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Minha respiração estava descompassada e todo meu corpo formigava de um jeito bom. Estava deitada na cama e Klaus envolvia minha cintura firmemente. Meus sentimentos estavam uma verdadeira bagunça, minha mente girava a cada segundo deixando-me completamente confusa e chateada. Respirei fundo, tentando dissipar todos os pensamentos que invadiam-me e fechei os olhos tentando esquecer todos os motivos que tinha para não estar ali, exatamente ali, na cama dele enquanto suas mãos massageavam minha cintura.

"Se continuar pensando assim...Vai acabar enlouquecendo, Caroline." A voz rouca e mansa de Klaus me puxaram de volta e eu sorri satisfeita por ele ter o poder de me fazer esquecer qualquer coisa.

"Hm." Resmunguei distraidamente, enquanto rolava os olhos pelo quarto. Soltei o ar e tentei escapar dos braços firmes de Klaus.

"Onde você pensa que vai?" Virei-me para ele e sorri ao vê-lo tão sereno.

"Preciso de um banho!" Respondi rapidamente, enquanto facilmente escapava de seus braços possessivos e saia da cama. Seus olhos analisaram meu corpo nu por alguns segundos antes de abrir um sorriso malicioso.

"Você tomou banho não faz nem duas horas...Volte pra cama, querida." Sua voz rouca fez com que meu corpo inteiro se arrepiasse em resposta. Dei de ombros, sorrindo.

"Estou suada e suja, Klaus. Vou tomar um banho para dormi, não seja chato!" Ele me olhou por algum tempo, sorriu tranquilo e agilmente envolveu suas mãos em minha cintura, trazendo-me para perto novamente.

Seus lábios alcançaram o meu pescoço, deixando beijos suaves e demorados por toda a extensão da minha pele. Suspirei e fechei os olhos deixando que as sensações tomasse conta do meu corpo.

"Eu vou com você, então." Ele sussurrou enquanto mordiscava o lóbulo da minha orelha me deixando completamente sem ar.

¨¨¨¨

Fazia dias que eu tentava inutilmente bloquear todos meus sentimentos em relação a toda mentira que fora minha vida. Era difícil manter-me fria e alheia a tantas informações que se mostravam lentamente para mim. Cada descoberta era como facas afiadas sendo enterradas em meu peito, fazendo-me com que o ar se tornasse escasso a cada segundo dos meus dias.

Especialmente hoje estava sendo pior. Talvez pelo fato de eu estar realmente me sentindo deprimida, ou por que Klaus simplesmente não voltará para a casa na noite passada. Outra coisa que andava me atormentando era a intensidade dos sentimentos que eu estava nutrindo por aquele homem. De certa forma ele parecia mais tranquilo e relaxado nos últimos dias, entretanto, nada, definitivamente nada nele demonstrava qualquer sentimento intenso por mim. Talvez, ele tivesse algum respeito por mim, e só.

Aquilo me frustrava cada vez mais e fazia com que meu coração estilhaçar-se no peito toda vez que suas mãos tocavam-me de forma provocativa. Eu sempre fui uma mulher realista e decidida, e isso me fazia sofrer. Sim, minha realidade era triste e desmotivadora, eu sabia do fundo do coração que Klaus nunca sentiria nada mais que desejo por mim.

Definitivamente ele vinha se mostrando mais calmo e atencioso, sorria com frequência e me escutava atentamente sempre. E eu sabia que aquilo era somente resultado da culpa que ele sentia por ter manipulado a minha vida de uma forma tão cruel.

Klaus ainda era um ser humano. Sem duvidas era o homem mais frio e duro que já havia conhecido em minha vida, no entanto, em alguns momentos sua habitual mascara de frieza se desfazia me mostrando outras facetas e, isso me deixava cada vez mais envolvida. Eu tinha todos os motivos do mundo para odiá-lo; eu realmente deveria odiá-lo; ele fora cruel e insensível, mentiu e manipulou tudo a minha volta, entretanto, quanto mais o tempo passava, mais eu parecia ama-lo e isso estava me quebrando lentamente for dentro.

No fim Tyler estivera certo, antes que tudo acabasse eu estaria quebrada de uma maneira que jamais poderia ser restaurada. Já fazia alguns dias que eu questionava meu próprio caráter.

Como eu me deixei envolver por um homem como ele? Como eu era capaz de ama-lo sabendo o quão mal ele poderia ser? O quão ruim isso me tornava?

