O Preço do Amor escrita por Milla


Capítulo 24
Jogo de Sedução 2.0




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"Não antes de você implorar por mim, Klaus"

Ele sorriu ironicamente como se não acreditasse que eu fosse capaz de levar adiante minha afirmação e firmou suas mãos em minha cintura, me guiando em uma musica lenta. Puxei o ar com força, sentindo-me antecipadamente cansada daquela batalha de egos e tentei relaxar um pouco os músculos tensos do meu corpo. Sem obter muito sucesso, me concentrei apenas em deixar-me ser guiada por ele.

Ele suspirou pesadamente como se compartilhasse do mesmo cansaço e sussurrou lento e baixo:

"O que esta conversando com Roger, Caroline?" Olhei-o atentamente por alguns segundos e sorri abertamente para ele.

"Nada que seja da sua conta, Klaus!" Sorri vitoriosa ao ver uma carranca forma-se instantaneamente em seu rosto.

"Deus...O quão teimosa você consegue ser? Não perceber que vai perder esse jogo? Porque não entrega-se de uma vez por todas?" Ele me fitava ansioso enquanto eu afastei bruscamente meu corpo do seu.

"O quão fraca você me julga, Klaus?" Perguntei irritada, enquanto recebia um olhar inquisitivo dele.

"Não se altere!" Ele deu de ombros, enquanto me arrastava para fora da pista de dança, me empurrando em um canto escuro, longe de olhares curiosos.

"Isso é ridículo! Qual sentindo tem em continuar insistindo em algo sem fundamento algum, Klaus?" Perguntei deixando que toda raiva transparecer pela primeira vez naquele dia.

"Do que esta falando, Caroline?" Ele perguntou confuso, enquanto certificava-se que estávamos realmente sozinhos.

"Da merda desse casamento, Klaus. Do que mais estaria falando? Você claramente não me quer por perto e repudia o fato de eu alimentar qualquer tipo de sentimento em relação a você, então porque não usa da merda do poder que tem e acaba com esse ridículo acordo de sua família!" Falei mais alto do que gostaria e recebi um olhar raivoso dele. Encolhi os ombros, sentindo meus olhos arderem.

"E mais complicado do que você imagina!" Ele deu de ombros.

"Descomplique! E não venha com um papo furado de que não poderia, porque se existe alguém que poderia, esse alguém e você. Tem a porra da cidade em suas mãos, faça algo útil e nos liberte dessa loucura!" Ele soltou um riso nervoso, enquanto suas mãos bagunçavam nervosamente seus cabelos loiros.

"O que você seria capaz de fazer para ser ver livre disso, Caroline?" Ele perguntou lentamente, enquanto eu repetia sua pergunta dentro da minha mente algumas vezes.

"Depende." Dei de ombros, deparando-me com a certeza que não seria capaz de fazer nada de ruim a ninguém para me ver livre dele. Mesmo desejando isso como todo o meu ser, não seria capaz de prejudicar ninguém, para obter o que desejava.

"Ótimo! Por que a essa altura eu não sei se seria capaz de mata-la." Ele respondeu rudemente, enquanto afastava-se, me deixando completamente sozinha com meus próprios pensamentos.

Minha mente girava, enquanto lagrimas furtivas inundaram meu rosto com agilidade. Limpei-as rudemente, enquanto puxava o ar com força para meus pulmões. Voltei para o salão como se nada tivesse acontecido e encontrei ele com meus olhos atentos. Estavam bebendo algo no bar distraidamente, enquanto Marcel falava algo que ele mau notava, ao seu lado.

Caminhei em direção a eles, quando uma mulher loira, alta e extremamente familiar surgiu em meu caminho. Meus olhos pousaram sobre ela e a mesma abriu um sorriso acolhedor, enquanto estendia suas mãos para mim.

"Fleya Mikaelson! É um prazer finalmente conhece-la, Caroline." Sua voz suave e melodiosa sobressaiu a musica clássica que tocava ao fundo. Pisquei, encarando por algum tempo e de repente tudo se encaixou perfeitamente em minha mente.

Momentaneamente senti uma tontura me dominar e pensei que realmente fosse cair, entretanto, antes que eu pudesse me recuperar completamente, vi um homem alto extremamente sorridente se aproximar e cumprimentar Klaus. Meu estomago se comprimiu e o ar ficou escasso rapidamente.

E então toda as verdades que estavam se mostrando lentamente para mim, me sufocaram e não fui capaz de deter as lagrimas que inundaram violentamente meu rosto. A mulher a minha frente havia adquirido uma expressão preocupada, enquanto minha mente me lançava diversas informações ao mesmo tempo.

"Você...Deus, você me ligou me oferecendo o emprego não foi?" Me vi perguntar automaticamente, enquanto meus olhos detinham-se na figura ao lado de Klaus.

"Pensei que já estivesse ciente de toda a situação agora, Caroline. Sinto muito se represento algum desconforto para você, estava realmente ansiosa para conhece-la." Vi pela primeira vez alguém ser sincero naquela maldita cidade e por um momento consegui sorrir docemente em direção a mulher.

