CSI : Mirim escrita por Mary Kazuto


Capítulo 4
O lugar aonde tudo começa


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, eu sei que sumi, evaporei, fui soterrada, mas tem explicação.
Gente nesse último mês eu tive um bloqueio ENORME fiquei totalmente sem criatividade, então para compensar isso eu trouxe esse capítulo, que eu particularmente gostei muito;
prometo postar mais rápido se vocês fizerem um pequenucho favorzinho, comentem, isso ajudaria muito, digam o que acharam;
Aproveitem o cap.



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“Uma crença não é apenas uma ideia que a mente possui, é uma ideia que possui a mente”.

Robert Oxton Bolt

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CSI: Mirin

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Eu estava dormindo tranquilamente em uma madrugada de quarta-feira quando ouço um zumbido embaixo de meu travesseiro, abro lentamente até meu cérebro raciocinar a situação, era meu celular que tocava, olhei no identificador de chamadas que era lá da central de investigação, o que eles querem comigo há essa hora?

– Alô? Quem fala? O que quer comigo? Como conseguiu meu número?

– Calma senhorita Edinger, aqui quem fala é a central, vim pedir que comparecesse a sede para um comunicado importante, e, o nosso número foi colocado nesse aparelho antes de te entregarmos, algo como uma proteção.

– Ata tudo bem, já estou indo.

Desliguei rapidamente e fui me arrumar não me preocupei com o café da manhã, depois eu dou um jeito nisso.

Cheguei o mais rápido possível, a “equipe” já estava lá.

(roupa Kristal : http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=162275131 ;

Roupa Ayla: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=162278145

Roupa Bryan: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=162279924 ).

Estávamos todos agasalhados porque não dá pra andar de biquíni ás 03h00minh da madrugada.

– Desculpem ter que acordar vocês tão cedo, se quiser estaremos proporcionando um café da manhã para todos depois, agora eu gostaria que vocês me acompanhassem até o carro.

– Onde estamos indo? – indaga Kristal.

– É aqui que vocês vão oficialmente começar o trabalho, esse é o primeiro caso de vocês, estamos indo analisar a cena do crime.

Então não era um sonho, eu agora sou uma agente do governo, uma detetive pra ser exata, nem dá pra acreditar!

Chegamos ao local do assassinato, de repente me senti como naqueles filmes policiais, faixas amarelas impedindo a passagem dos cidadãos, alguns policiais restringindo a área, só que eu consigo sentir uma leve fragrância de sangue e desespero misturados com um toque de suspense.

– Bom, eles foram encontrados hoje de manhã por uma empregada de uma casa na vizinhança, ela estava varrendo a calçada da casa da frente quando notou o portão da garagem dessa casa aberto, veio olhar e encontrou esses dois – falou o policial, eles se afastaram um pouco abrindo passagem para mim, Kristal e Bryan.

Era uma casa simples, talvez classe média, e uma garagem, passamos pelas faixas e lá estavam um homem e uma mulher, ambos mortos.

– Eles tinham por volta de vinte a vinte e cinco anos – diz Kris olhando para o rosto da mulher.

– Como sabe disso? – pergunto um pouco duvidosa.

– Olha – ela aponta para o rosto da mulher – sua pele é um tanto lisa, mas podemos ver algumas marcas leves debaixo de seus olhos, dá também pra deduzir que os dois se conheciam, ele não parece ser muito mais velho que ela.

O rapaz estava (ou tinha sido colocado) sentado em um caixote e sua coluna apoiada na parede, em seu pescoço um buraco meio profundo, já a moça, se não fosse pela confirmação dos policiais que ela não possuía mais pulso eu nunca diria que ela estava morta, sua pele ainda parecia “viva” se é que posso dizer assim, e não havia indícios de que ela havia sido esfaqueada, ou outra coisa bruta desse gênero.

– Como ela morreu? – ouvi Bryan indagar, agora ele quer dar uma de sabichão é?

– Não dá pra perceber de início, mas ela foi morta com algum tipo de adrenalina em suas veias, olhem – diz mexendo na corda que amarrava os pulsos dela havia uma pequena marca de que algo foi injetado lá, essa Kris é um gênio!

– Bom por enquanto isso basta, agora precisamos de nomes – digo que foi? Eu assisto televisão, humph!