As lágrimas sempre inundavam meu rosto com rapidez, quando minha mente atirava-me verdades absolutas em minha cara. Eu deveria ser a pior pessoa do mundo, porque eu simplesmente fora capaz de amar alguém que certamente desconhecia esse sentimento. A única coisa que aquele sentia era um ódio descomunal por qualquer um que ousasse se atravessar em seu caminho e prejudica-lo. Ele tinha uma cidade inteira nas mãos e ninguém era capaz de questiona-lo, ameaça-lo e lhe colocar em seu devido lugar. Klaus era assustador para qualquer um, então porque, eu não conseguia vê-lo como o monstro que ele realmente era? Porque meu coração apaixonado insistia loucamente em tentar encontrar algo bom nele?

Enxuguei rapidamente as lágrimas quando notei que ele entrara no quarto com uma carranca no rosto. Ele rolou os olhos e me fitou por algum tempo, desviou o olhar e desapareceu para dentro do closet. Puxei o ar com força e em um pulo sai da cama, abrir a porta rapidamente e fugi daquele quarto antes que ouvisse algo que pudesse me deixar pior do que já estava.

Ele não sairá do quarto depois disso e o medo de ser magoada me mantinha o mais distante possível durante todo o dia. Torcia internamente para ele sair de lá, me ignorar e voltar aos seus compromissos com a Máfia, entretanto, minha esperanças esvaiu-se completamente quando deparei-me com o horário. Já passava da meia noite e Klaus continuava trancafiado no quarto, ele não havia descido durante todo o dia, não havia tomado café, almoçado ou jantando. E isso me deixava ainda mais apreensiva, Klaus era quebrado com esse tipo de coisa e sempre exigia que as refeições fossem nos mesmos horários e sempre exigia que eu estivesse presente, entretanto, hoje ele nem se dera ao trabalho de comer alguma coisa.

Deixei mais alguns minutos passaram-se torcendo para que ele estivesse dormindo, quando eu chegasse ao quarto e, mesmo a contragosto, me encaminhei para o mesmo derrotada. Minha vida definitivamente nunca estivera tão ruim. Abri a porta cuidadosamente para que não fosse feito nenhum barulho, entrei lentamente e fechei a porta tentando enxergar com a pouca iluminação. Inflei o peito de ar quando encontrei seus olhos me fitaram de forma analisadora e me encaminhei para o banheiro sem lhe dirigir a palavra.

Fiz tudo lentamente tentando ganhar mais tempo e torcendo para que quando voltasse para o quarto, ele estivesse dormindo. Suspirei tentando encontrar a coragem que eu costumava possuir e me voltei para o quarto deparando-me com Klaus sentando confortavelmente sob a cama e com um olhar vazio e sem vida. Senti uma pontada dentro do peito e senti o desejo de poder envolve-lo em meus braços e protege-lo.

Ri amargamente da minha própria ingenuidade e caminhei até a cama sentindo seus olhos acompanharem os meus movimentos.

"Você esta horrível Caroline!" Sua voz rouca e alta soou pelo silencio reconfortante do quarto, fazendo-me pular de susto. Olhei-o com raiva e ele soltou um sorriso de escárnio. "Pensei que fosse mais forte que isso..." Ele tornou a falar, enquanto desviava seus olhos.

Senti um arrepio percorrer todo meu corpo e amaldiçoei-me internamente. Eu também achei que fosse mais forte. Quando foi que me tornei tão fraca? Ah, sim, quando fui obrigada a me casar com um homem que eu julgava terrível e descobrir que toda minha vida não passou de uma farsa. Eu já estava completamente arrasada com minhas próprias desolações quando a voz de Klaus soou fria e cortante.

"Você não serve pra mim!" E como se uma faca estivesse sendo enfiada em meu peito eu deixei meu corpo cair na cama, negando-me o direito de chorar em sua frente. Pela primeira vez desde que me casei com Klaus e passei a conhecer mais a fundo sua família, usei a mascara que todos ali usavam, e fingir que suas palavras não surtiram efeito algum. Ele ergueu as sobrancelhas esperando que eu retrucasse e bufou irritado quando percebeu que eu não faria. Apagou a luz do seu abajur, deitou e virou-se dando me as costas.

Puxei o ar com força para os meus pulmões e tentei inutilmente pensar em qualquer outra coisa. Eu estava sentada de costas para ele, tentando não me deixar fraquejar. Senti ele se movimentar na cama e vi a luz acender-se novamente. Prendi o ar esperando pela briga que seguiria a partir dali e implorei para um ser superior para que me ajudasse a manter-me firme.

Deus sabe o quanto era dolorido viver uma mentira, quando internamente, tudo o que eu desejava era que torna-se verdade.