"Desculpe...Eu preciso de um minuto." Ela assentiu prontamente e eu me distancie o máximo que pude de toda o emaranhando de pessoas.

Não sabia quanto tempo havia ficado sozinha ali, com meus próprios pensamentos me perdendo na vista privilegiada que tinha das estrelas daquela sacada. Dei-me conta de que havia se passado muito tempo, quando Roger surgiu ao meu lado sorrindo animadamente, seu sorriso se desfez assim que seus olhos fixaram-se sobre mim.

Ri amargamente ao perceber o quanto estava sendo enganada naquele lugar.

"Quais verdades ainda precisam ser ditas, Roger? O que mais irei descobrir?" Perguntei seria e ele encolheu os ombros diante das minhas inquisições. "Você nunca recebeu nenhuma indicação minha não é? Nunca nem mesmo soube a profissional que eu fui em Mistic Falls, pelo simples, fato de que isso nunca lhe importou. Klaus apenas lhe deu a missão de me trazer para Nova Orleans, não foi?"

Ele me olhou fixamente por um tempo demasiadamente longo, enquanto assentia.

"Desculpe!"

Ri tristemente, enquanto balançava lentamente a cabeça.

"O que mais preciso saber?" Insisti.

"Tudo em sua vida e uma mentira, Caroline. Foi criada simplesmente para desposar Klaus! Foi um acordo selado com Esther e Mikael pelos seus pais! Sua mãe se afastou da Máfia, porque de fato, ela era contra tudo isso...No entanto, isso não mudava o acordo que já havia sido selado. Ela sabia disso, e por isso, tratou de criar você da melhor forma que conseguiu. Fez de você uma mulher de princípios morais e de um caráter admirador! Entretanto, ela errou feio nisso...Ela deveria ter lhe mostrado a realidade que estava lhe aguardando! Ela acabou lhe condenando a uma vida, infeliz e dura, quando colocou tanta moralidade dentro de sua cabeça! Entenda, você teve liberdade somente porque Klaus decidiu que não iria interferir em sua vida, até que ele quisesse! Você teve uma oportunidade que Esther não teve a casar-se com Mikael e nem mesmo Hayley teve a mesma sorte ao casar-se com Elaijah, embora, eu tenho certeza que ela realmente seja feliz com ele!" Ele pausou e me olhou com atenção como se esparrasse por alguma reação, entretanto, eu estava realmente farta daquilo. "Fleya te ligou sem que eu soubesse porque Niklaus lhe pediu, e quando me foi informado, você já estava esperando na recepção do meu departamento! Não tive escolha, acredite. Infelizmente, aqui em Nova Orleans não existe ninguém acima da família Mikaelson! E se você quer sobreviver em Nova Orleans, conforme-se! Não existe justiça, não existe ninguém capaz de contestar Klaus! Todos são corruptos, todos sabem da existência da Máfia e de quem a controla, entretanto, simplesmente e mais conveniente fingir não saber de nada e tocar a vida da melhor maneira possível, ninguém que arrumar briga com Klaus, Caroline."

Puxei o ar com força, negando-me a derramar mais uma lagrima se quer aquela noite.

"Então tudo, completamente tudo foi premeditado? Ate mesmo o fato de que eu certamente iria aceitar me infiltrar na Máfia?"

Ele assentiu lentamente. Suspirei derrotada.

"Porque?" Perguntei baixo e lento, enquanto via ele sorrir debilmente e dar de ombros.

"Pergunte ao seu marido, parece que ele tem prazer em jogar com você, Caroline." Assenti lentamente, enquanto tentava assimilar tantas verdades naquele momento e vi Klaus surgir rapidamente ao meu lado. Roger sinalizou com a cabeça para mim e saiu antes que eu fosse capaz de lhe dizer qualquer coisa.

"Segunda vez na noite que tenho que lhe afastar de Roger, e sinceramente, não estou gostando do fato de estar bancando sua baba!" Ele rosnou baixo em minha direção, enquanto eu sentia toda decepção se instalar dentro do meu peito, me causando um dor demasiada.

"Não se preocupe, Klaus! Todos em Nova Orleans certamente são devotos a você, ele não faria nada que lhe deixasse desgostoso..." Me afastei rapidamente, enquanto sentia seus olhos queimarem sobre mim. Ele suspirou pesadamente e suas mãos puxaram-me em sua direção.

"O que descobriu?" Ele perguntou baixo e calmo, enquanto suas mãos acariciava a pele exposta dos meus braços. O olhei fixamente por algum tempo, amaldiçoando-o por ter tanto poder sob mim.

"O que você queria que eu descobrisse, Klaus. Não e assim que funciona? Todos aqui só fazem o que você quer, só sabem o que você os deixa saber?" Perguntei rudemente, enquanto suas mãos apertavam meus braços, delicadamente.

"De certa forma, querida!" Ele usou uma voz tão branda, que toda a ira que eu estava desesperadamente engolir rugiu dentro de mim, fazendo-me puxar meu braço de forma brusca e olha-lo indignada.

