POV Luke

–Brasil?! –eu pensei um pouco -Como você conhece futebol? –Perguntei

–Não passo a minha vida toda no Olimpo- Disse Apolo –Às vezes vou a terra para ficar adapto as coisas. E no Brasil descobri esse esporte, o futebol. –Ele soltou uma gargalhada –Nunca vou esquecer da derrota dele contra a Alemanha.

Imaginei o deus do sol assistindo futebol e gritando com os jogadores. Mas fui interrompido dos meus pensamentos.

–Isso não importa agora –Disse Zeus nervoso –O destino do mundo está em jogo e vocês falando em esporte. –Ele se acalmou –A missão de vocês é mais importante.

–Me desculpe. –Eu disse –Que dia nós iremos?

Zeus me olhou como se eu tivesse falado um palavrão.

–Hoje, é claro! –Disse ele –Quanto mais rápido melhor. Voltem para a casa de vocês para que façam o que tende fazer, e antes do pôr do sol vocês já partiram em missão.

Zeus nos olhou e direcionou a cabeça para a porta da sala dos tronos.

–Podem ir, nós terminamos. –Disse o rei dos deuses. Por um breve e rápido momento, pude ver os seus olhos passando de azul para vermelho. Ele piscou algumas vezes e seus olhos voltaram ao normal. –Já sabem o que fazer.

Decidi pensar que aquilo foi apenas uma ilusão da minha mente.

Nós nos levantamos de nossas cadeiras e fomos em direção a porta. E ao seguirmos para o elevador que conecta o mundo mortal com o olimpo pensei em como meu pai sentiu ao receber sua primeira missão. No meu caso, senti ansiedade e uma séria pontada de medo.

POV James

“Os filhos da profecia serão convocados.” Essa é o único verso da profecia que eu consegui entender por completo, os filhos da profecia são meus amigos e eu. Nós somos filhos da profecia dos sete, a profecia de nossos pais.

Eu poderia falar que estou determinado e sem medo dessa missão, mas não gosto de contar mentiras.

Você deve estar pensando: “Mas é só uma ida ao Brasil”. Mas essa ida ao Brasil, é uma missão para proteger o mundo de alguém muito poderoso, e com certeza esse alguém vai tentar nos impedir de continuar de todo e qualquer modo possível. Isso me deixa apavorado.

E aquele sonho também me deixou muito apavorado. Ou melhor aquele pesadelo muitíssimo real me deixou apavorado.

Tudo aconteceu após o desmaio que tive no Olimpo. No sonho, eu estava sentado em uma poltrona vermelha em uma sala iluminada apenas por um abajur em uma mesinha de centro. Á minha frente havia outra poltrona vermelha, mas essa estava virada de costas para mim.

–Temos algumas coisas a conversar, descendente de Zeus. –Disse uma voz masculina de algum lugar da sala. Fiquei pensando de quem poderia ser até que a poltrona á minha frente se virou e pude perceber que a vós vinha de um garoto um pouco mais velho que eu.

–Quem é você? –Perguntei

–Meu nome é Alabaster Torrigton –Disse ele –Não se preocupe, sou um semideus como você. Sou filho de Hécate

–Poe que eu estou aqui –Perguntei olhando em volta –Por que você ne trouxe aqui e onde é que eu estou?

–Não temos muito tempo para perguntas como essas, eu tenho um assunto mais importante para tratar com você.

Me perguntei se poderia realmente confiar naquele garoto. Ele poderia ser um monstro ou algo pior.

–Como vou saber se posso confiar em você? -Perguntei desconfiado.

–Isso cabe a você se decidir, e por favor se decida rápido, eu não tenho muito tempo. Manipular sonhos não é uma tarefa fácil.

–Se isso é um sonho como posso falar com você?

–Como eu disse, eu posso manipular sonhos, o que me permite falar com uma pessoa através de seu subconsciente. Mas isso não importa agora, devo perguntar se você vai realmente aceitar minha ajuda.

Ele não parecia ser uma má pessoa, então temei minha decisão.

–Que ajuda você quer me oferecer?

–Eu... –Mas o que é que ele fosse dizer foi interrompido por um barulho de explosão vindo de algum lugar não muito longe. A sala estremeceu. –Droga! –Exclamou Alabaster –Eles chegaram.

Uma porta foi aberta com violência e de lá surgiu um homem de meia idade com expressões de acabou de sair de uma batalha. Ele direcionou o olhar diretamente para Alabaster e assentiu com a cabeça

–Eles destruíram a barreira. –Disse ele –Já chegaram

–Quem chegou? –Perguntei levantando-me da cadeira assustado.

“BUM” Outro estrondo pode ser ouvido cada vez mais perto

–Seguidores do Lord Skotádi –Disse Alabaster –Era para eles chegarem depois, estão ficando mais forte com o retorno.

“BUM”

–Lord quem? E o retorno do que? –Perguntei confuso

Antes que Alabaster respondesse alguma coisa, uma das paredes da sala explodiu e dela surgiram várias criaturas ossudas e totalmente pretas. Elas rugiram (eu acho que foi um rugido) e várias coisas presentes na sala explodiram.

–Destrua as três flechas! –Foi a última coisa que o garoto disse antes de ir ao encontro das criaturas junto com o homem de meia-idade. E foi a última coisa que eu ouvi antes de Luke me acordar no acampamento meio-sangue.

Voltando ao olimpo, já estávamos saindo da sala dos tronos quando mei veio na cabeça uma pergunta. Eu me virei e olhei para Zeus.

–Quem é Lord Skotádi? –Perguntei e logo me arrependi, porque todos os deuses me olharam como se eu tivesse comprado centenas de Kinder Ovos. Murmúrios ecoaram por toda a sala.

–Onde você ouviu esse nome? –Perguntou Zeus com uma expressão de preocupação no rosto.

–Em um sonho –Eu não queria contar sobre Alabaster –Eu também ouvi alguma coisa sobre flechas

–Garoto, saiba que o dono deste nome nos causou grande preocupação no passado, mas eu não sei sobre essas flechas. Muitos dos deuses possuem flechas. –Disse Zeus

–Então quem é esse Lord? –Perguntou Luke

–Não é bom comentarmos o nome dele, mas esse seu sonho foi a confirmação de nossas dúvidas. –Disse Atena

–Vocês devem ir o mais rápido possível ao Brasil –Completou Apolo

–Então acho que devo contar o meu sonho também. –Disse Luke

Ele inspirou e contou o que tinha sonhado.

Atena falou alguma coisa a Zeus em um tom que eu não pude ouvir.

–Muito bem –Disse ela –Vão para suas casas e partam o mais rápido possível para a América do Sul. Vocês...

Uma explosão destruiu o teto da sala dos tronos e tudo desmoronou.

Quando a poeira abaixou pude ver que eu e meus amigos ainda estávamos vivos. Nós estávamos protegidos por uma barreira em forma de caixa que estava ao nosso redor. Os deuses estavam à nossa frente mantendo a barreira funcionando.

Entre nós e os deuses se encontrava uma esfera de luz vermelha flutuante. Ele exalava uma áurea de desespero e de dor. A esfera emitiu um som de milhares de vozes gritando em agonia, até que letras brilhantes começaram a surgir do seu interior, as letras se alinharam e formaram a frase em grego antigo que eu pude estender: Επιστροφή μου άρχισε – O meu retorno começou