Os cadáveres foram levados, mas não antes que uma equipe tirasse algumas fotos, chegamos à central por volta das 6:00h, realmente avaliar corpos demora um pouco, e tinha um banquete nos esperando.

– Como vocês se esforçaram, e também porque nós acordamos vocês muito cedo, aqui está uma coisinha para começar o dia.

Quando eu olhei pra tudo aquilo fiquei perdida, não sabia por onde começar, nós três nos sentamos e começamos a comer, sem ninguém falar nada.

– Não sabia que fantasmas eram capazes de se alimentar!

– Hahaha, nossa que engraçado! – disse com o sarcasmo jorrando como uma cachoeira.

– Hi, intrigas já no primeiro dia?

– ELE/ELA que começou!!!

Kristal soltou uma risadinha enquanto acenava negativamente.

– Vamos apenas aproveitar o momento, depois teremos um caso pra avaliar – diz ela pondo uma torrada na boca e dela tirando uma mordida.

Comi um sanduíche, dois copos de suco, uma torrada, três fatias de bolo, alguns salgados, é eu sou magra de ruim mesmo, se não fosse pela “dieta” que eu estou fazendo (a de cortar gastos) eu comeria todo dia assim.

– Bom, agora é hora de trabalhar! – fala convicto Bryan, aquele moreno irritante!

Fui para meu escritório analisar o perfil das vítimas que haviam chegado poucos minutos atrás, me sentei na poltrona e abri a primeira pasta, a da moça, Ally Trish, 25 anos, solteira, trabalhava no escritório de uma empresa de eletrônicos como estagiária, olhando uma foto recente dela vi que era bonita por quais motivos alguém a mataria? Dinheiro? Vingança?

Percebi também que ela não tinha sido colocada no sistema como desaparecida, então ela deve morar só, ou sai de casa com frequência e demora a voltar, para alguém não sentir a falta dela, resolvi então pesquisar por familiares, amigos, qualquer coisa, liguei o computador e passei cerca de duas horas procurando, comparando nomes quando a porta é aberta por Kristal me chamando.

– A hora da morte dos dois foi confirmada - ela diz apontando para o quadro que agora possuía a foto dos dois, seus rostos sem expressão - ela morreu ontem por volta dás 22:00h.

– Isso nós pudemos perceber, mas o que tem de importante nisso pra você nos chamar tão depressa? – indago.

– Porque a causa da morte dele é de dois dias atrás às 21:00h.

– Por que tanto tempo entre os assassinatos?

– É isso que quero que vocês dois descubram.

Voltei para o meu canto, essa pode ser uma pista importante, vou continuar minha pesquisa e depois tento ligar os pontos.

–-------------------Quebra de tempo-------------------------

Já eram 11:00h e eu ainda na pesquisa, algo não encaixava, eu havia encontrado os pais dela, ambos morreram de câncer, achei um ex-namorado, mas ele mora em outro país no momento, as outras pessoas com quem encontrei ligação foram seus colegas de trabalho, ela parece viver em um apartamento de segunda classe, vive uma vida normal, porquê assassinar alguém assim?

Estou explodindo mentalmente, tenho que relaxar, acho melhor começar com o perfil do outro, John Killer, 26 anos, trabalha como garçom em um restaurante de fast-food, não vejo nenhuma ligação com esses dois, mas se o assassino teve o trabalho de mata-lo primeiro quer dizer que ele representava uma ameaça e que tinha haver com a mulher, é comum homens lutarem entre si por causa do amor.

Por isso tomei a conclusão de que ela é o centro disso, a pesquisa valeu a pena, agora, para mais informações temos que entrevistar conhecidos, assim conseguir motivo e ligação entre o assassino e as vítimas.

Saio com um envelope entupido de papéis e me deparo com Bryan e Kris comendo (lê-se devorando) alguns milhares de pacotes de biscoito.

– Ei, Ayla não quer se juntar a nós? Ás vezes um lanchinho ajuda a pensar melhor, você passou a manhã inteira naquela sala, vai te fazer bem, ainda porque não seremos liberados para almoçarmos – afirma docemente Kris enquanto limpa as migalhas que ficaram em sua boca.

– Eu vou rejeitar, agradeço a oferta.

– Por quê? Você vai passar mal se não comer nada – diz ela.