"Não ouse me chamar de querida ou de qualquer outro ridículo apelido que você insiste em me dar." Bradei raivosa, enquanto via ele puxar o ar pacientemente e me olhar atento.

"Dentre todas as coisas que você poderia me falar agora, escolhe isso? Proibir-me de me referir a você da maneira que bem entendo? Vamos, Caroline, não seja ridícula, estravasse! Grite, faça um escalando!" Ele falou tranquilamente como se realmente esperasse que eu fosse fazer o que ele dizia.

Suspirei irritada, sentindo minha voz perder-se em minha garganta e meus olhos arderem irritantemente. Antes mesmo que eu pudesse impedir as lagrimas romperam pelo meu rosto, mostrando-me o quão fraca eu era. Os braços de Klaus me acolheram prontamente e eu agradeci mentalmente por ele me segurar de forma tão firme, porque certamente teria caído, se ele não o fizesse.

"Certo, chega de festas por hoje...Vamos para casa!" Ele sussurrou em meus cabelos, enquanto me arrastava para fora da sacada. "Preciso que você se recomponha, Caroline! Você não pode sair nesse estado lá fora, está cheio de reportes!" Sua voz calma e segura me trouxe algum conforto e me limitei simplesmente a controlar as lagrimas que desciam livremente pelo meu rosto.

Puxei o folego, enquanto olhava em seus olhos intensos, ele me analisava com atenção agora e tudo que desejei era ser forte o suficiente para odiá-lo como deveria sempre tê-lo feito.

***

Klaus passou o caminho inteiro limpado minhas lagrimas e me apartando contra seu corpo, fazendo-me chorar ainda mais a cada minuto. Quando finalmente chegamos em casa, ele me direcionou ao quarto rapidamente, despiu minha roupa habilmente como se eu fosse sua irmã, de tão respeitoso que fora, encheu a banheira com agua quente e me colocou lá, alegando que a agua quente me acalmaria e traria algum conforto.

E eu fiquei ali, reclusa, deixando que as lagrimas fluíssem livremente, enquanto sentia a mesma esfriar lentamente. Quando o frio começou a me incomodar, enrolei-me em um roupão felpudo e voltei ao quarto, deparando-me com Klaus largo sobre sua poltrona, com seu fraque jogado desleixadamente ao lado e a camisa aberta, dando-me a infernal visão de seu esculpido abdome. Ele me olhou atentamente como se esparrasse que eu rompesse em lagrimas novamente e largou o copo de Whisky em cima do bar e caminhou em minha direção.

Eu pensei que ele fosse perguntar que eu estava bem, pensei que talvez ele fosse passar direto por mim e trancar-se no banheiro, entretanto, eu nunca imaginei que ele colaria seu corpo ao meu e me beijaria de forma tão intensa e intrigante.

Deixe-me envolver por ele rapidamente, sentindo suas mãos desfazerem agilmente o laço do meu roupão e o mesmo cair sob o chão rapidamente. Meus pulmões imploraram por ar, fazendo-me distanciar-me de seus lábios e, antes que eu pudesse processar qualquer coisa, Klaus já estava beijando minha pele exposta com velocidade.

Deus sabe o quanto eu desejava aquele homem e o quanto vê-lo assim, tão entregue ao tesão que sentia por mim, me deixavam completamente entorpecida, entretanto, a despeito de toda agilidade dele, havia também um desespero em cada passo que ele dava.

E por mais que eu tentasse não me atentar a isso, eu sabia que seu desespero não se resumia apenas ao tesão que sentia.

"Klaus." O chamei baixo, enquanto puxava levemente seus cabelos. Ele suspirou sob meu pescoço, como se esparrasse por esse momento e ignorou-me completamente. "Klaus" Insisti, fazendo-o com que me olhasse atento. "Você está bem?"

Ele riu alto fazendo-me acuar lentamente. Suas mãos foram mais rápidas e me mantiveram no mesmo lugar.

"Eu que deveria estar fazendo essa pergunta, Caroline! Afinal não foi eu que descobrir que toda minha vida havia sido uma enorme mentira!" Suspirei, olhando-o e dei de ombros, tranquila.

"Você me parece realmente estranho. Não esta bêbado esta?" Insisti. Ignorando tudo que ele havia me dito. Ele suspirou derrotado e afastou suas mãos do meu corpo.

"Por um momento pensei que você nunca mais fosse me deixar toca-la, depois de tudo." Ele riu amargo e eu suspirei aliviada.

"Eu deveria não deixa-lo mesmo." Vi seus olhos escurecerem rapidamente e sorri divertida em sua direção. A tensão lentamente foi deixando seus ombros.

"Não brinque comigo, sweet." Ele rosnou, enquanto suas mãos voltaram para minha cintura.

"Não diga que será infiel novamente, Klaus." Coloquei todo meu desapontamento e raiva ali, enquanto via um sorriso abrir-se em seus lábios.

"Não faça greve de sexo, amor." E antes que eu pudesse dizer qualquer coisa seus lábios já estavam sob os meus novamente.


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