"Você esta desmoronando lentamente..." Sua voz voltou a soar pelo silencio do quarto. Me encolhi sob a cama, tentando não deixar as lágrimas molharem meu rosto. "Por Deus, Caroline, reaja!" Ele bradou, levantando-se da cama e parando em minha frente. Neguei-me a olha-lo e o vi andar de um lado para o outro. "Sinceramente, de longe você e a mulher que eu achei que era...Quando eu passei a acompanhar sua vida mais de perto, me senti satisfeito por quem você era...Determinada, forte e orgulhosa e, olha pra você agora, não passa de uma garota assustada remoendo o passado." A raiva borbulhou dentro do meu corpo, puxei o ar com toda força para os meus pulmões e levantei-me olhando dentro de seus olhos. Pude vê-lo recuar alguns passos e bradei em sua direção:

"Garota assustada? O que você queria se idiota? Que eu fingisse que estava tudo bem? Eu sou uma pessoa de carne e osso, Klaus. Não um robô desprovido de sentimentos." Ele me olhava em um misto de raiva e surpresa.

"Eu tenho o direito de chorar e me dar ao luxo de estar arrasada ao descobrir que tudo que vivi durante anos fora uma mentira... Tenho o direito de lhe odiar por ter manipulado minha vida do jeito que queria...Deus do céu, você fez tudo direitinho seu canalha, me trouxe pra cá, me cantou na primeira oportunidade, me fez sentir-me atraída e de uma forma completamente maligna conseguiu despertar sentimentos em mim de forma premeditada. Você sabia que se eu estivesse apaixonada por você seria mais fácil aceitar tudo, você...Você sabia! Você só não planejou que eu fosse resistir a isso...Sinto muito, o tiro saiu pela culatra, Klaus. Eu nunca vou me render a isso, por mais que eu tente desesperadamente, porque acredite eu gostaria! Porque simplesmente seria mais fácil desistir de lutar, e simplesmente usufruir do que você esta me oferecendo, entretanto, eu não consigo! Não dá, eu nunca serei capaz de olhar pra você sem lembrar-me do monstro que você e... Do ser humano desprezível e sem coração ao qual eu estou presa pelo resto da minha vida." Puxei o ar com força e bufei irritada ao sentir as lágrimas romperem em meu rosto.

Klaus me olhava inexpressivo e durante alguns minutos pensei que ele simplesmente ignoraria tudo e iria voltar a sua frieza habitual, entretanto sua voz soou baixa e rouca pelo quarto mais uma vez.

"Você esta certa! Eu premeditei tudo, sabia exatamente o que fazer...Sabia que seria mais fácil você se render se estivesse apaixonada e, acredite, eu sabia que você ia resistir bravamente!" Ele pausou por alguns segundos como se estivesse em duvida se deveria continuar. "Porque acredite você uma hora ou outra vai se cansar de lutar e vai render-se, Caroline! Eu sabia exatamente de tudo, sabia cada estagio disso tudo, sabia que ficaria assim por um bom tempo até estar tão quebrada e decepcionada que simplesmente pararia de se importar... O problema nisso tudo, Caroline...A única coisa que eu não premeditei nessa historia toda, era que eu viria a me importar com você e, acredite eu consigo me odiar e ser ainda mais cruel por saber que você esta conseguindo transpassar barreiras que há muito tempo ninguém conseguia."

Engoli em seco ao conseguir assimilar o que ele havia me dito e o vi balançar a cabeça frustrado. De repente todas as acusações que eu tinha havia sumido, todas as repostas mal criadas e cruéis que havia pensando e ensaiando, sabendo que uma hora o outra isso aconteceria, sumiram completamente me deixando sem ter o que falar. O que aquilo significava exatamente?

Olhei-o fixamente por algum tempo até conseguir formular alguma coisa coerente em minha mente.

"Klaus." Me ouvi chama-lo, ele me olhou atento e com ansiedade. Senti um arrepio percorrer meu corpo lentamente e suspirei. "Se você se importa realmente comigo, por favor...Por favor me deixe me afastar por um tempo!" Esperei pacientemente por sua resposta. Eu sabia que era arriscado pedir aquilo para ele e, tinha quase certeza que ele jamais permitira algo assim, entretanto, ele simplesmente suspirou pesadamente, dando de ombros.

"Que seja, Caroline. Faça como preferir...Estou cansaço de chegar em casa e vê-la se acabando lentamente, pode não parecer mais eu me importo com você, se acha que isso vai te ajudar então tem permissão para voltar a Mistic Falls e voltar quando sentir-se melhor!"


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