Ignorei e coloquei a pasta na frente deles, eles abriram, passaram um tempo observando tudo e depois me olharam confusos.

– Como você conseguiu isso? – pergunta assustado Bryan.

– Um mágico nunca revela seus truques.

– Agora eu entendi o porquê dessa demora toda, então, o que fazemos agora?

– Vamos fazer alguns interrogatórios.

Fomos até a empresa que ela trabalhava, mas estava fechada, acho que todos estavam de luto, vamos ter que voltar outra hora, por enquanto já é o suficiente.

Arrumei as pastas em uma gaveta, peguei minhas coisas e fui embora, estava andando pelas ruas movimentadas sentindo uma impressão de estar sendo seguida, virei pra trás, mas não havia ninguém.

– Eu sei que vocês estão aí, saiam logo!

Os dois saíram de trás de um banco.

– É que você não comeu nada desde o café da manhã e já é de tarde, pensamos em te chamar pra lancharmos, pra comemorar nosso primeiro caso - diz Kris.

– E por que me seguiram sem falar nada?

– Surpresa!

Bryan retardado.

Nós fomos para uma lanchonete, nós pedimos pizza e uns refrigerantes, durante um bom tempo nós ficamos hora nos encarando, hora observando o local.

Eu fiquei pensando, o que as duas vítimas tinham em comum? Qual a ligação? Não tinham o mesmo emprego, não eram parentes, mas os dois não estavam em um relacionamento com ninguém, será que tinham um caso?

Pode ser aí o assassino com ciúme deu o golpe final, mas a pergunta é por quê?

– Aqui está seu pedido - diz a garçonete me tirando de meus devaneios.

Mal toquei na comida, estava concentrada demais para pôr algo na boca, mas parece que eles nem notaram.

Despedimo-nos e eu voltei a andar, mas desta vez para um lugar diferente de minha casa.

Agora me encontrava na frente da empresa era por volta de 16:00h, chamei por qualquer pessoa que pudesse estar ali, mas nada.

Quinze minutos depois uma mulher veio ao meu encontro.

– No que posso ajudar?

– Eu gostaria de falar com algum dos colegas de trabalho de Ally Trish.

– O que uma criança como você estaria querendo?

– Desculpa, mas eu sou do departamento de investigação, sou detetive, por favor, peço que me deixe falar com alguém que teve contato com ela.

– Pode falar comigo se quiser, eu era a gerente dela.

– Ótimo, gostaria que me acompanhasse para a central.

Chamei um taxi e fomos chegando lá expliquei a situação e fomos encaminhadas para a sala de interrogatório.

– Certo, vou te fazer algumas perguntas – ela assentiu que sim e eu continuei – Ally estava no emprego há quanto tempo?

– Cerca de um ano e alguns meses.

– Havia alguém que era próximo dela no trabalho, ou a observava muito?

– Não, a equipe é bem unida, mas não é permitido contato entre os funcionários.

– Entendo, então, como era a personalidade dela, como interagia com os outros?

–Não entendo o porquê dessas perguntas, ela era uma pessoa calma, carinhosa, nunca se desentendeu com ninguém, pelo menos não no trabalho.

– Como assim? Você está sabendo de algo que possa me contar?

– Não é bem um segredo já que isso mexeu com todos da empresa.

– Poderia ser mais clara, por favor?

– Da confusão dela com o namorado, quero dizer, EX-namorado, ela descobriu que ele a traía e depois ele começou a ameaça-la se ela fizesse algo.

– Então, tinha alguém que a confortou, ou então ficava muito tempo só olhando para ela, talvez não seja alguém que goste muito de falar, que pudesse estar sentindo algo por ela?

– Não, acho que não, também, depois que ela começou a sair com aquele cara paramos de nos preocupar, não notei nada fora do normal.

– De quem está falando?

– Ah! Do novo namorado.

– Por acaso seu nome é John Killer?

– Como você sabe?

– O corpo dele foi encontrado junto com Ally em uma garagem.

– Oh! Que coisa horrível!

– Voltando às perguntas, vou melhorar um pouco o perfil do suposto culpado, ele é um homem, provavelmente branco, estatura mediana, uma pessoa normal daquelas que quando você encontra na rua mal percebe e logo esquece, ele pode ser um pouco compulsivo, gosta de tudo muito bem organizado, faz seu trabalho sempre no prazo, mas nada mais do que isso.

