Prisoner escrita por bitterends


Capítulo 1
Prólogo




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— Eu juro que tento fazê-la sorrir sempre, eu a amo mais que tudo. Tento te fazer feliz, há quase três anos já. O que te falta? - Khalil Abdu queixava-se novamente para a esposa.

— Você sabe porque não sorrio. Mas não te faz diferença alguma, sua consciência é fascinante, leve como uma pena.

Alice era incrivelmente bela.
Seus longos cabelos negros e pele dourada contrastavam com seus olhos azuis cintilantes, Khalil recordava-se do mar caribenho ao olhar para aquele belo par de olhos.
As ancas firmes da esposa eram tão largas que ele suspirava ao vê-la andar - e rebolar, suavemente. Ele adorava tanto o mar que dava a ela vestidos de seda, em sua maioria, de cores azul ou verde, variando os tons. A suavidade da seda encaixava-se aos movimentos do corpo da sra. Abdu subindo as escadas.

Ele estava tão distraído sentado a longa mesa de jantar que novamente não percebeu que Alice já estava em seu quarto, e ele, sozinho na sala de jantar.

Eu me lembro como ontem,

Você tinha um sonho nos olhos e um sorriso em seu rosto

Estou sentindo falta destes dias novamente.

Sim, sinto falta deles novamente.

(For My Sake, Shinedown)

Alice Canelluti era uma italiana maravilhosa, filha de um ministro da Itália com uma simples cozinheira do palácio do parlamento. Mesmo após o casamento com o ministro, a mãe de Alice recusou-se a deixar a cozinha e seu modesto emprego.

A bela moça cresceu no meio da política, sonhando estudar e trabalhar com o comércio exterior.
Foi numa viagem ao Caribe que conheceu o embaixador do Egito em Porto Rico. Ambos de férias.
Apesar de aparentar pouco mais que trinta anos, Khalil era um moreno deslumbrante. Corpo esculpido provavelmente por Cleopatra, forte como Seth, traços marcantes, olhos e cabelos negros como a noite.

Alice estava com apenas vinte e três anos, cursando o último ano de comércio exterior. Tomava um inspirador banho de mar trajando um trabalhado maiô branco.
Ele parou para ver e crer naquela miragem emergindo do mar. Nunca viu uma mulher tão bonita em toda sua vida. E já havia visto várias.
A morena, por sua vez, também ficou a admirar aquele homem, que soava um tanto familiar.

" - Dama, eu poderia saber seu nome?

— Claro! Sou Alice. "

E apenas isso.
Somente isso.

Khalil sonhou durante noites com aquela mulher, que apenas disse o primeiro nome e pôs-se a caminhar. Ele admirou tanto aquelas curvas. Aqueles quadris que balançavam para lá e para cá.
Chegou a queimar em febre pensando nela.

Após um ano e meio, ele se convenceu que não voltaria a vê-la. Era seu aniversário e ele comemoraria trinta e sete anos naquele vigésimo dia de novembro.
Como de costume, preparou um enorme banquete, convidando inúmeros representantes de outros países para a cerimônia. Ministros da Itália, Argentina, Brasil, Isarael, etc.

Elegantemente trajado em terno negro, olhar penetrante, estava Khalil Abdu, parado na ponta da mesa, amolando um facão ao qual cortaria o cordeiro que serviria seus convidados. Corte que ele fazia questão de servir, o animal que ele mesmo caçou.

Quase serviu sua mão esquerda, ao observar a mulher que entrava naquele enorme salão, vestida em traje de seda azul escuro, com uma echarpe imitanto pelo animal branco, belas jóias prateadas e lábios preenchidos de vermelho intenso.

Alice sorriu para ele, sorriso misto de surpresa, deboche e atração. Mediu-o por inteiro e mordeu o lábio inferior sem perceber.

Era daquele cordeiro que Khalil queria se servir, a vida inteira.


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