– Talvez existam várias pessoas assim na empresa, não tem como eu o identificar só com isso.

– Tá, eu vou tentar refrescar um pouco mais sua memória, ele não fala muito com as pessoas, prefere ficar só, quando alguém chega perto ele não sabe como agir e pode gaguejar, também já deve ter sido chamado a atenção por ser um alvo fácil para brigas, mas não tem porte físico para se defender.

À medida que eu ia falando suas sobrancelhas iam levantando e sua expressão fosse ficando um pouco apavorada.

– Bem que ele estava agindo estranho ultimamente e até faltou no trabalho, pensei que estivesse doente.

– Quem é “ele”?

– Gruv Mcbonn.

Agradeci a ela e saí quase voando dali a encontro de kris e Bryan, os dois olharam pra mim surpresos, Bryan ia falar alguma coisa, mas eu o interrompi.

– Temos um nome, Gruv Mcbonn.

Depois disso eu só lembro-me de tudo ficar escuro e um frio percorrer meu corpo.

–-------------------------Quebra de tempo------------------------

– Ayla! Ayla! Você está me ouvindo?

Eu ouvi uma voz, no início pareceu um sussurro, mas depois foi ficando mais alto e eu identifiquei ser de Kristal, o que está acontecendo? Abri meus olhos com dificuldade e quando me acostumei com a claridade percebi que estava deitada em uma cama.

– A-aonde e-eu estou? – falei com um pouco de dificuldade, Kris olhou pra mim, deu um sorriso e veio logo me abraçar.

– Que bom que você acordou! – disse quase chorando.

– O quê? Como assim? Eu estou bem.

– Não está não senhorita Edinger, você desmaiou por falta de vitaminas em seu corpo, por acaso fora hoje como anda sua forma de alimentação – disse uma mulher com um jaleco, parece uma médica, eu estou no hospital?

– Minha alimentação é ótima! – exclamo confiante.

– É mesmo? Então porque os seus exames me dizem o contrário? Além de falta de vitaminas você está com uma deficiência em vários outros nutrientes.

– Esses exames estão errados!

– Senhorita me desculpe, mas eu não erro, quero suas explicações.

– É que...... Eu não estou com tempo pra coisas tão desnecessárias como comer, tenho que estudar, sabia?

– E se a senhorita continuar assim pode morrer, sabia? Seus pais devem estar preocupados com esse seu estilo de vida.

– Isso não importa, agora temos o nome de um suspeito, temos que ir atrás dele.

– Nem precisa se preocupar, Garsparzinho – Bryan fala enquanto adentra a sala – depois do seu desmaio colocamos o nome que você nos falou no banco de nomes e o detectamos, ele está vivendo em uma fazenda no interior da cidade.

– Então vamos atrás dele! – eu gritei já me levantando com pressa sem ouvir nem mais uma palavra do que a médica estava dizendo.

–--------------------------Quebra de tempo---------------------------

Enfim chegamos, era um casebre, nada luxuoso, entramos correndo pelas portas entreabertas e encontramos um homem sentado em uma cadeira de balanço assistindo algo na televisão.

– Senhor Gruv Mcbonn, você está preso por assassinato! – gritei autoritária, ele se assustou e ficava gritando coisas sem nexo enquanto o algemavam.

Depois ele confessou tudo, de que observava Ally e que tinha sido uma das pessoas que a acompanhara em um momento doloroso, ele ficou fascinado por ela, mas de repente ela encontrou outro cara, ele ficou desesperado, precisava dizer a ela o que sentia, mas quando viu John seu sangue ferveu e ele fez com que ela fosse só dele, depois de dar o golpe escondeu o corpo na garagem de sua casa e quando Ally chegou ao local do encontro o viu, os dois conversaram e ele a convidou para ir em sua casa, depois falou que nada mais os impediria de ficarem juntos ela se assustou ao ver o corpo morto, ele se rebelou e acabou a matando.

Meu primeiro caso encerrado! Que bom que acabou!

Fui para minha casa, foi muita coisa pra um dia, assim que deitei na cama adormeci.


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Notas finais do capítulo

Entãooooooooo, povo, agora que eu estou de férias (recesso) vou postar mais rápido prometo,
Então o que acharam? Mereço comentários?
Até.



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